Newsletter Nº357

Newsletter Nº357
News­let­ter Nº357

Faz hoje anos que nas­cia, em 1709, o quí­mi­co ale­mão [Andre­as Marggraf](https://en.wikipedia.org/wiki/Andreas_Sigismund_Marggraf). Ele foi pio­nei­ro no tra­ba­lho ana­lí­ti­co. Ele uti­li­zou o tes­te de cha­ma para dis­tin­guir entre potas­sa e refri­ge­ran­te. Iso­lou o zin­co do seu miné­rio de cala­mi­na, e reco­nhe­ceu a alu­mi­na na argi­la. Em 1747, Marg­graf demons­trou que vári­os tipos de raí­zes de beter­ra­ba con­ti­nham açú­car e que o açú­car podia ser extraí­do e cris­ta­li­za­do. O sig­ni­fi­ca­do prá­ti­co des­ta des­co­ber­ta não foi reco­nhe­ci­do na altu­ra, duran­te mui­tos anos foi con­si­de­ra­do como um mero exer­cí­cio labo­ra­to­ri­al. Con­tu­do, algu­mas déca­das mais tar­de, levou ao desen­vol­vi­men­to da indús­tria açu­ca­rei­ra moder­na, quan­do Franz Karl Achard, um alu­no de Marg­graf, ata­cou o pro­ble­ma do cul­ti­vo da beter­ra­ba. Achard con­se­guiu extrair açú­car da beter­ra­ba a uma esca­la comercial.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o astró­no­mo mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no [Geor­ge Wil­li­am Hill](https://en.wikipedia.org/wiki/George_William_Hill). Ele foi con­si­de­ra­do por mui­tos dos seus pares como o mai­or mes­tre da mecâ­ni­ca celes­ti­al do seu tem­po. Hill jun­tou-se ao Gabi­ne­te do Alma­na­que Náu­ti­co em 1861. Ele cal­cu­lou a órbi­ta da lua enquan­to fazia con­tri­bui­ções ori­gi­nais para o pro­ble­ma dos três cor­pos. Intro­du­ziu infi­ni­tos deter­mi­nan­tes, um con­cei­to que mais tar­de encon­trou apli­ca­ção em mui­tos cam­pos da mate­má­ti­ca e da físi­ca. Quan­do Simon New­comb assu­miu o Alma­na­que Náu­ti­co em 1877 e come­çou uma recom­pu­ta­ção com­ple­ta de todos os movi­men­tos do sis­te­ma solar, a Hill foi atri­buí­do o difí­cil pro­ble­ma das órbi­tas de Júpi­ter e Satur­no. Após com­ple­tar o enor­me tra­ba­lho em dez anos, regres­sou à sua quin­ta, onde con­ti­nu­ou a sua pes­qui­sa em mecâ­ni­ca celestial.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1845, o mate­má­ti­co rus­so-ale­mão [Georg Cantor](https://en.wikipedia.org/wiki/Georg_Cantor). Ele cri­ou a teo­ria moder­na dos con­jun­tos e a ampli­ou para dar o con­cei­to de núme­ros trans­fi­ni­tos, com clas­ses de núme­ros car­di­nais e ordi­nais. Embo­ra o pri­mei­ro tra­ba­lho de Can­tor se tenha pre­o­cu­pa­do com as séri­es de Fou­ri­er, a sua repu­ta­ção assen­ta na sua con­tri­bui­ção para a teo­ria dos con­jun­tos trans­fi­ni­tas. Come­çou com a defi­ni­ção de con­jun­tos infi­ni­tos pro­pos­ta por Dede­kind em 1872: um con­jun­to é infi­ni­to quan­do é seme­lhan­te a uma par­te pró­pria de si mes­mo. Os con­jun­tos com esta pro­pri­e­da­de, tais como o con­jun­to de núme­ros natu­rais, são ditos “denu­me­rá­veis” ou “con­ta­bi­li­zá­veis”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1847, o inven­tor esco­cês-ame­ri­ca­no [Ale­xan­der Graham Bell](https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_Graham_Bell). Ele é o inven­tor do tele­fo­ne. A car­rei­ra de Bell foi influ­en­ci­a­da pelo seu avô (que publi­cou The Prac­ti­cal Elo­cu­ti­o­nist and Stam­me­ring and Other Impe­di­ments of Spe­e­ch), pelo seu pai (cujo inte­res­se era a mecâ­ni­ca e os méto­dos de comu­ni­ca­ção vocal) e pela sua mãe (que era sur­da). Quan­do ado­les­cen­te, Ale­xan­dre ficou intri­ga­do com os escri­tos do físi­co ale­mão Her­mann Von Helmholtz, On The Sen­sa­ti­ons of Tone. Aos 23 anos, mudou-se para o Cana­dá. Em 1871, Bell come­çou a dar ins­tru­ção em Dis­cur­so Visí­vel na Esco­la para Sur­dos Mudos de Bos­ton. Este con­tex­to esta­be­le­ceu o seu cur­so no desen­vol­vi­men­to da trans­mis­são de voz sobre fios. Co-fun­dou a Bell Telepho­ne Co em 1877. Com o seu sogro, res­ta­be­le­ceu a revis­ta Sci­en­ce (1882)”.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1879, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no [Elmer McCollum](https://en.wikipedia.org/wiki/Elmer_McCollum). Ele cri­ou o sis­te­ma de letras de vita­mi­nas. Des­co­briu as vita­mi­nas A, B e tra­ba­lhou com outros sobre a vita­mi­na D. Rea­li­zou um exten­so tra­ba­lho de inves­ti­ga­ção em nutri­ção e cres­ci­men­to. Foi o pri­mei­ro nos Esta­dos Uni­dos a esta­be­le­cer uma coló­nia de ratos bran­cos como ani­mais de labo­ra­tó­rio a ser objec­to das suas expe­ri­ên­ci­as nutri­ci­o­nais. Nos anos 1910, reco­nhe­ceu que uma die­ta sau­dá­vel exi­gia cer­tas gor­du­ras, e nome­ou o com­po­nen­te essen­ci­al “lipos­so­lú­vel A”, por opo­si­ção a outro que nome­ou “hidros­so­lú­vel B”. Embo­ra no iní­cio pen­sas­se que cada um era um úni­co com­pos­to, mais tar­de mos­trou que eram de fac­to com­ple­xos. Inves­ti­gou como cer­tos mine­rais eram impor­tan­tes como nutri­en­tes, incluin­do cál­cio, fós­fo­ro, flúor, man­ga­nês e zinco.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1898, o mate­má­ti­co aus­tro-ale­mão [Emil Artin](https://en.wikipedia.org/wiki/Emil_Artin). Ele tra­ba­lhou na teo­ria do núme­ro algé­bri­co, deu uma gran­de con­tri­bui­ção para a teo­ria de cam­po, e decla­rou uma lei de reci­pro­ci­da­de que incluía todas as leis de reci­pro­ci­da­de ante­ri­or­men­te conhe­ci­das (1927). Tra­ba­lhou tam­bém na teo­ria das tran­ças (1925), e em anéis com a con­di­ção míni­ma sobre ide­ais cer­tos, ago­ra cha­ma­dos anéis Arti­ni­a­nos (1944). Artin tem a dis­tin­ção de resol­ver (1927) um dos famo­sos 23 pro­ble­mas ante­ri­or­men­te colo­ca­dos por Hil­bert em 1900.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1918, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no [Arthur Kornberg](https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Kornberg). Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1959 (com Seve­ro Ochoa) pela “des­co­ber­ta dos meca­nis­mos na sín­te­se bio­ló­gi­ca do áci­do deso­xir­ri­bo­nu­clei­co” Korn­berg mos­trou não só como as molé­cu­las de ADN são dupli­ca­das tan­to na natu­re­za den­tro das célu­las bac­te­ri­a­nas, mas tam­bém iso­lou a pri­mei­ra enzi­ma poli­me­ri­za­do­ra de ADN (1958), e repro­du­ziu o pro­ces­so no tubo de ensaio. A sua inves­ti­ga­ção incluiu o estu­do dos áci­dos nuclei­cos que con­tro­lam a here­di­ta­ri­e­da­de em ani­mais, plan­tas, bac­té­ri­as e vírus”.

A 3 de Mar­ço de 1969 era lan­ça­da a Apol­lo 9. Voan­do em órbi­ta ter­res­tre bai­xa, foi a segun­da mis­são Apol­lo tri­pu­la­da que os Esta­dos Uni­dos lan­ça­ram atra­vés de um fogue­te Saturn V, e foi o pri­mei­ro voo da nave espa­ci­al Apol­lo com­ple­ta: o módu­lo de coman­do e ser­vi­ço (CSM) com o Módu­lo Lunar (LM). A mis­são foi pilo­ta­da para qua­li­fi­car o LM para ope­ra­ções de órbi­ta lunar em pre­pa­ra­ção para a pri­mei­ra ater­ra­gem lunar, demons­tran­do os seus sis­te­mas de pro­pul­são de des­ci­da e subi­da, mos­tran­do que a sua tri­pu­la­ção podia pilo­tá-lo de for­ma inde­pen­den­te, e depois encon­trar-se e atra­car nova­men­te com o CSM, como seria neces­sá­rio para a pri­mei­ra ater­ra­gem lunar da tri­pu­la­ção. Outros objec­ti­vos do voo incluí­ram o dis­pa­ro do motor de des­ci­da LM para impul­si­o­nar a pilha da nave espa­ci­al como modo de apoio (como seria exi­gi­do na mis­são Apol­lo 13), e a uti­li­za­ção da mochi­la do sis­te­ma por­tá­til de supor­te de vida fora da cabi­ne LM. A mis­são foi um suces­so completo.

Foi tam­bém nes­ta data, em 2005 que o Vir­gin Atlan­tic Glo­bal­Flyer ter­mi­nou o pri­mei­ro voo de cir­cu­na­ve­ga­ção em 2 dias, 19 horas, 1 minu­to e 46 segun­dos. A par­tir de 2019, esta é a via­gem mun­di­al mais rápi­da da sua clas­se a uma velo­ci­da­de de 550,78 km/h. A dis­tân­cia voa­da foi deter­mi­na­da em 36.912 qui­ló­me­tros (22.936 mi), ape­nas 125 qui­ló­me­tros (78 mi) aci­ma da dis­tân­cia míni­ma exi­gi­da. Tra­tou-se do pri­mei­ro voo de cir­cu­na­ve­ga­ção sem para­gens solo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº356

Newsletter Nº356
News­let­ter Nº356

Faz hoje anos que nas­cia, em 1663, o Enge­nhei­ro e inven­tor inglês Tho­mas New­co­men. Ele é o inven­tor da pri­mei­ra máqui­na a vapor atmos­fé­ri­ca bem suce­di­da do mun­do. A sua inven­ção c.1711 entrou em uso até 1725 para bom­be­ar água das minas de car­vão ou ele­var a água para ali­men­tar as rodas d’á­gua. Em cada vol­ta, o vapor enchia um cilin­dro fecha­do por um pis­tão, depois um jac­to de água arre­fe­cia e con­den­sa­va o vapor no cilin­dro cri­an­do um vácuo, depois a pres­são atmos­fé­ri­ca empur­ra­va o pis­tão para bai­xo. Um fei­xe trans­ver­sal trans­fe­riu o movi­men­to do pis­tão para o fun­ci­o­na­men­to da bom­ba. Isto foi um des­per­dí­cio de com­bus­tí­vel neces­sá­rio para rea­que­cer o cilin­dro para o pró­xi­mo cur­so. Ape­sar de len­to e ine­fi­ci­en­te, o motor da New­co­men foi uti­li­za­do duran­te os pri­mei­ros 60 anos da nova era do vapor que come­çou, tal­vez a inven­ção mais impor­tan­te da Revo­lu­ção Industrial.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1709, o inven­tor fran­cês Jac­ques de Vau­can­son. Ele foi o inven­tor de autó­ma­tos — dis­po­si­ti­vos robo­ti­za­dos de sig­ni­fi­ca­do pos­te­ri­or para a indús­tria moder­na. Em 1737–38, pro­du­ziu um toca­dor de flau­ta trans­ver­sal, um toca­dor de tubo e de tam­bor, e um pato mecâ­ni­co, que foi espe­ci­al­men­te notá­vel, não só imi­tan­do os movi­men­tos de um pato vivo, mas tam­bém os movi­men­tos de beber, comer, e “dige­rir”. Fez melho­ri­as na meca­ni­za­ção da tece­la­gem da seda, mas a sua inven­ção mais impor­tan­te foi igno­ra­da duran­te vári­as déca­das — a de auto­ma­ti­zar o tear por meio de car­tões per­fu­ra­dos que gui­a­vam os gan­chos liga­dos aos fios de urdi­du­ra. (Mais tar­de recons­truí­da e melho­ra­da por J.-M. Jac­quard, tor­nou-se uma das inven­ções mais impor­tan­tes da Revo­lu­ção Industrial).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1841, o enge­nhei­ro irlan­dês John Phi­lip Hol­land. Ele ficou conhe­ci­do como o “pai do sub­ma­ri­no moder­no”, que con­ce­beu e cons­truiu o pri­mei­ro navio subaquá­ti­co acei­te pela Mari­nha dos Esta­dos Uni­dos. Em 1873, emi­grou para os EUA onde, com o apoio finan­cei­ro da Irish Feni­an Soci­ety (que espe­ra­va uti­li­zar sub­ma­ri­nos con­tra a Ingla­ter­ra), cons­truiu o Feni­an Ram, um peque­no sub­ma­ri­no que se reve­lou um suces­so limi­ta­do numa cor­ri­da de ensaio. Em 1895, a sua J.P. Hol­land Tor­pe­do Boat Com­pany rece­beu um con­tra­to da Mari­nha dos EUA para cons­truir um sub­ma­ri­no, e em 1898 foi lan­ça­do um sub­ma­ri­no bem suce­di­do da Holan­da, o pri­mei­ro sub­ma­ri­no ver­da­dei­ra­men­te prá­ti­co. O gover­no dos EUA enco­men­dou mais seis; enco­men­das seme­lhan­tes vie­ram de Ingla­ter­ra, Japão, e Rússia.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1946, o mate­má­ti­co rus­so Gri­gory Mar­gu­lis. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1978 pelas suas con­tri­bui­ções para a teo­ria dos gru­pos Lie, embo­ra não tenha sido auto­ri­za­do pelo gover­no sovié­ti­co a via­jar para a Fin­lân­dia para rece­ber o pré­mio. Em 1990, Mar­gu­lis imi­grou para os Esta­dos Uni­dos. O tra­ba­lho de Mar­gu­lis este­ve lar­ga­men­te envol­vi­do na reso­lu­ção de uma série de pro­ble­mas na teo­ria dos gru­pos Lie. Em par­ti­cu­lar, Mar­gu­lis pro­vou ser uma con­jec­tu­ra de lon­ga data de Atle Sel­berg sobre sub­gru­pos dis­cre­tos de gru­pos Lie semi-sim­ples. As téc­ni­cas que uti­li­zou no seu tra­ba­lho foram extraí­das de com­bi­na­tó­ri­as, teo­ria ergó­di­ca, sis­te­mas dinâ­mi­cos, e geo­me­tria diferencial.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1955, o inven­tor e empre­sá­rio nor­te-ame­ri­ca­no Ste­ve Jobs. Ele, em 1976, co-fun­dou a Apple Inc. com Ste­ve Woz­ni­ak para fabri­car com­pu­ta­do­res pes­so­ais. Duran­te a sua vida, foi-lhe con­ce­di­do ou soli­ci­ta­do 338 paten­tes como inven­tor ou co-inven­tor não só de apli­ca­ções em com­pu­ta­do­res, dis­po­si­ti­vos elec­tró­ni­cos por­tá­teis e inter­fa­ces de uti­li­za­dor, mas tam­bém de uma série de outras numa gama de tec­no­lo­gi­as. Des­de o iní­cio, este­ve acti­vo em todos os aspec­tos da empre­sa Apple, con­ce­ben­do, desen­vol­ven­do e comer­ci­a­li­zan­do. Após o suces­so ini­ci­al da série Apple II de com­pu­ta­do­res pes­so­ais, o Macin­tosh substituiu‑a com uma inter­fa­ce grá­fi­ca movi­da a rato. Ele man­te­ve a Apple na van­guar­da do design ino­va­dor, fun­ci­o­nal e de fácil uti­li­za­ção com novos pro­du­tos, incluin­do o tablet iPad e o iPho­ne. Ele tam­bém este­ve envol­vi­do com fil­mes de com­pu­ta­ção grá­fi­ca atra­vés da sua com­pra (1986) da empre­sa que se tor­nou Pixar.

Faz hoje 10 anos que era lan­ça­do para o mer­ca­do o Rasp­ber­ry Pi. Des­de então, tor­nou-se um fenó­me­no mun­di­al, ali­men­tan­do uma vas­ta gama de pro­jec­tos hobby e de pro­du­tos comer­ci­ais. Desen­vol­vi­do na Ingla­ter­ra pela fun­da­ção Rasp­ber­ry PI em asso­ci­a­ção com a Fabri­can­te de Chips Bro­ad­com o objec­ti­vo ini­ci­al des­ta pla­ca era a pro­mo­ção do ensi­no de ciên­cia da com­pu­ta­ção bási­ca em esco­las de paí­ses em desen­vol­vi­men­to. A ver­são ori­gi­nal­men­te lan­ça­da foi o Rasp­ber­ry Pi 1 B com 256MB de memó­ria RAM e tinha um cus­to de 35 USD.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI Maga­zi­ne Nº 115 de Março.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº355

Newsletter Nº355
News­let­ter Nº355

Faz hoje anos que nas­cia, em 1781, o médi­co fran­cês René Laen­nec. Ele inven­tou o este­tos­có­pio e é geral­men­te con­si­de­ra­do o pai da medi­ci­na do tórax. Uti­li­zan­do um cilin­dro de madei­ra com um pé lon­go que colo­cou no pei­to dos seus paci­en­tes, con­se­guiu ouvir os vári­os sons fei­tos pelos pul­mões e pelo cora­ção. Duran­te três anos estu­dou os sons torá­ci­cos dos paci­en­tes e cor­re­la­ci­o­nou-os com as doen­ças encon­tra­das na autóp­sia. Des­cre­veu os seus méto­dos e des­co­ber­tas no clás­si­co De l’aus­cul­ta­ti­on médi­a­te (1819). Laën­nec fez nume­ro­sas outras con­tri­bui­ções para a lite­ra­tu­ra das doen­ças res­pi­ra­tó­ri­as e cardíacas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o quí­mi­co rus­so Fri­e­dri­ch Kon­rad Beils­tein. Ele dedi­cou-se à inves­ti­ga­ção em quí­mi­ca orgâ­ni­ca que incluía o estu­do de deri­va­dos iso­mé­ri­cos de bene­ze­no. O seu lega­do dura­dou­ro, no entan­to, foi ini­ci­ar a des­cri­ção sis­te­má­ti­ca das com­po­o­ni­as orgâ­ni­cas, que ele con­cre­ti­zou na publi­ca­ção do seu Hand­bu­ch der orga­nis­chen Che­mie, (1880–82; Hand­bo­ok of Orga­nic Che­mis­try). O seu objec­ti­vo era que este fos­se um catá­lo­go com­ple­to, e já na sua pri­mei­ra edi­ção, os dois volu­mes des­cre­vi­am 15.000 com­pos­tos. Como a quí­mi­ca orgâ­ni­ca con­ti­nu­a­va a cres­cer rapi­da­men­te, publi­cou a segun­da e ter­cei­ra edi­ções expan­di­das. Após a mor­te de Beils­tein, devi­do ao seu gran­de valor para os quí­mi­cos orgâ­ni­cos, o tra­ba­lho de actu­a­li­za­ção da publi­ca­ção foi assu­mi­do pela Deuts­che Che­mis­che Gesells­chanft, que con­ti­nu­ou a publicá-la”.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1856, o fotó­gra­fo e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Fre­de­ric Euge­ne Ives. Ele foi o inven­tor do pro­ces­so de meio-tom, um méto­do de repro­du­ção de foto­gra­fi­as numa pren­sa de impres­são. Antes des­te pro­ces­so, as foto­gra­fi­as e ilus­tra­ções eram repro­du­zi­das a par­tir de pla­cas gra­va­das à mão. Des­ta for­ma, as impres­so­ras podi­am repro­du­zir dese­nhos de linha, mas não os tons de cin­za numa foto­gra­fia, por­que as pren­sas de impres­são não podem impri­mir a cin­za — ape­nas a pre­to e bran­co. Ives inven­tou um ecrã que con­ver­te­ria uma foto­gra­fia num padrão de peque­nos pon­tos. Gran­des pon­tos for­mam onde a ima­gem é escu­ra, e peque­nos pon­tos onde a ima­gem é cla­ra, dan­do assim a ilu­são de tona­li­da­des de cin­zen­to. Em 1881, foi o pri­mei­ro a fazer uma impres­são a três cores de blo­cos de meio-tom. Outras inven­ções em foto­gra­fia e impres­são a cores ren­de­ram 70 patentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1888, o cien­tis­ta ger­ma­no-ame­ri­ca­no Otto Stern. Ele foi ven­ce­dor do Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1943 pelo seu desen­vol­vi­men­to do fei­xe mole­cu­lar como fer­ra­men­ta para estu­dar as carac­te­rís­ti­cas das molé­cu­las e pela sua medi­ção do momen­to mag­né­ti­co do protão.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1890, o esta­tís­ti­co, gene­ti­cis­ta e bió­lo­go evo­lu­ci­o­nis­ta bri­tâ­ni­co Ronald Fisher. Ele deu con­tri­bui­ções para a teo­ria esta­tís­ti­ca que se tor­na­ram pila­res da prá­ti­ca esta­tís­ti­ca moder­na. Em gené­ti­ca, ele esta­be­le­ceu a gené­ti­ca bio­mé­tri­ca e estu­dou o domí­nio atra­vés de expe­ri­ên­ci­as de repro­du­ção com vári­os ani­mais). Desen­vol­veu méto­dos de aná­li­se mul­ti-vari­a­da para ras­tre­ar a liga­ção dos genes a dife­ren­tes carac­te­rís­ti­cas. Para evi­tar a intro­du­ção de pre­con­cei­tos na con­cep­ção de expe­ri­ên­ci­as que pudes­sem pro­du­zir dados impre­ci­sos ou enga­no­sos, apli­cou o seu prin­cí­pio de ale­a­to­ri­e­da­de. Enquan­to con­ti­nu­a­va o seu inte­res­se em esta­tís­ti­cas duran­te os seus cur­sos uni­ver­si­tá­ri­os, come­çou a sua car­rei­ra como pro­fes­sor de mate­má­ti­ca do ensi­no secun­dá­rio (1914–19). Duran­te este tem­po, publi­cou um tra­ba­lho (1918) apli­can­do esta­tís­ti­cas para pro­du­zir um teo­re­ma fun­da­men­tal de selec­ção natu­ral. Pros­se­guiu o seu estu­do de gené­ti­ca na Esta­ção Expe­ri­men­tal de Rothams­ted como esta­tís­ti­co em 1919.

E nes­ta sema­na que pas­sou o Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb está qua­se a con­cluir a pri­mei­ra fase do pro­ces­so de ali­nha­men­to do espe­lho pri­má­rio do obser­va­tó­rio com o ins­tru­men­to Near Infra­red Came­ra (NIR­Cam), com a dura­ção de meses. O desa­fio da equi­pa foi duplo: con­fir­mar que a NIR­Cam esta­va pron­to para reco­lher luz de objec­tos celes­tes, e depois iden­ti­fi­car a luz este­lar da mes­ma estre­la em cada um dos 18 seg­men­tos pri­má­ri­os do espe­lho. O resul­ta­do é um mosai­co de ima­gem de 18 pon­tos de luz este­lar orga­ni­za­dos ale­a­to­ri­a­men­te, o pro­du­to dos seg­men­tos de espe­lho não ali­nha­dos da Webb, todos reflec­tin­do a luz da mes­ma estre­la no espe­lho secun­dá­rio da Webb e nos detec­to­res da NIRCam.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne Nº 52 de Março.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº354

Newsletter Nº354
News­let­ter Nº354

Faz hoje anos que nas­cia, em 1846, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Ira Rem­sen. Ele, jun­ta­men­te com Cons­tan­tin Fahl­berg des­co­bri­ram a saca­ri­na. Ensi­nou quí­mi­ca na Uni­ver­si­da­de Johns Hop­kins de 1876 (onde se tor­nou o seu segun­do pre­si­den­te em 1901–13). Intro­du­ziu ins­tru­ção labo­ra­to­ri­al avan­ça­da usan­do méto­dos de ensi­no que tinha apren­di­do na Ale­ma­nha sob Rudolph Fit­tig. Espe­ci­a­li­zou-se no anel de ben­ze­no e gru­pos afins. Com Cons­tan­tin Fahl­berg, um estu­dan­te que tra­ba­lha­va sob a sua direc­ção, sin­te­ti­zou pela pri­mei­ra vez o ortho­ben­zoyl sul­fi­mi­de (1879). Fahl­berg des­co­briu aci­den­tal­men­te o seu sabor inten­sa­men­te doce ao tocar os seus dedos nos seus lábi­os enquan­to, sem o saber, tinha alguns grãos sobre eles. O com­pos­to foi paten­te­a­do e comer­ci­a­li­za­do sob o nome comer­ci­al de “saca­ri­na”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1901, o Mate­má­ti­co ger­ma­no-ame­ri­ca­no Richard Brau­er. Ele foi pio­nei­ro no desen­vol­vi­men­to da teo­ria da álge­bra. Tra­ba­lhou com Weyl em vári­os pro­jec­tos, incluin­do um famo­so arti­go con­jun­to sobre spi­nors (publi­ca­do em 1935 no Ame­ri­can Jour­nal of Mathe­ma­tics). Este tra­ba­lho ser­viu de base à teo­ria de Paul Dirac sobre o elec­trão gira­tó­rio no âmbi­to da mecâ­ni­ca quân­ti­ca. Com Nes­bitt, Brau­er intro­du­ziu a teo­ria dos blo­cos (1937). Brau­er utilizou‑a para obter resul­ta­dos sobre gru­pos fini­tos, par­ti­cu­lar­men­te gru­pos fini­tos sim­ples, e a teo­ria dos blo­cos teria um gran­de papel em gran­de par­te do tra­ba­lho pos­te­ri­or de Brau­er. Come­çan­do pela carac­te­ri­za­ção teó­ri­ca dos gru­pos sim­ples (1951), Brau­er pas­sou o res­to da sua vida a for­mu­lar um méto­do para clas­si­fi­car todos os gru­pos fini­tos simples.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1902, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wal­ter Hou­ser Brat­tain. Ele par­ti­lhou (com John Bar­de­en e Wil­li­am B. Shoc­kley) o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1956 pela inves­ti­ga­ção de semi­con­du­to­res (mate­ri­ais dos quais são fei­tos tran­sís­to­res) e pelo desen­vol­vi­men­to do tran­sís­tor. Na facul­da­de, dis­se ele, for­mou-se em físi­ca e mate­má­ti­ca por­que eram as úni­cas dis­ci­pli­nas em que ele era bom. Tor­nou-se um físi­co sóli­do com uma boa com­pre­en­são da teo­ria, mas a sua for­ça esta­va na cons­tru­ção físi­ca de expe­ri­ên­ci­as. Tra­ba­lhan­do com as idei­as de Shoc­kley e Bar­de­en, as mãos de Brat­tain cons­truí­ram o pri­mei­ro tran­sís­tor. Em bre­ve, o tran­sís­tor subs­ti­tuiu o tubo de vácuo mais volu­mo­so para mui­tas uti­li­za­ções e foi o pre­cur­sor de peças elec­tró­ni­cas micro-miniatura.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1931, o físi­co, enge­nhei­ro acús­ti­co e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no James West. Ele desen­vol­veu a tec­no­lo­gia do trans­du­tor de elec­trões e a apli­cou para co-inven­tar o micro­fo­ne de alu­mí­nio do elec­trão. Devi­do aos bene­fí­ci­os do seu bai­xo cus­to, alta sen­si­bi­li­da­de e for­ma com­pac­ta, este tipo de micro­fo­ne pre­do­mi­na ago­ra na mai­o­ria das apli­ca­ções. A sua car­rei­ra tomou for­ma quan­do ain­da era licen­ci­a­do em Físi­ca. Após os Verões como esta­giá­rio no Depar­ta­men­to de Inves­ti­ga­ção Acús­ti­ca da Bell Labs, West foi-lhe atri­buí­do um car­go a tem­po intei­ro após a gra­du­a­ção em 1957. De 1960–62, tra­ba­lhou com Gerhard M. Ses­s­ler para aper­fei­ço­ar o micro­fo­ne elec­tret e, em 1968, esta­va em pro­du­ção em mas­sa. O seu nome está em mais de 250 paten­tes. Este tipo de micro­fo­ne é ago­ra ampla­men­te encon­tra­do em tele­fo­nes, câma­ras de vídeo e apa­re­lhos auditivos.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1936, o cien­tis­ta infor­má­ti­co isra­e­li­ta Abraham Lem­pel. Ele é um dos pais da famí­lia LZ de algo­rit­mos de com­pres­são de dados sem per­das. Os seus tra­ba­lhos his­to­ri­ca­men­te impor­tan­tes come­çam com a apre­sen­ta­ção do algo­rit­mo LZ77 num arti­go inti­tu­la­do “A Uni­ver­sal Algo­rithm for Sequen­ti­al Data Com­pres­si­on” no IEEE Tran­sac­ti­ons on Infor­ma­ti­on The­ory (Maio de 1977), co-auto­ria de Jacob Ziv. Os algo­rit­mos LZ77 e LZ78 de auto­ria de Lem­pel e Jacob Ziv leva­ram a uma série de tra­ba­lhos deri­va­dos, incluin­do o algo­rit­mo Lem­pel-Ziv-Wel­ch, uti­li­za­do no for­ma­to de ima­gem GIF, e o algo­rit­mo de cadeia Lem­pel-Ziv-Mar­kov, uti­li­za­do nos com­pres­so­res 7‑Zip e xz. Os algo­rit­mos foram tam­bém uti­li­za­dos como ori­gi­nal­men­te publi­ca­dos em for­ma­tos como o DEFLATE, uti­li­za­do no for­ma­to de ima­gem PNG.

Em 1996 o cam­peão mun­di­al de xadrez Gar­ry Kas­pa­rov per­de o jogo para o com­pu­ta­dor Deep Blue. Um com­pu­ta­dor IBM capaz de ava­li­ar 200 milhões de movi­men­tos por segun­do. No entan­to, o homem aca­bou por ven­cer a máqui­na, uma vez que Kas­pa­rov ven­ceu o Deep Blue na par­ti­da com três vitó­ri­as e dois empa­tes e levou para casa o pré­mio de 400.000 dóla­res. Cer­ca de 6 milhões de pes­so­as em todo o mun­do acom­pa­nha­ram a acção onli­ne. Kas­pa­rov tinha ante­ri­or­men­te der­ro­ta­do o Deep Thought, o pro­tó­ti­po do Deep Blue desen­vol­vi­do por inves­ti­ga­do­res da IBM em 1989, mas ele e outros mes­tres de xadrez tinham, por vezes, per­di­do para os com­pu­ta­do­res em jogos que dura­vam uma hora ou menos. O con­cur­so de Feve­rei­ro de 1996 foi sig­ni­fi­ca­ti­vo na medi­da em que repre­sen­ta­va a pri­mei­ra vez que um huma­no e um com­pu­ta­dor o tinham eli­mi­na­do num regu­la­men­to, jogo de seis jogos, em que cada joga­dor tinha duas horas para fazer 40 joga­das, duas horas para ter­mi­nar as 20 joga­das seguin­tes e depois mais 60 minu­tos para encer­rar o jogo.

E nes­ta sema­na que pas­sou, uma ideia que tinha sido lan­ça­da no pas­sa­do mês de Setem­bro deu mais um pas­so. Tra­ta-se da sobe­ra­nia digi­tal: A Comis­são pro­põe a Lei dos Chips para fazer face à escas­sez de semi­con­du­to­res e refor­çar a lide­ran­ça tec­no­ló­gi­ca da Euro­pa. A Comis­são propôs um con­jun­to abran­gen­te de medi­das para garan­tir a segu­ran­ça do apro­vi­si­o­na­men­to, a resi­li­ên­cia e a lide­ran­ça tec­no­ló­gi­ca da UE em tec­no­lo­gi­as e apli­ca­ções de semi­con­du­to­res. A Lei Euro­peia dos Chips refor­ça­rá a com­pe­ti­ti­vi­da­de, a resi­li­ên­cia e aju­da­rá a alcan­çar tan­to a tran­si­ção digi­tal como a tran­si­ção ver­de da Euro­pa. A recen­te escas­sez glo­bal de semi­con­du­to­res for­çou o encer­ra­men­to de fábri­cas numa vas­ta gama de sec­to­res, des­de auto­mó­veis a dis­po­si­ti­vos de saú­de. No sec­tor auto­mó­vel, por exem­plo, a pro­du­ção em alguns Esta­dos Mem­bros dimi­nuiu um ter­ço em 2021. Isto tor­nou mais evi­den­te a extre­ma depen­dên­cia glo­bal da cadeia de valor dos semi­con­du­to­res num núme­ro mui­to limi­ta­do de inter­ve­ni­en­tes num con­tex­to geo­po­lí­ti­co com­ple­xo. Mas tam­bém ilus­trou a impor­tân­cia dos semi­con­du­to­res para toda a indús­tria e soci­e­da­de europeia.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº353

Newsletter Nº353
News­let­ter Nº353

Faz hoje anos que nas­cia, em 1853, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Hud­son Maxim. No iní­cio da sua car­rei­ra, num negó­cio de impres­são em Pitts­fi­eld, Mass. (1883), inven­tou um méto­do de impres­são a cores em jor­nais. Depois vol­tou-se para a melho­ria dos explo­si­vos e fez a pri­mei­ra pól­vo­ra sem fumo nos Esta­dos Uni­dos. Em 1901, inven­tou o maxi­mi­te, um pó alta­men­te explo­si­vo 50% mais poten­te do que a dina­mi­te. Quan­do usa­do em tor­pe­dos, maxi­mi­te resis­tiu tan­to ao cho­que de dis­pa­ro como ao mai­or cho­que de per­fu­ra­ção da pla­ca de blin­da­gem sem explo­dir até ser então desen­ca­de­a­do por um fusí­vel deto­nan­te de acção retar­da­da, outra inven­ção de Maxim. Mais tar­de, aper­fei­ço­ou um nova pól­vo­ra sem fumo, cha­ma­do esta­bi­li­te devi­do à sua alta esta­bi­li­da­de, e moto­ri­te, uma subs­tân­cia auto-com­bus­ti­va para pro­pul­sar torpedos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1859, o desig­ner ale­mão de aviões Hugo Jun­kers. Ele foi o pro­po­nen­te ini­ci­al da cons­tru­ção mono­pla­no e total­men­te metá­li­ca de aviões. A sua empre­sa, Jun­kers Flug­zeug- und Moto­renwer­ke AG (Jun­kers Air­craft and Motor Works), foi um dos pila­res da indús­tria aero­náu­ti­ca ale­mã nos anos entre a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al e a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Os seus aviões mul­ti­mo­to­res, total­men­te metá­li­cos, de pas­sa­gei­ros e de car­ga aju­da­ram a esta­be­le­cer com­pa­nhi­as aére­as na Ale­ma­nha e em todo o mundo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1890, o físi­co suí­ço Paul Scher­rer. Ele, em cola­bo­ra­ção com Peter Debye pro­du­ziu um méto­do de aná­li­se de difrac­ção de rai­os X. O méto­do Debye-Scher­rer tem a capa­ci­da­de de iden­ti­fi­car mate­ri­ais que não este­jam na for­ma de cris­tais gran­des e perfeitos.

Em 1966, os EUA lan­ça­ram o seu pri­mei­ro saté­li­te mete­o­ro­ló­gi­co ope­ra­ci­o­nal, o ESSA‑1, para for­ne­cer foto­gra­fia de cober­tu­ra de nuvens ao Cen­tro Mete­o­ro­ló­gi­co Naci­o­nal dos EUA para a pre­pa­ra­ção de aná­li­ses e pre­vi­sões mete­o­ro­ló­gi­cas ope­ra­ci­o­nais. A nave espa­ci­al era um polí­go­no de 18 lados, 42 pole­ga­das de diâ­me­tro, 22 pole­ga­das de altu­ra e peso 305 lb. Era fei­ta de liga de alu­mí­nio e aço ino­xi­dá­vel, depois cober­ta com 9100 célu­las sola­res. As célu­las sola­res ser­vi­ram para car­re­gar as 63 bate­ri­as. As suas duas câma­ras foram mon­ta­das 180 graus uma con­tra a outra ao lon­go do lado cilín­dri­co da embar­ca­ção. Uma câma­ra podia ser apon­ta­da em algum pon­to da Ter­ra sem­pre que o saté­li­te giras­se ao lon­go do seu eixo. A ESSA‑1 con­se­guia ver o tem­po de cada área do glo­bo, foto­gra­fan­do uma deter­mi­na­da área exac­ta­men­te à mes­ma hora local todos os dias.

Tam­bém em 1966, e três dias após a sua des­co­la­gem, a nave espa­ci­al sovié­ti­ca Lunik 9 não tri­pu­la­da ater­rou em segu­ran­ça na Lua, no Oce­a­no das Tem­pes­ta­des. Foi a pri­mei­ra ater­ra­gem sua­ve de sem­pre nou­tro cor­po celes­te, e abriu o cami­nho para via­gens tri­pu­la­das à Lua, eli­mi­nan­do dúvi­das de que a super­fí­cie fos­se uma areia move­di­ça empo­ei­ra­da e inse­gu­ra. Ao atin­gir a super­fí­cie, a son­da sovié­ti­ca ejec­tou uma cáp­su­la de 250 lb que depois rolou na ver­ti­cal e des­do­brou qua­tro péta­las acci­o­na­das por mola para se esta­bi­li­zar. Uma câma­ra de tele­vi­são com um sis­te­ma de espe­lho rota­ti­vo per­mi­tiu à Lunik 9 tirar foto­gra­fi­as, incluin­do vis­tas pano­râ­mi­cas da pai­sa­gem lunar e vis­tas mais pró­xi­mas das rochas pró­xi­mas, que foram trans­mi­ti­das de vol­ta à ter­ra até 6 de Feve­rei­ro, quan­do as bate­ri­as se esgo­ta­ram e o con­tac­to com a nave espa­ci­al se perdeu.

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do ofi­ci­al­men­te a ver­são de 64-bits do Rasp­ber­ry OS. A arqui­tec­tu­ra ARMv8‑A, que englo­ba a arqui­tec­tu­ra AArch64 de 64 bits e o con­jun­to de ins­tru­ções A64 asso­ci­a­do, foi intro­du­zi­da pela pri­mei­ra vez na linha Rasp­ber­ry Pi com Rasp­ber­ry Pi 3 em 2016. A par­tir daí, foi pos­sí­vel exe­cu­tar um sis­te­ma ope­ra­ti­vo com­ple­to de 64-bit, e mui­tos sis­te­mas ope­ra­ti­vos de ter­cei­ros estão dis­po­ní­veis. Con­tu­do, con­ti­nu­a­ram a cons­truir os lan­ça­men­tos Rasp­ber­ry Pi OS na pla­ta­for­ma 32-bit Rasp­bi­an, com o objec­ti­vo de maxi­mi­zar a com­pa­ti­bi­li­da­de entre dis­po­si­ti­vos e de evi­tar a con­fu­são dos cli­en­tes. Com este lan­ça­men­to é pos­sí­vel tirar par­ti­do da arqui­tec­tu­ra de 64-bits, que é mais util nos mode­los com 4 ou 8GB de memó­ria RAM.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.