Newsletter Nº356

Newsletter Nº356
News­let­ter Nº356

Faz hoje anos que nas­cia, em 1663, o Enge­nhei­ro e inven­tor inglês Tho­mas New­co­men. Ele é o inven­tor da pri­mei­ra máqui­na a vapor atmos­fé­ri­ca bem suce­di­da do mun­do. A sua inven­ção c.1711 entrou em uso até 1725 para bom­be­ar água das minas de car­vão ou ele­var a água para ali­men­tar as rodas d’á­gua. Em cada vol­ta, o vapor enchia um cilin­dro fecha­do por um pis­tão, depois um jac­to de água arre­fe­cia e con­den­sa­va o vapor no cilin­dro cri­an­do um vácuo, depois a pres­são atmos­fé­ri­ca empur­ra­va o pis­tão para bai­xo. Um fei­xe trans­ver­sal trans­fe­riu o movi­men­to do pis­tão para o fun­ci­o­na­men­to da bom­ba. Isto foi um des­per­dí­cio de com­bus­tí­vel neces­sá­rio para rea­que­cer o cilin­dro para o pró­xi­mo cur­so. Ape­sar de len­to e ine­fi­ci­en­te, o motor da New­co­men foi uti­li­za­do duran­te os pri­mei­ros 60 anos da nova era do vapor que come­çou, tal­vez a inven­ção mais impor­tan­te da Revo­lu­ção Industrial.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1709, o inven­tor fran­cês Jac­ques de Vau­can­son. Ele foi o inven­tor de autó­ma­tos — dis­po­si­ti­vos robo­ti­za­dos de sig­ni­fi­ca­do pos­te­ri­or para a indús­tria moder­na. Em 1737–38, pro­du­ziu um toca­dor de flau­ta trans­ver­sal, um toca­dor de tubo e de tam­bor, e um pato mecâ­ni­co, que foi espe­ci­al­men­te notá­vel, não só imi­tan­do os movi­men­tos de um pato vivo, mas tam­bém os movi­men­tos de beber, comer, e “dige­rir”. Fez melho­ri­as na meca­ni­za­ção da tece­la­gem da seda, mas a sua inven­ção mais impor­tan­te foi igno­ra­da duran­te vári­as déca­das — a de auto­ma­ti­zar o tear por meio de car­tões per­fu­ra­dos que gui­a­vam os gan­chos liga­dos aos fios de urdi­du­ra. (Mais tar­de recons­truí­da e melho­ra­da por J.-M. Jac­quard, tor­nou-se uma das inven­ções mais impor­tan­tes da Revo­lu­ção Industrial).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1841, o enge­nhei­ro irlan­dês John Phi­lip Hol­land. Ele ficou conhe­ci­do como o “pai do sub­ma­ri­no moder­no”, que con­ce­beu e cons­truiu o pri­mei­ro navio subaquá­ti­co acei­te pela Mari­nha dos Esta­dos Uni­dos. Em 1873, emi­grou para os EUA onde, com o apoio finan­cei­ro da Irish Feni­an Soci­ety (que espe­ra­va uti­li­zar sub­ma­ri­nos con­tra a Ingla­ter­ra), cons­truiu o Feni­an Ram, um peque­no sub­ma­ri­no que se reve­lou um suces­so limi­ta­do numa cor­ri­da de ensaio. Em 1895, a sua J.P. Hol­land Tor­pe­do Boat Com­pany rece­beu um con­tra­to da Mari­nha dos EUA para cons­truir um sub­ma­ri­no, e em 1898 foi lan­ça­do um sub­ma­ri­no bem suce­di­do da Holan­da, o pri­mei­ro sub­ma­ri­no ver­da­dei­ra­men­te prá­ti­co. O gover­no dos EUA enco­men­dou mais seis; enco­men­das seme­lhan­tes vie­ram de Ingla­ter­ra, Japão, e Rússia.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1946, o mate­má­ti­co rus­so Gri­gory Mar­gu­lis. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1978 pelas suas con­tri­bui­ções para a teo­ria dos gru­pos Lie, embo­ra não tenha sido auto­ri­za­do pelo gover­no sovié­ti­co a via­jar para a Fin­lân­dia para rece­ber o pré­mio. Em 1990, Mar­gu­lis imi­grou para os Esta­dos Uni­dos. O tra­ba­lho de Mar­gu­lis este­ve lar­ga­men­te envol­vi­do na reso­lu­ção de uma série de pro­ble­mas na teo­ria dos gru­pos Lie. Em par­ti­cu­lar, Mar­gu­lis pro­vou ser uma con­jec­tu­ra de lon­ga data de Atle Sel­berg sobre sub­gru­pos dis­cre­tos de gru­pos Lie semi-sim­ples. As téc­ni­cas que uti­li­zou no seu tra­ba­lho foram extraí­das de com­bi­na­tó­ri­as, teo­ria ergó­di­ca, sis­te­mas dinâ­mi­cos, e geo­me­tria diferencial.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1955, o inven­tor e empre­sá­rio nor­te-ame­ri­ca­no Ste­ve Jobs. Ele, em 1976, co-fun­dou a Apple Inc. com Ste­ve Woz­ni­ak para fabri­car com­pu­ta­do­res pes­so­ais. Duran­te a sua vida, foi-lhe con­ce­di­do ou soli­ci­ta­do 338 paten­tes como inven­tor ou co-inven­tor não só de apli­ca­ções em com­pu­ta­do­res, dis­po­si­ti­vos elec­tró­ni­cos por­tá­teis e inter­fa­ces de uti­li­za­dor, mas tam­bém de uma série de outras numa gama de tec­no­lo­gi­as. Des­de o iní­cio, este­ve acti­vo em todos os aspec­tos da empre­sa Apple, con­ce­ben­do, desen­vol­ven­do e comer­ci­a­li­zan­do. Após o suces­so ini­ci­al da série Apple II de com­pu­ta­do­res pes­so­ais, o Macin­tosh substituiu‑a com uma inter­fa­ce grá­fi­ca movi­da a rato. Ele man­te­ve a Apple na van­guar­da do design ino­va­dor, fun­ci­o­nal e de fácil uti­li­za­ção com novos pro­du­tos, incluin­do o tablet iPad e o iPho­ne. Ele tam­bém este­ve envol­vi­do com fil­mes de com­pu­ta­ção grá­fi­ca atra­vés da sua com­pra (1986) da empre­sa que se tor­nou Pixar.

Faz hoje 10 anos que era lan­ça­do para o mer­ca­do o Rasp­ber­ry Pi. Des­de então, tor­nou-se um fenó­me­no mun­di­al, ali­men­tan­do uma vas­ta gama de pro­jec­tos hobby e de pro­du­tos comer­ci­ais. Desen­vol­vi­do na Ingla­ter­ra pela fun­da­ção Rasp­ber­ry PI em asso­ci­a­ção com a Fabri­can­te de Chips Bro­ad­com o objec­ti­vo ini­ci­al des­ta pla­ca era a pro­mo­ção do ensi­no de ciên­cia da com­pu­ta­ção bási­ca em esco­las de paí­ses em desen­vol­vi­men­to. A ver­são ori­gi­nal­men­te lan­ça­da foi o Rasp­ber­ry Pi 1 B com 256MB de memó­ria RAM e tinha um cus­to de 35 USD.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI Maga­zi­ne Nº 115 de Março.

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