Newsletter Nº353

Newsletter Nº353
News­let­ter Nº353

Faz hoje anos que nas­cia, em 1853, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Hud­son Maxim. No iní­cio da sua car­rei­ra, num negó­cio de impres­são em Pitts­fi­eld, Mass. (1883), inven­tou um méto­do de impres­são a cores em jor­nais. Depois vol­tou-se para a melho­ria dos explo­si­vos e fez a pri­mei­ra pól­vo­ra sem fumo nos Esta­dos Uni­dos. Em 1901, inven­tou o maxi­mi­te, um pó alta­men­te explo­si­vo 50% mais poten­te do que a dina­mi­te. Quan­do usa­do em tor­pe­dos, maxi­mi­te resis­tiu tan­to ao cho­que de dis­pa­ro como ao mai­or cho­que de per­fu­ra­ção da pla­ca de blin­da­gem sem explo­dir até ser então desen­ca­de­a­do por um fusí­vel deto­nan­te de acção retar­da­da, outra inven­ção de Maxim. Mais tar­de, aper­fei­ço­ou um nova pól­vo­ra sem fumo, cha­ma­do esta­bi­li­te devi­do à sua alta esta­bi­li­da­de, e moto­ri­te, uma subs­tân­cia auto-com­bus­ti­va para pro­pul­sar torpedos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1859, o desig­ner ale­mão de aviões Hugo Jun­kers. Ele foi o pro­po­nen­te ini­ci­al da cons­tru­ção mono­pla­no e total­men­te metá­li­ca de aviões. A sua empre­sa, Jun­kers Flug­zeug- und Moto­renwer­ke AG (Jun­kers Air­craft and Motor Works), foi um dos pila­res da indús­tria aero­náu­ti­ca ale­mã nos anos entre a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al e a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Os seus aviões mul­ti­mo­to­res, total­men­te metá­li­cos, de pas­sa­gei­ros e de car­ga aju­da­ram a esta­be­le­cer com­pa­nhi­as aére­as na Ale­ma­nha e em todo o mundo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1890, o físi­co suí­ço Paul Scher­rer. Ele, em cola­bo­ra­ção com Peter Debye pro­du­ziu um méto­do de aná­li­se de difrac­ção de rai­os X. O méto­do Debye-Scher­rer tem a capa­ci­da­de de iden­ti­fi­car mate­ri­ais que não este­jam na for­ma de cris­tais gran­des e perfeitos.

Em 1966, os EUA lan­ça­ram o seu pri­mei­ro saté­li­te mete­o­ro­ló­gi­co ope­ra­ci­o­nal, o ESSA‑1, para for­ne­cer foto­gra­fia de cober­tu­ra de nuvens ao Cen­tro Mete­o­ro­ló­gi­co Naci­o­nal dos EUA para a pre­pa­ra­ção de aná­li­ses e pre­vi­sões mete­o­ro­ló­gi­cas ope­ra­ci­o­nais. A nave espa­ci­al era um polí­go­no de 18 lados, 42 pole­ga­das de diâ­me­tro, 22 pole­ga­das de altu­ra e peso 305 lb. Era fei­ta de liga de alu­mí­nio e aço ino­xi­dá­vel, depois cober­ta com 9100 célu­las sola­res. As célu­las sola­res ser­vi­ram para car­re­gar as 63 bate­ri­as. As suas duas câma­ras foram mon­ta­das 180 graus uma con­tra a outra ao lon­go do lado cilín­dri­co da embar­ca­ção. Uma câma­ra podia ser apon­ta­da em algum pon­to da Ter­ra sem­pre que o saté­li­te giras­se ao lon­go do seu eixo. A ESSA‑1 con­se­guia ver o tem­po de cada área do glo­bo, foto­gra­fan­do uma deter­mi­na­da área exac­ta­men­te à mes­ma hora local todos os dias.

Tam­bém em 1966, e três dias após a sua des­co­la­gem, a nave espa­ci­al sovié­ti­ca Lunik 9 não tri­pu­la­da ater­rou em segu­ran­ça na Lua, no Oce­a­no das Tem­pes­ta­des. Foi a pri­mei­ra ater­ra­gem sua­ve de sem­pre nou­tro cor­po celes­te, e abriu o cami­nho para via­gens tri­pu­la­das à Lua, eli­mi­nan­do dúvi­das de que a super­fí­cie fos­se uma areia move­di­ça empo­ei­ra­da e inse­gu­ra. Ao atin­gir a super­fí­cie, a son­da sovié­ti­ca ejec­tou uma cáp­su­la de 250 lb que depois rolou na ver­ti­cal e des­do­brou qua­tro péta­las acci­o­na­das por mola para se esta­bi­li­zar. Uma câma­ra de tele­vi­são com um sis­te­ma de espe­lho rota­ti­vo per­mi­tiu à Lunik 9 tirar foto­gra­fi­as, incluin­do vis­tas pano­râ­mi­cas da pai­sa­gem lunar e vis­tas mais pró­xi­mas das rochas pró­xi­mas, que foram trans­mi­ti­das de vol­ta à ter­ra até 6 de Feve­rei­ro, quan­do as bate­ri­as se esgo­ta­ram e o con­tac­to com a nave espa­ci­al se perdeu.

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do ofi­ci­al­men­te a ver­são de 64-bits do Rasp­ber­ry OS. A arqui­tec­tu­ra ARMv8‑A, que englo­ba a arqui­tec­tu­ra AArch64 de 64 bits e o con­jun­to de ins­tru­ções A64 asso­ci­a­do, foi intro­du­zi­da pela pri­mei­ra vez na linha Rasp­ber­ry Pi com Rasp­ber­ry Pi 3 em 2016. A par­tir daí, foi pos­sí­vel exe­cu­tar um sis­te­ma ope­ra­ti­vo com­ple­to de 64-bit, e mui­tos sis­te­mas ope­ra­ti­vos de ter­cei­ros estão dis­po­ní­veis. Con­tu­do, con­ti­nu­a­ram a cons­truir os lan­ça­men­tos Rasp­ber­ry Pi OS na pla­ta­for­ma 32-bit Rasp­bi­an, com o objec­ti­vo de maxi­mi­zar a com­pa­ti­bi­li­da­de entre dis­po­si­ti­vos e de evi­tar a con­fu­são dos cli­en­tes. Com este lan­ça­men­to é pos­sí­vel tirar par­ti­do da arqui­tec­tu­ra de 64-bits, que é mais util nos mode­los com 4 ou 8GB de memó­ria RAM.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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