Newsletter Nº357

Newsletter Nº357
News­let­ter Nº357

Faz hoje anos que nas­cia, em 1709, o quí­mi­co ale­mão [Andre­as Marggraf](https://en.wikipedia.org/wiki/Andreas_Sigismund_Marggraf). Ele foi pio­nei­ro no tra­ba­lho ana­lí­ti­co. Ele uti­li­zou o tes­te de cha­ma para dis­tin­guir entre potas­sa e refri­ge­ran­te. Iso­lou o zin­co do seu miné­rio de cala­mi­na, e reco­nhe­ceu a alu­mi­na na argi­la. Em 1747, Marg­graf demons­trou que vári­os tipos de raí­zes de beter­ra­ba con­ti­nham açú­car e que o açú­car podia ser extraí­do e cris­ta­li­za­do. O sig­ni­fi­ca­do prá­ti­co des­ta des­co­ber­ta não foi reco­nhe­ci­do na altu­ra, duran­te mui­tos anos foi con­si­de­ra­do como um mero exer­cí­cio labo­ra­to­ri­al. Con­tu­do, algu­mas déca­das mais tar­de, levou ao desen­vol­vi­men­to da indús­tria açu­ca­rei­ra moder­na, quan­do Franz Karl Achard, um alu­no de Marg­graf, ata­cou o pro­ble­ma do cul­ti­vo da beter­ra­ba. Achard con­se­guiu extrair açú­car da beter­ra­ba a uma esca­la comercial.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o astró­no­mo mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no [Geor­ge Wil­li­am Hill](https://en.wikipedia.org/wiki/George_William_Hill). Ele foi con­si­de­ra­do por mui­tos dos seus pares como o mai­or mes­tre da mecâ­ni­ca celes­ti­al do seu tem­po. Hill jun­tou-se ao Gabi­ne­te do Alma­na­que Náu­ti­co em 1861. Ele cal­cu­lou a órbi­ta da lua enquan­to fazia con­tri­bui­ções ori­gi­nais para o pro­ble­ma dos três cor­pos. Intro­du­ziu infi­ni­tos deter­mi­nan­tes, um con­cei­to que mais tar­de encon­trou apli­ca­ção em mui­tos cam­pos da mate­má­ti­ca e da físi­ca. Quan­do Simon New­comb assu­miu o Alma­na­que Náu­ti­co em 1877 e come­çou uma recom­pu­ta­ção com­ple­ta de todos os movi­men­tos do sis­te­ma solar, a Hill foi atri­buí­do o difí­cil pro­ble­ma das órbi­tas de Júpi­ter e Satur­no. Após com­ple­tar o enor­me tra­ba­lho em dez anos, regres­sou à sua quin­ta, onde con­ti­nu­ou a sua pes­qui­sa em mecâ­ni­ca celestial.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1845, o mate­má­ti­co rus­so-ale­mão [Georg Cantor](https://en.wikipedia.org/wiki/Georg_Cantor). Ele cri­ou a teo­ria moder­na dos con­jun­tos e a ampli­ou para dar o con­cei­to de núme­ros trans­fi­ni­tos, com clas­ses de núme­ros car­di­nais e ordi­nais. Embo­ra o pri­mei­ro tra­ba­lho de Can­tor se tenha pre­o­cu­pa­do com as séri­es de Fou­ri­er, a sua repu­ta­ção assen­ta na sua con­tri­bui­ção para a teo­ria dos con­jun­tos trans­fi­ni­tas. Come­çou com a defi­ni­ção de con­jun­tos infi­ni­tos pro­pos­ta por Dede­kind em 1872: um con­jun­to é infi­ni­to quan­do é seme­lhan­te a uma par­te pró­pria de si mes­mo. Os con­jun­tos com esta pro­pri­e­da­de, tais como o con­jun­to de núme­ros natu­rais, são ditos “denu­me­rá­veis” ou “con­ta­bi­li­zá­veis”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1847, o inven­tor esco­cês-ame­ri­ca­no [Ale­xan­der Graham Bell](https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_Graham_Bell). Ele é o inven­tor do tele­fo­ne. A car­rei­ra de Bell foi influ­en­ci­a­da pelo seu avô (que publi­cou The Prac­ti­cal Elo­cu­ti­o­nist and Stam­me­ring and Other Impe­di­ments of Spe­e­ch), pelo seu pai (cujo inte­res­se era a mecâ­ni­ca e os méto­dos de comu­ni­ca­ção vocal) e pela sua mãe (que era sur­da). Quan­do ado­les­cen­te, Ale­xan­dre ficou intri­ga­do com os escri­tos do físi­co ale­mão Her­mann Von Helmholtz, On The Sen­sa­ti­ons of Tone. Aos 23 anos, mudou-se para o Cana­dá. Em 1871, Bell come­çou a dar ins­tru­ção em Dis­cur­so Visí­vel na Esco­la para Sur­dos Mudos de Bos­ton. Este con­tex­to esta­be­le­ceu o seu cur­so no desen­vol­vi­men­to da trans­mis­são de voz sobre fios. Co-fun­dou a Bell Telepho­ne Co em 1877. Com o seu sogro, res­ta­be­le­ceu a revis­ta Sci­en­ce (1882)”.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1879, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no [Elmer McCollum](https://en.wikipedia.org/wiki/Elmer_McCollum). Ele cri­ou o sis­te­ma de letras de vita­mi­nas. Des­co­briu as vita­mi­nas A, B e tra­ba­lhou com outros sobre a vita­mi­na D. Rea­li­zou um exten­so tra­ba­lho de inves­ti­ga­ção em nutri­ção e cres­ci­men­to. Foi o pri­mei­ro nos Esta­dos Uni­dos a esta­be­le­cer uma coló­nia de ratos bran­cos como ani­mais de labo­ra­tó­rio a ser objec­to das suas expe­ri­ên­ci­as nutri­ci­o­nais. Nos anos 1910, reco­nhe­ceu que uma die­ta sau­dá­vel exi­gia cer­tas gor­du­ras, e nome­ou o com­po­nen­te essen­ci­al “lipos­so­lú­vel A”, por opo­si­ção a outro que nome­ou “hidros­so­lú­vel B”. Embo­ra no iní­cio pen­sas­se que cada um era um úni­co com­pos­to, mais tar­de mos­trou que eram de fac­to com­ple­xos. Inves­ti­gou como cer­tos mine­rais eram impor­tan­tes como nutri­en­tes, incluin­do cál­cio, fós­fo­ro, flúor, man­ga­nês e zinco.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1898, o mate­má­ti­co aus­tro-ale­mão [Emil Artin](https://en.wikipedia.org/wiki/Emil_Artin). Ele tra­ba­lhou na teo­ria do núme­ro algé­bri­co, deu uma gran­de con­tri­bui­ção para a teo­ria de cam­po, e decla­rou uma lei de reci­pro­ci­da­de que incluía todas as leis de reci­pro­ci­da­de ante­ri­or­men­te conhe­ci­das (1927). Tra­ba­lhou tam­bém na teo­ria das tran­ças (1925), e em anéis com a con­di­ção míni­ma sobre ide­ais cer­tos, ago­ra cha­ma­dos anéis Arti­ni­a­nos (1944). Artin tem a dis­tin­ção de resol­ver (1927) um dos famo­sos 23 pro­ble­mas ante­ri­or­men­te colo­ca­dos por Hil­bert em 1900.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1918, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no [Arthur Kornberg](https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Kornberg). Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1959 (com Seve­ro Ochoa) pela “des­co­ber­ta dos meca­nis­mos na sín­te­se bio­ló­gi­ca do áci­do deso­xir­ri­bo­nu­clei­co” Korn­berg mos­trou não só como as molé­cu­las de ADN são dupli­ca­das tan­to na natu­re­za den­tro das célu­las bac­te­ri­a­nas, mas tam­bém iso­lou a pri­mei­ra enzi­ma poli­me­ri­za­do­ra de ADN (1958), e repro­du­ziu o pro­ces­so no tubo de ensaio. A sua inves­ti­ga­ção incluiu o estu­do dos áci­dos nuclei­cos que con­tro­lam a here­di­ta­ri­e­da­de em ani­mais, plan­tas, bac­té­ri­as e vírus”.

A 3 de Mar­ço de 1969 era lan­ça­da a Apol­lo 9. Voan­do em órbi­ta ter­res­tre bai­xa, foi a segun­da mis­são Apol­lo tri­pu­la­da que os Esta­dos Uni­dos lan­ça­ram atra­vés de um fogue­te Saturn V, e foi o pri­mei­ro voo da nave espa­ci­al Apol­lo com­ple­ta: o módu­lo de coman­do e ser­vi­ço (CSM) com o Módu­lo Lunar (LM). A mis­são foi pilo­ta­da para qua­li­fi­car o LM para ope­ra­ções de órbi­ta lunar em pre­pa­ra­ção para a pri­mei­ra ater­ra­gem lunar, demons­tran­do os seus sis­te­mas de pro­pul­são de des­ci­da e subi­da, mos­tran­do que a sua tri­pu­la­ção podia pilo­tá-lo de for­ma inde­pen­den­te, e depois encon­trar-se e atra­car nova­men­te com o CSM, como seria neces­sá­rio para a pri­mei­ra ater­ra­gem lunar da tri­pu­la­ção. Outros objec­ti­vos do voo incluí­ram o dis­pa­ro do motor de des­ci­da LM para impul­si­o­nar a pilha da nave espa­ci­al como modo de apoio (como seria exi­gi­do na mis­são Apol­lo 13), e a uti­li­za­ção da mochi­la do sis­te­ma por­tá­til de supor­te de vida fora da cabi­ne LM. A mis­são foi um suces­so completo.

Foi tam­bém nes­ta data, em 2005 que o Vir­gin Atlan­tic Glo­bal­Flyer ter­mi­nou o pri­mei­ro voo de cir­cu­na­ve­ga­ção em 2 dias, 19 horas, 1 minu­to e 46 segun­dos. A par­tir de 2019, esta é a via­gem mun­di­al mais rápi­da da sua clas­se a uma velo­ci­da­de de 550,78 km/h. A dis­tân­cia voa­da foi deter­mi­na­da em 36.912 qui­ló­me­tros (22.936 mi), ape­nas 125 qui­ló­me­tros (78 mi) aci­ma da dis­tân­cia míni­ma exi­gi­da. Tra­tou-se do pri­mei­ro voo de cir­cu­na­ve­ga­ção sem para­gens solo.

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