Newsletter Nº417

Newsletter Nº417
News­let­ter Nº417

Faz hoje anos que nas­cia, em 1791, o artis­ta e inven­tor ame­ri­ca­no Samu­el Mor­se. Ele ficou famo­so pelo desen­vol­vi­men­to do Códi­go Mor­se (1838) e pelo aper­fei­ço­a­men­to inde­pen­den­te de um telé­gra­fo eléc­tri­co (1832–35). Pas­sou a pri­mei­ra par­te da sua vida como retra­tis­ta e só se dedi­cou à ciên­cia em 1832, quan­do já tinha pas­sa­do o seu 40º ani­ver­sá­rio. Esta­va a regres­sar à Amé­ri­ca depois de uma via­gem pela Euro­pa, quan­do conhe­ceu Char­les T. Jack­son no bar­co, que o ins­pi­rou sobre os recém-des­co­ber­tos elec­troí­ma­nes. A par­tir daí, Mor­se tra­ba­lhou para desen­vol­ver apa­re­lhos para comu­ni­ca­ções eléc­tri­cas. Com o apoio do Con­gres­so, cons­truiu uma linha de 40 milhas entre Bal­ti­mo­re, Mary­land e Washing­ton D.C., que teve o seu pri­mei­ro ensaio em 23 de Maio de 1843. Ficou pron­ta para uti­li­za­ção públi­ca em 1 de Abril de 1845.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1846, o inven­tor bel­go-ame­ri­ca­no Char­les Joseph Van Depo­e­le. Ele foi pio­nei­ro nos cami­nhos-de-fer­ro, na ilu­mi­na­ção eléc­tri­ca e no tra­ba­lho minei­ro, com mais de 100 paten­tes de inven­ções eléc­tri­cas. Emi­grou para os Esta­dos Uni­dos em 1869. Enquan­to fazia expe­ri­ên­ci­as com moto­res eléc­tri­cos em Detroit (1874), esta­be­le­ceu a pra­ti­ca­bi­li­da­de dos vagões fer­ro­viá­ri­os movi­dos a elec­tri­ci­da­de. Inven­tou um gera­dor eléc­tri­co (1880) e exi­biu um eléc­tri­co em fun­ci­o­na­men­to na Expo­si­ção de Apa­re­lhos Fer­ro­viá­ri­os de Chi­ca­go (1883). Con­ce­beu sis­te­mas de eléc­tri­cos para vári­as cida­des. Em 1888, ven­deu as suas paten­tes de cami­nhos-de-fer­ro eléc­tri­cos à Thom­son-Hous­ton Elec­tric Com­pany de Lynn, Mas­sa­chu­setts. As suas outras paten­tes inclu­em: lâm­pa­da de arco (1870), máqui­na de extrac­ção de car­vão (1891), loco­mo­ti­va eléc­tri­ca sem engre­na­gens (1894).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1896, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wal­la­ce Carothers. Ele desen­vol­veu o nylon (1935), a pri­mei­ra fibra de polí­me­ro sin­té­ti­co a ser fia­da a par­tir de uma fusão. Pro­du­ziu esta poli­a­mi­da por con­den­sa­ção do áci­do adí­pi­co e da hexa­me­ti­le­no­di­a­mi­na. Tra­ba­lhou para a empre­sa quí­mi­ca duPont como che­fe de inves­ti­ga­ção em quí­mi­ca orgâ­ni­ca a par­tir de 1928. Atra­vés do seu estu­do de molé­cu­las de cadeia lon­ga, actu­al­men­te desig­na­das por polí­me­ros, desen­vol­veu tam­bém a pri­mei­ra bor­ra­cha sin­té­ti­ca bem suce­di­da, o neo­pre­no (1931). A DuPont pro­du­ziu o nylon comer­ci­al­men­te a par­tir de 1938 e lan­çou as bases da indús­tria de fibras sin­té­ti­cas. O nylon reve­lou-se exce­len­te nas suas pro­pri­e­da­des como aná­lo­go sin­té­ti­co da seda.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1942, o cos­mo­nau­ta e médi­co rus­so Vale­ri Polya­kov. Ele esta­be­le­ceu o recor­de da mais lon­ga esta­dia con­tí­nua no espa­ço, 438 dias (8 de Janei­ro de 1994 — 22 de Mar­ço de 1995) a bor­do da esta­ção espa­ci­al rus­sa Mir. Com uma esta­dia ante­ri­or de 241 dias na Mir (29 de Agos­to de 1988 — 27 de Abril de 1989), tam­bém deti­nha o recor­de de resis­tên­cia espa­ci­al acu­mu­la­da de 679 dias. Dei­xou o ser­vi­ço espa­ci­al em 1 de Junho de 1995. A sua for­ma­ção incluiu medi­ci­na astro­náu­ti­ca. Em 22 de Mar­ço de 1972, foi selec­ci­o­na­do como cos­mo­nau­ta espe­ci­a­lis­ta em bio­me­di­ci­na para uma mis­são pla­ne­a­da à esta­ção espa­ci­al e come­çou a trei­nar em Outu­bro de 1972. O recor­de cumu­la­ti­vo de per­ma­nên­cia no espa­ço foi pos­te­ri­or­men­te bati­do por Ser­gei Avdeyev em 13 de Agos­to de 1999 (3 mis­sões, total de 748 dias) e depois em 16 de Agos­to de 2005 por Ser­gei Kri­ka­lev (6 mis­sões, total de 803 dias).

Em 1880, a pri­mei­ra paten­te ame­ri­ca­na para um apa­re­lho audi­ti­vo eléc­tri­co foi con­ce­di­da a Fran­cis D. Clar­ke e M.G. Fos­ter, inti­tu­la­da “Devi­ce for Aiding the Deaf to Hear” (Dis­po­si­ti­vo para aju­dar os sur­dos a ouvir) (n.º 226.902). O dis­po­si­ti­vo uti­li­za­va a con­du­ção óssea, atra­vés da qual o som é trans­mi­ti­do pela vibra­ção do osso do crâ­nio. Só em 1901 é que foi pro­du­zi­do o pri­mei­ro apa­re­lho audi­ti­vo dis­po­ní­vel no mer­ca­do, o Acous­ti­con, inven­ta­do por Mil­ler Ree­se Hutchinson.

Em 1970, a sín­te­se do ele­men­to 105, atra­vés da fusão de núcle­os de cali­fór­nio e azo­to, foi comu­ni­ca­da na reu­nião da Ame­ri­can Phy­si­cal Soci­ety em Washing­ton, D.C., por Albert Ghi­or­so do Lawren­ce Radi­a­ti­on Labo­ra­tory da Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley. O ele­men­to arti­fi­ci­al tinha uma mas­sa ató­mi­ca de 260, meia-vida de cer­ca de 1,6 segun­dos e uma pro­va melhor do que uma ten­ta­ti­va rus­sa de 1968, que a equi­pa ame­ri­ca­na con­si­de­ra­va não pro­va­da. Foi pro­pos­to o nome hah­nium, em home­na­gem ao fale­ci­do Otto Hahn. Even­tu­al­men­te, a União Inter­na­ci­o­nal para a Quí­mi­ca Pura e Apli­ca­da deci­diu que se cha­ma­ria dúbio e reco­nhe­ceu a ante­ri­or rei­vin­di­ca­ção de des­co­ber­ta em 1968 por uma equi­pa lide­ra­da por Georgy Fle­rov no Ins­ti­tu­to Con­jun­to Rus­so de Inves­ti­ga­ção Nucle­ar que bom­bar­de­ou ame­rí­cio com néon.”

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da uma nova ver­são do ker­nel Linux com uma série de melho­ri­as de hard­ware, desem­pe­nho e segu­ran­ça. Como seria de espe­rar, o ker­nel 6.3 do Linux apre­sen­ta uma quan­ti­da­de enor­me códi­go para supor­te de CPUs e hard­ware grá­fi­co da Intel e da AMD que ain­da não foram lan­ça­dos. Por mui­to exci­tan­tes (e neces­sá­ri­os) que sejam, é um pou­co difí­cil sen­tir­mo-nos entu­si­as­ma­dos quan­do, pou­cas pes­so­as irão bene­fi­ci­ar ime­di­a­ta­men­te. Feliz­men­te, há mui­tas alte­ra­ções que têm um impac­to mais direc­to na nos­sa uti­li­za­ção quo­ti­di­a­na. Uma mudan­ça notá­vel rela­ci­o­na­da à AMD no Linux 6.2 é o supor­te ao IBRS auto­má­ti­co da AMD para miti­ga­ção de Spec­tre. Isto ofe­re­ce um menor impac­to no desem­pe­nho do que a exe­cu­ção espe­cu­la­ti­va ret­po­li­ne que é fre­quen­te­men­te uti­li­za­da actu­al­men­te. No que diz res­pei­to à arqui­tec­tu­ra, novos dri­vers de ges­tão de ener­gia para ARM e RISC‑V são lan­ça­dos no Linux 6.3. O últi­mo tam­bém rece­be supor­te para fun­ções de string ace­le­ra­das (por meio da exten­são de mani­pu­la­ção de bits Zbb) e o pri­mei­ro ganha supor­te para ins­tru­ções de exten­são de matriz esca­lá­vel 2. Nos sis­te­mas de fichei­ros, o sis­te­ma de fichei­ros NFS (tan­to do lado do cli­en­te como do lado do ser­vi­dor) supor­ta ago­ra encrip­ta­ção base­a­da em AES-SHA2; opti­mi­za­ções para o desem­pe­nho de E/S direc­ta do EXT4; des­com­pres­são de bai­xa latên­cia para o EROFS, e um con­tro­la­dor de sis­te­ma de fichei­ros Brtfs mais rápi­do. O supor­te de hard­ware traz uma inter­fa­ce de con­tro­la­dor Ste­am Deck nati­va em HID, per­mi­te que o volan­te de cor­ri­da Logi­te­ch G923 Xbox edi­ti­on fun­ci­o­ne no Linux; melho­ra o com­por­ta­men­to dos con­tro­la­do­res com fio 8BitDo Pro 2; e adi­ci­o­na moni­to­ri­za­ção de sen­so­res para uma série de mother­bo­ard Ryzen da ASUS. Além dis­so, mais de 150.000 linhas de códi­go para supor­tar pla­cas ARM (anti­gas e não uti­li­za­das) foram remo­vi­das nes­ta actualização.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas HackS­pa­ce Maga­zi­ne Nº 66 e a Mag­PI nº 129 de Maio.

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Newsletter Nº416

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News­let­ter Nº416

Faz hoje anos que nas­cia, em 1786, o enge­nhei­ro fran­cês Marc Séguin. Ele é o inven­tor da pon­te sus­pen­sa com cabo de ara­me e da cal­dei­ra com motor a vapor tubu­lar. Séguin (um sobri­nho de Joseph Mont­gol­fi­er, o balo­nis­ta pio­nei­ro) desen­vol­veu um inte­res­se ini­ci­al em maqui­na­ria. Em 1822, ele esta­va a estu­dar a resis­tên­cia dos cabos de ara­me. Com o seu irmão Camil­le, estu­dou os prin­cí­pi­os da pon­te sus­pen­sa, na altu­ra cons­truí­da com cabos de cor­ren­te. Em 1824, cons­truí­ram uma pon­te sus­pen­sa de cabos de ara­me para­le­los sobre o rio Rhô­ne em Tour­non, a pri­mei­ra pon­te des­te tipo, depois copi­a­da em todo o mun­do. Séguin tam­bém melho­rou a efi­ci­ên­cia da loco­mo­ti­va com a sua inven­ção da cal­dei­ra de tubos de fogo múl­ti­plos, no lugar da cal­dei­ra de tubos de água uti­li­za­da pelos pri­mei­ros moto­res a vapor. Os irmãos cola­bo­ra­ram na cons­tru­ção da pri­mei­ra estra­da de fer­ro fran­ce­sa (1824–33).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1818, o inven­tor ale­mao-ame­ri­ca­no Hein­ri­ch Göbel. Ele tinha desen­vol­vi­do lâm­pa­das incan­des­cen­tes com­pa­rá­veis às inven­ta­das em 1879 por Tho­mas Alva Edi­son. Göbel nun­ca soli­ci­tou uma paten­te. Em 1893, a Edi­son Elec­tric Light Com­pany pro­ces­sou três fabri­can­tes de lâm­pa­das incan­des­cen­tes por infrin­gir a paten­te de Edi­son. A defe­sa des­sas empre­sas ale­gou que a paten­te de Edi­son foi anu­la­da por cau­sa da mes­ma inven­ção de Göbel 25 anos antes, que veio a ser conhe­ci­da como a “defe­sa de Göbel”.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1860, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Gor­don Cur­tis. Ele con­ce­beu uma tur­bi­na de vapor ampla­men­te uti­li­za­da em cen­trais eléc­tri­cas e em pro­pul­são marí­ti­ma. Ele foi advo­ga­do de paten­tes duran­te oito anos. Paten­te­ou a pri­mei­ra tur­bi­na de gás dos Esta­dos Uni­dos (1899). Entre as suas outras rea­li­za­ções, a tur­bi­na de vapor de múl­ti­plos está­gi­os Cur­tis (paten­te­a­da em 1896, ven­deu direi­tos à GE em 1901) exi­giu um déci­mo do espa­ço e pesou um oita­vo tan­to quan­to as máqui­nas que subs­ti­tuiu. O gera­dor Cur­tis era a tur­bi­na de vapor mais poten­te do mun­do e repre­sen­ta­va um avan­ço sig­ni­fi­ca­ti­vo na capa­ci­da­de das tur­bi­nas de vapor. Ape­sar da sua ele­va­da potên­cia, esta máqui­na cus­tou mui­to menos do que os gera­do­res de moto­res a vapor alter­na­ti­vos con­tem­po­râ­ne­os com a mes­ma potência.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1918, o físi­co sue­co Kai Man­ne Bör­je Sieg­bahn. Ele par­ti­lhou (com Nico­la­as Blo­em­ber­gen e Arthur L.Schawlow) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1981 por “a sua con­tri­bui­ção para o desen­vol­vi­men­to da espec­tros­co­pia elec­tró­ni­ca de alta reso­lu­ção”. Ele ana­li­sou os elec­trões resul­tan­tes que foram eli­mi­na­dos do inte­ri­or de um áto­mo por um fotão de rai­os X de alta ener­gia. Assim, pôde medir a ener­gia de liga­ção de elec­trões ató­mi­cos com mai­or pre­ci­são do que era pos­sí­vel ante­ri­or­men­te. Além dis­so, uma vez que essa ener­gia de liga­ção depen­dia um pou­co do ambi­en­te quí­mi­co do áto­mo, isto pro­por­ci­o­nou uma nova fer­ra­men­ta de aná­li­se quí­mi­ca-ESCA (Elec­tron Spec­tros­copy for Che­mi­cal Analy­sis). A ESCA é ago­ra uti­li­za­da por cen­te­nas de labo­ra­tó­ri­os em todo o mun­do para inves­ti­gar reac­ções de super­fí­cie, tais como cor­ro­são ou reac­ções cata­lí­ti­cas, e outras tam­bém de gran­de impor­tân­cia na quí­mi­ca indus­tri­al. O seu pai, Karl Man­ne Georg Sieg­bahn, rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1924.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co suí­ço K. Alex Mül­ler. Ele par­ti­lhou (com J. Georg Bed­norz) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1987 pela sua des­co­ber­ta con­jun­ta da super­con­du­ti­vi­da­de em cer­tas subs­tân­ci­as a tem­pe­ra­tu­ras mais ele­va­das do que se pen­sa­va ser pos­sí­vel alcan­çar ante­ri­or­men­te. Assus­ta­ram o mun­do ao rela­tar a super­con­du­ti­vi­da­de num mate­ri­al cerâ­mi­co estra­ti­fi­ca­do a uma tem­pe­ra­tu­ra então recor­de de 33 graus aci­ma de zero abso­lu­to. A sua des­co­ber­ta esta­be­le­ceu novas pes­qui­sas em todo o mun­do sobre mate­ri­ais rela­ci­o­na­dos que pro­du­zi­ram deze­nas de novos super­con­du­to­res, aca­ban­do por atin­gir uma tem­pe­ra­tu­ra de tran­si­ção de 135 kelvin.

Em 1902, Pier­re e Marie Curie iso­la­ram um gra­ma de clo­re­to de rádio puro, a pri­mei­ra amos­tra do ele­men­to radi­o­ac­ti­vo. Tinham-no refi­na­do a par­tir de oito tone­la­das de miné­rio de pit­ch­blen­de. Ante­ri­or­men­te, em 1898, os Curi­es des­co­bri­ram a radi­o­ac­ti­vi­da­de do pit­ch­blen­de, que mais tar­de iden­ti­fi­ca­ram como sen­do devi­da ao rádio e ao poló­nio. Pelo seu tra­ba­lho de iso­la­men­to do sal de rádio em 1902, foi-lhe con­ce­di­do o dou­to­ra­men­to em ciên­ci­as em Junho de 1903. O Pré­mio Nobel da Físi­ca foi atri­buí­do em 1903, con­jun­ta­men­te a Marie e ao seu mari­do, Pier­re. Marie con­ti­nu­ou o seu tra­ba­lho e final­men­te con­se­guiu iso­lar o rádio puro metá­li­co em 1910. Rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1911, tor­nan­do-se a pri­mei­ra pes­soa a ganhar dois Nobels.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a nova ver­são da dis­tri­bui­ção Fedo­ra para linux. A ver­são 38 foi lan­ça­da antes do pra­zo e traz como prin­ci­pais novi­da­des o GNOME 44, o ges­tor de paco­tes dnf5, a ver­são 13 do com­pi­la­dor GCC, Golang 1.20, LLVM 16, Ruby 3.2, TeX­Li­ve 2022, PHP 8.2, Python 3.11 assim como o Ker­nel Linux 6.2.

Foi tam­bém lan­ça­da nes­ta sema­na que pas­sou a nova ver­são da dis­tri­bui­ção de Linux Ubun­tu. A ver­são 23.04 desig­na­da por Lunar Lobs­ter tem como prin­ci­pais novi­da­des um novo ins­ta­la­dor, atu­a­li­za­ção do Python 3.11, golang 1.20, Rust 1.67, OpenJDK 17, Ruby 3.1, o GNOME 44, Fire­fox 111, Libre­of­fi­ce 7.5.2 e mui­tas outras atu­a­li­za­ções de paco­tes de soft­ware open sour­ce popu­la­res. Vem tam­bém com o Ker­nel 6.2 do Linux.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº415

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News­let­ter Nº415

Faz hoje anos que nas­cia, em 1748, o enge­nhei­ro e inven­tor inglês Joseph Bra­mah. Ele cri­ou a loja de fabri­co de fecha­du­ras foi o ber­ço da indús­tria bri­tâ­ni­ca de máqui­nas-fer­ra­men­tas. Cen­tral no iní­cio do fabri­co e fabri­co de eclu­sas vito­ri­a­nas, influ­en­ci­ou qua­se todos os ofí­ci­os mecâ­ni­cos da épo­ca. Tal como Henry Ford, a sua influên­cia foi pro­va­vel­men­te mai­or para os pro­ces­sos de fabri­co que desen­vol­veu, do que o pró­prio pro­du­to. Tirou a sua pri­mei­ra paten­te sobre uma fecha­du­ra de segu­ran­ça (1784) e em 1795 paten­te­ou a sua pren­sa hidráu­li­ca, conhe­ci­da como pren­sa Bra­mah, uti­li­za­da para for­ja­gem pesa­da. Con­ce­beu uma máqui­na de impres­são numé­ri­ca para notas ban­cá­ri­as e foi um dos pri­mei­ros a suge­rir a pra­ti­ca­bi­li­da­de das héli­ces de para­fu­so e da trans­mis­são hidráu­li­ca. Inven­tou máqui­nas de fre­sa­gem e aplai­na­men­to e outras máqui­nas-fer­ra­men­tas, um motor de cer­ve­ja (1797), e um armá­rio de água.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1771, o enge­nhei­ro mecâ­ni­co e inven­tor inglês Richard Tre­vithick. Ele apro­vei­tou, com suces­so, o vapor de alta pres­são e cons­truiu a pri­mei­ra loco­mo­ti­va fer­ro­viá­ria a vapor do mun­do (1803). Em 1805 adap­tou o seu motor de alta pres­são à con­du­ção de um lami­na­dor de fer­ro e à pro­pul­são de uma bar­ca­ça com a aju­da de rodas de pás. Tam­bém fez expe­ri­ên­ci­as com um vagão a vapor como loco­mo­ti­va de estra­da. Em 1812, inven­tou a cal­dei­ra Cor­nish na qual os gases de com­bus­tão quen­tes tam­bém podi­am ser uti­li­za­dos para aque­cer a água, melho­ran­do assim a sua efi­ci­ên­cia. As melho­ri­as com­bi­na­das de Tre­vithick fize­ram com que o novo dese­nho do motor da Cor­nish dupli­cas­se ou tri­pli­cas­se o ser­vi­ço do tipo James Watt, e assim os suplan­ta­ram como o tipo Watt tinha suplan­ta­do os esti­los Newcomen.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1888, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no John Hays Ham­mond Jr.. Ele tra­ba­lhou no desen­vol­vi­men­to de con­tro­lo remo­to via rádio ser­viu de base para os moder­nos sis­te­mas de ori­en­ta­ção de mís­seis. Filho do notá­vel enge­nhei­ro de minas nor­te-ame­ri­ca­no John Hays Ham­mond, cri­ou o Labo­ra­tó­rio de Inves­ti­ga­ção de Rádio Ham­mond em 1911. Em 1914, ele tinha lan­ça­do as bases para todo o con­tro­lo de rádio sub­se­quen­te, capaz de envi­ar um iate não tri­pu­la­do numa via­gem bem suce­di­da de 120 milhas de Glou­ces­ter para Bos­ton e de vol­ta. Com a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, Ham­mond acres­cen­tou uma fun­ci­o­na­li­da­de anti-inter­fe­rên­cia para evi­tar o encra­va­men­to. Tam­bém inven­tou um sis­te­ma de pro­cu­ra de alvos que per­mi­tia a um navio tele­co­man­da­do regres­sar a casa nos holo­fo­tes de um navio ini­mi­go; e come­çou a tra­ba­lhar no pri­mei­ro tor­pe­do gui­a­do por rádio. Em 1916, tinha ganho mais de 100 patentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1889, o crip­tó­gra­fo nor­te-ame­ri­ca­no Her­bert Yar­dley. Ele orga­ni­zou e diri­giu os pri­mei­ros esfor­ços for­mais de que­bra de códi­gos do gover­no dos EUA duran­te e após a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a I Guer­ra Mun­di­al, ser­viu como ofi­ci­al crip­to­grá­fi­co nas For­ças Expe­di­ci­o­ná­ri­as Ame­ri­ca­nas em Fran­ça, duran­te a I Guer­ra Mun­di­al. Na déca­da de 1920, quan­do era che­fe do MI‑8, a pri­mei­ra orga­ni­za­ção crip­ta­na­lí­ti­ca ame­ri­ca­na em tem­po de paz, ele e uma equi­pa de crip­ta­na­lis­tas explo­ra­ram qua­se duas dúzi­as de sis­te­mas de cifras diplo­má­ti­cas estran­gei­ras. O MI‑8 foi dis­sol­vi­do em 1929, quan­do o Depar­ta­men­to de Esta­do reti­rou o finan­ci­a­men­to. Jobless, Yar­dley cau­sou uma sen­sa­ção em 1931 ao publi­car as suas memó­ri­as do MI‑8, The Ame­ri­can Black Cham­ber, o que pro­vo­cou a pro­mul­ga­ção de novas leis de segurança.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1892, o físi­co esco­cês Robert Wat­son-Watt. Ele é cre­di­ta­do pelo desen­vol­vi­men­to da loca­li­za­ção de rada­res de aero­na­ves, em Ingla­ter­ra. Estu­dou na Uni­ver­si­da­de de St Andrews, ensi­nou na Uni­ver­si­da­de de Dun­dee, e em 1917 tra­ba­lhou no Gabi­ne­te Mete­o­ro­ló­gi­co, con­ce­ben­do dis­po­si­ti­vos de loca­li­za­ção de tro­vo­a­das, e inves­ti­gan­do a ionos­fe­ra (um ter­mo que inven­tou em 1926). Tor­nou-se che­fe da sec­ção de rádio do Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal de Físi­ca (1935), onde come­çou a tra­ba­lhar na loca­li­za­ção de aero­na­ves. O seu tra­ba­lho levou ao desen­vol­vi­men­to do radar (RAdio Detec­ti­on And Ran­ging) que desem­pe­nhou um papel vital na defe­sa da Grã-Bre­ta­nha con­tra os ata­ques aére­os ale­mães em 1940.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1909, o mate­má­ti­co pola­co-ame­ri­ca­no Sta­nis­law Ulam. Ele desem­pe­nhou um papel impor­tan­te no desen­vol­vi­men­to da bom­ba de hidro­gé­nio em Los Ala­mos. Ele resol­veu o pro­ble­ma de como ini­ci­ar a fusão na bom­ba de hidro­gé­nio suge­rin­do que a com­pres­são era essen­ci­al à explo­são e que as ondas de cho­que de uma bom­ba de fis­são podi­am pro­du­zir a com­pres­são neces­sá­ria. Suge­riu ain­da que uma con­cep­ção cui­da­do­sa pode­ria foca­li­zar as ondas de cho­que mecâ­ni­co de modo a pro­mo­ver a rápi­da quei­ma do com­bus­tí­vel de fusão. Ulam, com J.C. Eve­rett, tam­bém propôs o pla­no “Ori­on” para a pro­pul­são nucle­ar de veí­cu­los espa­ci­ais. Enquan­to Ulam este­ve em Los Ala­mos, ele desen­vol­veu o “méto­do Mon­te-Car­lo” que pro­cu­ra­va solu­ções para pro­ble­mas mate­má­ti­cos uti­li­zan­do um méto­do de amos­tra­gem esta­tís­ti­ca com núme­ros aleatórios.

Faz hoje anos que nas­cia, em 1913, o anes­te­sis­ta e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Robert Andrew Hing­son. Ele é conhe­ci­do por três gran­des inven­ções que con­ti­nu­am a ali­vi­ar a dor e o sofri­men­to em todo o mun­do nos dias de hoje. Uma é um apa­re­lho de anes­te­sia res­pi­ra­tó­ria mui­to por­tá­til e um rea­ni­ma­dor, cha­ma­do “Wes­tern Reser­ve Mid­get”, uti­li­za­do para admi­nis­trar uma anes­te­sia geral de cur­to pra­zo. Um segun­do veio de exten­sas expe­ri­ên­ci­as no uso da anes­te­sia para pre­ve­nir a dor duran­te o par­to, levan­do à inven­ção das téc­ni­cas de anes­te­sia cau­dal con­tí­nua. Mais conhe­ci­da é a sua “arma da paz”, um injec­tor de jac­to em for­ma de pis­to­la que per­mi­tiu uma ino­cu­la­ção efi­ci­en­te, em mas­sa e sem agu­lha em todo o mun­do con­tra doen­ças como varío­la, saram­po, tuber­cu­lo­se, téta­no, lepra, poli­o­mi­e­li­te e gri­pe. Pode ino­cu­lar 1.000 pes­so­as por hora com vári­as vaci­nas simultâneas.

Em 1960, o pri­mei­ro saté­li­te de nave­ga­ção dos EUA, o Tran­sit-1B foi lan­ça­do do cabo Cana­ve­ral, Flo­ri­da, sobre um fogue­te Thor-Ables­tar e o Ables­tar efec­tu­ou o pri­mei­ro arran­que do motor no espa­ço para refi­nar a órbi­ta. A car­ga útil, pesan­do 265 libras, incluía 2 osci­la­do­res ultra-está­veis, 2 trans­mis­so­res e recep­to­res de tele­me­tria, bate­ri­as e célu­las sola­res. O sis­te­ma Tran­sit foi con­ce­bi­do para satis­fa­zer a neces­si­da­de da Mari­nha de loca­li­zar com pre­ci­são sub­ma­ri­nos de mís­seis balís­ti­cos e outros navi­os. Atin­giu a capa­ci­da­de ope­ra­ci­o­nal ini­ci­al em 1964 e a capa­ci­da­de total em Outu­bro de 1968. As suas emis­sões de nave­ga­ção foram des­li­ga­das deli­be­ra­da­men­te em 31 de Dezem­bro de 1996. Os Che­fes de Esta­do-Mai­or tinham deci­di­do con­fi­ar ape­nas no GPS para nave­ga­ção e posi­ci­o­na­men­to, refor­ma­dos após mais de 32 anos de ser­vi­ço con­tí­nuo e bem suce­di­do à Mari­nha dos EUA.

Em 1970, uma explo­são duran­te a mis­são Apol­lo 13 levou a uma das mais espec­ta­cu­la­res mis­sões de sal­va­men­to na his­tó­ria espa­ci­al dos EUA. A explo­são a bor­do da nave espa­ci­al Odys­sey dei­xou a tri­pu­la­ção enca­lha­da duran­te qua­tro dias a mais de 200.000 milhas da Ter­ra. Uma fuga de oxi­gé­nio for­çou os astro­nau­tas da Apol­lo 13 a aban­do­nar a nave e a regres­sar no módu­lo lunar. Con­tra todas as pro­ba­bi­li­da­des, os três astro­nau­tas e milha­res de outros trou­xe­ram a cáp­su­la de vol­ta à Ter­ra em segu­ran­ça. Os astro­nau­tas foram Fred Hai­se, Jack Swi­gert, e o Coman­dan­te Jim Lovell, e a mis­são era ter fei­to o ter­cei­ro desem­bar­que tri­pu­la­do da lua.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº414

Newsletter Nº414
News­let­ter Nº414

Faz hoje anos que nas­cia, em 1801, o mine­ra­lo­gis­ta galês Wil­li­am Hal­lowes Mil­ler. Ele é conhe­ci­do pelos seus índi­ces Mil­le­ri­an cons­truí­dos sobre o seu sis­te­ma de eixos de refe­rên­cia para cris­tais pelo qual os dife­ren­tes sis­te­mas de for­mas de cris­tais podem ser desig­na­dos usan­do um con­jun­to de três núme­ros intei­ros para cada face de cris­tal. Quan­do publi­cou este esque­ma em A Tre­a­ti­se on Crys­tal­lo­graphy (1839), ele for­ne­ceu uma alter­na­ti­va à con­fu­são exis­ten­te devi­do aos mui­tos sis­te­mas des­cri­ti­vos dife­ren­tes ante­ri­or­men­te em uso. No iní­cio da sua car­rei­ra, publi­cou livros de tex­to de suces­so para hidros­tá­ti­ca e hidro­di­nâ­mi­ca (1831) e cál­cu­lo dife­ren­ci­al (1833). Mil­ler tam­bém pre­pa­rou novas nor­mas em 1843 para subs­ti­tuir as Nor­mas Naci­o­nais de peso e com­pri­men­to que se tinham per­di­do no incên­dio de 1834 que des­truiu os edi­fí­ci­os do Parlamento.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1890, o astró­no­mo fran­cês André-Louis Dan­jon. Ele con­ce­beu uma esca­la ago­ra padrão de cin­co pon­tos para clas­si­fi­car a escu­ri­dão e a cor de um eclip­se lunar total, que é conhe­ci­da como a Esca­la de Lumi­no­si­da­de de Dan­jon. Estu­dou a rota­ção da Ter­ra, e desen­vol­veu ins­tru­men­tos astro­nó­mi­cos, incluin­do um fotó­me­tro para medir o bri­lho da Ter­ra — o bri­lho de uma lua escu­ra devi­do à luz reflec­ti­da da Ter­ra. Con­sis­tia num teles­có­pio em que um pris­ma divi­dia a ima­gem da Lua em duas ima­gens idên­ti­cas lado a lado. Ajus­tan­do um dia­frag­ma para escu­re­cer uma das ima­gens até que a por­ção ilu­mi­na­da pelo sol tives­se o mes­mo bri­lho apa­ren­te que a por­ção ilu­mi­na­da pela ter­ra na ima­gem não ajus­ta­da, ele podia quan­ti­fi­car o ajus­te do dia­frag­ma, e assim ter uma medi­da real do bri­lho da luz da Terra.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1890, o avi­a­dor e pio­nei­ro da avi­a­ção holan­dês-ame­ri­ca­no Anthony Fok­ker. Ele ten­do vis­to um avião voar aos 16 anos de ida­de, foi ins­pi­ra­do a cons­truir o seu pri­mei­ro avião aos 20 anos de ida­de. Este era um mono­pla­no esco­ra­do, o Spi­der que ele colo­cou mon­ta­do num han­gar Zep­pe­lin vazio em Baden-Baden, e que o pilo­ta­va ganhan­do a sua licen­ça de pilo­to. A sua pri­mei­ra fábri­ca cons­truiu mui­tos dos aviões de per­se­gui­ção da Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al da Ale­ma­nha, e ganhou reco­nhe­ci­men­to, mas no final da guer­ra foi pos­to fora de ser­vi­ço pelo tra­ta­do de Ver­sa­lhes. A 21 de Julho de 1919, cri­ou uma empre­sa para aviões civis, na Holan­da e sub­se­quen­te­men­te come­çou a fabri­car nos EUA. Con­ti­nu­ou a influ­en­ci­ar as téc­ni­cas de cons­tru­ção de aviões, e adop­tou a cons­tru­ção de tubos de aço sol­da­do para fuselagem.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1892, o pio­nei­ro da avi­a­ção ame­ri­ca­no Donald Dou­glas. For­mou-se no Mas­sa­chu­setts Ins­ti­tu­te of Tech­no­logy como o seu pri­mei­ro estu­dan­te de aero­náu­ti­ca (1914), depois con­sul­tou e dese­nhou para outros até fun­dar a sua pró­pria empre­sa (1920). Ao lon­go dos anos, a sua empre­sa esta­be­le­ceu o padrão da indús­tria em ter­mos de fia­bi­li­da­de e segu­ran­ça. A série DC de aviões comer­ci­ais de pas­sa­gei­ros, come­çan­do pelo DC‑1 (que entrou em ser­vi­ço em 1933) levou ao DC‑8, o pri­mei­ro avião comer­ci­al a jac­to em 1958. Para além dos aviões mili­ta­res, a empre­sa pro­du­ziu tam­bém mís­seis mili­ta­res e naves espa­ci­ais. O negó­cio fun­diu-se com a McDon­nell Air­craft Com­pany em 1967, e após a sua mor­te, com a Boeing em 1997.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1903, o enge­nhei­ro ame­ri­ca­no Harold E. Edger­ton. Ele uti­li­zou uma luz estro­bos­có­pi­ca nos seus estu­dos, que, em 1931, apli­cou o estro­bos­có­pio à foto­gra­fia de ultra-alta velo­ci­da­de. For­mou uma empre­sa (1947) para se espe­ci­a­li­zar em tec­no­lo­gia elec­tró­ni­ca, o que levou a inven­tar a máqui­na foto­grá­fi­ca Rapa­tro­nic, capaz de foto­gra­far explo­sões de tes­tes de bom­bas nucle­a­res dos EUA a uma dis­tân­cia de 7 milhas. Ao lon­go da sua car­rei­ra, apli­cou a foto­gra­fia de alta velo­ci­da­de como fer­ra­men­ta em vári­as apli­ca­ções cien­tí­fi­cas. Tam­bém desen­vol­veu o sonar para estu­dar o fun­do do oce­a­no. Usan­do sonar side-scan, em 1973, aju­dou a loca­li­zar o navio de guer­ra civil afun­da­do USS Moni­tor, per­di­do des­de 1862, ao lar­go de Cape Hat­te­ras, NC.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1913, o inven­tor, enge­nhei­ro, e bio­fí­si­co ame­ri­ca­no [Otto Schmitt](https://en.wikipedia.org/wiki/Otto_Schmitt). Ele ficou conhe­ci­do pelas suas con­tri­bui­ções cien­tí­fi­cas para a bio­fí­si­ca e pelo esta­be­le­ci­men­to do cam­po da enge­nha­ria bio­mé­di­ca. Sch­mitt tam­bém cunhou o ter­mo bio­mi­mé­ti­ca e inven­tou ou co-inven­tou o Sch­mitt-Trig­ger, o ampli­fi­ca­dor dife­ren­ci­al, e o ampli­fi­ca­dor esta­bi­li­za­do por talhador.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1920, o inven­tor e enge­nhei­ro aero­es­pa­ci­al ame­ri­ca­no Jack Cover. Ele inven­tou a arma de ator­do­a­men­to Taser a par­tir de uma ins­pi­ra­ção após a lei­tu­ra de um homem bre­ve­men­te imo­bi­li­za­do por uma cer­ca eléc­tri­ca. Ele tra­ba­lhou na sua gara­gem e no final dos anos 60 tinha cri­a­do um dis­po­si­ti­vo seme­lhan­te a uma lan­ter­na que usa­va pól­vo­ra para dis­pa­rar dar­dos capa­zes de pro­vo­car um cho­que eléc­tri­co a um alvo num raio de 15 pés. Deu-lhe o nome com a sigla Taser das ini­ci­ais das pala­vras em Tho­mas A. Swift Elec­tric Rifle adap­ta­das de um livro de fic­ção cien­tí­fi­ca favo­ri­to da sua infân­cia, Tom Swift and His Elec­tric Rifle. Fun­dou a empre­sa Taser Sys­tems Inc. em 1970. Foi clas­si­fi­ca­da como arma de fogo devi­do ao seu uso de pól­vo­ra, mas um dese­nho revis­to, ofe­re­ci­do à Cover em 1993 por Rick e Tom Smith, que uti­li­za­vam gás com­pri­mi­do para pro­jec­tar o dar­do remo­ven­do essa res­tri­ção. O Depar­ta­men­to de Polí­cia de Los Ange­les foi um dos pri­mei­ros a adop­tar em 1980.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1928, o bioquí­mi­co e gene­ti­cis­ta ame­ri­ca­no James Wat­son. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1962 (com Fran­cis Crick e Mau­ri­ce Wil­kins) pela des­co­ber­ta “da estru­tu­ra mole­cu­lar dos áci­dos nuclei­cos e o seu sig­ni­fi­ca­do para a trans­fe­rên­cia de infor­ma­ção em mate­ri­al vivo”. O áci­do deso­xir­ri­bo­nu­clei­co (ADN) é a subs­tân­cia con­ti­da nas célu­las que con­tro­la a here­di­ta­ri­e­da­de. Crick e Wat­son ini­ci­a­ram a sua cola­bo­ra­ção em 1951, e publi­ca­ram o seu arti­go sobre a estru­tu­ra da dupla héli­ce em 2 de Abril de 1953 na Natu­re. Esta rea­li­za­ção tor­nou-se uma pedra angu­lar da gené­ti­ca e foi ampla­men­te con­si­de­ra­da como uma das des­co­ber­tas mais impor­tan­tes da bio­lo­gia do sécu­lo XX.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1949, o físi­co ger­ma­no-ame­ri­ca­no Horst Stör­mer. Ele par­ti­lhou (com Dani­el C. Tsui e Robert B. Laugh­lin) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1998 pela des­co­ber­ta “de uma nova for­ma de flui­do quân­ti­co com exci­ta­ções de car­ga frac­ci­o­na­da”. Ao expe­ri­men­tar uti­li­zar cam­pos mag­né­ti­cos extre­ma­men­te pode­ro­sos e bai­xas tem­pe­ra­tu­ras, em 1982, Stör­mer e Tsui des­co­bri­ram que os elec­trões actu­an­do em con­jun­to em cam­pos mag­né­ti­cos for­tes podem for­mar novos tipos de “par­tí­cu­las”, com car­gas que são frac­ções de car­gas de elec­trões. No espa­ço de um ano, Laugh­lin fez uma aná­li­se teó­ri­ca, expli­can­do o seu resultado”.

Em 1938, o inves­ti­ga­dor da Du Pont Roy J. Plun­kett e o seu téc­ni­co Jack Rebok des­co­bri­ram aci­den­tal­men­te o com­pos­to quí­mi­co poli­te­tra­flu­o­ro­e­ti­le­no (PTFE), mais tar­de comer­ci­a­li­za­do como Teflon. Plun­kett esta­va a inves­ti­gar as reac­ções quí­mi­cas do per­flu­o­ro­e­ti­le­no gaso­so, a fim de sin­te­ti­zar novos tipos de gases refri­ge­ran­tes. A Rebok encon­trou um cilin­dro apa­ren­te­men­te defei­tu­o­so des­te gás, uma vez que não foi encon­tra­da qual­quer pres­são quan­do a vál­vu­la foi aber­ta, ape­sar de o peso do cilin­dro ser o mes­mo que o dos cilin­dros chei­os. Rebok suge­riu ser­rar o mes­mo para o abrir para inves­ti­gar. No inte­ri­or esta­va um pó bran­co escor­re­ga­dio. Plun­kett des­co­briu que tinha pro­pri­e­da­des invul­ga­res, um mara­vi­lho­so lubri­fi­can­te sóli­do em for­ma de pó, era qui­mi­ca­men­te iner­te e tinha um pon­to de fusão mui­to ele­va­do. Per­ce­beu que era for­ma­do por uma poli­me­ri­za­ção ines­pe­ra­da. Foi paten­te­a­do em 4 de Feve­rei­ro de 1941.
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Newsletter Nº413

Newsletter Nº413
News­let­ter Nº413

Faz hoje anos que nas­cia, em 1674, o escri­tor e agró­no­mo inglês Jeth­ro Tull. Ele inven­tou uma semen­tei­ra movi­da a cava­lo por vol­ta de 1701. Ele pro­mo­veu a semen­tei­ra em filas em vez de a trans­mi­tir (lan­çan­do sim­ples­men­te as semen­tes em redor), para que as ervas dani­nhas pudes­sem ser con­tro­la­das atra­vés da enxa­da regu­lar entre as filas. Para este fim, con­ce­beu a sua semen­tei­ra, que podia plan­tar três filas ao mes­mo tem­po. Uma lâmi­na cor­tou uma ranhu­ra no solo para rece­ber a semen­te, e o solo foi vira­do para cobrir a semen­te. Uma tre­mo­nha dis­tri­buiu uma quan­ti­da­de regu­la­da de semen­tes. Por cau­sa das par­tes móveis inter­nas, foi cha­ma­da a pri­mei­ra máqui­na agrí­co­la. O seu meca­nis­mo rota­ti­vo tor­nou-se par­te de todos os dis­po­si­ti­vos de semen­tei­ra que se segui­ram. Tull tam­bém inven­tou um ara­do de qua­tro ara­dos para fazer cor­tes ver­ti­cais no solo antes do arado.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1811, o quí­mi­co ale­mão Robert Bun­sen. Ele inves­ti­gou espec­tros de emis­são de ele­men­tos aque­ci­dos, e des­co­briu césio (em 1860) e rubí­dio (em 1861) com o físi­co Gus­tav Kir­chhoff. O Pré­mio Bun­sen-Kir­chhoff para espec­tros­co­pia tem o nome de Bun­sen e Kir­chhoff. Bun­sen tam­bém desen­vol­veu vári­os méto­dos gasa­na­lí­ti­cos, foi pio­nei­ro na fotoquí­mi­ca, e fez um tra­ba­lho pre­co­ce no cam­po da quí­mi­ca do arsé­ni­co orgâ­ni­co. Com o seu assis­ten­te de labo­ra­tó­rio Peter Desa­ga, desen­vol­veu o quei­ma­dor de Bun­sen, uma melho­ria em rela­ção aos quei­ma­do­res de labo­ra­tó­rio então em uso.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1862, o mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co Leo­nard James Rogers. Ele foi o pri­mei­ro a des­co­brir a iden­ti­da­de Rogers-Rama­nu­jan e a desi­gual­da­de de Höl­der, e que intro­du­ziu os poli­nó­mi­os Rogers. Os poli­nó­mi­os Rogers-Szegő têm o seu nome em sua homenagem.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1879, o ópti­co-opto­me­tris­ta estó­nio Ber­nhard Vol­de­mar Sch­midt. Ele inven­tou o teles­có­pio que lhe deu o nome. Em 1929, con­ce­beu um novo sis­te­ma de espe­lhos para reflec­tir teles­có­pi­os que supe­rou pro­ble­mas ante­ri­o­res de aber­ra­ção da ima­gem. Uti­li­zou um vácuo para aspi­rar o vidro para den­tro de um mol­de, polindo‑o acha­ta­do, per­mi­tin­do depois que vol­tas­se a ganhar for­ma. O teles­có­pio Sch­midt é ago­ra ampla­men­te uti­li­za­do em astro­no­mia para foto­gra­far gran­des sec­ções do céu, devi­do ao seu gran­de cam­po de visão e à sua fina defi­ni­ção de ima­gem. Per­deu o bra­ço quan­do era cri­an­ça enquan­to expe­ri­men­ta­va explo­si­vos. Sch­midt pas­sou o últi­mo ano da sua vida num hos­pi­tal psiquiátrico.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1886, o lógi­co e mate­má­ti­co pola­co Sta­nis­law Les­ni­ews­ki. Ele co-fun­dou a esco­la de lógi­ca de Var­só­via, que flo­res­ceu entre as Guer­ras Mun­di­ais na Poló­nia. Como seu prin­ci­pal repre­sen­tan­te, jun­tou-se a Alfred Tars­ki (então seu alu­no de dou­to­ra­men­to), e a Jan Łuka­si­ewicz na Uni­ver­si­da­de de Var­só­via, tornando‑a tal­vez o prin­ci­pal cen­tro de inves­ti­ga­ção de lógi­ca for­mal do mun­do. A sua abor­da­gem apli­cou o máxi­mo rigor na for­ma­li­za­ção e exe­cu­ção da lógi­ca. Com idei­as ori­gi­nais, con­ce­beu os três sis­te­mas for­mais, ago­ra conhe­ci­dos como pro­to­té­ti­cos, onto­lo­gia, e mera­o­lo­gia, como uma alter­na­ti­va con­cre­ta para esta­be­le­cer a teo­ria. Embo­ra no iní­cio menos conhe­ci­do inter­na­ci­o­nal­men­te, os seus ensi­na­men­tos uni­ver­si­tá­ri­os influ­en­ci­a­ram os mate­má­ti­cos pola­cos subsequentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1891, o enge­nhei­ro e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no Arthur Wil­li­am Sid­ney Her­ring­ton. Ele desen­vol­veu uma série de veí­cu­los mili­ta­res, o mais conhe­ci­do dos quais foi o jipe da Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, come­çou a tra­ba­lhar num novo dese­nho de camiões mili­ta­res para ter­re­nos aci­den­ta­dos, o mais peque­no dos quais era o jipe de um quar­to de tone­la­da com trac­ção às qua­tro rodas que se tor­nou o pro­tó­ti­po de vári­os mode­los cons­truí­dos nas déca­das de 1930 e 1940. O jipe ser­viu na II Guer­ra Mun­di­al como por­ta-cama, supor­te de metra­lha­do­ra, veí­cu­lo de reco­nhe­ci­men­to, pic­kup truck, limu­si­na da linha da fren­te, por­ta­dor de muni­ções, cama­da de ara­me e táxi.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1892, o mate­má­ti­co pola­co Ste­fan Bana­ch. Ele fun­dou a aná­li­se fun­ci­o­nal moder­na e aju­dou a desen­vol­ver a teo­ria dos espa­ços vec­to­ri­ais topo­ló­gi­cos. Além dis­so, con­tri­buiu para medir a teo­ria, a inte­gra­ção, a teo­ria dos con­jun­tos, e as séri­es orto­go­nais. Na sua dis­ser­ta­ção, escri­ta em 1920, ele defi­niu axi­o­ma­ti­ca­men­te o que hoje se cha­ma um espa­ço Bana­ch. A ideia foi intro­du­zi­da por outros mais ou menos ao mes­mo tem­po (por exem­plo, Wie­ner intro­du­ziu a noção mas não desen­vol­veu a teo­ria). O nome ‘Espa­ço Bana­ch’ foi cunha­do por Fré­chet. Bana­ch alge­bras tam­bém rece­beu o seu nome. A impor­tân­cia da con­tri­bui­ção de Bana­ch é que ele desen­vol­veu uma teo­ria sis­te­má­ti­ca de aná­li­se fun­ci­o­nal, onde antes só se tinham obti­do resul­ta­dos iso­la­dos que mais tar­de foram vis­tos como encai­xan­do na nova teoria.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1894, o dese­nha­dor de aviões sovié­ti­co Ser­gey Vla­di­mi­ro­vi­ch Ilyushin. Ele cri­ou o famo­so avião de ata­que blin­da­do Il‑2 Stor­mo­vik, o avião mais uti­li­za­do e mais pro­du­zi­do duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al pela For­ça Aérea da União Sovié­ti­ca. Após a guer­ra, tra­ba­lhou duran­te pou­co tem­po em aviões a jac­to bom­bar­dei­ros e con­ce­beu um dos aviões de mai­or suces­so da épo­ca, o Il-28. Na déca­da de 1950 dei­xou de tra­ba­lhar em aviões de guer­ra e con­cen­trou os seus estu­dos em aviões de pas­sa­gei­ros e de trans­por­te movi­dos a tur­bo­pro­pul­sor e tur­bo-jac­to. Os aviões civis que con­ce­beu inclu­em: o avião de pas­sa­gei­ros bimo­tor Il-12 (1946), o trans­por­te a tur­bo­pro­pul­sor a qua­tro moto­res Il-18 Mosk­va (1957), o trans­por­ta­dor de pas­sa­gei­ros tur­bo-jac­to Il-62 (1962), e o air­bus Il-86, que fez o seu pri­mei­ro voo em 1976.

Em 1791, após uma pro­pos­ta da Aca­dé­mie des sci­en­ces (Bor­da, Lagran­ge, Lapla­ce, Mon­ge e Con­dor­cet), a Assem­bleia Naci­o­nal fran­ce­sa esco­lheu final­men­te que um metro seria um 1/10 000 000 da dis­tân­cia entre o pólo nor­te e o equador.

Em 1950, foi anun­ci­a­da a inven­ção do foto­tran­sis­tor, ope­ra­do por luz e não por cor­ren­te eléc­tri­ca. Foi inven­ta­do pelo Dr. John North­rup Shi­ve of Bell Telepho­ne Labo­ra­to­ri­es, Mur­ray Hill, N.J. A pon­ta de um úni­co fio colec­tor repou­sa sobre uma peque­na covi­nha de ter­ra num dos lados de um minús­cu­lo chip de ger­mâ­nio, um mate­ri­al semi­con­du­tor. Nes­ta altu­ra, o dis­co de ger­mâ­nio tem ape­nas 0,003 pole­ga­das de espes­su­ra. Quan­do mon­ta­do no inte­ri­or de um minús­cu­lo cilin­dro com pon­ta de com­pri­men­to, a luz foca­da no lado opos­to, sem covi­nhas do dis­co, con­tro­la­va o flu­xo de cor­ren­te no fio. A sua fun­ção era seme­lhan­te, mas con­ve­ni­en­te­men­te mais peque­na do que uma célu­la fotoeléctrica.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­PI nº 128 e a HackS­pa­ce Maga­zi­ne Nº 65 de Abril.

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