Newsletter Nº414

Newsletter Nº414
News­let­ter Nº414

Faz hoje anos que nas­cia, em 1801, o mine­ra­lo­gis­ta galês Wil­li­am Hal­lowes Mil­ler. Ele é conhe­ci­do pelos seus índi­ces Mil­le­ri­an cons­truí­dos sobre o seu sis­te­ma de eixos de refe­rên­cia para cris­tais pelo qual os dife­ren­tes sis­te­mas de for­mas de cris­tais podem ser desig­na­dos usan­do um con­jun­to de três núme­ros intei­ros para cada face de cris­tal. Quan­do publi­cou este esque­ma em A Tre­a­ti­se on Crys­tal­lo­graphy (1839), ele for­ne­ceu uma alter­na­ti­va à con­fu­são exis­ten­te devi­do aos mui­tos sis­te­mas des­cri­ti­vos dife­ren­tes ante­ri­or­men­te em uso. No iní­cio da sua car­rei­ra, publi­cou livros de tex­to de suces­so para hidros­tá­ti­ca e hidro­di­nâ­mi­ca (1831) e cál­cu­lo dife­ren­ci­al (1833). Mil­ler tam­bém pre­pa­rou novas nor­mas em 1843 para subs­ti­tuir as Nor­mas Naci­o­nais de peso e com­pri­men­to que se tinham per­di­do no incên­dio de 1834 que des­truiu os edi­fí­ci­os do Parlamento.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1890, o astró­no­mo fran­cês André-Louis Dan­jon. Ele con­ce­beu uma esca­la ago­ra padrão de cin­co pon­tos para clas­si­fi­car a escu­ri­dão e a cor de um eclip­se lunar total, que é conhe­ci­da como a Esca­la de Lumi­no­si­da­de de Dan­jon. Estu­dou a rota­ção da Ter­ra, e desen­vol­veu ins­tru­men­tos astro­nó­mi­cos, incluin­do um fotó­me­tro para medir o bri­lho da Ter­ra — o bri­lho de uma lua escu­ra devi­do à luz reflec­ti­da da Ter­ra. Con­sis­tia num teles­có­pio em que um pris­ma divi­dia a ima­gem da Lua em duas ima­gens idên­ti­cas lado a lado. Ajus­tan­do um dia­frag­ma para escu­re­cer uma das ima­gens até que a por­ção ilu­mi­na­da pelo sol tives­se o mes­mo bri­lho apa­ren­te que a por­ção ilu­mi­na­da pela ter­ra na ima­gem não ajus­ta­da, ele podia quan­ti­fi­car o ajus­te do dia­frag­ma, e assim ter uma medi­da real do bri­lho da luz da Terra.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1890, o avi­a­dor e pio­nei­ro da avi­a­ção holan­dês-ame­ri­ca­no Anthony Fok­ker. Ele ten­do vis­to um avião voar aos 16 anos de ida­de, foi ins­pi­ra­do a cons­truir o seu pri­mei­ro avião aos 20 anos de ida­de. Este era um mono­pla­no esco­ra­do, o Spi­der que ele colo­cou mon­ta­do num han­gar Zep­pe­lin vazio em Baden-Baden, e que o pilo­ta­va ganhan­do a sua licen­ça de pilo­to. A sua pri­mei­ra fábri­ca cons­truiu mui­tos dos aviões de per­se­gui­ção da Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al da Ale­ma­nha, e ganhou reco­nhe­ci­men­to, mas no final da guer­ra foi pos­to fora de ser­vi­ço pelo tra­ta­do de Ver­sa­lhes. A 21 de Julho de 1919, cri­ou uma empre­sa para aviões civis, na Holan­da e sub­se­quen­te­men­te come­çou a fabri­car nos EUA. Con­ti­nu­ou a influ­en­ci­ar as téc­ni­cas de cons­tru­ção de aviões, e adop­tou a cons­tru­ção de tubos de aço sol­da­do para fuselagem.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1892, o pio­nei­ro da avi­a­ção ame­ri­ca­no Donald Dou­glas. For­mou-se no Mas­sa­chu­setts Ins­ti­tu­te of Tech­no­logy como o seu pri­mei­ro estu­dan­te de aero­náu­ti­ca (1914), depois con­sul­tou e dese­nhou para outros até fun­dar a sua pró­pria empre­sa (1920). Ao lon­go dos anos, a sua empre­sa esta­be­le­ceu o padrão da indús­tria em ter­mos de fia­bi­li­da­de e segu­ran­ça. A série DC de aviões comer­ci­ais de pas­sa­gei­ros, come­çan­do pelo DC‑1 (que entrou em ser­vi­ço em 1933) levou ao DC‑8, o pri­mei­ro avião comer­ci­al a jac­to em 1958. Para além dos aviões mili­ta­res, a empre­sa pro­du­ziu tam­bém mís­seis mili­ta­res e naves espa­ci­ais. O negó­cio fun­diu-se com a McDon­nell Air­craft Com­pany em 1967, e após a sua mor­te, com a Boeing em 1997.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1903, o enge­nhei­ro ame­ri­ca­no Harold E. Edger­ton. Ele uti­li­zou uma luz estro­bos­có­pi­ca nos seus estu­dos, que, em 1931, apli­cou o estro­bos­có­pio à foto­gra­fia de ultra-alta velo­ci­da­de. For­mou uma empre­sa (1947) para se espe­ci­a­li­zar em tec­no­lo­gia elec­tró­ni­ca, o que levou a inven­tar a máqui­na foto­grá­fi­ca Rapa­tro­nic, capaz de foto­gra­far explo­sões de tes­tes de bom­bas nucle­a­res dos EUA a uma dis­tân­cia de 7 milhas. Ao lon­go da sua car­rei­ra, apli­cou a foto­gra­fia de alta velo­ci­da­de como fer­ra­men­ta em vári­as apli­ca­ções cien­tí­fi­cas. Tam­bém desen­vol­veu o sonar para estu­dar o fun­do do oce­a­no. Usan­do sonar side-scan, em 1973, aju­dou a loca­li­zar o navio de guer­ra civil afun­da­do USS Moni­tor, per­di­do des­de 1862, ao lar­go de Cape Hat­te­ras, NC.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1913, o inven­tor, enge­nhei­ro, e bio­fí­si­co ame­ri­ca­no [Otto Schmitt](https://en.wikipedia.org/wiki/Otto_Schmitt). Ele ficou conhe­ci­do pelas suas con­tri­bui­ções cien­tí­fi­cas para a bio­fí­si­ca e pelo esta­be­le­ci­men­to do cam­po da enge­nha­ria bio­mé­di­ca. Sch­mitt tam­bém cunhou o ter­mo bio­mi­mé­ti­ca e inven­tou ou co-inven­tou o Sch­mitt-Trig­ger, o ampli­fi­ca­dor dife­ren­ci­al, e o ampli­fi­ca­dor esta­bi­li­za­do por talhador.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1920, o inven­tor e enge­nhei­ro aero­es­pa­ci­al ame­ri­ca­no Jack Cover. Ele inven­tou a arma de ator­do­a­men­to Taser a par­tir de uma ins­pi­ra­ção após a lei­tu­ra de um homem bre­ve­men­te imo­bi­li­za­do por uma cer­ca eléc­tri­ca. Ele tra­ba­lhou na sua gara­gem e no final dos anos 60 tinha cri­a­do um dis­po­si­ti­vo seme­lhan­te a uma lan­ter­na que usa­va pól­vo­ra para dis­pa­rar dar­dos capa­zes de pro­vo­car um cho­que eléc­tri­co a um alvo num raio de 15 pés. Deu-lhe o nome com a sigla Taser das ini­ci­ais das pala­vras em Tho­mas A. Swift Elec­tric Rifle adap­ta­das de um livro de fic­ção cien­tí­fi­ca favo­ri­to da sua infân­cia, Tom Swift and His Elec­tric Rifle. Fun­dou a empre­sa Taser Sys­tems Inc. em 1970. Foi clas­si­fi­ca­da como arma de fogo devi­do ao seu uso de pól­vo­ra, mas um dese­nho revis­to, ofe­re­ci­do à Cover em 1993 por Rick e Tom Smith, que uti­li­za­vam gás com­pri­mi­do para pro­jec­tar o dar­do remo­ven­do essa res­tri­ção. O Depar­ta­men­to de Polí­cia de Los Ange­les foi um dos pri­mei­ros a adop­tar em 1980.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1928, o bioquí­mi­co e gene­ti­cis­ta ame­ri­ca­no James Wat­son. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1962 (com Fran­cis Crick e Mau­ri­ce Wil­kins) pela des­co­ber­ta “da estru­tu­ra mole­cu­lar dos áci­dos nuclei­cos e o seu sig­ni­fi­ca­do para a trans­fe­rên­cia de infor­ma­ção em mate­ri­al vivo”. O áci­do deso­xir­ri­bo­nu­clei­co (ADN) é a subs­tân­cia con­ti­da nas célu­las que con­tro­la a here­di­ta­ri­e­da­de. Crick e Wat­son ini­ci­a­ram a sua cola­bo­ra­ção em 1951, e publi­ca­ram o seu arti­go sobre a estru­tu­ra da dupla héli­ce em 2 de Abril de 1953 na Natu­re. Esta rea­li­za­ção tor­nou-se uma pedra angu­lar da gené­ti­ca e foi ampla­men­te con­si­de­ra­da como uma das des­co­ber­tas mais impor­tan­tes da bio­lo­gia do sécu­lo XX.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1949, o físi­co ger­ma­no-ame­ri­ca­no Horst Stör­mer. Ele par­ti­lhou (com Dani­el C. Tsui e Robert B. Laugh­lin) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1998 pela des­co­ber­ta “de uma nova for­ma de flui­do quân­ti­co com exci­ta­ções de car­ga frac­ci­o­na­da”. Ao expe­ri­men­tar uti­li­zar cam­pos mag­né­ti­cos extre­ma­men­te pode­ro­sos e bai­xas tem­pe­ra­tu­ras, em 1982, Stör­mer e Tsui des­co­bri­ram que os elec­trões actu­an­do em con­jun­to em cam­pos mag­né­ti­cos for­tes podem for­mar novos tipos de “par­tí­cu­las”, com car­gas que são frac­ções de car­gas de elec­trões. No espa­ço de um ano, Laugh­lin fez uma aná­li­se teó­ri­ca, expli­can­do o seu resultado”.

Em 1938, o inves­ti­ga­dor da Du Pont Roy J. Plun­kett e o seu téc­ni­co Jack Rebok des­co­bri­ram aci­den­tal­men­te o com­pos­to quí­mi­co poli­te­tra­flu­o­ro­e­ti­le­no (PTFE), mais tar­de comer­ci­a­li­za­do como Teflon. Plun­kett esta­va a inves­ti­gar as reac­ções quí­mi­cas do per­flu­o­ro­e­ti­le­no gaso­so, a fim de sin­te­ti­zar novos tipos de gases refri­ge­ran­tes. A Rebok encon­trou um cilin­dro apa­ren­te­men­te defei­tu­o­so des­te gás, uma vez que não foi encon­tra­da qual­quer pres­são quan­do a vál­vu­la foi aber­ta, ape­sar de o peso do cilin­dro ser o mes­mo que o dos cilin­dros chei­os. Rebok suge­riu ser­rar o mes­mo para o abrir para inves­ti­gar. No inte­ri­or esta­va um pó bran­co escor­re­ga­dio. Plun­kett des­co­briu que tinha pro­pri­e­da­des invul­ga­res, um mara­vi­lho­so lubri­fi­can­te sóli­do em for­ma de pó, era qui­mi­ca­men­te iner­te e tinha um pon­to de fusão mui­to ele­va­do. Per­ce­beu que era for­ma­do por uma poli­me­ri­za­ção ines­pe­ra­da. Foi paten­te­a­do em 4 de Feve­rei­ro de 1941.
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