Newsletter Nº417

Newsletter Nº417
News­let­ter Nº417

Faz hoje anos que nas­cia, em 1791, o artis­ta e inven­tor ame­ri­ca­no Samu­el Mor­se. Ele ficou famo­so pelo desen­vol­vi­men­to do Códi­go Mor­se (1838) e pelo aper­fei­ço­a­men­to inde­pen­den­te de um telé­gra­fo eléc­tri­co (1832–35). Pas­sou a pri­mei­ra par­te da sua vida como retra­tis­ta e só se dedi­cou à ciên­cia em 1832, quan­do já tinha pas­sa­do o seu 40º ani­ver­sá­rio. Esta­va a regres­sar à Amé­ri­ca depois de uma via­gem pela Euro­pa, quan­do conhe­ceu Char­les T. Jack­son no bar­co, que o ins­pi­rou sobre os recém-des­co­ber­tos elec­troí­ma­nes. A par­tir daí, Mor­se tra­ba­lhou para desen­vol­ver apa­re­lhos para comu­ni­ca­ções eléc­tri­cas. Com o apoio do Con­gres­so, cons­truiu uma linha de 40 milhas entre Bal­ti­mo­re, Mary­land e Washing­ton D.C., que teve o seu pri­mei­ro ensaio em 23 de Maio de 1843. Ficou pron­ta para uti­li­za­ção públi­ca em 1 de Abril de 1845.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1846, o inven­tor bel­go-ame­ri­ca­no Char­les Joseph Van Depo­e­le. Ele foi pio­nei­ro nos cami­nhos-de-fer­ro, na ilu­mi­na­ção eléc­tri­ca e no tra­ba­lho minei­ro, com mais de 100 paten­tes de inven­ções eléc­tri­cas. Emi­grou para os Esta­dos Uni­dos em 1869. Enquan­to fazia expe­ri­ên­ci­as com moto­res eléc­tri­cos em Detroit (1874), esta­be­le­ceu a pra­ti­ca­bi­li­da­de dos vagões fer­ro­viá­ri­os movi­dos a elec­tri­ci­da­de. Inven­tou um gera­dor eléc­tri­co (1880) e exi­biu um eléc­tri­co em fun­ci­o­na­men­to na Expo­si­ção de Apa­re­lhos Fer­ro­viá­ri­os de Chi­ca­go (1883). Con­ce­beu sis­te­mas de eléc­tri­cos para vári­as cida­des. Em 1888, ven­deu as suas paten­tes de cami­nhos-de-fer­ro eléc­tri­cos à Thom­son-Hous­ton Elec­tric Com­pany de Lynn, Mas­sa­chu­setts. As suas outras paten­tes inclu­em: lâm­pa­da de arco (1870), máqui­na de extrac­ção de car­vão (1891), loco­mo­ti­va eléc­tri­ca sem engre­na­gens (1894).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1896, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wal­la­ce Carothers. Ele desen­vol­veu o nylon (1935), a pri­mei­ra fibra de polí­me­ro sin­té­ti­co a ser fia­da a par­tir de uma fusão. Pro­du­ziu esta poli­a­mi­da por con­den­sa­ção do áci­do adí­pi­co e da hexa­me­ti­le­no­di­a­mi­na. Tra­ba­lhou para a empre­sa quí­mi­ca duPont como che­fe de inves­ti­ga­ção em quí­mi­ca orgâ­ni­ca a par­tir de 1928. Atra­vés do seu estu­do de molé­cu­las de cadeia lon­ga, actu­al­men­te desig­na­das por polí­me­ros, desen­vol­veu tam­bém a pri­mei­ra bor­ra­cha sin­té­ti­ca bem suce­di­da, o neo­pre­no (1931). A DuPont pro­du­ziu o nylon comer­ci­al­men­te a par­tir de 1938 e lan­çou as bases da indús­tria de fibras sin­té­ti­cas. O nylon reve­lou-se exce­len­te nas suas pro­pri­e­da­des como aná­lo­go sin­té­ti­co da seda.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1942, o cos­mo­nau­ta e médi­co rus­so Vale­ri Polya­kov. Ele esta­be­le­ceu o recor­de da mais lon­ga esta­dia con­tí­nua no espa­ço, 438 dias (8 de Janei­ro de 1994 — 22 de Mar­ço de 1995) a bor­do da esta­ção espa­ci­al rus­sa Mir. Com uma esta­dia ante­ri­or de 241 dias na Mir (29 de Agos­to de 1988 — 27 de Abril de 1989), tam­bém deti­nha o recor­de de resis­tên­cia espa­ci­al acu­mu­la­da de 679 dias. Dei­xou o ser­vi­ço espa­ci­al em 1 de Junho de 1995. A sua for­ma­ção incluiu medi­ci­na astro­náu­ti­ca. Em 22 de Mar­ço de 1972, foi selec­ci­o­na­do como cos­mo­nau­ta espe­ci­a­lis­ta em bio­me­di­ci­na para uma mis­são pla­ne­a­da à esta­ção espa­ci­al e come­çou a trei­nar em Outu­bro de 1972. O recor­de cumu­la­ti­vo de per­ma­nên­cia no espa­ço foi pos­te­ri­or­men­te bati­do por Ser­gei Avdeyev em 13 de Agos­to de 1999 (3 mis­sões, total de 748 dias) e depois em 16 de Agos­to de 2005 por Ser­gei Kri­ka­lev (6 mis­sões, total de 803 dias).

Em 1880, a pri­mei­ra paten­te ame­ri­ca­na para um apa­re­lho audi­ti­vo eléc­tri­co foi con­ce­di­da a Fran­cis D. Clar­ke e M.G. Fos­ter, inti­tu­la­da “Devi­ce for Aiding the Deaf to Hear” (Dis­po­si­ti­vo para aju­dar os sur­dos a ouvir) (n.º 226.902). O dis­po­si­ti­vo uti­li­za­va a con­du­ção óssea, atra­vés da qual o som é trans­mi­ti­do pela vibra­ção do osso do crâ­nio. Só em 1901 é que foi pro­du­zi­do o pri­mei­ro apa­re­lho audi­ti­vo dis­po­ní­vel no mer­ca­do, o Acous­ti­con, inven­ta­do por Mil­ler Ree­se Hutchinson.

Em 1970, a sín­te­se do ele­men­to 105, atra­vés da fusão de núcle­os de cali­fór­nio e azo­to, foi comu­ni­ca­da na reu­nião da Ame­ri­can Phy­si­cal Soci­ety em Washing­ton, D.C., por Albert Ghi­or­so do Lawren­ce Radi­a­ti­on Labo­ra­tory da Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley. O ele­men­to arti­fi­ci­al tinha uma mas­sa ató­mi­ca de 260, meia-vida de cer­ca de 1,6 segun­dos e uma pro­va melhor do que uma ten­ta­ti­va rus­sa de 1968, que a equi­pa ame­ri­ca­na con­si­de­ra­va não pro­va­da. Foi pro­pos­to o nome hah­nium, em home­na­gem ao fale­ci­do Otto Hahn. Even­tu­al­men­te, a União Inter­na­ci­o­nal para a Quí­mi­ca Pura e Apli­ca­da deci­diu que se cha­ma­ria dúbio e reco­nhe­ceu a ante­ri­or rei­vin­di­ca­ção de des­co­ber­ta em 1968 por uma equi­pa lide­ra­da por Georgy Fle­rov no Ins­ti­tu­to Con­jun­to Rus­so de Inves­ti­ga­ção Nucle­ar que bom­bar­de­ou ame­rí­cio com néon.”

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da uma nova ver­são do ker­nel Linux com uma série de melho­ri­as de hard­ware, desem­pe­nho e segu­ran­ça. Como seria de espe­rar, o ker­nel 6.3 do Linux apre­sen­ta uma quan­ti­da­de enor­me códi­go para supor­te de CPUs e hard­ware grá­fi­co da Intel e da AMD que ain­da não foram lan­ça­dos. Por mui­to exci­tan­tes (e neces­sá­ri­os) que sejam, é um pou­co difí­cil sen­tir­mo-nos entu­si­as­ma­dos quan­do, pou­cas pes­so­as irão bene­fi­ci­ar ime­di­a­ta­men­te. Feliz­men­te, há mui­tas alte­ra­ções que têm um impac­to mais direc­to na nos­sa uti­li­za­ção quo­ti­di­a­na. Uma mudan­ça notá­vel rela­ci­o­na­da à AMD no Linux 6.2 é o supor­te ao IBRS auto­má­ti­co da AMD para miti­ga­ção de Spec­tre. Isto ofe­re­ce um menor impac­to no desem­pe­nho do que a exe­cu­ção espe­cu­la­ti­va ret­po­li­ne que é fre­quen­te­men­te uti­li­za­da actu­al­men­te. No que diz res­pei­to à arqui­tec­tu­ra, novos dri­vers de ges­tão de ener­gia para ARM e RISC‑V são lan­ça­dos no Linux 6.3. O últi­mo tam­bém rece­be supor­te para fun­ções de string ace­le­ra­das (por meio da exten­são de mani­pu­la­ção de bits Zbb) e o pri­mei­ro ganha supor­te para ins­tru­ções de exten­são de matriz esca­lá­vel 2. Nos sis­te­mas de fichei­ros, o sis­te­ma de fichei­ros NFS (tan­to do lado do cli­en­te como do lado do ser­vi­dor) supor­ta ago­ra encrip­ta­ção base­a­da em AES-SHA2; opti­mi­za­ções para o desem­pe­nho de E/S direc­ta do EXT4; des­com­pres­são de bai­xa latên­cia para o EROFS, e um con­tro­la­dor de sis­te­ma de fichei­ros Brtfs mais rápi­do. O supor­te de hard­ware traz uma inter­fa­ce de con­tro­la­dor Ste­am Deck nati­va em HID, per­mi­te que o volan­te de cor­ri­da Logi­te­ch G923 Xbox edi­ti­on fun­ci­o­ne no Linux; melho­ra o com­por­ta­men­to dos con­tro­la­do­res com fio 8BitDo Pro 2; e adi­ci­o­na moni­to­ri­za­ção de sen­so­res para uma série de mother­bo­ard Ryzen da ASUS. Além dis­so, mais de 150.000 linhas de códi­go para supor­tar pla­cas ARM (anti­gas e não uti­li­za­das) foram remo­vi­das nes­ta actualização.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas HackS­pa­ce Maga­zi­ne Nº 66 e a Mag­PI nº 129 de Maio.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.