Newsletter Nº413

Newsletter Nº413
News­let­ter Nº413

Faz hoje anos que nas­cia, em 1674, o escri­tor e agró­no­mo inglês Jeth­ro Tull. Ele inven­tou uma semen­tei­ra movi­da a cava­lo por vol­ta de 1701. Ele pro­mo­veu a semen­tei­ra em filas em vez de a trans­mi­tir (lan­çan­do sim­ples­men­te as semen­tes em redor), para que as ervas dani­nhas pudes­sem ser con­tro­la­das atra­vés da enxa­da regu­lar entre as filas. Para este fim, con­ce­beu a sua semen­tei­ra, que podia plan­tar três filas ao mes­mo tem­po. Uma lâmi­na cor­tou uma ranhu­ra no solo para rece­ber a semen­te, e o solo foi vira­do para cobrir a semen­te. Uma tre­mo­nha dis­tri­buiu uma quan­ti­da­de regu­la­da de semen­tes. Por cau­sa das par­tes móveis inter­nas, foi cha­ma­da a pri­mei­ra máqui­na agrí­co­la. O seu meca­nis­mo rota­ti­vo tor­nou-se par­te de todos os dis­po­si­ti­vos de semen­tei­ra que se segui­ram. Tull tam­bém inven­tou um ara­do de qua­tro ara­dos para fazer cor­tes ver­ti­cais no solo antes do arado.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1811, o quí­mi­co ale­mão Robert Bun­sen. Ele inves­ti­gou espec­tros de emis­são de ele­men­tos aque­ci­dos, e des­co­briu césio (em 1860) e rubí­dio (em 1861) com o físi­co Gus­tav Kir­chhoff. O Pré­mio Bun­sen-Kir­chhoff para espec­tros­co­pia tem o nome de Bun­sen e Kir­chhoff. Bun­sen tam­bém desen­vol­veu vári­os méto­dos gasa­na­lí­ti­cos, foi pio­nei­ro na fotoquí­mi­ca, e fez um tra­ba­lho pre­co­ce no cam­po da quí­mi­ca do arsé­ni­co orgâ­ni­co. Com o seu assis­ten­te de labo­ra­tó­rio Peter Desa­ga, desen­vol­veu o quei­ma­dor de Bun­sen, uma melho­ria em rela­ção aos quei­ma­do­res de labo­ra­tó­rio então em uso.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1862, o mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co Leo­nard James Rogers. Ele foi o pri­mei­ro a des­co­brir a iden­ti­da­de Rogers-Rama­nu­jan e a desi­gual­da­de de Höl­der, e que intro­du­ziu os poli­nó­mi­os Rogers. Os poli­nó­mi­os Rogers-Szegő têm o seu nome em sua homenagem.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1879, o ópti­co-opto­me­tris­ta estó­nio Ber­nhard Vol­de­mar Sch­midt. Ele inven­tou o teles­có­pio que lhe deu o nome. Em 1929, con­ce­beu um novo sis­te­ma de espe­lhos para reflec­tir teles­có­pi­os que supe­rou pro­ble­mas ante­ri­o­res de aber­ra­ção da ima­gem. Uti­li­zou um vácuo para aspi­rar o vidro para den­tro de um mol­de, polindo‑o acha­ta­do, per­mi­tin­do depois que vol­tas­se a ganhar for­ma. O teles­có­pio Sch­midt é ago­ra ampla­men­te uti­li­za­do em astro­no­mia para foto­gra­far gran­des sec­ções do céu, devi­do ao seu gran­de cam­po de visão e à sua fina defi­ni­ção de ima­gem. Per­deu o bra­ço quan­do era cri­an­ça enquan­to expe­ri­men­ta­va explo­si­vos. Sch­midt pas­sou o últi­mo ano da sua vida num hos­pi­tal psiquiátrico.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1886, o lógi­co e mate­má­ti­co pola­co Sta­nis­law Les­ni­ews­ki. Ele co-fun­dou a esco­la de lógi­ca de Var­só­via, que flo­res­ceu entre as Guer­ras Mun­di­ais na Poló­nia. Como seu prin­ci­pal repre­sen­tan­te, jun­tou-se a Alfred Tars­ki (então seu alu­no de dou­to­ra­men­to), e a Jan Łuka­si­ewicz na Uni­ver­si­da­de de Var­só­via, tornando‑a tal­vez o prin­ci­pal cen­tro de inves­ti­ga­ção de lógi­ca for­mal do mun­do. A sua abor­da­gem apli­cou o máxi­mo rigor na for­ma­li­za­ção e exe­cu­ção da lógi­ca. Com idei­as ori­gi­nais, con­ce­beu os três sis­te­mas for­mais, ago­ra conhe­ci­dos como pro­to­té­ti­cos, onto­lo­gia, e mera­o­lo­gia, como uma alter­na­ti­va con­cre­ta para esta­be­le­cer a teo­ria. Embo­ra no iní­cio menos conhe­ci­do inter­na­ci­o­nal­men­te, os seus ensi­na­men­tos uni­ver­si­tá­ri­os influ­en­ci­a­ram os mate­má­ti­cos pola­cos subsequentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1891, o enge­nhei­ro e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no Arthur Wil­li­am Sid­ney Her­ring­ton. Ele desen­vol­veu uma série de veí­cu­los mili­ta­res, o mais conhe­ci­do dos quais foi o jipe da Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, come­çou a tra­ba­lhar num novo dese­nho de camiões mili­ta­res para ter­re­nos aci­den­ta­dos, o mais peque­no dos quais era o jipe de um quar­to de tone­la­da com trac­ção às qua­tro rodas que se tor­nou o pro­tó­ti­po de vári­os mode­los cons­truí­dos nas déca­das de 1930 e 1940. O jipe ser­viu na II Guer­ra Mun­di­al como por­ta-cama, supor­te de metra­lha­do­ra, veí­cu­lo de reco­nhe­ci­men­to, pic­kup truck, limu­si­na da linha da fren­te, por­ta­dor de muni­ções, cama­da de ara­me e táxi.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1892, o mate­má­ti­co pola­co Ste­fan Bana­ch. Ele fun­dou a aná­li­se fun­ci­o­nal moder­na e aju­dou a desen­vol­ver a teo­ria dos espa­ços vec­to­ri­ais topo­ló­gi­cos. Além dis­so, con­tri­buiu para medir a teo­ria, a inte­gra­ção, a teo­ria dos con­jun­tos, e as séri­es orto­go­nais. Na sua dis­ser­ta­ção, escri­ta em 1920, ele defi­niu axi­o­ma­ti­ca­men­te o que hoje se cha­ma um espa­ço Bana­ch. A ideia foi intro­du­zi­da por outros mais ou menos ao mes­mo tem­po (por exem­plo, Wie­ner intro­du­ziu a noção mas não desen­vol­veu a teo­ria). O nome ‘Espa­ço Bana­ch’ foi cunha­do por Fré­chet. Bana­ch alge­bras tam­bém rece­beu o seu nome. A impor­tân­cia da con­tri­bui­ção de Bana­ch é que ele desen­vol­veu uma teo­ria sis­te­má­ti­ca de aná­li­se fun­ci­o­nal, onde antes só se tinham obti­do resul­ta­dos iso­la­dos que mais tar­de foram vis­tos como encai­xan­do na nova teoria.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1894, o dese­nha­dor de aviões sovié­ti­co Ser­gey Vla­di­mi­ro­vi­ch Ilyushin. Ele cri­ou o famo­so avião de ata­que blin­da­do Il‑2 Stor­mo­vik, o avião mais uti­li­za­do e mais pro­du­zi­do duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al pela For­ça Aérea da União Sovié­ti­ca. Após a guer­ra, tra­ba­lhou duran­te pou­co tem­po em aviões a jac­to bom­bar­dei­ros e con­ce­beu um dos aviões de mai­or suces­so da épo­ca, o Il-28. Na déca­da de 1950 dei­xou de tra­ba­lhar em aviões de guer­ra e con­cen­trou os seus estu­dos em aviões de pas­sa­gei­ros e de trans­por­te movi­dos a tur­bo­pro­pul­sor e tur­bo-jac­to. Os aviões civis que con­ce­beu inclu­em: o avião de pas­sa­gei­ros bimo­tor Il-12 (1946), o trans­por­te a tur­bo­pro­pul­sor a qua­tro moto­res Il-18 Mosk­va (1957), o trans­por­ta­dor de pas­sa­gei­ros tur­bo-jac­to Il-62 (1962), e o air­bus Il-86, que fez o seu pri­mei­ro voo em 1976.

Em 1791, após uma pro­pos­ta da Aca­dé­mie des sci­en­ces (Bor­da, Lagran­ge, Lapla­ce, Mon­ge e Con­dor­cet), a Assem­bleia Naci­o­nal fran­ce­sa esco­lheu final­men­te que um metro seria um 1/10 000 000 da dis­tân­cia entre o pólo nor­te e o equador.

Em 1950, foi anun­ci­a­da a inven­ção do foto­tran­sis­tor, ope­ra­do por luz e não por cor­ren­te eléc­tri­ca. Foi inven­ta­do pelo Dr. John North­rup Shi­ve of Bell Telepho­ne Labo­ra­to­ri­es, Mur­ray Hill, N.J. A pon­ta de um úni­co fio colec­tor repou­sa sobre uma peque­na covi­nha de ter­ra num dos lados de um minús­cu­lo chip de ger­mâ­nio, um mate­ri­al semi­con­du­tor. Nes­ta altu­ra, o dis­co de ger­mâ­nio tem ape­nas 0,003 pole­ga­das de espes­su­ra. Quan­do mon­ta­do no inte­ri­or de um minús­cu­lo cilin­dro com pon­ta de com­pri­men­to, a luz foca­da no lado opos­to, sem covi­nhas do dis­co, con­tro­la­va o flu­xo de cor­ren­te no fio. A sua fun­ção era seme­lhan­te, mas con­ve­ni­en­te­men­te mais peque­na do que uma célu­la fotoeléctrica.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­PI nº 128 e a HackS­pa­ce Maga­zi­ne Nº 65 de Abril.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.