Newsletter Nº293

Newsletter Nº293
News­let­ter Nº293

Faz hoje anos que nas­cia, em 1804, o mate­má­ti­co ale­mão Carl Gus­tav Jacob Jaco­bi. Ele, com o tra­ba­lho inde­pen­den­te de Niels Hen­rik Abel da Noru­e­ga, fun­dou a teo­ria das fun­ções elíp­ti­cas. Ele tra­ba­lhou igual­men­te em fun­ções abe­li­a­nas e des­co­briu as fun­ções hiper­líp­ti­cas. Jaco­bi apli­cou o seu tra­ba­lho em fun­ções elíp­ti­cas à teo­ria dos núme­ros. Ele tam­bém inves­ti­gou aná­li­se mate­má­ti­ca e geo­me­tria. Jaco­bi rea­li­zou impor­tan­tes pes­qui­sas em equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais da pri­mei­ra ordem e apli­cou-as às equa­ções dife­ren­ci­ais da dinâ­mi­ca. O seu tra­ba­lho sobre deter­mi­nan­tes é impor­tan­te em dinâ­mi­ca e mecâ­ni­ca quân­ti­ca e ele estu­dou o deter­mi­nan­te fun­ci­o­nal ago­ra cha­ma­do de jacobiano.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1815, a mate­má­ti­ca ingle­sa Ada Love­la­ce. Ela foi edu­ca­da em par­ti­cu­lar, no estu­do da mate­má­ti­ca e da astro­no­mia, além dos temas mais tra­di­ci­o­nais. Ela pare­ce ter desen­vol­vi­do uma ambi­ção ini­ci­al para ser uma cien­tis­ta famo­sa. Depois de conhe­cer Char­les Bab­ba­ge em 1833, ela come­çou a aju­dar no desen­vol­vi­men­to do seu motor ana­lí­ti­co e publi­cou notas sobre o tra­ba­lho. Ela foi uma das pri­mei­ras a reco­nhe­cer o poten­ci­al dos com­pu­ta­do­res e foi cha­ma­da de pri­mei­ra pro­gra­ma­do­ra de com­pu­ta­dor. (A lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção Ada tem seu nome.)

Faz hoje 153 anos que os pri­mei­ros semá­fo­ros a gás foram ins­ta­la­dos do lado de fora das Casas do Par­la­men­to, em Lon­dres. Pro­pos­to pelo enge­nhei­ro fer­ro­viá­rio bri­tâ­ni­co J. P. Knight para con­tro­lar o trá­fe­go de car­ru­a­gens de cava­los, as luzes de gás eram con­tro­la­das manu­al­men­te por um poli­cia que usa­va bra­ços semafóricos.

Nes­ta sema­na que pas­sou a cáp­su­la da son­da Japo­ne­sa Haya­bu­sa 2, ater­rou. Lan­ça­da à cer­ca de seis anos para reco­lher amos­tras de aste­rói­des no espa­ço ater­rou no pas­sa­do sába­do na super­fí­cie da Terra.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou, a Spa­ceX, depois de alguns adi­a­men­tos lá lan­çou o fogue­tão SN8 num voo de tes­te. O objec­ti­vo era subir até uma alti­tu­de de 12.5 Kms e depois de rea­li­zar algu­mas mano­bras com­ple­xas no ar — incluin­do o “belly flop” como o que a ulti­ma Nave rea­li­za­rá ao vol­tar à Ter­ra em voos ope­ra­ci­o­nais — e, em segui­da, pou­sar em segu­ran­ça per­to da base de lan­ça­men­to. O fogue­tão gigan­te de 50m de altu­ra con­se­guiu, apa­ren­te­men­te fazer as mano­bras com suces­so, com excep­ção da ulti­ma. O fogue­tão atin­giu a sua posi­ção de ater­ra­gem, mas des­ceu dema­si­a­do rápi­do, explo­din­do numa bola de fogo 6 minu­tos e 42 segun­dos após a descolagem.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do o livro Help! My Com­pu­ter is Bro­ken e a revis­ta newe­lec­tro­nics de 8 Dezembro.

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Newsletter Nº292

Newsletter Nº292
News­let­ter Nº292

Faz hoje anos que nas­cia, em 1616, o mate­má­ti­co inglês John Wal­lis. Ele foi res­pon­sá­vel pela intro­du­ção do sím­bo­lo de infi­ni­to na mate­má­ti­ca. Wal­lis era habi­li­do­so em crip­to­gra­fia e des­co­di­fi­ca­va men­sa­gens monár­qui­cos para os par­la­men­ta­res duran­te a Guer­ra Civil. Pos­te­ri­or­men­te, ele foi nome­a­do para a Cadei­ra de Geo­me­tria Sal­va­dor em Oxford em 1649, uma posi­ção que ocu­pou até sua mor­te mais de 50 anos depois. Wal­lis fazia par­te de um gru­po inte­res­sa­do em ciên­cia natu­ral e expe­ri­men­tal que se tor­nou a Royal Soci­ety, então Wal­lis é um mem­bro fun­da­dor da Royal Soci­ety e um de seus pri­mei­ros Fel­lows. Wal­lis con­tri­buiu subs­tan­ci­al­men­te para as ori­gens do cál­cu­lo e foi o mate­má­ti­co inglês mais influ­en­te antes de Newton.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1753, o inven­tor bri­tâ­ni­co Samu­el Cromp­ton. Ele, duran­te a Revo­lu­ção Indus­tri­al, cri­ou a “mula gira­tó­ria”. O fio con­tí­nuo, for­te e fino que foi capaz de girar foi um bene­fí­cio para os fabri­can­tes de teci­do de algo­dão. Era cha­ma­do de “mula” por­que era um híbri­do das idei­as de Richard Ark­wright e James Har­gre­a­ves. A fia­ção tinha che­ga­do à mai­o­ri­da­de des­de a ocu­pa­ção domés­ti­ca até a pro­du­ção da fábrica.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1877, o inven­tor e pio­nei­ro da avi­a­ção neo­ze­lan­dês Richard Pear­se. Aos 21 anos, cons­truiu uma ofi­ci­na com uma for­ja e um tor­no para se tor­nar num inven­tor. A sua pri­mei­ra paten­te foi um tipo de bici­cle­ta. Em 1902, Pear­se pro­va­vel­men­te tinha cons­truí­do um motor leve de dois cilin­dros e pri­mei­ro avião a par­tir de bam­bu, aço tubu­lar, ara­me e tela. Os rela­tos das datas e deta­lhes de seus voos vari­am por­que não foram docu­men­ta­dos, mas acre­di­ta-se que a 31 de Mar­ço de 1903 ele fez pelo menos uma des­co­la­gem pro­pul­si­o­na­da, embo­ra não um voo con­tro­la­do e sus­ten­ta­do, cobrin­do tal­vez 350 metros antes de bater numa cer­ca alta. (Seria a quin­ta des­co­la­gem bem suce­di­da no mun­do.) Ele fez outras inven­ções em sua vida.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1886, o fisi­co sue­co Man­ne Sieg­bahn. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1924 pelas suas des­co­ber­tas e inves­ti­ga­ções em espec­tros­co­pia de raios‑X. Em 1914 ele come­çou os seus estu­dos na nova ciên­cia da espec­tros­co­pia de raios‑X que já tinha esta­be­le­ci­do a par­tir de espec­tros de raios‑X que exis­ti­am duas ‘con­chas’ dis­tin­tas de elec­trões den­tro dos áto­mos, cada uma dan­do ori­gem a gru­pos de linhas espec­trais, rotu­la­dos de ‘K’ e ‘L’. Em 1916, Sieg­bahn des­co­briu uma ter­cei­ra série, ou “M”. (Mais foram encon­tra­dos mais tar­de em ele­men­tos mais pesa­dos.) Refi­nan­do o seu equi­pa­men­to de raio‑X e téc­ni­ca, ele foi capaz de aumen­tar sig­ni­fi­ca­ti­va­men­te a pre­ci­são de suas deter­mi­na­ções de linhas espec­trais. Isto per­mi­tiu que ele fizes­se cor­rec­ções na equa­ção de Bragg para difrac­ção de raios‑X para per­mi­tir os deta­lhes mais finos da difrac­ção de cristal.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1924, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção nor­te-ame­ri­ca­no John Bac­kus. Ele foi res­pon­sá­vel pela inven­ção da lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção FORTRAN (FOR­mu­la TRANs­la­ti­on) em mea­dos da déca­da de 1950. Ele já tinha desen­vol­vi­do uma lin­gua­gem assem­bly para o com­pu­ta­dor 701 da IBM quan­do suge­riu o desen­vol­vi­men­to de um com­pi­la­dor e lin­gua­gem de mais alto nível para o IBM 704. Como a pri­mei­ra lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção de com­pu­ta­dor de alto nível, o FORTRAN foi capaz de con­ver­ter fór­mu­las e expres­sões mate­má­ti­cas padrão no códi­go biná­rio usa­do pelos com­pu­ta­do­res. Assim, um não-espe­ci­a­lis­ta pode­ria escre­ver um pro­gra­ma em pala­vras e sím­bo­los fami­li­a­res, e dife­ren­tes com­pu­ta­do­res pode­ri­am usar pro­gra­mas gera­dos na mes­ma lín­gua. Isto abriu cami­nho para outras lin­gua­gens de com­pu­ta­dor, como o COBOL, o ALGOL e o BASIC.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1933, o quí­mi­co holan­dês Paul J. Crut­zen. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1995 por demons­trar, em 1970, que com­pos­tos quí­mi­cos de óxi­do de nitro­gé­nio ace­le­ram a des­trui­ção do ozo­no estra­tos­fé­ri­co, que pro­te­ge a Ter­ra da radi­a­ção ultra­vi­o­le­ta do Sol. O seu tra­ba­lho, publi­ca­do em 1970, mos­trou que os óxi­dos de nitro­gé­nio NO e NO2 rea­gem de for­ma cata­lí­ti­ca com ozo­no, ace­le­ran­do assim a taxa de que­bra de ozo­no para O2 na estra­tos­fe­ra. Estes óxi­dos de nitro­gé­nio são for­ma­dos prin­ci­pal­men­te pela decom­po­si­ção do óxi­do nitro­so (N2O) que se ori­gi­na de trans­for­ma­ções micro­bi­o­ló­gi­cas no solo. Ele divi­diu o pré­mio com os quí­mi­cos Mario Moli­na e F.Sherwood Rowland, que des­co­bri­ram em 1974 que gases fabri­ca­dos clo­ro­flu­or­car­bo­ne­tos (CFC) tam­bém con­tri­buíam para o esgo­ta­men­to do ozono.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1942, o cera­mis­ta nor­te-ame­ri­ca­no Peter C. Schultz. Ele, tra­ba­lhan­do com os inves­ti­ga­do­res da Cor­ning Glass Robert Mau­rer e Donald Keck, desen­vol­veu a fibra ópti­ca, capaz de trans­por­tar 65.000 vezes mais infor­ma­ções do que o fio de cobre con­ven­ci­o­nal, uma rea­li­da­de prá­ti­ca. Em 1970, Mau­rer, Keck e Schultz pro­jec­ta­ram e pro­du­zi­ram a pri­mei­ra fibra ópti­ca com per­das ópti­cas bai­xas o sufi­ci­en­te para amplo uso em tele­co­mu­ni­ca­ções. A fibra ópti­ca é fei­ta de dió­xi­do de silí­cio (areia pura) e pó de quart­zo para fazer uma has­te oca. Um gás aque­ci­do é então sopra­do atra­vés da has­te oca para dei­xar um fino depó­si­to de vidro ultra-puro no inte­ri­or da has­te. O tubo é então aque­ci­do e colap­sa­do numa has­te sóli­da com núcleo de vidro ultra-puro. Estas “has­tes” de vidro são mais finas que um cabe­lo e podem dobrar, elas são mui­to resistentes.

Faz hoje 110 anos que as luzes de Néon desen­vol­vi­das pelo físi­co fran­cês Geor­ges Clau­de, fize­ram a sua estreia públi­ca no Paris Motor Show. A luz colo­ri­da é pro­du­zi­da atra­vés da pas­sa­gem da cor­ren­te eléc­tri­ca atra­vés de gases iner­tes num tubo de vácuo. Este efei­to foi pro­du­zi­do após déca­das de expe­ri­ên­ci­as para cri­ar uma alter­na­ti­va prá­ti­ca à ilu­mi­na­ção incan­des­cen­te. A sina­li­za­ção de néon che­gou à Amé­ri­ca quan­do Ear­le C.Anthony com­prou dois car­ta­zes por US$ 2.400 em Paris e as ins­ta­lou na sua con­ces­si­o­ná­ria Pac­kard em Los Ange­les. O gás néon bri­lha um ver­me­lho-laran­ja arden­te; árgon é lavan­da macia; gás árgon melho­ra­do com mer­cú­rio é azul bri­lhan­te. Mais de 150 cores podem ser alcan­ça­das com­bi­nan­do dife­ren­tes gases (incluin­do críp­ton, xénon e hélio) e fós­fo­ros que reves­tem o inte­ri­or do tubo de vidro.

Nes­ta sema­na que pas­sou o Teles­có­pio do Obser­va­tó­rio de Are­ci­bo em Por­to Rico entra em colap­so meses após cabos que­bra­rem. O enor­me e já dani­fi­ca­do radi­o­te­les­có­pio Are­ci­bo entrou em colap­so com­ple­ta­men­te depois da sua pla­ta­for­ma recep­to­ra de 900 tone­la­das cair sobre o pra­to do reflec­tor abai­xo. O teles­có­pio desem­pe­nhou um papel fun­da­men­tal em des­co­ber­tas astro­nó­mi­cas por mais de meio sécu­lo e entrou na cul­tu­ra popu­lar com apa­ri­ções em fil­mes de Hollywo­od como Gol­de­nEye e Con­tact. A Fun­da­ção Naci­o­nal de Ciên­cia dos EUA (NSF) já tinha anun­ci­a­do ante­ri­or­men­te que o Obser­va­tó­rio de Are­ci­bo seria fechado.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a son­da Chang’e‑5, lan­ça­da na pas­sa­da sema­na, com­ple­ta a reco­lha de amos­tras da super­fí­cie Lunar, onde ater­rou com suces­so. As amos­tras foram emba­la­das e arma­ze­na­das no dis­po­si­ti­vo de arma­ze­na­men­to. Pos­te­ri­or­men­te a son­da já saiu da super­fí­cie lunar estan­do nes­te momen­to a cami­nho da Ter­ra. Pas­sa­ram mais de 40 anos des­de que amos­tras luna­res foram tra­zi­das pela últi­ma vez de vol­ta à Terra.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do o livro The Offi­ci­al Rasp­ber­ry Pi Hand­bo­ok 2021.

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Newsletter Nº291

Newsletter Nº291
News­let­ter Nº291

Faz hoje anos que nas­cia, em 1810, o inven­tor, enge­nhei­ro e indus­tri­al inglês Wil­li­am Geor­ge Arms­trong. Ele inven­tou uma máqui­na hidro­e­lé­tri­ca que pro­du­zia elec­tri­ci­da­de de fric­ção (1843), um guin­das­te hidráu­li­co, um acu­mu­la­dor hidráu­li­co para ali­men­tar máqui­nas, a arma de car­re­ga­men­to da cula­tra Arms­trong, pro­tó­ti­po de toda a arti­lha­ria moder­na e uma arma de car­re­ga­men­to por cula­tra com cilin­dro de ara­me enro­la­do. Ele fun­dou a Elswick Engi­ne­e­ring Works que fun­diu as suas acti­vi­da­des de arma­men­to e cons­tru­ção naval com a Vic­kers ‘Sons and Co. para for­mar a Vic­kers Arms­trong, Ltd. A sua man­são, Crag­si­de, foi a pri­mei­ra casa bri­tâ­ni­ca ilu­mi­na­da por hidroeletricidade.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1817, o quí­mi­co e edu­ca­dor fran­cês Char­les Adolphe Wurtz. Ele ficou conhe­ci­do pelas suas pes­qui­sas sobre com­pos­tos orgâ­ni­cos de nitro­gé­nio, hidro­car­bo­ne­tos e gli­cóis. Em 1848, ele estu­dou um gru­po de com­pos­tos rela­ci­o­na­dos à amó­nia cha­ma­dos ami­nas e mos­trou que per­ten­ci­am a um tipo com núcleo de nitro­gé­nio. Na amó­nia, um áto­mo de nitro­gé­nio foi liga­do a três hidro­gé­ni­os, enquan­to nas ami­nas, os radi­cais orgâ­ni­cos subs­ti­tuí­ram um ou mais des­ses hidrogénios.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1837, o quí­mi­co inglês John Newlands. Ele foi o pri­mei­ro que esta­be­le­ceu uma ordem de ele­men­tos pelos pesos ató­mi­cos e obser­vou uma peri­o­di­ci­da­de nas pro­pri­e­da­des. Cada oita­vo ele­men­to tem pro­pri­e­da­des seme­lhan­tes, por isso ele cha­mou a Lei das Oita­vas. Demo­rou mais um quar­to de sécu­lo, e o tra­ba­lho de outros, como Dmi­try Men­de­le­ev, para que o sig­ni­fi­ca­do de sua des­co­ber­ta fos­se reco­nhe­ci­do na tabe­la perió­di­ca de elementos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1876, o Inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Wil­lis Car­ri­er. Ele deu ini­cio ao ar con­di­ci­o­na­do moder­no. Em 1902 (um ano depois de se for­mar com um M.E.), ele pro­jec­tou seu pri­mei­ro sis­te­ma para con­tro­lar a tem­pe­ra­tu­ra e a humi­da­de numa grá­fi­ca do Bro­o­klyn. Em 2 de Janei­ro de 1906, ele paten­te­ou um “Apa­re­lho para tra­tar o ar”, o pri­mei­ro equi­pa­men­to de ar con­di­ci­o­na­do tipo spray do mun­do, (U.S. No. 808.897). As suas “Rati­o­nal Psy­ch­ro­me­tric For­mu­las,” (1911) per­ma­ne­cem essen­ci­ais para enge­nhei­ros de ar con­di­ci­o­na­do. Em 1915, ele fun­dou a Car­ri­er Engi­ne­e­ring Cor­po­ra­ti­on, para lidar com as con­di­ções de tem­pe­ra­tu­ra e humi­da­de no ambi­en­te indus­tri­al. Even­tu­al­men­te, a tec­no­lo­gia alcan­çou edi­fí­ci­os públi­cos e resi­dên­ci­as. Ele desen­vol­veu a pri­mei­ra máqui­na de refri­ge­ra­ção cen­trí­fu­ga de bai­xa pres­são segu­ra usan­do refri­ge­ran­te não tóxi­co e não inflamável.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1894, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Nor­bert Wie­ner. Ele esta­be­le­ceu a ciên­cia da ciber­né­ti­ca, um ter­mo que ele cunhou, que se pre­o­cu­pa com os fac­to­res comuns de con­tro­le e comu­ni­ca­ção em orga­nis­mos vivos, máqui­nas auto­má­ti­cas e orga­ni­za­ções. Ele alcan­çou reno­me inter­na­ci­o­nal ao for­mu­lar algu­mas das con­tri­bui­ções mais impor­tan­tes para a mate­má­ti­ca no sécu­lo XX. O seu tra­ba­lho em aná­li­se har­mó­ni­ca gene­ra­li­za­da e teo­re­mas tau­be­ri­a­nos ganhou o Pré­mio Bôcher em 1933, quan­do ele rece­beu o pré­mio da Ame­ri­can Mathe­ma­ti­cal Soci­ety pelas suas memó­ri­as Teo­re­mas Tau­be­ri­a­nos publi­ca­do em Annals of Mathe­ma­tics no ano ante­ri­or. A sua extra­or­di­ná­ria gama de inte­res­ses incluía pro­ces­sos esto­cás­ti­cos e teo­ria quântica.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1898, o quí­mi­co ale­mão Karl Zie­gler. Ele divi­diu o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1963 com Giu­lio Nat­ta “pelas suas des­co­ber­tas no cam­po da quí­mi­ca e tec­no­lo­gia de altos polí­me­ros”, melho­ran­do a qua­li­da­de dos plás­ti­cos. As molé­cu­las de polí­me­ro são lon­gas cadei­as de milha­res de áto­mos, for­ma­das pela cone­xão de uni­da­des repe­ti­das de uma peque­na molé­cu­la (o monó­me­ro). Zie­gler encon­trou for­ças eléc­tri­cas pecu­li­a­res numa liga­ção entre um áto­mo de alu­mí­nio e um áto­mo de car­bo­no numa cadeia de hidro­car­bo­ne­tos: molé­cu­las reac­ti­vas são atraí­das e ensan­dui­cha­das entre esses dois áto­mos, aumen­tan­do o com­pri­men­to da cadeia. Quan­do a cadeia é lon­ga o sufi­ci­en­te, a sepa­ra­ção do alu­mí­nio inter­rom­pe o cres­ci­men­to da molé­cu­la. A com­bi­na­ção de com­pos­tos de alu­mí­nio com outros com­pos­tos metá­li­cos dá cata­li­sa­do­res Ziegler.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1940, o mate­má­ti­co ita­li­a­no Enri­co Bom­bi­e­ri. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1974 pelas suas prin­ci­pais con­tri­bui­ções ao estu­do dos núme­ros pri­mos, ao estu­do das fun­ções uni-valen­tes e à con­jec­tu­ra local de Bie­ber­ba­ch, à teo­ria das fun­ções de vári­as variá­veis com­ple­xas e à teo­ria da equa­ções dife­ren­ci­ais e super­fí­ci­es míni­mas. “Teo­re­ma do valor médio de Bom­bi­e­ri”, que diz res­pei­to à dis­tri­bui­ção dos pri­mos em pro­gres­sões arit­mé­ti­cas que se obtém pela apli­ca­ção dos méto­dos do cri­vo grande.

Faz hoje 55 anos que a Fran­ça se tor­nou a 3ª nação a lan­çar um fogue­tão pró­prio um saté­li­te arti­fi­ci­al. O Asté­rix foi lan­ça­do a bor­do de um fogue­tão Dia­mant a par­tir de Ham­ma­guir, na Argé­lia. Ten­do-se tor­na­do nes­sa altu­ra a 6ª nação a ter saté­li­tes arti­fi­ci­ais a orbi­tar a Ter­ra, o saté­li­te Asté­rix comu­ni­cou com a Ter­ra duran­te 111 dias. Devi­do à alti­tu­de rela­ti­va­men­te ele­va­da de sua órbi­ta, não se espe­ra que reen­tre na atmos­fe­ra da Ter­ra por vári­os séculos.

Faz tam­bém hoje 9 anos que par­tia em direc­ção a Mar­te o rover Curi­o­sity lan­ça­do num Fogue­tão Altas V. O Curi­o­sity era o mai­or e mais pode­ro­so veí­cu­lo espa­ci­al que alguém tinha envi­a­do ao Pla­ne­ta Ver­me­lho. O labo­ra­tó­rio cien­ti­fi­co de duas tone­la­das tem o tama­nho de um peque­no SUV. O objec­ti­vo da mis­são era pro­cu­rar ambi­en­tes habi­tá­veis em Mar­te, ou evi­dên­ci­as de que o pla­ne­ta pode­ria ter sido habi­tá­vel no pas­sa­do. A sua via­gem durou cer­ca de 9 meses e
em pou­cas sema­nas, o Curi­o­sity cum­priu a sua mis­são. Ele encon­trou evi­dên­ci­as de água cor­ren­te em Mar­te. Mais tar­de, tam­bém encon­trou molé­cu­las orgâ­ni­cas em Marte.

E nes­ta sema­na que pas­sou a Chi­na lan­çou uma gran­de nave espa­ci­al robó­ti­ca do Cen­tro de Lan­ça­men­to Espa­ci­al Wen­chang, na pro­vín­cia de Hai­nan, no sul da Chi­na, com a tare­fa de pou­sar na Lua e tra­zer amos­tras luna­res, 44 anos depois da últi­ma vez des­de que subs­tân­ci­as extra­ter­res­tres foram tra­zi­das de vol­ta à Ter­ra. O fogue­tão Chang Zheng 5, o mai­or e mais pode­ro­so veí­cu­lo de lan­ça­men­to na Chi­na, ergueu seu cor­po de 20 anda­res e voou em direc­ção ao céu, arras­tan­do uma cha­ma pra­te­a­da espec­ta­cu­lar às 4h30 da sua pla­ta­for­ma de lan­ça­men­to, dei­xan­do mui­tos espec­ta­do­res den­tro e ao redor do cen­tro cos­tei­ro de Wen­chang com admi­ra­ção e entu­si­as­mo enquan­to o gigan­tes­co fogue­tão subia em direc­ção ao céu. Com cer­ca de 57 metros de altu­ra e cer­ca de 852 Mil qui­los este fogue­tão de dois está­gi­os tem a capa­ci­da­de de trans­por­tar cer­ca de 9 mil qui­los de car­ga para a órbi­ta trans-lunar.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­Pi nº100 de Dezem­bro e a revis­ta newe­lec­tro­nics de 24 de Novembro.

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Newsletter Nº290

Newsletter Nº290
News­let­ter Nº290

Faz hoje anos que nas­cia, em 1918, o astró­no­mo holan­dês Hen­drik C. van de Hulst. Ele pre­viu teo­ri­ca­men­te que no espa­ço inte­res­te­lar a quan­ti­da­de de hidro­gé­nio ató­mi­co neu­tro, que em sua tran­si­ção hiper­fi­na irra­dia e absor­ve a um com­pri­men­to de onda de 21 cm, pode-se espe­rar que ocor­ra em den­si­da­des de colu­na tão altas a pon­to de for­ne­cer uma linha espec­tral sufi­ci­en­te­men­te for­te a pon­to de ser men­su­rá­vel. A linha de 21 cm de hidro­gé­nio ató­mi­co foi detec­ta­da em 1951, a pri­mei­ra na Uni­ver­si­da­de de Har­vard segui­da em pou­cas sema­nas por outros. A des­co­ber­ta demons­trou que a pes­qui­sa astro­nó­mi­ca, que naque­la épo­ca era limi­ta­da à luz con­ven­ci­o­nal, pode­ria ser com­ple­men­ta­da com obser­va­ções em com­pri­men­tos de onda de rádio, reve­lan­do uma série de novos pro­ces­sos físicos.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1922, o geo­fí­si­co bri­tâ­ni­co Keith Run­corn. Ele foi o pri­mei­ro a des­co­brir evi­dên­ci­as das inver­sões pola­res perió­di­cas do cam­po mag­né­ti­co da Ter­ra. Na déca­da de 1950 ele foi um pio­nei­ro na dis­ci­pli­na inci­pi­en­te do pale­o­mag­ne­tis­mo, ou mag­ne­tis­mo rema­nen­te, o estu­do do mag­ne­tis­mo resi­du­al. Ele tam­bém fez con­tri­bui­ções subs­tan­ci­ais para vári­os cam­pos, incluin­do con­vec­ção na Ter­ra e Lua, a for­ma e cam­pos mag­né­ti­cos da Lua e pla­ne­tas, mag­ne­tohi­dro­di­nâ­mi­ca do núcleo da Ter­ra, cor­ren­tes ter­res­tres, mudan­ças na dura­ção do dia e diva­ga­ção polar, deri­va con­ti­nen­tal e tec­tó­ni­ca de placas.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1936, o quí­mi­co taiwa­nês-ame­ri­ca­no Yuan T. Lee. Ele repar­tiu (com Dudley R. Hers­ch­ba­ch e John C. Polanyi) o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1986 pelo seu papel no desen­vol­vi­men­to da dinâ­mi­ca da reac­ção quí­mi­ca. Como inves­ti­ga­dor de pós-dou­to­ra­do, Lee expe­ri­men­tou e desen­vol­veu a inven­ção de Hers­ch­ba­ch da “téc­ni­ca de fei­xe mole­cu­lar cru­za­do”. Este estu­do ana­li­sou reac­ções entre molé­cu­las em bai­xas pres­sões, per­mi­tin­do que fei­xes de molé­cu­las e / ou áto­mos se encon­tras­sem num pon­to no espa­ço. Lee esten­deu a téc­ni­ca de Hers­ch­ba­ch, intro­du­zin­do a espec­tros­co­pia de mas­sa para iden­ti­fi­car os pro­du­tos resul­tan­tes das reac­ções dos áto­mos de oxi­gé­nio e flúor com com­pos­tos orgâ­ni­cos complexos.

Nes­ta sema­na que pas­sou a cáp­su­la Dra­gon da Spa­ceX che­gou à Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal. Depois de ter sido lan­ça­da no pas­sa­do dia 15 no fogue­tão Spa­ceX Fal­con 9 os qua­tro astro­nau­tas, três nor­te-ame­ri­ca­nos e um japo­nês che­ga­ram em segu­ran­ça. Esta mis­são é a pri­mei­ra de seis cer­ti­fi­ca­das, as mis­sões da tri­pu­la­ção NASA e Spa­ceX vão voar como par­te do Pro­gra­ma de Tri­pu­la­ção Comer­ci­al da agência.

Tam­bém esta sema­na foi noti­cia uma “bola de fogo” que atra­ves­sou os céus do sul de Por­tu­gal e Espa­nha na madru­ga­da da pas­sa­da segun­da-fei­ra. O objec­to cal­cu­la-se que se des­lo­ca­va a uma velo­ci­da­de de 227 mil qui­ló­me­tros e des­truiu-se a cer­ca de 61 qui­ló­me­tros de altu­ra sobre o dis­tri­to de Évora.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta HackS­pa­ce Maga­zi­ne nº37 de Dezembro.

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Newsletter Nº289

Newsletter Nº289
News­let­ter Nº289

Faz hoje anos que nas­cia, em 1746, o mate­má­ti­co e inven­tor fran­cês Jac­ques Char­les. Quan­do Ben­ja­min Fran­klin visi­tou a Fran­ça em 1779, Char­les foi ins­pi­ra­do a estu­dar físi­ca. Ele tor­nou-se um ora­dor elo­quen­te para audi­ên­ci­as não cien­tí­fi­cas. As suas pales­tras e demons­tra­ções atraí­ram cli­en­tes notá­veis e aju­da­ram a popu­la­ri­zar a teo­ria da elec­tri­ci­da­de de Fran­klin e outros novos con­cei­tos cien­tí­fi­cos. Com Anne-Jean e Nico­las Robert, ele fez vári­as subi­das de balão, e foi o pri­mei­ro a usar hidro­gé­nio para a encher balões (1783). Char­les inven­tou a mai­o­ria dos equi­pa­men­tos que ain­da são usa­dos nos balões de hoje. Por vol­ta de 1787 ele desen­vol­veu a lei de Char­les sobre a expan­são tér­mi­ca de gases que, para um gás em pres­são cons­tan­te, o seu volu­me é direc­ta­men­te pro­por­ci­o­nal à sua tem­pe­ra­tu­ra absoluta.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1842, o cien­tis­ta físi­co inglês John Wil­li­am Strutt, 3rd Baron Ray­leigh. Ele fez des­co­ber­tas fun­da­men­tais nos cam­pos da acús­ti­ca e ópti­ca que são fun­da­men­tais para a teo­ria da pro­pa­ga­ção de ondas em flui­dos. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1904 pelas suas inves­ti­ga­ções sobre as den­si­da­des dos gases mais impor­tan­tes e o iso­la­men­to bem suce­di­do de árgon, um gás atmos­fé­ri­co inerte.

Nes­ta sema­na que pas­sou a Apple anun­ci­ou o chip mais pode­ro­so que já cri­ou e o pri­mei­ro chip pro­jec­ta­do espe­ci­fi­ca­men­te para o Mac. O M1 é opti­mi­za­do para sis­te­mas Mac nos quais o tama­nho peque­no e a efi­ci­ên­cia ener­gé­ti­ca são extre­ma­men­te impor­tan­tes. Como um sis­te­ma num chip (SoC), o M1 com­bi­na inú­me­ras tec­no­lo­gi­as pode­ro­sas num úni­co chip, e pos­sui uma arqui­tec­tu­ra de memó­ria uni­fi­ca­da para melhor desem­pe­nho e efi­ci­ên­cia dra­ma­ti­ca­men­te melho­ra­dos. O M1 é o pri­mei­ro chip de com­pu­ta­dor pes­so­al cons­truí­do usan­do tec­no­lo­gia de 5 nm e tem no seu inte­ri­or uma quan­ti­da­de sur­pre­en­den­te de 16 mil milhões de tran­sís­to­res, o máxi­mo que a Apple já colo­cou num chip. Ele tem o CPU core mais rápi­do do mun­do em silí­cio de bai­xa potên­cia, o melhor desem­pe­nho de CPU por watt do mun­do, os grá­fi­cos inte­gra­dos mais rápi­dos do mun­do num com­pu­ta­dor pes­so­al e um desem­pe­nho ino­va­dor de machi­ne lear­ning com o Apple Neu­ral Engi­ne. Como resul­ta­do, o M1 ofe­re­ce desem­pe­nho de CPU até 3,5x mais rápi­do, desem­pe­nho de GPU até 6x mais rápi­do e machi­ne lear­ning até 15x mais rápi­do, tudo isto per­mi­tin­do a vida útil da bate­ria até 2x mais lon­ga que os Macs da gera­ção ante­ri­or. Com seu pro­fun­do aumen­to de desem­pe­nho e efi­ci­ên­cia, o M1 dá o mai­or sal­to de todos os tem­pos para o Mac.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta newe­lec­tro­nics de 10 de Novembro.

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