Newsletter Nº298

Newsletter Nº298
News­let­ter Nº298

Faz hoje anos que nas­cia, em 1901, o mate­má­ti­co pola­co-ame­ri­ca­no Alfred Tars­ki. Ele foi res­pon­sá­vel por estu­dos impor­tan­tes de álge­bra geral, teo­ria da medi­da, lógi­ca mate­má­ti­ca, teo­ria dos con­jun­tos e meta-mate­má­ti­ca. As lin­gua­gens cien­tí­fi­cas for­mais podem ser sub­me­ti­das a um estu­do mais com­ple­to pelo méto­do semân­ti­co que ele desen­vol­veu. Ele tra­ba­lhou em teo­ria de mode­los, pro­ble­mas de deci­são mate­má­ti­ca e álge­bra uni­ver­sal. Ele pro­du­ziu axi­o­mas para “con­sequên­cia lógi­ca”, tra­ba­lhou em sis­te­mas dedu­ti­vos, a álge­bra da lógi­ca e a teo­ria da defi­ni­bi­li­da­de. Os teó­ri­cos de gru­po estu­dam “mons­tros Tars­ki”, gru­pos infi­ni­tos cuja exis­tên­cia pare­ce intui­ti­va­men­te impossível.

Faz tam­bém hoje 15 anos que a son­da espa­ci­al Huy­gens pou­sou em Titã, a mai­or lua de Satur­no. Ele tinha sido liber­ta­da da nave Cas­si­ni quan­do a sua órbi­ta a vol­ta de Satur­no con­ver­giu com a tra­jec­tó­ria de Titã a 24 de Dezem­bro de 2004. Nas pri­mei­ras três foto­gra­fi­as rece­bi­das de Huy­gens na super­fí­cie de Titã, os cien­tis­tas viram o que se asse­me­lha­va a canais de dre­na­gem, uma linha cos­tei­ra, regiões inun­da­das cer­ca­das por ter­re­no ele­va­do e uma pla­ní­cie cober­ta por gran­des rochas, pos­si­vel­men­te de gelo. A son­da foi bap­ti­za­da em home­na­gem a Chris­ti­a­an Huy­gens, o astró­no­mo holan­dês que viu Titã pela pri­mei­ra vez em 25 de Mar­ço de 1655, a pri­mei­ra lua de Satur­no a ser descoberta.

Nes­ta sema­na já se pas­sa­ram 3.000 dias mar­ci­a­nos, ou sóis, des­de que Curi­o­sity pou­sou em Mar­te a 6 de Agos­to de 2012, e o rover con­ti­nua a fazer novas des­co­ber­tas duran­te sua esca­la­da gra­du­al até o Mon­te Sharp, de 5 qui­ló­me­tros de altu­ra, a mon­ta­nha que tem vin­do a explo­rar des­de 2014. Os geó­lo­gos fica­ram intri­ga­dos ao ver uma série de “ban­cos” de rocha no pano­ra­ma mais recen­te da missão.

Tam­bém nes­ta sema­na foi deci­di­do pela NASA aban­do­nar defi­ni­ti­va­men­te a mis­são da son­da Insight de per­fu­rar a super­fí­cie de Mar­te. Não ten­do con­se­gui­do obter o atri­to de que pre­ci­sa para cavar, vai ser atri­buí­da outra mis­são a esta son­da. Sen­do um vei­cu­lo esta­ci­o­ná­rio, ela não se con­se­gue mover da posi­ção onde ater­rou e isto tor­nou ain­da mais difí­cil esta missão.

Ain­da esta sema­na foi anun­ci­a­da con­jun­ta­men­te pela See­ed e pela Bea­gle­bo­ne uma par­ce­ria com a líder de solu­ções RISC‑V, Star­Fi­ve, para cri­ar o mais recen­te mem­bro da série BeagleBoard.org, o Bea­gleV. Bea­gleV é a pri­mei­ra pla­ca RISC V aces­sí­vel — pro­jec­ta­da para cor­rer Linux. A Bea­gleV, leva o códi­go aber­to para o pró­xi­mo nível dan­do aos pro­gra­ma­do­res mais liber­da­de e poder para ino­var e pro­jec­tar solu­ções líde­res da indús­tria com um pre­ço ini­ci­al aces­sí­vel de cer­ca de 149 USD, que se segui­rá com vari­an­tes de menor cus­to em lan­ça­men­tos subsequentes.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do o livro “Algo­rithms for Deci­si­on Making”.

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Newsletter Nº297

Newsletter Nº297
News­let­ter Nº297

Faz hoje anos que nas­cia, em 1794, o quí­mi­co ale­mão Eilhard Mits­cher­li­ch. Ele foi res­pon­sá­vel por ter difun­di­do o prin­cí­pio do iso­mor­fis­mo, após no iní­cio da sua car­rei­ra (por vol­ta de 1820) des­co­briu a impor­tân­cia da seme­lhan­ça da for­ma cris­ta­li­na entre os com­pos­tos quí­mi­cos. Ele come­çou a sua edu­ca­ção estu­dan­do medi­ci­na, mas o seu inte­res­se mudou para a quí­mi­ca e, em par­ti­cu­lar, a cris­ta­lo­gra­fia. Ele tra­ba­lhou no labo­ra­tó­rio de Ber­ze­lius (1820–22). Mits­cher­li­ch desen­vol­veu ain­da mais a sua teo­ria do iso­mor­fis­mo. Em 1834, ele des­ti­lou a seco o sal de cál­cio do áci­do ben­zói­co para obter ben­ze­no, entre outras pes­qui­sas notá­veis sobre os deri­va­dos do ben­ze­no. Seguin­do um inte­res­se em geo­lo­gia e mine­ra­lo­gia, ele pro­du­ziu mine­rais arti­fi­ci­ais. A indús­tria ale­mã de celu­lo­se cres­ceu a par­tir do pro­ces­so Mits­cher­li­ch para extrair celu­lo­se da madeira.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1827, o topó­gra­fo e enge­nhei­ro esco­cês Sand­ford Fle­ming. Ele emi­grou aos 17 anos para Que­bec, Cana­dá, em 24 de Abril de 1845, como agri­men­sor. Mais tar­de, ele tor­nou-se um dos mais impor­tan­tes enge­nhei­ros fer­ro­viá­ri­os do seu tem­po. Enquan­to era res­pon­sá­vel pelo levan­ta­men­to ini­ci­al da Cana­di­an Paci­fic Railway, a pri­mei­ra fer­ro­via cana­di­a­na a cru­zar o con­ti­nen­te, ele per­ce­beu os pro­ble­mas de coor­de­nar uma fer­ro­via tão lon­ga. Isso o levou à ideia de fusos horá­ri­os, cuja con­tri­bui­ção para a adop­ção do actu­al sis­te­ma de fusos horá­ri­os lhe ren­deu o títu­lo de “Pai do Horá­rio Padrão”. Fle­ming tam­bém dese­nhou o pri­mei­ro selo pos­tal cana­di­a­no. Lan­ça­do em 1851, cus­ta­va três cen­ta­vos e repre­sen­ta­va o cas­tor, ago­ra o ani­mal naci­o­nal do Canadá.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1871, o mate­má­ti­co fran­cês Émi­le Borel. Ele, jun­ta­men­te com René Bai­re e Hen­ri Lebes­gue, este­ve entre os pio­nei­ros da teo­ria da medi­da e sua apli­ca­ção à teo­ria da pro­ba­bi­li­da­de. Num de seus livros sobre pro­ba­bi­li­da­de, ele propôs a expe­ri­ên­cia de pen­sa­men­to de que um maca­co car­re­gan­do em teclas ao aca­so numa máqui­na de escre­ver irá — com cer­te­za abso­lu­ta — escre­ver todos os livros da Bibli­othè­que nati­o­na­le de Fran­ce (Bibli­o­te­ca Naci­o­nal) da Fran­ça. Isto ago­ra é popu­lar­men­te conhe­ci­do como teo­re­ma do maca­co infi­ni­to. Ele foi o pri­mei­ro a desen­vol­ver (1899) uma teo­ria sis­te­má­ti­ca para uma série diver­gen­te. Ele tam­bém publi­cou (1921–27) uma série de arti­gos de pes­qui­sa sobre a teo­ria dos jogos e se tor­nou o pri­mei­ro a defi­nir jogos de estratégia.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1920, o indus­tri­al e inven­tor bri­tâ­ni­co Alas­tair Pil­king­ton. Ele inven­tou o pro­ces­so de vidro cris­tal “flo­at”, prá­ti­co para a indús­tria, que subs­ti­tuiu o anti­go méto­do de fabri­ca­ção de vidro pla­no. Ele desen­vol­veu a sua ideia em mea­dos da déca­da de 1950 e a anun­ci­ou ao públi­co em 1959. Demo­rou três anos a mais para atin­gir uma pro­du­ção con­sis­ten­te e lucra­ti­va. Em 1962, o pro­ces­so foi licen­ci­a­do para uso nos EUA, segui­do em bre­ve pelo res­to do mun­do. O vidro pla­no com super­fí­ci­es para­le­las e bri­lhan­tes era fabri­ca­do a par­tir de uma fita con­tí­nua de vidro der­re­ti­do sain­do do for­no e flu­tu­an­do numa lon­ga cama­da de esta­nho der­re­ti­do. Nes­ta mesa, o vidro per­ma­ne­cia quen­te por tem­po sufi­ci­en­te para que as irre­gu­la­ri­da­des se ali­sas­sem, dis­pen­san­do a neces­si­da­de de poli­men­to posterior.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1941, o quí­mi­co bri­tâ­ni­co John E. Wal­ker. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1997 pelo seu tra­ba­lho pio­nei­ro sobre como a enzi­ma ATP sin­ta­se cata­li­sa a for­ma­ção do com­pos­to de ade­no­si­na tri­fos­fa­to de “alta ener­gia” (ATP). Estas molé­cu­las de ATP fun­ci­o­nam como por­ta­do­ras de ener­gia em todos os orga­nis­mos vivos, sejam bac­té­ri­as sim­ples, fun­gos ou plan­tas, ou ain­da em ani­mais supe­ri­o­res e huma­nos. O ATP absor­ve a ener­gia quí­mi­ca liber­ta­da quan­do os nutri­en­tes são meta­bo­li­za­dos e trans­por­ta essa ener­gia para as vári­as reac­ções que reque­rem ener­gia. Estas reac­ções inclu­em a cons­tru­ção de célu­las, a con­trac­ção das fibras mus­cu­la­res ou sinais nervosos.

E nes­ta pri­mei­ra sema­na de 2021 fica­mos a saber os tra­ba­lhos para a liga­ção via cabo sub­ma­ri­no da Ella­Link entre a Amé­ri­ca do Sul e Por­tu­gal foram con­cluí­dos. O cabo de fibra ópti­ca de últi­ma gera­ção que liga Por­tu­gal à Amé­ri­ca Lati­na já che­gou a Sines. O sis­te­ma deve­rá estar total­men­te ope­ra­ci­o­nal no segun­do tri­mes­tre de 2021, tor­nan­do Por­tu­gal a nova por­ta de aces­so à Euro­pa para um nível de conec­ti­vi­da­de inter­na­ci­o­nal sem pre­ce­den­tes. Ao cri­ar a rota direc­ta mais cur­ta entre a Euro­pa e a Amé­ri­ca Lati­na, evi­tan­do a pas­sa­gem por paí­ses ter­cei­ros, a Ella­Link reduz a latên­cia em 50% em rela­ção à infra­es­tru­tu­ra actu­al, atin­gin­do um valor real infe­ri­or a 60ms entre Por­tu­gal e o Brasil.

Tam­bém nes­ta sema­na um estu­do reve­lou que os 28 dias mais rápi­dos (cur­tos) de que há regis­to des­de 1960 ocor­re­ram todos em 2020. Isto sig­ni­fi­ca que a Ter­ra está a girar a um velo­ci­da­de supe­ri­or ao nor­mal. Se esta cir­cuns­tân­cia não é alar­man­te, por­que o pla­ne­ta, devi­do a diver­sos fenó­me­nos físi­cos, varia ligei­ra­men­te o tem­po total de rota­ção, é no entan­to uma pre­o­cu­pa­ção para o ali­nha­men­to com os sis­te­mas de manu­ten­ção de tem­po que se basei­am nos sis­te­mas que usam os ultra-pre­ci­sos reló­gi­os ató­mi­cos. Até ago­ra, estes ajus­tes con­sis­ti­am em adi­ci­o­nar um “segun­do de sal­to” ao ano no final de Junho ou Dezem­bro, colo­can­do o tem­po astro­nó­mi­co e o tem­po ató­mi­co de vol­ta à sin­to­nia. Esses segun­dos de sal­to foram acres­cen­ta­dos por­que a ten­dên­cia geral da rota­ção da Ter­ra tem dimi­nuí­do des­de o iní­cio da medi­ção pre­ci­sa dos saté­li­tes no final dos anos 1960 e iní­cio dos anos 1970. Des­de 1972, os cien­tis­tas adi­ci­o­na­ram segun­dos de sal­to a cada ano e meio, em média, de acor­do com o NIST. A últi­ma adi­ção foi em 2016, quan­do na vés­pe­ra de Ano Novo às 23 horas, 59 minu­tos e 59 segun­dos, um “segun­do de sal­to” extra foi adi­ci­o­na­do. No entan­to, de acor­do com a Time and Date, a recen­te ace­le­ra­ção na rota­ção da Ter­ra fez com que os cien­tis­tas falas­sem pela pri­mei­ra vez sobre um segun­do de sal­to nega­ti­vo. Em vez de adi­ci­o­nar um segun­do, eles podem pre­ci­sar de sub­trair um. Isto por­que a dura­ção média de um dia é de 86.400 segun­dos, mas um dia astro­nó­mi­co em 2021 será 0,05 milis­se­gun­dos mais cur­to, em média. Ao lon­go do ano, isso repre­sen­ta­rá um atra­so de 19 milis­se­gun­dos no tem­po atómico.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker.
Apro­vei­to para dese­jar a todos um exce­len­te 2021.

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Newsletter Nº296

Newsletter Nº296
News­let­ter Nº296

Faz hoje anos que nas­cia, em 1952, o mate­má­ti­co neo­ze­lan­dês Vaughan Jones. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1990 pelo seu estu­do de aná­li­se fun­ci­o­nal e teo­ria dos nós. Em 1984, Jones des­co­briu uma rela­ção entre as álge­bras de von Neu­mann e a topo­lo­gia geo­mé­tri­ca. Como resul­ta­do, ele encon­trou um novo inva­ri­an­te poli­no­mi­al para nós e liga­ções no espa­ço 3d. Foi uma sur­pre­sa com­ple­ta por­que o seu inva­ri­an­te foi com­ple­ta­men­te igno­ra­do pelos topo­lo­gis­tas, ape­sar da inten­sa acti­vi­da­de em áre­as estrei­ta­men­te rela­ci­o­na­das duran­te os 60 anos anteriores.

Há 23 anos a Micro­soft com­pra­va o ser­vi­ço de cor­reio Hot­mail por cer­ca de 400 milhões de dóla­res e relan­ça­va o mes­mo como MSN Hotmail.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. São apre­sen­ta­dos oito livros sobre a lin­gua­gem Python.

Cele­bra-se hoje o final do ano de 2020 e com ele a entra­da num novo ano. Este ano que pas­sa ficou mar­ca­do pela pan­de­mia e pelo con­fi­na­men­to gene­ra­li­za­do a que todos fomos obri­ga­dos. Nes­ta que é a ulti­ma news­let­ter do ano, que é publi­ca­da mes­mo nos últi­mos momen­tos do ano, res­ta-me dese­jar a todos um exce­len­te ano de 2021 onde todos os pro­jec­tos que por algum moti­vo tive­ram que ser adi­a­dos, pos­sam ser con­cre­ti­za­dos nes­te novo ano.

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Newsletter Nº295

Newsletter Nº295
News­let­ter Nº295

Faz hoje anos que nas­cia, em 1818, o físi­co inglês James Pres­cott Jou­le. Ele esta­be­le­ceu que as vári­as for­mas de ener­gia — mecâ­ni­ca, eléc­tri­ca e tér­mi­ca — são basi­ca­men­te as mes­mas e podem ser trans­for­ma­das umas nas outras. Assim, ele for­mou a base da lei da con­ser­va­ção da ener­gia, a pri­mei­ra lei da ter­mo­di­nâ­mi­ca. Ele des­co­briu em 1840 a rela­ção entre cor­ren­te eléc­tri­ca, resis­tên­cia e a quan­ti­da­de de calor pro­du­zi­da. Em 1849, ele desen­vol­veu a teo­ria ciné­ti­ca dos gases e, um ano depois, anun­ci­ou o equi­va­len­te mecâ­ni­co do calor. Mais tar­de, com Wil­li­am Thom­son (Lord Kel­vin), ele des­co­briu o efei­to Jou­le-Thom­son. A uni­da­de SI de ener­gia ou tra­ba­lho, o jou­le (sím­bo­lo J), tem o seu nome. É defi­ni­do como o tra­ba­lho rea­li­za­do quan­do uma for­ça de 1 new­ton move-se a uma dis­tân­cia de 1 metro na direc­ção da força.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1822, o mate­má­ti­co fran­cês Char­les Her­mi­te. Ele desen­vol­veu tra­ba­lho na teo­ria das fun­ções incluin­do a apli­ca­ção de fun­ções elíp­ti­cas para for­ne­cer a pri­mei­ra solu­ção para a equa­ção geral do quin­to grau, a equa­ção quín­ti­ca. Em 1873, ele publi­cou a pri­mei­ra pro­va de que ‘e’ é um núme­ro trans­cen­den­tal. Her­mi­te tam­bém é conhe­ci­do por uma série de enti­da­des mate­má­ti­cas que levam seu nome, poli­nó­mi­os de Her­mi­te, equa­ção dife­ren­ci­al de Her­mi­te, fór­mu­la de inter­po­la­ção de Her­mi­te e matri­zes de Her­mi­te. Poin­ca­ré é o mais conhe­ci­do dos alu­nos de Hermite.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1854, o físi­co ale­mão Julius Els­ter. Ele e Hans Gei­tel cons­truí­ram a pri­mei­ra célu­la foto­e­léc­tri­ca e o fotó­me­tro foto­e­léc­tri­co como par­te do seu estu­do do efei­to foto­e­léc­tri­co e da emis­são de elec­trões tér­mi­cos. Eles recu­sa­ram-se a paten­te­ar estas inven­ções, pre­fe­rin­do par­ti­lhar os bene­fí­ci­os. A par­tir de 1884, eles pes­qui­sa­ram fenó­me­nos eléc­tri­cos em gases, elec­tri­ci­da­de atmos­fé­ri­ca, medi­ram o cam­po eléc­tri­co da Ter­ra e, em 1899, foram os pri­mei­ros a deter­mi­nar a car­ga das gotas de chu­va que caem de nuvens de tem­pes­ta­de. Quan­do inves­ti­ga­ram a radi­o­ac­ti­vi­da­de, con­si­de­ra­ram que se devia a uma liber­ta­ção espon­tâ­nea de ener­gia pelos áto­mos. Eles mos­tra­ram que o chum­bo não é em si radi­o­ac­ti­vo e que a con­du­ti­vi­da­de da atmos­fe­ra se deve à ioni­za­ção de subs­tân­ci­as radioactivas.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1956, o empre­en­de­dor nor­te-ame­ri­ca­no Ste­ve Kirs­ch. Ele inven­tou e pos­sui a paten­te de uma ver­são ini­ci­al do rato ópti­co, fun­dou o Info­se­ek, um dos pri­mei­ros meca­nis­mos de bus­ca da Inter­net, e aju­dou a cri­ar o Fra­me­Ma­ker, uma fer­ra­men­ta de publi­ca­ção popu­lar usa­da por escri­to­res técnicos.

Faz hoje 16 anos que a Cas­si­ni liber­tou a son­da Huy­gens. A son­da Huy­gens ini­ci­ou uma des­ci­da de 22 dias em direc­ção à mai­or lua de Satur­no, Titã. Ela tinha sido lan­ça­da como par­te da nave Cas­si­ni em 1997 e, jun­tas, elas entra­ram na órbi­ta de Satur­no em Junho de 2004. À medi­da que os cami­nhos da nave e de Titã con­ver­gi­am, a Cas­si­ni ejec­tou a son­da Huy­gens, enviando‑a em direc­ção à lua cober­ta de nuvens. Ela pou­sou a 14 de Janei­ro de 2005 e envi­ou foto­gra­mas da super­fí­cie da lua. A Cas­si­ni per­ma­ne­ce­ria em órbi­ta a vol­ta de Satur­no pelo menos até Julho de 2008. A mis­são Cas­si­ni-Huy­gens para estu­dar Satur­no e suas 33 luas conhe­ci­das resul­tou de um esfor­ço coo­pe­ra­ti­vo sem pre­ce­den­tes entre a NASA dos Esta­dos Uni­dos, a Agên­cia Espa­ci­al Euro­peia e o pro­gra­ma espa­ci­al da Itália.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da revis­ta HackS­pa­ce­Mag nº 38 de Janei­ro de 2021. Apro­vei­to para dese­jar a todos votos de Boas Festas.

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Newsletter Nº294

Newsletter Nº294
News­let­ter Nº294

Faz hoje anos que nas­cia, em 1778, o quí­mi­co inglês Humphry Davy. Ele des­co­briu vári­os ele­men­tos e com­pos­tos quí­mi­cos, inven­tou a lâm­pa­da de segu­ran­ça do minei­ro e resu­miu o méto­do cien­tí­fi­co. Davy des­co­briu os metais alca­li­nos: potás­sio e sódio, um iso­la­men­to fei­to com cor­ren­te eléc­tri­ca pela pri­mei­ra vez; bem como metais alca­li­no-fer­ro­sos: cál­cio, estrôn­cio, bário e mag­né­sio (1808). Ele des­co­briu o boro ao mes­mo tem­po que Gay-Lus­sac. Ele reco­nhe­ceu o clo­ro como um ele­men­to que os tra­ba­lha­do­res ante­ri­o­res con­fun­di­am como um composto.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1797, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Joseph Henry. Ele foi um dos notá­veis cien­tis­tas ame­ri­ca­nos depois de Ben­ja­min Fran­klin. Quan­do ado­les­cen­te, Henry inte­res­sou-se por tea­tro, mas depois de ler um livro de pales­tras sobre ciên­ci­as, a sua vida vol­tou-se para sem­pre nes­sa bus­ca. Ele aju­dou Samu­el F.B. Mor­se no desen­vol­vi­men­to do telé­gra­fo. Inde­pen­den­te­men­te de Micha­el Fara­day, Henry inves­ti­gou a elec­tri­ci­da­de e o mag­ne­tis­mo e des­co­briu o fenó­me­no da auto-indu­ção. (Seu nome foi dado à uni­da­de SI de indu­tân­cia, o henry, H). Ele foi o pri­mei­ro direc­tor do Smith­so­ni­an Ins­ti­tu­ti­on (1846–1878), onde ini­ci­ou a fun­da­ção de um ser­vi­ço mete­o­ro­ló­gi­co naci­o­nal. Henry insis­tiu que a pes­qui­sa bási­ca era de fun­da­men­tal impor­tân­cia, não um luxo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1842, o mate­má­ti­co noru­e­guês Sophus Lie. Ele fez con­tri­bui­ções sig­ni­fi­ca­ti­vas para as teo­ri­as de inva­ri­an­tes algé­bri­cos, gru­pos con­tí­nu­os de trans­for­ma­ções e equa­ções dife­ren­ci­ais. Gru­pos de Lie e álge­bras de Lie foram nome­a­dos em sua home­na­gem. Lie esta­va em Paris na eclo­são da guer­ra fran­co-ale­mã de 1870. Lie dei­xou a Fran­ça, deci­din­do ir para a Itá­lia. No cami­nho, ele foi pre­so como um espião ale­mão e as suas notas mate­má­ti­cas foram con­si­de­ra­das men­sa­gens codi­fi­ca­das. Só após a inter­ven­ção do mate­má­ti­co fran­cês Gas­ton Dar­boux, Lie foi liber­ta­do e deci­diu regres­sar a Chris­ti­a­nia, na Noru­e­ga, onde ori­gi­nal­men­te tinha estu­da­do mate­má­ti­ca para con­ti­nu­ar o seu trabalho.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1861, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co de ori­gem irlan­de­sa Arthur Edwin Ken­nelly. Ele fez ino­va­ções em méto­dos ana­lí­ti­cos em elec­tró­ni­ca, par­ti­cu­lar­men­te a apli­ca­ção defi­ni­ti­va da teo­ria dos núme­ros com­ple­xos para cir­cui­tos de cor­ren­te alter­na­da (CA). Após sua co-des­co­ber­ta (com Oli­ver Hea­vi­si­de) das pro­pri­e­da­des refle­xi­vas de rádio da ionos­fe­ra na atmos­fe­ra supe­ri­or, o estra­to foi cha­ma­do de cama­da Kennelly-Heaviside.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1908, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wil­lard Libby. Ele des­co­briu a téc­ni­ca de data­ção por car­bo­no-14 (ou radi­o­car­bo­no) que for­ne­ceu uma fer­ra­men­ta extre­ma­men­te vali­o­sa para arqueó­lo­gos, antro­pó­lo­gos e cien­tis­tas da Ter­ra. Por esse desen­vol­vi­men­to, ele foi home­na­ge­a­do com o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1960. Libby é um espe­ci­a­lis­ta em radi­oquí­mi­ca, par­ti­cu­lar­men­te quí­mi­ca de áto­mos quen­tes, téc­ni­cas de tra­ça­do­res e tra­ba­lho com tra­ça­do­res de isó­to­pos. Ele tor­nou-se conhe­ci­do na Uni­ver­si­da­de de Chi­ca­go tam­bém pelo seu tra­ba­lho com trí­tio natu­ral e seu uso em hidro­lo­gia e geo­fí­si­ca. Em 18 de maio de 1952, ele deter­mi­nou que a ida­de de Sto­nehen­ge era 1848 aC, com base na aná­li­se de radio-isó­to­pos no carvão.

Faz hoje anos que, em 1903, os pri­mei­ros voos tri­pu­la­dos, moto­ri­za­dos, sus­ten­ta­dos e con­tro­la­dos foram rea­li­za­dos pelos irmãos Wright com o The Flyer, um bipla­no de madei­ra e teci­do, em Kitty Hawk, Caro­li­na do Nor­te. Ape­sar de um frio cor­tan­te, ven­to de 27 mph, às 10 da manhã, os Wrights deci­di­ram ten­tar um voo. Orvil­le Wright, lan­ça­do de uma pis­ta con­tra o ven­to. O bipla­no voou bai­xo sobre o solo por 37 m, no ar por 12 segun­dos. Pela pri­mei­ra vez, uma máqui­na que car­re­ga­va um homem ergueu-se no ar pela sua pró­pria for­ça em ple­no voo, voou para a fren­te sem redu­ção de velo­ci­da­de e final­men­te pou­sou num pon­to tão alto como aque­le de onde tinha par­ti­do. Mais três voos foram fei­tos nas horas seguin­tes. O últi­mo, com Wil­bur Wright a bor­do, foi o mais lon­go, cobrin­do 260 m em 59 segun­dos. O ven­to então per­tur­bou o Flyer, danificando‑o e ele nun­ca mais voou.

Em 1979, o pri­mei­ro veí­cu­lo fogue­te que ale­ga­da­men­te que­brou a bar­rei­ra do som em ter­ra foi con­du­zi­do pelo pilo­to acro­bá­ti­co Stan Bar­rett, que atin­giu 1190 km/h (mais rápi­do que a velo­ci­da­de do som) numa pis­ta de tes­tes de 4.8 qui­ló­me­tros em Rogers Lake, Edwards Air For­ce Base, Cali­fór­nia. O seu veí­cu­lo de três rodas tinha 48.000 h.p. o fogue­te impul­si­o­na­do por 12.000 h.p. de um Mís­sil Sidewin­der. Foi inter­rom­pi­do por um pára-que­das de arras­to. O car­ro em for­ma­to de avião cus­tou cer­ca de US $ 800.000. O recor­de de velo­ci­da­de nun­ca se tor­nou ofi­ci­al por­que a média de duas cor­ri­das é neces­sá­ria, e o car­ro nun­ca mais andou. Além dis­so, a car­ga de com­bus­tí­vel do car­ro era insu­fi­ci­en­te para per­mi­tir que ele com­ple­tas­se uma milha medi­da em velo­ci­da­de recor­de, e os moto­res de fogue­te não pode­ri­am ser pre­pa­ra­dos para uma vol­ta de retor­no den­tro do perío­do esti­pu­la­do de 1 hora.)

E nes­ta sema­na que pas­sou a cáp­su­la da son­da Chang’e‑5 pou­sou cer­ca das 2 horas locais (18 horas em Por­tu­gal) no dis­tri­to de Siziwang, na região da Mon­gó­lia Inte­ri­or no pas­sa­do dia 16. Pas­sa­ram-se mais de 40 anos des­de que as mis­sões Ame­ri­can Apol­lo e a Sovié­ti­ca Luna trou­xe­ram as suas amos­tras para casa. Os novos espé­ci­mes devem for­ne­cer uma nova visão sobre a geo­lo­gia e a his­tó­ria do saté­li­te da Ter­ra. Não está cla­ro a quan­ti­da­de, mas pos­si­vel­men­te na fai­xa de 2–4kg.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a Agên­cia de Explo­ra­ção Aero­es­pa­ci­al do Japão (JAXA )tem o pra­zer de con­fir­mar que as amos­tras do aste­rói­de Ryu­gu foram reco­lhi­das den­tro do reci­pi­en­te de amos­tra den­tro da cáp­su­la de reen­tra­da do explo­ra­dor de aste­rói­de, Hayabusa2. A cáp­su­la Hayabusa2 foi recu­pe­ra­da em Woo­me­ra, Aus­trá­lia, em 6 de Dezem­bro de 2020 e entre­gue no Cam­pus JAXA Saga­miha­ra a 8 de Dezem­bro. Os tra­ba­lhos come­ça­ram então para abrir o reci­pi­en­te das amos­tras den­tro da cáp­su­la de reen­tra­da. A 14 de Dezem­bro, uma amos­tra de grãos de areia pre­ta que se pen­sa­va ser deri­va­da do aste­rói­de Ryu­gu foi con­fir­ma­da estar den­tro do reci­pi­en­te de amos­tra. Acre­di­ta-se que sejam par­tí­cu­las pre­sas à entra­da do colec­tor de amos­tras (o reci­pi­en­te no qual as amos­tras foram armazenadas).

Tam­bém esta sema­na Linus Tor­valds anun­ci­ou a dis­po­ni­bi­li­za­ção do ker­nel de Linux 5.10 LTS. Como de cos­tu­me, após dois meses de desen­vol­vi­men­to, o cri­a­dor do Linux Linus Tor­valds lan­çou ofi­ci­al­men­te um novo ker­nel Linux 5.10. É tam­bém o ker­nel de supor­te a lon­go pra­zo (LTS) mais recen­te, que será man­ti­do e rece­be­rá cor­rec­ções de bugs duran­te os pró­xi­mos cin­co anos até 2026. Como novi­da­des o sis­te­ma de fichei­ros XFS supor­ta ago­ra “times­tamps” até ao 2486 em vez da limi­ta­ção ante­ri­or para o ano 2038, e o EXT4 supor­ta o modo de con­fir­ma­ção rápi­da para um desem­pe­nho de rees­cri­ta de fichei­ros mais rápi­do. O sis­te­ma de fichei­ros Btrfs tam­bém rece­beu melho­ri­as sig­ni­fi­ca­ti­vas de desem­pe­nho na área de ope­ra­ção fsync. Adi­ci­o­nal­men­te este ker­nel supor­ta o dis­play do Rasp­ber­ry Pi 4 atra­vés do dri­ver VC4 DRM. De entre as res­tan­tes novi­da­des temos o supor­te para o con­tro­la­dor da Nin­ten­do Swit­ch, boot EFI de RISC‑V, supor­te para exten­são de mar­ca­ção de memó­ria ARM, supor­te para pla­ca de som Cre­a­ti­ve Labs Sound­Blas­ter AE‑7, supor­te para pro­ces­sa­dor Inge­nic MIPS X2000 / X2000E IoT, supor­te de pro­ces­sa­do­res de dis­play AMDGPU DC GCN 1.0 “Southern Islands” assim como de encrip­ta­ção de regis­tos nos ambi­en­tes vir­tu­a­li­za­dos de ADM.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do o livro Data Paral­lel C++ e a revis­ta Mag­PI nº 101 de Janei­ro de 2021.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.