Newsletter Nº406

Newsletter Nº406
News­let­ter Nº406

Faz hoje anos que nas­cia, em 1775, o mate­má­ti­co, poe­ta e dra­ma­tur­go hún­ga­ro Far­kas Bolyai. Ele pas­sou uma vida intei­ra a ten­tar pro­var o pos­tu­la­do de Eucli­des (quin­to) de que as linhas para­le­las não se encon­tram. Enquan­to estu­da­va na Uni­ver­si­da­de de Göt­tin­gen, conhe­ceu como cole­ga, o notá­vel mate­má­ti­co ale­mão Carl F. Gauss, com quem cor­res­pon­dia como ami­go de toda a vida. Bolyai ensi­nou mate­má­ti­ca, físi­ca e quí­mi­ca em Maros­vá­sárhely duran­te toda a sua vida.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1846, o enge­nhei­ro e dese­nha­dor ale­mão Wilhelm May­ba­ch. Ele inven­tou o car­bu­ra­dor spray e foi o desig­ner-che­fe dos pri­mei­ros auto­mó­veis Mer­ce­des (1900–01). Aos 26 anos, come­çou a dese­nhar car­ros com Got­tli­eb Daim­ler e Niko­laus Otto, com quem desen­vol­veu o ciclo do motor a qua­tro tem­pos. Em Abril de 1882, May­ba­ch jun­tou-se a Got­tli­eb Daim­ler numa par­ce­ria para pro­du­zir um motor a gaso­li­na leve e de alta velo­ci­da­de ade­qua­do para veí­cu­los. May­ba­ch inven­tou o car­bu­ra­dor de ali­men­ta­ção flu­tu­an­te (1893) no qual o com­bus­tí­vel era vapo­ri­za­do pas­san­do por um jac­to como um spray fino e mis­tu­ra­do com ar para pro­du­zir uma mis­tu­ra com­bus­tí­vel para o motor. May­ba­ch con­ce­beu o pri­mei­ro car­ro Mer­ce­des para a Daim­ler em 1901, mas refor­mou-se em 1907 para con­ce­ber e fabri­car moto­res para os diri­gí­veis Zep­pe­lin. O seu filho, Karl May­ba­ch, seguiu‑o na pro­du­ção de auto­mó­veis de luxo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1910, o bioquí­mi­co fran­cês Jac­ques Monod. Ele, jun­ta­men­te com Fran­çois Jacob, inves­ti­gou como os genes regu­lam o meta­bo­lis­mo celu­lar diri­gin­do a bios­sín­te­se das enzi­mas. A dupla par­ti­lhou (com André Lwoff) o Pré­mio Nobel da Medi­ci­na de 1965. Monod des­co­briu o sis­te­ma ope­ron que con­tro­la a acção dos genes nas bactérias.

Em 1996, pou­co mais de um ano após terem cri­a­do o ele­men­to 111, uma equi­pa de cien­tis­tas ale­mães lide­ra­da por Peter Arm­brus­ter na Gesells­chaft für schwe­ri­o­nen­fors­chung (GSI) em Darms­tadt, Ale­ma­nha, afir­mou ter cri­a­do um áto­mo do ele­men­to 112. O seu núcleo tem 112 pró­tons e 166 neu­trões, dan­do-lhe um núme­ro de mas­sa de 277. Como novo ele­men­to, foi nome­a­do unun­bium, sím­bo­lo Uub, de acor­do com um sis­te­ma adop­ta­do inter­na­ci­o­nal­men­te para nome­ar novos ele­men­tos. Isto foi base­a­do na pre­sen­ça de um áto­mo do ele­men­to fei­to ace­le­ran­do os áto­mos de zin­co a alta velo­ci­da­de e bom­bar­de­an­do-os para chum­bo. Quan­do um áto­mo de cada um se fun­diu para fazer o novo núcleo, este durou uma frac­ção de milé­si­mo de segun­do antes de se decom­por, emi­tin­do uma par­tí­cu­la alfa para se tor­nar um núcleo do ele­men­to 110. Mais tar­de este ele­men­to pas­sa­ria a cha­mar-se Coper­ní­cio e ter o sím­bo­lo Cn.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº405

Newsletter Nº405
News­let­ter Nº405

Faz hoje anos que nas­cia, em 1522, o mate­má­ti­co ita­li­a­no Lodo­vi­co Fer­ra­ri. Ele foi o pri­mei­ro a encon­trar uma solu­ção algé­bri­ca para a equa­ção biqua­drá­ti­ca, ou quar­tic (uma equa­ção algé­bri­ca que con­tém o quar­to poder da quan­ti­da­de des­co­nhe­ci­da mas sem poder superior).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1984, o físi­co holan­dês Hans Kra­mers. Ele tra­ba­lhou com Niels Bohr para com­pre­en­der como as ondas elec­tro­mag­né­ti­cas inte­ra­gem com a maté­ria e fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções para a mecâ­ni­ca quân­ti­ca e a físi­ca esta­tís­ti­ca. Em 1925, com Wer­ner Hei­sen­berg, desen­vol­veu a fór­mu­la de dis­per­são de Kra­mers-Hei­sen­berg. É tam­bém creditado[3] por ter intro­du­zi­do em 1948 o con­cei­to de renor­ma­li­za­ção na teo­ria quân­ti­ca de cam­po, embo­ra a sua abor­da­gem fos­se não-rela­ti­vis­ta. É tam­bém cre­di­ta­do pelas rela­ções Kra­mers-Kro­nig com Ralph Kro­nig, que são equa­ções mate­má­ti­cas que rela­ci­o­nam par­tes reais e ima­gi­ná­ri­as de fun­ções com­ple­xas limi­ta­das pela cau­sa­li­da­de. Uma outra refe­re-se a uma rota­ção de Kra­mers quan­do a taxa de pas­sa­gem da bar­rei­ra ter­mi­ca­men­te acti­va­da em fun­ção do amor­te­ci­men­to pas­sa por um máxi­mo, pas­san­do assim por uma tran­si­ção entre os regi­mes de difu­são de ener­gia e de difu­são espa­ci­al. É tam­bém conhe­ci­do pelo teo­re­ma de Kramers.

Em 1935, o detec­ti­ve Leo­nard Kee­ler rea­li­zou a pri­mei­ra uti­li­za­ção da sua inven­ção, o polí­gra­fo Kee­ler, ou máqui­na detec­tor de men­ti­ras, nes­te dia, em Por­ta­ge, WI. Os exa­mi­na­dos foram dois cri­mi­no­sos Cecil Loni­el­lo e Tony Grig­na­no, que foram con­de­na­dos por agres­são no seu jul­ga­men­to, onde os resul­ta­dos foram intro­du­zi­dos como prova.

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Newsletter Nº404

Newsletter Nº404
News­let­ter Nº404

Faz hoje anos que nas­cia, em 1832, o cirur­gião e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Rufus Henry Gil­bert. Ele desem­pe­nhou um papel impor­tan­te no desen­vol­vi­men­to do trân­si­to rápi­do na cida­de de Nova Ior­que. Depois de ser­vir como cirur­gião no Exér­ci­to Fede­ral na Guer­ra Civil, inte­res­sou-se pelo trân­si­to rápi­do como meio de liber­tar as pes­so­as de vive­rem nos cor­ti­ços insa­lu­bres e api­nha­dos nos cen­tros das gran­des cida­des. Gil­bert obte­ve duas paten­tes em 1870 sobre um sis­te­ma de tubos pneu­má­ti­cos, e incor­po­rou a Gil­bert Elec­tric Railway Com­pany a 17 de Junho de 1872, para cons­truir linhas ele­va­das na cida­de de Nova Ior­que. Os car­ros seri­am pro­pul­si­o­na­dos por pres­são de ar de tubos pneu­má­ti­cos mon­ta­dos na estru­tu­ra ele­va­da. Uma depres­são finan­cei­ra atra­sou a cons­tru­ção até 1876, e obri­gou à adop­ção de uma via con­ven­ci­o­nal com com­boi­os puxa­dos por loco­mo­ti­vas a vapor, que abriu a 6 de Junho de 1878.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1909, o quí­mi­co esco­cês Ale­xan­der King. Ele foi pio­nei­ro na sen­si­bi­li­za­ção ambi­en­tal, aler­tan­do para os peri­gos que o desen­vol­vi­men­to indus­tri­al exten­si­vo repre­sen­ta para o ambi­en­te. Ele co-comis­si­o­nou o rela­tó­rio Limi­tes ao Cres­ci­men­to de 1972, que ini­ci­ou a aten­ção inter­na­ci­o­nal às pre­o­cu­pa­ções ambi­en­tais. Con­ti­nua a ser um dos livros mais ven­di­dos do mun­do sobre o ambi­en­te. Depois de diri­gir a inves­ti­ga­ção cien­tí­fi­ca como par­te do esfor­ço de guer­ra na II Guer­ra Mun­di­al, vol­tou-se para a apli­ca­ção da ciên­cia para a melho­ria da vida. Em par­ti­cu­lar, foi cien­tis­ta che­fe no depar­ta­men­to de inves­ti­ga­ção cien­tí­fi­ca e indus­tri­al (1950–56), tra­ba­lhan­do para aju­dar as fábri­cas bri­tâ­ni­cas a tor­na­rem-se mais pro­du­ti­vas. Após a publi­ca­ção de Limi­tes ao Cres­ci­men­to, co-fun­dou o Clu­be de Roma, um gru­po de refle­xão cen­tra­do na for­ma de esta­be­le­cer um desen­vol­vi­men­to sus­ten­tá­vel. Foi o pre­si­den­te des­se gru­po em 1984–90.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1911, o físi­co ger­ma­no-ame­ri­ca­no Poly­karp Kus­ch. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1955 pela sua deter­mi­na­ção pre­ci­sa de que o momen­to mag­né­ti­co do elec­trão é mai­or do que o seu valor teó­ri­co. Isto ele dedu­ziu ao pes­qui­sar a estru­tu­ra hiper­fi­na dos níveis ener­gé­ti­cos em cer­tos ele­men­tos, e em 1947 encon­trou uma dis­cre­pân­cia de cer­ca de 0,1% entre o valor obser­va­do e o pre­vis­to pela teo­ria. Embo­ra minu­ci­o­sa, esta ano­ma­lia foi de gran­de sig­ni­fi­ca­do e levou a teo­ri­as revis­tas sobre as inte­rac­ções dos elec­trões com a radi­a­ção elec­tro­mag­né­ti­ca, ago­ra conhe­ci­da como elec­tro­di­nâ­mi­ca quân­ti­ca. (Par­ti­lhou o pré­mio com Wil­lis E. Lamb, Jr., que rea­li­zou expe­ri­ên­ci­as inde­pen­den­tes mas rela­ci­o­na­das na Uni­ver­si­da­de de Colum­bia sobre a estru­tu­ra hiper­fi­na do áto­mo de hidrogénio).

O Aste­rói­de 2023 BU tem apro­xi­ma­da­men­te o tama­nho de um camião e pre­vê-se que faça uma das apro­xi­ma­ções mais pró­xi­mas por um objec­to pró­xi­mo da Ter­ra algu­ma vez regis­ta­do. Nes­ta quin­ta-fei­ra, 26 de Janei­ro, um peque­no aste­rói­de pró­xi­mo da Ter­ra terá um encon­tro mui­to pró­xi­mo com o nos­so pla­ne­ta. Desig­na­do 2023 BU, o aste­rói­de vai fazer zoom sobre a pon­ta sul da Amé­ri­ca do Sul por vol­ta das 16:27 PST (19:27 p.m. EST) ape­nas 3.600 qui­ló­me­tros aci­ma da super­fí­cie do pla­ne­ta e bem den­tro da órbi­ta dos saté­li­tes geossíncronos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do a Mag­PI nº126 de Fevereiro.

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Newsletter Nº403

Newsletter Nº403
News­let­ter Nº403

Faz hoje anos que nas­cia, em 1736, o enge­nhei­ro e inven­tor esco­cês James Watt. Ele cri­ou a máqui­na a vapor que con­tri­buiu subs­tan­ci­al­men­te para a Revo­lu­ção Indus­tri­al. Em 1763 repa­rou o mode­lo da máqui­na a vapor New­co­men per­ten­cen­te à Uni­ver­si­da­de de Glas­gow, e ini­ci­ou expe­ri­ên­ci­as sobre as pro­pri­e­da­des do vapor. O motor New­co­men era de con­cep­ção sim­ples: actu­a­va como uma bom­ba e um jac­to de água fria era uti­li­za­do para con­den­sar o vapor. Watt melho­rou este design ao adi­ci­o­nar um con­den­sa­dor sepa­ra­do e um sis­te­ma de vál­vu­las para fazer o pis­tão regres­sar ao topo do cilin­dro após a des­ci­da. Em 1769, ele levou uma paten­te para o con­den­sa­dor sepa­ra­do. Mais tar­de, adap­tou o motor ao movi­men­to rota­ti­vo, tornando‑o ade­qua­do para uma vari­e­da­de de fins indus­tri­ais, e inven­tou o volan­te de inér­cia e o regulador.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1747, o astró­no­mo ale­mão Johann Elert Bode. Ele ficou conhe­ci­do pela sua popu­la­ri­za­ção da lei de Bode. Em 1766, o seu com­pa­tri­o­ta Johann Titius tinha des­co­ber­to uma curi­o­sa rela­ção mate­má­ti­ca nas dis­tân­ci­as dos pla­ne­tas em rela­ção ao sol. Se a cada núme­ro da série 0, 3, 6, 12, 24,… e as res­pos­tas divi­di­das por 10, a sequên­cia resul­tan­te dá as dis­tân­ci­as dos pla­ne­tas em uni­da­des astro­nó­mi­cas (ter­ra = 1). Tam­bém conhe­ci­da como a lei Titius-Bode, a ideia caiu em des­cré­di­to após a des­co­ber­ta de Netu­no, que não está em con­for­mi­da­de com a ‘lei’ — nem Plu­tão. Bode foi direc­tor no Obser­va­tó­rio de Ber­lim, onde publi­cou Ura­no­graphia (1801), uma das pri­mei­ras ten­ta­ti­vas bem suce­di­das de mape­ar todas as estre­las visí­veis a olho nu sem qual­quer inter­pre­ta­ção artís­ti­ca das figu­ras das cons­te­la­ções estelares.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1813, o indus­tri­a­lis­ta, meta­lúr­gi­co, inven­tor e enge­nhei­ro inglês Henry Bes­se­mer. Ele desen­vol­veu o pri­mei­ro pro­ces­so de fabri­co de aço de for­ma bara­ta (1856), levan­do ao desen­vol­vi­men­to do con­ver­sor de Bes­se­mer. Bes­se­mer inven­tou o seu pro­ces­so de fabri­co de aço para resol­ver um pro­ble­ma espe­cí­fi­co que per­tur­ba­va outra das suas inven­ções, a con­cha de arti­lha­ria auto­gra­va­da. O con­ver­sor remo­veu as impu­re­zas do fer­ro fun­di­do por oxi­da­ção atra­vés do ar a ser sopra­do atra­vés do fer­ro fun­di­do. A oxi­da­ção tam­bém aumen­tou a tem­pe­ra­tu­ra da mas­sa de fer­ro, mantendo‑a der­re­ti­da. O pro­ces­so de oxi­da­ção remo­veu impu­re­zas tais como silí­cio, man­ga­nês, e car­bo­no como óxi­dos, que os óxi­dos ou esca­pam como gás ou for­mam uma escó­ria sóli­da. Ele tam­bém resol­veu pro­ble­mas sobre a quí­mi­ca dos miné­ri­os, com­bus­tí­veis e aço. Deti­nha 110 paten­tes aquan­do da sua morte.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do a HackS­pa­ce Maga­zi­ne nº63 de Fevereiro.

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Newsletter Nº402

Newsletter Nº402
News­let­ter Nº402

Faz hoje anos que nas­cia, em 1580, o Filó­so­fo, quí­mi­co, e médi­co bel­ga Jan Bap­tis­ta van Hel­mont. Ele cunhou a pala­vra “gás” (via kha­os gre­go, espa­ço vazio), do qual encon­trou vári­os exem­plos, a mai­o­ria dos quais é de dió­xi­do de car­bo­no natu­ral. Como homem da sua ida­de, ele foi par­te medi­e­va­lis­ta e par­te cien­tis­ta. Hel­mont foi o pri­mei­ro a reco­nhe­cer gases dis­tin­tos do ar atmos­fé­ri­co. Ele deter­mi­nou que o gás emi­ti­do pela quei­ma do car­vão vege­tal é o mes­mo que o emi­ti­do pela fer­men­ta­ção do sumo de uva. A isto deu o nome de spi­ri­tus sil­ves­tre (“espí­ri­to sel­va­gem”); cha­ma­mos-lhe dió­xi­do de car­bo­no. Ele tam­bém iden­ti­fi­cou o sul­fu­re­to de hidro­gé­nio pro­ve­ni­en­te do homem, e fez gás acis hidro­clo­rí­dri­co. Como médi­co e fisi­o­lo­gis­ta, Hel­mont foi um dos pri­mei­ros a apli­car prin­cí­pi­os quí­mi­cos na saú­de huma­na e na doen­ça. Alguns cha­mam-lhe o “pai dabi­o­chequí­mi­ca”. Ele foi inter­ro­ga­do pela Inqui­si­ção, e pas­sou algum tem­po em pri­são domiciliária.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1716, o cien­tis­ta e ofi­ci­al naval espa­nhol Anto­nio de Ulloa. Ele des­co­briu o ele­men­to pla­ti­na (núme­ro ató­mi­co 78). Em 1735, os gover­nos fran­cês e espa­nhol envi­a­ram uma expe­di­ção cien­tí­fi­ca ao Peru e Equa­dor para medir um grau de meri­di­a­no em Quin­to, per­to da linha do equa­dor. Ulloa foi um dos ofi­ci­ais nome­a­dos para assu­mir o encar­go da expe­di­ção. Em 1744, o navio em que regres­sou foi cap­tu­ra­do pelos bri­tâ­ni­cos, e foi fei­to pri­si­o­nei­ro, embo­ra tra­ta­do com res­pei­to pelos ofi­ci­ais navais ingle­ses, pois eles “não esta­vam em guer­ra com as artes e as ciên­ci­as”. O diá­rio de bor­do da sua via­gem ao Peru, publi­ca­do em 1748, con­tém uma des­cri­ção da pla­ti­na. Cri­ou o pri­mei­ro museu de his­tó­ria natu­ral e o pri­mei­ro labo­ra­tó­rio meta­lúr­gi­co em Espa­nha, assim como o obser­va­tó­rio de Cádis.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1792, o quí­mi­co sue­co Johan August Arfwed­son. Ele des­co­briu lítio (rela­ta­do em 1818) num com­pos­to obti­do a par­tir de peta­li­te. Este mine­ral foi encon­tra­do na mina de fer­ro de Uto, na Sué­cia. O com­po­nen­te alca­li­no, deno­mi­na­do lítio, era óxi­do de lítio. Arfwed­son não con­se­guiu iso­lar o lítio como metal por­que isso exi­gia elec­tró­li­se com bate­ri­as mais for­tes do que as que tinha dis­po­ní­veis. (A sepa­ra­ção aca­bou por ser fei­ta por Humphry Davy.) Peta­li­te é ago­ra conhe­ci­da por ser sili­ca­to de lítio e alu­mí­nio. Pos­te­ri­or­men­te, des­co­briu tam­bém lítio em dois outros mine­rais, spo­du­me­ne e lepi­do­li­te. Arfwed­son aban­do­nou o esfor­ço cien­tí­fi­co para pas­sar o seu tem­po a gerir as fábri­cas e minas da sua famí­lia que ele herdou.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1822, o inven­tor bel­go-fran­cês Éti­en­ne Lenoir. Ele con­ce­beu o pri­mei­ro motor de com­bus­tão inter­na do mun­do com suces­so comer­ci­al. Mudou-se para Paris, onde o seu tra­ba­lho com gal­va­ni­za­ção o levou a outras inven­ções eléc­tri­cas, entre as quais um telé­gra­fo fer­ro­viá­rio. Lenoir paten­te­ou o seu pri­mei­ro motor em 1860. Pare­cen­do-se mui­to com um motor a vapor de dupla acção, dis­pa­rou uma car­ga de ar não com­pri­mi­do e gás ilu­mi­nan­te com um sis­te­ma de igni­ção da sua pró­pria con­cep­ção. Um des­tes moto­res ali­men­ta­va um veí­cu­lo rodo­viá­rio em 1863; outro diri­gia um bar­co. Devi­do a dese­nhos melho­ra­dos por Niko­laus Otto e outros inven­to­res, o motor Lenoir tor­nou-se obso­le­to e ape­nas cer­ca de 500 moto­res Lenoir foram cons­truí­dos. O motor Lenoir não era sufi­ci­en­te­men­te efi­ci­en­te, e o inven­tor mor­reu pobre.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1853, o mate­má­ti­co ita­li­a­no Gre­go­rio Ric­ci-Cur­bas­tro. Ele foi ins­tru­men­tal no desen­vol­vi­men­to do cál­cu­lo dife­ren­ci­al abso­lu­to (tam­bém cha­ma­do cál­cu­lo Ric­ci), ago­ra conhe­ci­do como aná­li­se ten­so­ri­al. O tra­ba­lho ini­ci­al de Ric­ci-Cur­bas­tro foi em físi­ca mate­má­ti­ca, par­ti­cu­lar­men­te sobre as leis dos cir­cui­tos eléc­tri­cos e equa­ções dife­ren­ci­ais. Ele mudou um pou­co de área para empre­en­der inves­ti­ga­ção em geo­me­tria dife­ren­ci­al e foi o inven­tor do cál­cu­lo dife­ren­ci­al abso­lu­to entre 1884 e 1894. O cál­cu­lo dife­ren­ci­al abso­lu­to de Ric­ci-Cur­bas­tro tor­nou-se o fun­da­men­to da aná­li­se ten­so­ri­al e foi uti­li­za­do por Eins­tein na sua teo­ria da rela­ti­vi­da­de geral.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1903, o físi­co nucle­ar sovié­ti­co Igor Kur­cha­tov. Ele con­du­ziu inves­ti­ga­ção cien­tí­fi­ca nucle­ar na União Sovié­ti­ca, duran­te a qual a sua equi­pa cons­truiu um ciclo­trão, um ace­le­ra­dor de pró­tons e estu­dou a radi­o­ac­ti­vi­da­de arti­fi­ci­al e as inte­rac­ções neu­trões-pro­tões. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, foi esco­lhi­do como direc­tor para o desen­vol­vi­men­to da pri­mei­ra bom­ba ató­mi­ca do seu país, deto­na­da a 29 de Agos­to de 1949. Entre­tan­to, em Dezem­bro de 1946, Kur­cha­tov demons­trou um reac­tor pro­tó­ti­po em fun­ci­o­na­men­to, embo­ra limi­ta­do a pro­du­zir ape­nas alguns watts e, em Junho de 1948, um reac­tor de pro­du­ção de plu­tó­nio. Em pou­cos anos, ele pro­du­ziu a pri­mei­ra bom­ba ter­mo­nu­cle­ar prá­ti­ca do mun­do (1952). Antes de 1978, o nome sovié­ti­co para o ele­men­to-104 era kur­cha­to­vium (Ku), embo­ra pos­te­ri­or­men­te o ruther­for­dium (Rf) se tenha tor­na­do o nome aceite.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1907, o enge­nhei­ro de fogue­tes sovié­ti­co Ser­gei Koro­lev. Ele con­ce­beu mís­seis gui­a­dos, fogue­tes e naves espa­ci­ais. Foi um dos fun­da­do­res do Gru­po de Mos­co­vo para o Estu­do do Movi­men­to Reac­ti­vo. Em 1933, par­ti­ci­pou no pri­mei­ro lan­ça­men­to de um fogue­tão pro­pul­sor líqui­do da União Sovié­ti­ca. Como não era mem­bro do Par­ti­do Comu­nis­ta, pas­sou gran­de par­te da sua vida sob pri­são domi­ci­liá­ria. Após demons­trar a sua perí­cia na modi­fi­ca­ção dos fogue­tes V2 cap­tu­ra­dos, Koro­lev diri­giu o pro­jec­to, tes­tes, cons­tru­ção e lan­ça­men­to da nave espa­ci­al Vos­tok, e a mai­o­ria dos outros pro­jec­tos da R.E.U. Por vol­ta de 1958, Koro­lev defen­deu a per­se­gui­ção de voos espa­ci­ais tri­pu­la­dos em vez de saté­li­tes de reco­nhe­ci­men­to mili­tar. Após mui­to deba­te, o pro­jec­to Vos­tok foi apro­va­do des­de que o veí­cu­lo de lan­ça­men­to tam­bém pudes­se ser útil para os militares.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1934, o inven­tor e empre­sá­rio nor­te-ame­ri­ca­no James Fer­ga­son. Ele é mais conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho sobre um ecrã de cris­tais líqui­dos melho­ra­do, ou LCD. Deti­nha mais de uma cen­te­na de paten­tes ame­ri­ca­nas na altu­ra da sua morte.

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a nova famí­lia de câma­ras para o Rasp­ber­ry PI. São qua­tro as vari­an­tes dife­ren­tes do Módu­lo 3 da Câma­ra, a come­çar pelo pre­ço de 25 dóla­res. Os Módu­los de Câma­ra têm opções sen­sí­veis à luz visí­vel e infra­ver­me­lhos, e com um cam­po de visão padrão ou lar­go (FoV). E em vez da ópti­ca de foca­gem fixa dos seus ante­ces­so­res, o Módu­lo de Câma­ra 3 for­ne­ce foca­gem auto­má­ti­ca moto­ri­za­da — per­mi­tin­do tirar ima­gens níti­das de objec­tos des­de cer­ca de 5cm até ao infinito.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “Com­pu­ta­ti­o­nal Ima­ging Book”.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.