Newsletter Nº409

Newsletter Nº409
News­let­ter Nº409

Faz hoje anos que nas­cia, em 1862, o físi­co e sis­mó­lo­go rus­so Boris Bori­so­vi­ch Golitsyn. Ele desen­vol­veu méto­dos e ins­tru­men­tos cien­tí­fi­cos para a obser­va­ção de ter­ra­mo­tos e pros­pec­ção mine­ral. Os seus pri­mei­ros estu­dos foram em físi­ca mole­cu­lar, físi­ca mate­má­ti­ca e elec­tro­mag­ne­tis­mo, A par­tir de 1899 os seus inte­res­ses vol­ta­ram-se para a sis­mo­lo­gia. Em 1906, inven­tou o pri­mei­ro sis­mó­gra­fo elec­tro­mag­né­ti­co efi­caz e con­ti­nu­ou a melho­rá-lo. Tinha um pên­du­lo com uma bobi­na de fio iso­la­do à vol­ta de um núcleo mag­né­ti­co fixa­do ao solo. A peque­na cor­ren­te gera­da na bobi­na pelo movi­men­to rela­ti­vo cau­sa­do por tre­mo­res de ter­ra é ampli­fi­ca­da para ope­rar um gra­va­dor de cane­ta. A par­te do man­to ter­res­tre a uma pro­fun­di­da­de de 400–800 km, na qual as ondas sís­mi­cas via­jam rapi­da­men­te, é deno­mi­na­da a cama­da de Golitsyn em reco­nhe­ci­men­to do seu trabalho.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1887, o ser­ra­lhei­ro e inven­tor ame­ri­ca­no Har­ry E. Soref. Ele paten­te­ou o cade­a­do de aço lami­na­do, e fun­da­dor da Mas­ter Lock Com­pany (1921). Como ser­ra­lhei­ro, Soref tinha-se aper­ce­bi­do de que os cade­a­dos mais bara­tos, fei­tos com lâmi­nas de metal estam­pa­do, eram de pou­ca segu­ran­ça, pois eram facil­men­te dani­fi­ca­dos. Ele paten­te­ou (1924) a sua inven­ção de um cade­a­do lami­na­do que, tal como as por­tas de cofre de ban­co e os navi­os de guer­ra, foi cons­truí­do em lami­na­dos de cama­da sobre cama­da de aço para mai­or resis­tên­cia. Inca­paz de ven­der a sua inven­ção a um fabri­can­te de cade­a­dos, ele pró­prio come­çou a fabri­cá-los. O Mas­ter Lock abriu a sua pri­mei­ra peque­na fábri­ca em Milwau­kee, Wisc. Em 1928 Mas­ter Lock ganhou reco­nhe­ci­men­to naci­o­nal pelo envio de 147.600 cade­a­dos a agen­tes fede­rais de proi­bi­ção em Nova Ior­que por terem tran­ca­do os spe­a­ke­a­si­es que invadiram.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1902, o físi­co ame­ri­ca­no Edward U. Con­don. Ele é recor­da­do pelo prin­cí­pio Franck-Con­don (1928), desen­vol­vi­men­to de radar e con­tri­bui­ção para a con­cep­ção de equi­pa­men­to de sepa­ra­ção mag­né­ti­ca pos­te­ri­or­men­te apli­ca­do ao pro­ces­sa­men­to de urâ­nio para bom­bas ató­mi­cas. O prin­cí­pio Franck-Con­don (1928) é um tra­ta­men­to quân­ti­co-mecâ­ni­co da afir­ma­ção ante­ri­or de James Franck (1925) de que em qual­quer sis­te­ma mole­cu­lar a tran­si­ção de um esta­do ener­gé­ti­co para outro ocor­re de for­ma tão pró­xi­ma a ins­tan­tâ­nea que os núcle­os dos áto­mos envol­vi­dos são esta­ci­o­ná­ri­os. Duran­te o pro­jec­to de Manhat­tan, aju­dou J. Robert Oppe­nhei­mer a reu­nir a equi­pa de cien­tis­tas que cri­ou as pri­mei­ras bom­bas ató­mi­cas em Los Ala­mos, N.M. Ele lide­rou um estu­do cien­tí­fi­co sobre OVNI’s, que não encon­trou pro­vas credíveis.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1908, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co ale­mão Wal­ter Bru­ch. Ele inven­tou o sis­te­ma de tele­vi­são a cores Pha­se Alter­na­ting Line (PAL) adop­ta­do na Euro­pa. Numa via­gem à Amé­ri­ca em 1953, encon­trou insu­fi­ci­ên­ci­as no sis­te­ma tal como ali se desen­vol­veu pela pri­mei­ra vez (NTSC, Nati­o­nal Tele­vi­si­on Stan­dards Com­mit­tee). Regres­sou ao empre­ga­dor ale­mão, Tele­fun­ken, e pes­qui­sou uma for­ma de melho­rar a esta­bi­li­da­de das cores sem neces­si­da­de de con­tro­los de tona­li­da­de e tona­li­da­de. Em 1961, foi regis­ta­da uma paten­te pre­li­mi­nar, mas foi supe­ra­da em 30 de Dezem­bro de 1962 com uma ver­são defi­ni­ti­va do sis­te­ma PAL. Seguiu-se uma luta para ser reco­nhe­ci­do como o melhor méto­do de codi­fi­ca­ção. A Grã-Bre­ta­nha selec­ci­o­nou o PAL como supe­ri­or ao NTSC e introduziu‑o a 1 de Julho de 1967. Seguiu-se a Ale­ma­nha, a 25 de Agos­to de 1967. Even­tu­al­men­te, tam­bém a mai­or par­te do mundo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1913, o físi­co sovié­ti­co Georgy Niko­la­e­vi­ch Fle­rov. Ele reco­nhe­ceu que o urâ­nio sofre fis­são espon­tâ­nea (sem neces­si­da­de de bom­bar­de­a­men­to de neu­trões). Ele foi um dos pri­mei­ros inves­ti­ga­do­res rus­sos da fis­são nucle­ar. No iní­cio de 1942, Fle­rov notou que os arti­gos sobre fis­são nucle­ar já não apa­re­ci­am nas revis­tas oci­den­tais. Reco­nhe­cen­do a impli­ca­ção de que tal inves­ti­ga­ção se tinha tor­na­do secre­ta, Fle­rov escre­veu ao Pre­mi­er Joseph Sta­lin, insis­tin­do que “deve­mos cons­truir a bom­ba de urâ­nio sem demo­ra”, (pos­te­ri­or­men­te lide­ra­do por Igor V. Kur­cha­tov.) Em inves­ti­ga­ções pos­te­ri­o­res, Fle­rov anun­ci­ou a sín­te­se de isó­to­pos do ele­men­to 104 (1965) e 106 (1974). Foram fei­tas co-des­co­ber­tas nos E.U.A. Vári­os nomes foram suge­ri­dos. Even­tu­al­men­te, os nomes adop­ta­dos foram ruther­for­dium e seaborgium.

Em 1949, o pri­mei­ro voo mun­di­al sem esca­la foi com­ple­ta­do num bom­bar­dei­ro da Super­for­te B‑50 da For­ça Aérea Ame­ri­ca­na, a Lucky Lady II, com uma tri­pu­la­ção de 14 pes­so­as che­fi­a­da pelo Capi­tão James Gal­lagher. Ater­ra­ram de vol­ta na base da For­ça Aérea de Carswell, Fort Worth, Texas, que tinham dei­xa­do em 26 de Feve­rei­ro de 1949, cer­ca de 94 horas antes. O avião foi rea­bas­te­ci­do vári­as vezes em ple­no voo na sua via­gem de 37.742 km. A sua velo­ci­da­de média era de 249-mph. Isto foi na altu­ra do trans­por­te aéreo de Ber­lim e da Guer­ra Fria. O voo mos­trou que a USAF era capaz de pro­jec­tar potên­cia aérea em qual­quer par­te do mun­do. Os pri­mei­ros jac­tos — três bom­bar­dei­ros Stra­to­for­tress B‑52 da For­ça Aérea Ame­ri­ca­na — para voar sem parar à vol­ta do mun­do — leva­ram 45 horas (16–18 Jan 1957), com­ple­tan­do 39.147 km a uma velo­ci­da­de média de 525-mph.

Em 1972, foi lan­ça­da a nave espa­ci­al nor­te-ame­ri­ca­na Pio­ne­er 10. Pas­sou per­to de Júpi­ter e Nep­tu­no antes de aban­do­nar o sis­te­ma solar. Encon­tra-se ago­ra a mais de seis mil milhões de milhas da Terra.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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