Newsletter Nº412

Newsletter Nº412
News­let­ter Nº412

Faz hoje anos que nas­cia, em 1749, o mate­má­ti­co, físi­co e astró­no­mo fran­cês Pier­re-Simon Lapla­ce. Ele ficou conhe­ci­do pela sua aná­li­se mate­má­ti­ca da esta­bi­li­da­de do sis­te­ma solar (1773), ali­vi­an­do as pre­o­cu­pa­ções de Isa­ac New­ton sobre as per­tur­ba­ções entre pla­ne­tas. Ele fez uma abor­da­gem exac­ta da ciên­cia. Ele desen­vol­veu uma expli­ca­ção da ten­são super­fi­ci­al de um líqui­do em ter­mos de atrac­ções inter­mo­le­cu­la­res, inves­ti­gou a acção capi­lar e a velo­ci­da­de do som. Aju­dou Antoi­ne Lavoi­si­er (1783) a inves­ti­gar o calor espe­cí­fi­co e os aque­ce­do­res de com­bus­tão, ini­ci­an­do a ciên­cia da ter­moquí­mi­ca. Ele acre­di­ta­va que o sis­te­ma solar se for­mou a par­tir de uma nebu­lo­sa em colap­so. Con­tri­buiu para a mate­má­ti­ca da pro­ba­bi­li­da­de e cál­cu­lo, na qual uma equa­ção dife­ren­ci­al é conhe­ci­da pelo seu nome, e este­ve envol­vi­do no esta­be­le­ci­men­to do sis­te­ma métrico.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1881, o quí­mi­co ale­mão Her­mann Stau­din­ger. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1953 pela sua des­co­ber­ta da estru­tu­ra dos polí­me­ros como molé­cu­las de cadeia lon­ga. Em 1910, desen­vol­veu uma nova e sim­ples sín­te­se para o iso­pre­no, a uni­da­de mole­cu­lar bási­ca em bor­ra­cha sin­té­ti­ca. Na déca­da de 1920, Stau­din­ger tinha for­ma­do a sua opi­nião de que as molé­cu­las de polí­me­ro podi­am ser uma cadeia mui­to lon­ga de uni­da­des repe­ti­das uni­das por liga­ções quí­mi­cas nor­mais, em vez da opi­nião pre­do­mi­nan­te de que os polí­me­ros eram ape­nas uma agre­ga­ção desor­de­na­da de molé­cu­las mais peque­nas man­ti­das jun­tas por algu­mas outras for­ças. Ele cunhou o ter­mo macro­mo­lé­cu­la (1922). Even­tu­al­men­te, a cris­ta­lo­gra­fia de rai­os X con­fir­mou a sua estru­tu­ra de polí­me­ros de cadeia lon­ga. O seu tra­ba­lho foi uma gran­de con­tri­bui­ção para a bio­lo­gia molecular.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1882, a mate­má­ti­ca ale­mã Emmy Noether. Ela ficou conhe­ci­da pelas suas con­tri­bui­ções para a álge­bra abs­trac­ta, em par­ti­cu­lar, o seu estu­do das con­di­ções de cadeia sobre ide­ais de anéis. Na físi­ca teó­ri­ca, pro­du­ziu o Teo­re­ma de Noether, que pro­va uma rela­ção entre sime­tri­as na físi­ca e prin­cí­pi­os de con­ser­va­ção. Este resul­ta­do bási­co na teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de foi elo­gi­a­do por Eins­tein. Foi o seu tra­ba­lho na teo­ria das inva­ri­an­tes que levou à for­mu­la­ção de vári­os con­cei­tos da teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de de Eins­tein. Para o seu obi­tuá­rio no The New York Times, Albert Eins­tein escre­veu: “Frau­lein Noether foi o génio mate­má­ti­co mais sig­ni­fi­ca­ti­vo pro­du­zi­do até ago­ra des­de o iní­cio do ensi­no supe­ri­or das mulheres”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1905, o físi­co inglês John Ran­dall. Ele con­tri­buiu com melho­ri­as crí­ti­cas ao mag­ne­trão da cavi­da­de, o dis­po­si­ti­vo gera­dor de micro­on­das uti­li­za­do no radar, foi uma impor­tan­te des­co­ber­ta para ven­cer a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Um mag­ne­trão é ago­ra comum nas casas den­tro do for­no de micro­on­das. Os mag­ne­trões ante­ri­o­res fabri­ca­dos na déca­da de 1920 deram uma bai­xa potên­cia. Em Feve­rei­ro de 1940, o desen­vol­vi­men­to por Ran­dall com Har­ry Boot do peque­no mag­ne­trão de cavi­da­de que gera­va com­pri­men­tos de onda de cen­tí­me­tros a uma potên­cia mui­to supe­ri­or, per­mi­tiu que o radar detec­tas­se objec­tos mais peque­nos. Por sua vez, este equi­pa­men­to mais com­pac­to com uma ante­na mais peque­na per­mi­tiu a fácil ins­ta­la­ção móvel de radar de alta reso­lu­ção em aero­na­ves. Após a guer­ra, Ran­dall virou-se para a bio­fí­si­ca, incluin­do a rea­li­za­ção de tra­ba­lhos expe­ri­men­tais sobre a estru­tu­ra do ADN.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1912, o enge­nhei­ro de fogue­tes ger­ma­no-ame­ri­ca­no Wer­nher von Braun. Ele foi um dos mais impor­tan­tes cri­a­do­res de fogue­tes e da sua evo­lu­ção para apli­ca­ções na explo­ra­ção espa­ci­al. O seu inte­res­se come­çou quan­do era ado­les­cen­te na Ale­ma­nha, e duran­te a II Guer­ra Mun­di­al lide­rou o desen­vol­vi­men­to do mís­sil balís­ti­co mor­tal V‑2 para os nazis (cujo papel per­ma­ne­ce con­tro­ver­so). Após a guer­ra, foi leva­do a usar os seus conhe­ci­men­tos para pro­du­zir fogue­tes para o exér­ci­to dos EUA. Em 1960, trans­fe­riu-se para a recém-for­ma­da NASA e tor­nou-se direc­tor do Marshall Spa­ce Flight Cen­ter e arqui­tec­to che­fe do veí­cu­lo de lan­ça­men­to Saturn V uti­li­za­do para colo­car homens na lua. As suas con­tri­bui­ções inclu­em os saté­li­tes Explo­rer; Júpi­ter, Pershing, Reds­to­ne e Saturn fogue­tes, e Skylab.

Em 1875, a pri­mei­ra son­da­gem da Fos­sa das Mari­a­nas foi fei­ta pelo navio de pes­qui­sa bri­tâ­ni­co, H.M.S. Chal­len­ger, duran­te a sua pri­mei­ra expe­di­ção oce­a­no­grá­fi­ca glo­bal, des­co­brin­do par­te da região mais pro­fun­da conhe­ci­da dos oce­a­nos da Ter­ra. As medi­ções pre­ci­sas da super­fí­cie con­ti­nu­am a ser difí­ceis, mas em 2010, a NOAA uti­li­zou impul­sos sono­ros para gra­var uma pro­fun­di­da­de de 36.070 pés (10.994 m) na fos­sa Chal­len­ger Deep no seu extre­mo sul. A Fos­sa das Mari­a­nas situa-se no Oce­a­no Pací­fi­co oci­den­tal, a les­te das Ilhas Mari­a­nas, per­to de Guam. A sua gran­de pro­fun­di­da­de resul­ta na coli­são de duas enor­mes pla­cas de cros­ta oceâ­ni­ca, uma zona de sub­duc­ção, onde a bor­da de uma mer­gu­lha por bai­xo da outra no man­to da Ter­ra. A 23 de Janei­ro de 1960, Pic­card e Walsh atin­gi­ram o fun­do na baia de Trieste.

Em 2001, a esta­ção espa­ci­al rus­sa, Mir, ter­mi­nou 15 anos em órbi­ta ao arder na atmos­fe­ra ter­res­tre como o cami­nho esco­lhi­do para ter­mi­nar a sua vida. Mir, lan­ça­da em 1986, tinha ultra­pas­sa­do lar­ga­men­te a sua dura­ção ori­gi­nal de cin­co anos pre­vis­ta. O gover­no rus­so deci­diu em Outu­bro de 2000 que o seu mau esta­do já não podia jus­ti­fi­car as des­pe­sas para man­ter a sua uti­li­za­ção. Um navio-tan­que Pro­gress atra­ca­do tinha sido coman­da­do remo­ta­men­te por con­tro­la­do­res de mis­são para dis­pa­rar fogue­tes e bai­xar a sua órbi­ta e pro­vo­car a sua reen­tra­da na atmos­fe­ra. Os des­tro­ços que não arde­ram duran­te a reen­tra­da caí­ram ino­fen­si­va­men­te no Oce­a­no Pací­fi­co, na zona alvo pla­ne­a­da entre a Nova Zelân­dia e o Chi­le. Por razões de segu­ran­ça, as com­pa­nhi­as aére­as tinham reen­ca­mi­nha­do os voos do Pací­fi­co em ante­ci­pa­ção do even­to, e os navi­os tinham sido avi­sa­dos mais cedo.

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