Newsletter Nº410

Newsletter Nº410
News­let­ter Nº410

Faz hoje anos que nas­cia, em 1856, o inven­tor ame­ri­ca­no Edward Goo­dri­ch Ache­son. Ele des­co­briu o car­bo­run­dum abra­si­vo, a segun­da subs­tân­cia mais dura (ao lado de dia­man­tes) e mais tar­de aper­fei­ço­ou um méto­do de fabri­co de gra­fi­te. No iní­cio da sua car­rei­ra, tinha tra­ba­lha­do no Men­lo Park de Tho­mas Edi­son (1880–84), mas par­tiu para se tor­nar um inven­tor inde­pen­den­te. Em 1891, esta­va a expe­ri­men­tar uma for­na­lha eléc­tri­ca, ten­tan­do fazer dia­man­tes a par­tir de uma mis­tu­ra fun­di­da de coque em pó e argi­la. Em vez de dia­man­tes, des­co­briu que tinha fei­to cris­tais peque­nos, gra­nu­lo­sos e duros qua­se tão duros como os dia­man­tes. Ele deter­mi­nou que esta subs­tân­cia cris­ta­li­na era car­bo­ne­to de silí­cio. Era mui­to efi­caz como abra­si­vo, que Ache­son paten­te­ou (28 de Feve­rei­ro de 1892) e cha­mou “car­bo­run­dum”. Ele cri­ou a Com­pa­nhia Car­bo­run­dum (1894), para fazer mós, pedras de amo­lar, e abra­si­vos em pó.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1923, o físi­co aus­tro-ame­ri­ca­no Wal­ter Kohn. Ele par­ti­lhou (com John A. Pople) o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1998. O pré­mio reco­nhe­ceu o seu tra­ba­lho indi­vi­du­al sobre cál­cu­los em quí­mi­ca quân­ti­ca. A par­te de Kohn no pré­mio foi para o desen­vol­vi­men­to da sua teo­ria da den­si­da­de-fun­ci­o­nal. Isto apli­cou a mate­má­ti­ca com­ple­xa para for­ne­cer uma téc­ni­ca de mode­la­ção que incor­po­rou a mecâ­ni­ca quân­ti­ca no estu­do das pro­pri­e­da­des elec­tró­ni­cas dos mate­ri­ais. A teo­ria de Kohn revo­lu­ci­o­nou de tal for­ma a ciên­cia dos mate­ri­ais, que foi refe­ri­da em cer­ca de meta­de de todas as publi­ca­ções de quí­mi­ca quân­ti­ca que se segui­ram. Ele fez gran­des con­tri­bui­ções para a físi­ca dos semi­con­du­to­res, super­con­du­ti­vi­da­de, físi­ca de super­fí­ci­es e catálise.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1934, o cos­mo­nau­ta sovié­ti­co Yuri Gaga­rin. Ele, a 12 de Abril de 1961, tor­nou-se o pri­mei­ro homem a via­jar para o espa­ço aos 27 anos de ida­de. For­mou-se na esco­la de cade­te da For­ça Aérea Sovié­ti­ca em 1957. Volun­ta­ri­ou-se para se tor­nar cos­mo­nau­ta e jun­tou-se a um gru­po de pilo­tos de tes­te para trei­no. Três dias antes do lan­ça­men­to, foi infor­ma­do de que tinha sido selec­ci­o­na­do para pilo­tar a nave espa­ci­al Vos­tok 1. Orbi­tou a Ter­ra uma vez em 1 hora e 29 minu­tos a uma alti­tu­de máxi­ma de 301 km. Nun­ca mais foi para o espa­ço, mas trei­nou outros cos­mo­nau­tas e per­cor­reu vári­as outras nações. Gaga­rin foi mor­to com outro pilo­to na que­da de um avião a jac­to de dois luga­res enquan­to esta­va no que foi des­cri­to como um voo de trei­no de rotina.

Em 1948, a Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley e a Comis­são de Ener­gia Ató­mi­ca anun­ci­a­ram ofi­ci­al­men­te a pro­du­ção arti­fi­ci­al de mésons uti­li­zan­do o ciclo­trão de 184 pole­ga­das no Labo­ra­tó­rio de Radi­a­ção da uni­ver­si­da­de. Os mésons na natu­re­za tinham sido ante­ri­or­men­te vis­tos por Carl Ander­son como pis­tas de câma­ra de nuvens, e outros (for­ma­dos por rai­os cós­mi­cos) tinham sido detec­ta­dos por outros cien­tis­tas em pla­cas foto­grá­fi­cas fei­tas a gran­de alti­tu­de. Ago­ra, nos limi­tes da ener­gia dis­po­ní­vel do ciclo­trão, estas par­tí­cu­las de cur­ta dura­ção foram gera­das arti­fi­ci­al­men­te por Euge­ne Gard­ner e C.M.G. Lat­tes, uti­li­zan­do um fei­xe de par­tí­cu­las alfa ace­le­ra­das dis­pa­ra­das sobre um alvo de car­bo­no fino. O tem­po rela­tou a des­co­ber­ta e deu a enten­der que o estu­do dos mésons pode­ria “con­du­zir na direc­ção de uma fon­te de ener­gia ató­mi­ca mui­to melhor do que a fis­são de urânio”.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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