Newsletter Nº353

Newsletter Nº353
News­let­ter Nº353

Faz hoje anos que nas­cia, em 1853, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Hud­son Maxim. No iní­cio da sua car­rei­ra, num negó­cio de impres­são em Pitts­fi­eld, Mass. (1883), inven­tou um méto­do de impres­são a cores em jor­nais. Depois vol­tou-se para a melho­ria dos explo­si­vos e fez a pri­mei­ra pól­vo­ra sem fumo nos Esta­dos Uni­dos. Em 1901, inven­tou o maxi­mi­te, um pó alta­men­te explo­si­vo 50% mais poten­te do que a dina­mi­te. Quan­do usa­do em tor­pe­dos, maxi­mi­te resis­tiu tan­to ao cho­que de dis­pa­ro como ao mai­or cho­que de per­fu­ra­ção da pla­ca de blin­da­gem sem explo­dir até ser então desen­ca­de­a­do por um fusí­vel deto­nan­te de acção retar­da­da, outra inven­ção de Maxim. Mais tar­de, aper­fei­ço­ou um nova pól­vo­ra sem fumo, cha­ma­do esta­bi­li­te devi­do à sua alta esta­bi­li­da­de, e moto­ri­te, uma subs­tân­cia auto-com­bus­ti­va para pro­pul­sar torpedos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1859, o desig­ner ale­mão de aviões Hugo Jun­kers. Ele foi o pro­po­nen­te ini­ci­al da cons­tru­ção mono­pla­no e total­men­te metá­li­ca de aviões. A sua empre­sa, Jun­kers Flug­zeug- und Moto­renwer­ke AG (Jun­kers Air­craft and Motor Works), foi um dos pila­res da indús­tria aero­náu­ti­ca ale­mã nos anos entre a Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al e a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Os seus aviões mul­ti­mo­to­res, total­men­te metá­li­cos, de pas­sa­gei­ros e de car­ga aju­da­ram a esta­be­le­cer com­pa­nhi­as aére­as na Ale­ma­nha e em todo o mundo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1890, o físi­co suí­ço Paul Scher­rer. Ele, em cola­bo­ra­ção com Peter Debye pro­du­ziu um méto­do de aná­li­se de difrac­ção de rai­os X. O méto­do Debye-Scher­rer tem a capa­ci­da­de de iden­ti­fi­car mate­ri­ais que não este­jam na for­ma de cris­tais gran­des e perfeitos.

Em 1966, os EUA lan­ça­ram o seu pri­mei­ro saté­li­te mete­o­ro­ló­gi­co ope­ra­ci­o­nal, o ESSA‑1, para for­ne­cer foto­gra­fia de cober­tu­ra de nuvens ao Cen­tro Mete­o­ro­ló­gi­co Naci­o­nal dos EUA para a pre­pa­ra­ção de aná­li­ses e pre­vi­sões mete­o­ro­ló­gi­cas ope­ra­ci­o­nais. A nave espa­ci­al era um polí­go­no de 18 lados, 42 pole­ga­das de diâ­me­tro, 22 pole­ga­das de altu­ra e peso 305 lb. Era fei­ta de liga de alu­mí­nio e aço ino­xi­dá­vel, depois cober­ta com 9100 célu­las sola­res. As célu­las sola­res ser­vi­ram para car­re­gar as 63 bate­ri­as. As suas duas câma­ras foram mon­ta­das 180 graus uma con­tra a outra ao lon­go do lado cilín­dri­co da embar­ca­ção. Uma câma­ra podia ser apon­ta­da em algum pon­to da Ter­ra sem­pre que o saté­li­te giras­se ao lon­go do seu eixo. A ESSA‑1 con­se­guia ver o tem­po de cada área do glo­bo, foto­gra­fan­do uma deter­mi­na­da área exac­ta­men­te à mes­ma hora local todos os dias.

Tam­bém em 1966, e três dias após a sua des­co­la­gem, a nave espa­ci­al sovié­ti­ca Lunik 9 não tri­pu­la­da ater­rou em segu­ran­ça na Lua, no Oce­a­no das Tem­pes­ta­des. Foi a pri­mei­ra ater­ra­gem sua­ve de sem­pre nou­tro cor­po celes­te, e abriu o cami­nho para via­gens tri­pu­la­das à Lua, eli­mi­nan­do dúvi­das de que a super­fí­cie fos­se uma areia move­di­ça empo­ei­ra­da e inse­gu­ra. Ao atin­gir a super­fí­cie, a son­da sovié­ti­ca ejec­tou uma cáp­su­la de 250 lb que depois rolou na ver­ti­cal e des­do­brou qua­tro péta­las acci­o­na­das por mola para se esta­bi­li­zar. Uma câma­ra de tele­vi­são com um sis­te­ma de espe­lho rota­ti­vo per­mi­tiu à Lunik 9 tirar foto­gra­fi­as, incluin­do vis­tas pano­râ­mi­cas da pai­sa­gem lunar e vis­tas mais pró­xi­mas das rochas pró­xi­mas, que foram trans­mi­ti­das de vol­ta à ter­ra até 6 de Feve­rei­ro, quan­do as bate­ri­as se esgo­ta­ram e o con­tac­to com a nave espa­ci­al se perdeu.

E nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do ofi­ci­al­men­te a ver­são de 64-bits do Rasp­ber­ry OS. A arqui­tec­tu­ra ARMv8‑A, que englo­ba a arqui­tec­tu­ra AArch64 de 64 bits e o con­jun­to de ins­tru­ções A64 asso­ci­a­do, foi intro­du­zi­da pela pri­mei­ra vez na linha Rasp­ber­ry Pi com Rasp­ber­ry Pi 3 em 2016. A par­tir daí, foi pos­sí­vel exe­cu­tar um sis­te­ma ope­ra­ti­vo com­ple­to de 64-bit, e mui­tos sis­te­mas ope­ra­ti­vos de ter­cei­ros estão dis­po­ní­veis. Con­tu­do, con­ti­nu­a­ram a cons­truir os lan­ça­men­tos Rasp­ber­ry Pi OS na pla­ta­for­ma 32-bit Rasp­bi­an, com o objec­ti­vo de maxi­mi­zar a com­pa­ti­bi­li­da­de entre dis­po­si­ti­vos e de evi­tar a con­fu­são dos cli­en­tes. Com este lan­ça­men­to é pos­sí­vel tirar par­ti­do da arqui­tec­tu­ra de 64-bits, que é mais util nos mode­los com 4 ou 8GB de memó­ria RAM.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº352

Newsletter Nº352
News­let­ter Nº352

Faz hoje anos que nas­cia, em 1792, o relo­jo­ei­ro e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Phi­ne­as Davis. Ele virou das suas capa­ci­da­des de auto­di­da­ta de fazer jói­as e reló­gi­os para inven­tar a pri­mei­ra loco­mo­ti­va a car­vão bem suce­di­da cons­truí­da nos E.U.A. Ante­ri­or­men­te, os cami­nhos-de-fer­ro uti­li­za­vam loco­mo­ti­vas impor­ta­das. A 4 de Janei­ro de 1831, a Bal­ti­mo­re e a Ohio Rail­ro­ad Com­pany anun­ci­a­ram um pré­mio de 4.000 dóla­res para o melhor motor em ensai­os rea­li­za­dos em Junho de 1831. Davis cri­ou a sua loco­mo­ti­va de York e ganhou o concurso.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1832, o mate­má­ti­co, fotó­gra­fo, e roman­cis­ta inglês Lewis Car­roll. Com o ver­da­dei­ro nome de Char­les Lutwid­ge Dodg­son, ele é conhe­ci­do pelas Aven­tu­ras de Ali­ce no País das Mara­vi­lhas (1865) e a sua seque­la. Depois de se for­mar no Christ Chur­ch Col­le­ge, Oxford em 1854, Dodg­son per­ma­ne­ceu lá, dan­do pales­tras sobre mate­má­ti­ca e tra­ta­dos de escri­ta até 1881. Como mate­má­ti­co, Dodg­son era con­ser­va­dor. Foi autor de um bom núme­ro de livros de mate­má­ti­ca, por exem­plo, A Syl­la­bus of Pla­ne Alge­brai­cal Geo­me­try (1860). Os seus livros de mate­má­ti­ca não pro­va­ram ter uma impor­tân­cia dura­dou­ra, excep­to Eucli­des e os seus Rivais Moder­nos (1879), que são de inte­res­se his­tó­ri­co. Como lógi­co, ele esta­va mais inte­res­sa­do na lógi­ca como um jogo do que como um ins­tru­men­to para tes­tar a razão.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1888, o geoquí­mi­co e mine­ra­lo­gis­ta suí­ço-noru­e­guês Vic­tor Golds­ch­midt. Ele esta­be­le­ceu uma base teó­ri­ca para a geoquí­mi­ca (que no sécu­lo ante­ri­or se tinha limi­ta­do à reco­lha de dados sobre a cros­ta ter­res­tre aces­sí­vel, águas e atmos­fe­ra). Golds­ch­midt inves­ti­gou os ele­men­tos mai­o­res e meno­res nos mine­rais, e pro­cu­rou expli­car a sua dis­tri­bui­ção como resul­ta­do de ori­gens cós­mi­cas. Inven­tou a quí­mi­ca cris­ta­li­na, atra­vés da qual ten­tou com­ple­tar um regis­to das for­mas de cris­tais mine­rais, e ligar as vari­a­ções des­sas for­mas às con­di­ções físi­cas e quí­mi­cas sob as quais foram for­ma­das. Nes­ta bus­ca, melho­rou os ins­tru­men­tos exis­ten­tes e inven­tou novos ins­tru­men­tos. É con­si­de­ra­do como o fun­da­dor da geoquí­mi­ca moderna.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1936, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Samu­el C. C. Ting. Ele par­ti­lhou (com Bur­ton Rich­ter) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1976 pela sua des­co­ber­ta de uma nova par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca, a par­tí­cu­la J/psi. Mais recen­te­men­te, tem sido o prin­ci­pal inves­ti­ga­dor na inves­ti­ga­ção con­du­zi­da com o Espec­tró­me­tro Mag­né­ti­co Alfa, um dis­po­si­ti­vo ins­ta­la­do na Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal em 2011.

Em 1951 é fei­ta a pri­mei­ra deto­na­ção con­tro­la­da de uma bom­ba ató­mi­ca. ‘Able’ foi o pri­mei­ro dis­po­si­ti­vo nucle­ar lan­ça­do pelo ar a ser explo­di­do em solo ame­ri­ca­no. O tes­te teve lugar em Fren­ch­man Flat, um lei­to de rio seco no local de tes­te de Neva­da. A explo­são de 1 qui­lo-tone­la­da lan­çou a quar­ta série de tes­tes nucle­a­res dos EUA com o nome de códi­go ‘Ran­ger’, que con­sis­tiu em cin­co tes­tes nucle­a­res lar­ga­dos do ar no iní­cio de 1951.

Em 1967, um aci­den­te com a Apol­lo 1 em Ter­ra cau­sou a mor­te dos astro­nau­tas Vir­gil “Gus” Gris­som, Edward H. Whi­te II, e Roger B. Chaf­fee. Uma inves­ti­ga­ção indi­cou que um fio eléc­tri­co defei­tu­o­so no inte­ri­or do módu­lo de coman­do Apol­lo 1 foi a cau­sa pro­vá­vel do incên­dio. Os astro­nau­tas, os pri­mei­ros ame­ri­ca­nos a mor­rer numa nave espa­ci­al, tinham esta­do a par­ti­ci­par numa simu­la­ção do lan­ça­men­to da Apol­lo 1 pro­gra­ma­da para o mês seguinte.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­Pi nº 114 e a revis­ta Hacks­pa­ce­Mag nº 51 de Feve­rei­ro. É tam­bém apre­sen­ta­do o livro “How to Build a Micro­com­pu­ter … and Really Unders­tand it”.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº351

Newsletter Nº351
News­let­ter Nº351

Faz hoje anos que nas­cia, em 1775, o físi­co e mate­má­ti­co fran­cês André-Marie Ampè­re. Ele foi um dos fun­da­do­res da ciên­cia do elec­tro­mag­ne­tis­mo clás­si­co, a que se refe­riu como “elec­tro­di­nâ­mi­ca”. É tam­bém o inven­tor de nume­ro­sas apli­ca­ções, tais como o sole­nói­de (ter­mo por ele cunha­do) e o telé­gra­fo eléc­tri­co. Como auto­di­dac­ta, Ampè­re foi mem­bro da Aca­de­mia Fran­ce­sa de Ciên­ci­as e pro­fes­sor na Poli­téc­ni­ca de Éco­le e no Collè­ge de Fran­ce. A uni­da­de SI de medi­ção de cor­ren­te eléc­tri­ca, o ampe­re, tem o seu nome. O seu nome é tam­bém um dos 72 nomes ins­cri­tos na Tor­re Eiffel.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1899,o enge­nhei­ro japo­nês Ken­ji­ro Takaya­na­gi. Ele foi pio­nei­ro no desen­vol­vi­men­to da tele­vi­são. Ape­sar de não ter obti­do mui­to reco­nhe­ci­men­to no Oci­den­te, cons­truiu o pri­mei­ro recep­tor de tele­vi­são total­men­te elec­tró­ni­co do mun­do, e é refe­ri­do como “o pai da tele­vi­são”. Em 1925, Takaya­na­gi ini­ci­ou a inves­ti­ga­ção na tele­vi­são após ter lido sobre a nova tec­no­lo­gia numa revis­ta fran­ce­sa. Desen­vol­veu um sis­te­ma seme­lhan­te ao de John Logie Baird, uti­li­zan­do um dis­co Nip­kow para digi­ta­li­zar o sujei­to e gerar sinais eléc­tri­cos. Mas ao con­trá­rio de Baird, Takaya­na­gi deu o impor­tan­te pas­so de uti­li­zar um tubo de rai­os cató­di­cos para exi­bir o sinal rece­bi­do, desen­vol­ven­do assim o pri­mei­ro apa­re­lho de tele­vi­são “total­men­te-elec­tró­ni­co”.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1930, o astro­nau­ta nor­te-ame­ri­ca­no Buzz Aldrin. Ele ficou conhe­ci­do por ter esta­be­le­ceu um recor­de de acti­vi­da­de extra-vei­cu­lar e foi o segun­do homem a pôr os pés na Lua. Como anti­go pilo­to da For­ça Aérea dos EUA na Coreia, foi um dos ter­cei­ros astro­nau­tas nome­a­dos pela NASA em Outu­bro de 1963. Em 11 de Novem­bro de 1966, foi lan­ça­do na Gemi­ni 12 com o pilo­to de coman­do James Lovell num voo de 4 dias, duran­te o qual Aldrin esta­be­le­ceu um novo recor­de de acti­vi­da­de extra-vei­cu­lar (5½ horas) fora da nave espa­ci­al. Aldrin foi o pilo­to do módu­lo lunar da Apol­lo 11, lan­ça­do a 16 de Julho de 1969. Esta foi a pri­mei­ra mis­são de ater­ra­gem lunar tri­pu­la­da, e Aldrin foi o segun­do homem a pôr os pés na Lua, (seguin­do Neil Arms­trong) a 20 de Julho de 1969, e pas­sou 2 horas e 15 minu­tos na super­fí­cie lunar.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1931, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no David M. Lee. Ele, com Robert C. Richard­son e Dou­glas D. Oshe­roff, rece­beu em 1996 o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1996 pela sua des­co­ber­ta con­jun­ta em 1972 de super­flui­da­de no raro isó­to­po hélio‑3. Tra­ba­lhan­do no labo­ra­tó­rio de bai­xa tem­pe­ra­tu­ra da Uni­ver­si­da­de de Cor­nell, cons­truí­ram os seus pró­pri­os apa­re­lhos para redu­zir a tem­pe­ra­tu­ra para cer­ca de 0,002K. Este era subs­tan­ci­al­men­te infe­ri­or a cer­ca de 2K, no qual o hélio‑4 do isó­to­po comum se tor­na um super­flui­do, como obser­va­do por Pjo­tr Kapit­sa no final da déca­da de 1930. Mas He‑3 teve de ser redu­zi­do em tem­pe­ra­tu­ra para qua­se zero abso­lu­to antes de se tor­nar super­flui­do, e capaz de fluir sem resis­tên­cia, mes­mo para esca­lar as pare­des dos reci­pi­en­tes e fluir para o exte­ri­or. Os áto­mos tinham, até esse pon­to, movi­do com velo­ci­da­des e direc­ções ale­a­tó­ri­as. Mas como super­flui­dos, os áto­mos movi­men­tam-se então de for­ma coordenada.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº350

Newsletter Nº350
News­let­ter Nº350

Faz hoje anos que, em 1864, físi­co ale­mão Wilhelm Wien. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1911 pela sua lei de des­lo­ca­men­to rela­ti­va à radi­a­ção emi­ti­da pelo cor­po negro per­fei­ta­men­te efi­ci­en­te (uma super­fí­cie que absor­ve toda a ener­gia radi­an­te que cai sobre ele). Ao estu­dar os flu­xos de gás ioni­za­do Wien, em 1898, iden­ti­fi­cou uma par­tí­cu­la posi­ti­va igual em mas­sa ao áto­mo de hidro­gé­nio. Wien, com este tra­ba­lho, lan­çou as bases da espec­tros­co­pia de mas­sa. J. J. Thom­son refi­nou o apa­re­lho de Vie­na e rea­li­zou novas expe­ri­ên­ci­as em 1913, depois, após o tra­ba­lho de Ernest Ruther­ford em 1919, a par­tí­cu­la de Vie­na foi acei­te e bap­ti­za­da com o nome de pro­tão. Wien tam­bém fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções para o estu­do dos rai­os cató­di­cos, rai­os X e rai­os de canal.

O nas­ci­men­to da radi­o­di­fu­são públi­ca é atri­buí­do a Lee de Forest, que trans­mi­tiu a pri­mei­ra emis­são públi­ca mun­di­al em Nova Ior­que a 13 de Janei­ro de 1910. Esta emis­são apre­sen­ta­va as vozes de Enri­co Caru­so e de outras estre­las da Ópe­ra Metro­po­li­ta­na. Mem­bros do públi­co e da impren­sa uti­li­za­ram aus­cul­ta­do­res para ouvir a emis­são em vári­os locais de toda a cida­de. Isto mar­cou o iní­cio do que viria a ser uma comu­ni­ca­ção rádio sem fios qua­se universal.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do o Ker­nel de Linux 5.16. A gran­de novi­da­de des­ta ver­são é a intro­du­ção de uma nova sys­tem call cha­ma­da FUTEX2 ou futex_waitv(). Con­tri­buí­do pela Col­la­bo­ra, esta fun­ci­o­na­li­da­de pode­rá aju­dar a melho­rar a expe­ri­ên­cia de jogos nati­vos Linux mas, mais con­cre­ta­men­te, para jogos Win­dows a cor­rer via Wine. Per­mi­te que os jogos espe­rem por múl­ti­plos ‘fute­xes’ com uma úni­ca cha­ma­da de sis­te­ma, o que deve­rá aju­dar a redu­zir a uti­li­za­ção da CPU e aumen­tar o FPS para mui­tos jogos. Adi­ci­o­nal­men­te os rela­tó­ri­os de esta­bi­li­da­de dos sis­te­mas de fichei­ros (filesys­tems) rece­bem uma gran­de melho­ria com uma nova API base­a­da no fano­tify, embo­ra actu­al­men­te ape­nas supor­ta­do em sis­te­mas EXT4.
Cada actu­a­li­za­ção do Ker­nel melho­ra o supor­te grá­fi­co, e esta 5.16 não é excep­ção, ofe­re­cen­do Dis­play­Port 2.0 ao dri­ver da GPU AMD antes das pla­cas de pró­xi­ma gera­ção que o dis­tri­bu­em; mais tra­ba­lho de base para grá­fi­cos DG2/Alchemist e, rela­ci­o­na­do, supor­te ‘está­vel’ para grá­fi­cos Intel Alder Lake S (i.e. DG1). Foi adi­ci­o­na­do supor­te para as ins­tru­ções Intel AMX, assim como para os con­tro­la­do­res Joy-Con e Pro da Nin­ten­do e para o Dual­Sen­se LED em con­tro­la­do­res Plays­ta­ti­on 5. Foram fei­tas melho­ri­as ao nível do supor­te de diver­sos dis­po­si­ti­vos Micro­soft Sur­fa­ce e um novo dri­ver para o Real­tek 802.11ax. Res­ta ago­ra aguar­dar que as dis­tri­bui­ções main-stre­am peguem nes­te ker­nel e o dis­po­ni­bi­li­zem com­pi­la­do para as mesmas.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

Newsletter Nº349

Newsletter Nº349
News­let­ter Nº349

Faz hoje anos que nas­cia, em 1745, o pio­nei­ro fran­cês do balão Jac­ques-Éti­en­ne Mont­gol­fi­er. Ele, com o seu irmão Joseph-Michel Mont­gol­fi­er, desen­vol­veu o balão de ar quen­te e rea­li­zou os pri­mei­ros voos desa­mar­ra­dos. Uma pri­mei­ra expe­ri­ên­cia com um balão de tafe­tá cheio de fumo quen­te foi fei­ta numa demons­tra­ção públi­ca a 5 de Junho de 1783. Seguiu-se um voo com três ani­mais como pas­sa­gei­ros a 19 de Setem­bro de 1783, exi­bi­do em Paris e tes­te­mu­nha­do pelo Rei Luís XVI. A 21 de Novem­bro de 1783, o seu balão trans­por­tou os dois pri­mei­ros homens num voo desa­mar­ra­do — o pri­mei­ro voo tri­pu­la­do de balões. Modi­fi­ca­ções do dese­nho bási­co de Mont­gol­fi­er foram incor­po­ra­das na cons­tru­ção de balões mai­o­res que, em anos pos­te­ri­o­res, leva­ram à explo­ra­ção da atmos­fe­ra supe­ri­or. Éti­en­ne tam­bém desen­vol­veu um pro­ces­so de fabri­co de vellum.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1795, o quí­mi­co fran­cês Ansel­me Payen. Ele fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções para a quí­mi­ca indus­tri­al e des­co­briu a celu­lo­se, um cons­ti­tuin­te bási­co das célu­las vege­tais. As fábri­cas do seu pai pro­du­zi­ram vári­os pro­du­tos quí­mi­cos, e açú­car refi­na­do, pelo que Payen estu­dou ciên­cia. Em 1815, aos 20 anos, foi nome­a­do geren­te da fábri­ca do seu pai para a refi­na­ção de bórax bru­to impor­ta­do. Aí desen­vol­veu uma sín­te­se para o bórax a par­tir de soda e áci­do bóri­co e em 1820 cri­ou uma nova indús­tria que pode­ria comer­ci­a­li­zar o pro­du­to sin­té­ti­co a um ter­ço do pre­ço do bórax natu­ral refi­na­do. Em 1822, ele tinha encon­tra­do o valor do car­vão vege­tal ani­mal para cla­ri­fi­car as solu­ções de açú­car. Em 1833, Payen des­co­briu a pri­mei­ra enzi­ma, para a qual cunhou o nome de dias­ta­se. Con­ver­te ami­do em açú­car, e foi mais tar­de (1893) cha­ma­do amilase.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1925, o fabri­can­te de auto­mó­veis John DeLo­re­an. Ele geriu o desen­vol­vi­men­to de vári­os veí­cu­los ao lon­go da sua car­rei­ra, incluin­do o Pon­ti­ac GTO mus­cle car, o Pon­ti­ac Fire­bird, Pon­ti­ac Grand Prix, Che­vro­let Cosworth Vega, e por fim o DMC DeLo­re­an sports car, que foi apre­sen­ta­do no fil­me de 1985 Back to the Futu­re. Foi o che­fe de divi­são mais jovem da his­tó­ria da Gene­ral Motors, ten­do depois par­ti­do para ini­ci­ar a DeLo­re­an Motor Com­pany (DMC) em 1973. Os atra­sos na pro­du­ção sig­ni­fi­ca­ram que o pri­mei­ro car­ro da DMC não che­gou ao mer­ca­do con­su­mi­dor até 1981, quan­do um mer­ca­do de com­pras depri­mi­do foi agra­va­do por má impren­sa de crí­ti­cos e do públi­co. Após um ano, o DeLo­re­an não con­se­guiu recu­pe­rar os seus 175 milhões de dóla­res de cus­tos de inves­ti­men­to, acu­mu­lan­do car­ros não ven­di­dos, e a empre­sa esta­va em difi­cul­da­des finan­cei­ras. Foram pro­du­zi­dos cer­ca de 9000 vei­cu­los. Ape­sar de o car­ro ter uma repu­ta­ção de má qua­li­da­de de cons­tru­ção e uma expe­ri­ên­cia de con­du­ção menos satis­fa­tó­ria, o DeLo­re­an con­ti­nua a ter um for­te segui­men­to impul­si­o­na­do em par­te pela popu­la­ri­da­de dos fil­mes Back to the Futu­re. Esti­ma-se que 6.500 DeLo­re­a­nos ain­da se encon­tram na estrada.

Em 1838, o sis­te­ma tele­grá­fi­co de Samu­el Mor­se é demons­tra­do pela pri­mei­ra vez na Spe­edwell Iron Works em Mor­ris­town, Nova Jer­sey. O telé­gra­fo, um dis­po­si­ti­vo que uti­li­za­va impul­sos eléc­tri­cos para trans­mi­tir men­sa­gens codi­fi­ca­das atra­vés de um fio, aca­ba­ria por revo­lu­ci­o­nar a comu­ni­ca­ção de lon­ga dis­tân­cia, atin­gin­do o auge da sua popu­la­ri­da­de nas déca­das de 1920 e 1930.

E nes­ta pri­mei­ra edi­ção da news­let­ter de 2022 gos­ta­ria de pas­sar uma vis­ta de olhos pelo que pas­sou mais de rele­van­te nas 52 news­let­ters de 2021.

Em ter­mos de elec­tró­ni­ca DIY tive­mos o lan­ça­men­to do Rasp­ber­ry Pi Pico e da pla­ca Rasp­ber­ry Pi Zero 2 W, não esque­cen­do da ver­são 6.0 do soft­ware EDA KiCad.
O Pla­ne­ta Mar­te foi visi­ta­do por três equi­pa­men­tos lan­ça­dos pelo Homem. Os Emi­ra­dos Ára­bes Uni­dos envi­a­ram a son­da “Amal”. A Chi­na envi­ou a son­da Tianwen‑1 com o rover Zhu­rong e por fim a NASA envi­ou a son­da Mars 2020 com o rover Per­se­ve­ran­ce e o heli­cóp­te­ro Inge­nuity equi­pa­do com Linux.
A Vir­gin Galac­tic assim como a Blue Ori­gin ini­ci­a­ram as via­gens espa­ci­ais comer­ci­ais con­se­guin­do trans­por­tar até à orla exte­ri­or da atmos­fe­ra (cer­ca de 86 qui­ló­me­tros de alti­tu­de) e tra­zer de vol­ta civis à Ter­ra. Ambas dura­ram alguns minutos.
Tam­bém a Spa­ceX lan­çou do Spa­ceX Crew Dra­gon Resi­li­en­ce com qua­tro nor­te-ame­ri­ca­nos civis. Lan­ça­da aco­pla­da ao fogue­tão Fal­con 9, esta mis­são teve o nome de bap­tis­mo “Inspiration4” e é con­si­de­ra­da a pri­mei­ra mis­são espa­ci­al total­men­te civil. Esta mis­são durou 3 dias.
O final do ano de 2021 ficou ain­da mar­ca­do pelo lan­ça­men­to tão aguar­da­do do Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb. Desen­vol­vi­do des­de 1996 pela NASA com con­tri­bui­ções da ESA e da CSA, o teles­có­pio irá fazer uma via­gem de 1.500 milhões de qui­ló­me­tros até entrar numa órbi­ta halo a vol­ta do Sol-Ter­ra (Pon­to de Lagran­ge L2) a par­tir de onde fará as observações.
A Micro­soft lan­çou o Win­dows 11, a Cano­ni­cal lan­çou os Ubun­tu 21.04 e 21.10, a RedHat lan­çou o Fedo­ra 35 e a Debi­an lan­çou o Debi­an 11 — Bus­ter. O Linux fez 30 anos em 2021.

Esta sema­na decor­re a CES 2022. A Intel lan­çou a sua 12ª gera­ção de pro­ces­sa­do­res Alder Lake . A AMD apre­sen­tou os seus novos pro­ces­sa­do­res Ryzen 6000. A Sony demons­trou o seu novo con­cei­to de SUV, o Vision‑S 02, que incor­po­ra capa­ci­da­des de ope­ra­ção remo­ta poden­do ser con­tro­la­do à dis­tân­cia atra­vés de redes 5G. A BMW apre­sen­tou em con­jun­to com a Eink um pro­to­ti­po do seu novo car­ro, o iX, que per­mi­te con­tro­lar a cor do vei­cu­lo em tem­po real alte­ran­do a apre­sen­ta­ção do mes­mo de for­ma dinâ­mi­ca entre bran­co e pre­to. O car­ro repre­sen­ta uma nova apli­ca­ção radi­cal da tec­no­lo­gia E Ink, e embo­ra alguns pos­sam vê-lo como o der­ra­dei­ro veí­cu­lo de fuga ao modi­fi­car ins­tan­ta­ne­a­men­te a sua tona­li­da­de, exis­tem algu­mas apli­ca­ções prá­ti­cas (e mais inte­res­san­tes) para um car­ro com mudan­ça de cor. A uti­li­za­ção de bran­co para reflec­tir o Sol em dias quen­tes e de pre­to em dias fri­os para reter o calor do Sol faz dife­ren­ça em ter­mos de apro­vei­ta­men­to térmico.

E nes­ta sema­na que pas­sou tam­bém rece­be­mos a noti­cia que o escu­do solar que o Teles­có­pio James Webb trans­por­ta foi aber­to com suces­so. Este escu­do de 21 metros é um mar­co fun­da­men­tal na sua pre­pa­ra­ção para ope­ra­ções cien­tí­fi­cas. O escu­do solar — do tama­nho apro­xi­ma­do de um cam­po de ténis em tama­nho real — foi dobra­do para caber den­tro da área de car­ga útil de do fogue­tão Ari­a­nes­pa­ce Ari­a­ne 5 antes do lan­ça­men­to. A equi­pa Webb come­çou a implan­tar remo­ta­men­te o escu­do do Sol 28 de Dezem­bro de 2021, três dias após o lançamento.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, alguns mode­los 3D, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro de pinouts cri­a­do para desig­ners e enge­nhei­ros como uma refe­rên­cia rápi­da para recor­dar as dife­ren­tes fun­ções de pinout nos seus pro­jec­tos electrónicos.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.