Newsletter Nº377

Newsletter Nº377
News­let­ter Nº377

Faz hoje anos que nas­cia, em 1620, o astró­no­mo, car­tó­gra­fo e enge­nhei­ro hidráu­li­co fran­cês Jean Picard. Ele foi con­si­de­ra­do como o fun­da­dor da astro­no­mia moder­na em Fran­ça. Ele intro­du­ziu novos méto­dos, melho­rou os ins­tru­men­tos anti­gos, e acres­cen­tou novos dis­po­si­ti­vos, tais como o reló­gio pen­du­lar de Huy­gens para regis­tar tem­pos e inter­va­los de tem­po. Picard foi o pri­mei­ro a uti­li­zar o teles­có­pio para a medi­ção pre­ci­sa de peque­nos ângu­los, fazen­do uso do micró­me­tro da Gas­coig­ne. Con­ce­beu um micró­me­tro de ara­me móvel para medir os diâ­me­tros de objec­tos celes­tes como o Sol, a Lua e os pla­ne­tas. Para levan­ta­men­to e nive­la­men­to do ter­re­no, con­ce­beu ins­tru­men­tos que incor­po­ra­vam o teles­có­pio astro­nó­mi­co. Picard foi um dos pri­mei­ros a apli­car méto­dos cien­tí­fi­cos para a ela­bo­ra­ção de mapas. Entre as suas outras com­pe­tên­ci­as encon­tra­va-se a hidráu­li­ca; resol­veu o pro­ble­ma de abas­te­ci­men­to de água às fon­tes de Ver­sa­lhes. O seu tra­ba­lho mais impor­tan­te foi a pri­mei­ra medi­ção da cir­cun­fe­rên­cia da ter­ra. Uti­li­zou o méto­do de Era­tós­te­nes, mas com mai­or pre­ci­são. Aumen­tou mui­to a pre­ci­são das medi­ções da Ter­ra, uti­li­zan­do o méto­do de tri­an­gu­la­ção de Snell (Mesu­re de la Ter­re, 1671). Estes dados foram uti­li­za­dos por New­ton na sua teo­ria gra­vi­ta­ci­o­nal. O con­cei­to por detrás dos sinais de néon come­çou em 1675, quan­do Picard obser­vou um bri­lho num barómetro.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1694, o quí­mi­co sue­co Georg Brandt. Ele foi a pri­mei­ra pes­soa a des­co­brir um metal des­co­nhe­ci­do na anti­gui­da­de, que iso­lou e a quem deu o nome de cobal­to (1730). Publi­cou (1733) des­co­ber­tas sobre a com­po­si­ção e solu­bi­li­da­de dos com­pos­tos de arsé­ni­co, ten­do depois inves­ti­ga­do o anti­mó­nio, o bis­mu­to, o mer­cú­rio e o zin­co. O seu tra­ba­lho sobre méto­dos de pro­du­ção de áci­dos clo­rí­dri­co, nítri­co e sul­fú­ri­co foi publi­ca­do em 1741 e 1743. Brandt foi um dos pri­mei­ros quí­mi­cos a for­jar com­ple­ta­men­te a alqui­mia, e dedi­cou os seus últi­mos anos a expor pro­ces­sos alquí­mi­cos frau­du­len­tos para a pro­du­ção de ouro. Os anti­gos egíp­ci­os uti­li­za­vam peque­nas quan­ti­da­des de cobal­to para tor­nar o seu vidro azul. O cobal­to é adi­ci­o­na­do ao aço para o tor­nar mais duro e ter um pon­to de fusão mais ele­va­do. Ves­tí­gi­os dele são encon­tra­dos na car­ne e pro­du­tos lác­te­os como a vita­mi­na B‑12.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1810, o quí­mi­co e físi­co fran­cês Hen­ri Vic­tor Reg­nault. Ele ficou conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho sobre as pro­pri­e­da­des dos gases. O seu ines­ti­má­vel tra­ba­lho foi fei­to como hábil, minu­ci­o­so e paci­en­te expe­ri­men­ta­dor na deter­mi­na­ção do calor espe­cí­fi­co de sóli­dos, líqui­dos, gases, e as ten­sões de vapor de água e outros líqui­dos volá­teis, bem como o seu calor laten­te a dife­ren­tes tem­pe­ra­tu­ras. Cor­ri­giu a lei de gases de Mari­ot­te rela­ti­va à vari­a­ção da den­si­da­de com a pres­são, deter­mi­nou os coe­fi­ci­en­tes de expan­são do ar e outros gases, con­ce­beu novos méto­dos de inves­ti­ga­ção e inven­tou ins­tru­men­tos pre­ci­sos. Duas leis que regem o calor espe­cí­fi­co dos gases têm o seu nome.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1882, o cien­tis­ta e enge­nhei­ro nor­te-ame­ri­ca­no Her­bert E. Ives. Ele lide­rou o desen­vol­vi­men­to dos sis­te­mas de fac-sími­le e tele­vi­são na AT&T na pri­mei­ra meta­de do sécu­lo XX. É mais conhe­ci­do pela expe­ri­ên­cia Ives-Stilwell de 1938, que con­fir­mou direc­ta­men­te a dila­ta­ção tem­po­ral da rela­ti­vi­da­de espe­ci­al, embo­ra o pró­prio Ives não tenha acei­te a rela­ti­vi­da­de espe­ci­al, e tenha defen­di­do uma inter­pre­ta­ção alter­na­ti­va dos resul­ta­dos experimentais[3]. Ives tem sido des­cri­to como “o opo­nen­te mais auto­ri­tá­rio da rela­ti­vi­da­de nos Esta­dos Uni­dos entre o final dos anos 30 e o iní­cio dos anos 50.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1923, o quí­mi­co ame­ri­ca­no nas­ci­do no Cana­dá Rudolph A. Mar­cus. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1992 pelo seu tra­ba­lho sobre a teo­ria das reac­ções de trans­fe­rên­cia de elec­trões em sis­te­mas quí­mi­cos. A teo­ria de Mar­cus des­cre­ve e faz pre­vi­sões sobre fenó­me­nos tão diver­sos como a fixa­ção da ener­gia da luz por plan­tas ver­des (fotos­sín­te­se), meta­bo­lis­mo celu­lar, pro­du­ção fotoquí­mi­ca de com­bus­tí­vel, qui­mi­o­lu­mi­nes­cên­cia (“luz fria”), a con­du­ti­vi­da­de dos polí­me­ros con­du­to­res eléc­tri­cos, cor­ro­são, a meto­do­lo­gia da sín­te­se e aná­li­se elec­troquí­mi­ca, e mui­to mais.

Uma cola­bo­ra­ção inter­na­ci­o­nal de cien­tis­tas do Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal de Ace­le­ra­do­res Fer­mi do Depar­ta­men­to de Ener­gia anun­ci­ou a 21 de Julho de 2000, a pri­mei­ra pro­va direc­ta da par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca cha­ma­da tau neu­tri­no, o ter­cei­ro tipo de neu­tri­no conhe­ci­do dos físi­cos de par­tí­cu­las. Eles rela­ta­ram qua­tro casos de um neu­tri­no inte­ra­gin­do com um núcleo ató­mi­co para pro­du­zir uma par­tí­cu­la car­re­ga­da cha­ma­da tau lep­ton, a assi­na­tu­ra de um tau neutrino.

A 21 de Julho de 2011, o pro­gra­ma de vai­vém espa­ci­al da NASA com­ple­ta a sua mis­são final, e a 135ª, quan­do o vai­vém Atlan­tis ater­ra no Ken­nedy Spa­ce Cen­ter na Flo­ri­da. Duran­te os 30 anos de his­tó­ria do pro­gra­ma, os seus cin­co vai­véns — Colum­bia, Chal­len­ger, Dis­co­very, Atlan­tis e Ende­a­vour — trans­por­ta­ram mais de 350 pes­so­as para o espa­ço e voa­ram mais de 500 milhões de milhas, e as tri­pu­la­ções do vai­vém rea­li­za­ram impor­tan­tes pes­qui­sas, pres­ta­ram assis­tên­cia ao Teles­có­pio Espa­ci­al Hub­ble e aju­da­ram na cons­tru­ção da Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal, entre outras acti­vi­da­des. A NASA reti­rou os vai­véns para se con­cen­trar num pro­gra­ma de explo­ra­ção do espa­ço pro­fun­do que pode­ria um dia envi­ar astro­nau­tas para os aste­roi­des e Marte.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº376

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News­let­ter Nº376

Faz hoje anos que nas­cia, em 1793, o mate­má­ti­co inglês Geor­ge Gre­en. Ele foi o pri­mei­ro a desen­vol­ver uma teo­ria mate­má­ti­ca da elec­tri­ci­da­de e do mag­ne­tis­mo. Sur­pre­en­den­te­men­te, seguiu o ofí­cio de padei­ro e molei­ro do seu pai. Não só foi auto­di­dac­ta como mate­má­ti­co, mas em Mar 1828 publi­cou em pri­va­do algu­mas deze­nas de exem­pla­res de uma obra sofis­ti­ca­da, An Essay on the Appli­ca­ti­on of Mathe­ma­ti­cal Analy­sis to the The­o­ri­es of Elec­tri­city and Mag­ne­tism. No iní­cio, cha­mou pou­ca aten­ção, mas aos 40 anos de ida­de foi estu­dar em Cam­brid­ge (Out 1833). Even­tu­al­men­te o seu Ensaio tor­nou-se conhe­ci­do de Lord Kel­vin (Wil­li­am Thom­son) que o com­pre­en­deu e o cons­truiu, bem como de James Clerk Maxwell. De ori­gens obs­cu­ras, Gre­en tinha ini­ci­a­do as moder­nas teo­ri­as mate­má­ti­cas da electricidade.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1800, o quí­mi­co fran­cês Jean-Bap­tis­te Dumas. Ele foi um pio­nei­ro na quí­mi­ca orgâ­ni­ca. Pro­pug­nan­do novas teo­ri­as de rela­ções entre com­pos­tos orgâ­ni­cos, lan­çou as bases para o tra­ba­lho pos­te­ri­or de Keku­lé. Em 1823, tra­ba­lhan­do com Jean-Louis Pré­vost, Dumas mos­trou que a ureia é trans­por­ta­da pelo san­gue. Jun­tos em 1824–25, repe­ti­ram as expe­ri­ên­ci­as de fil­tra­ção de Lazar­ro Spal­lan­za­ni, con­fir­man­do assim a neces­si­da­de de esper­ma­to­zói­des para fer­ti­li­za­ção, e des­cre­ve­ram a cli­va­gem num óvu­lo de rã. Em 1833, com a deter­mi­na­ção de nitro­gé­nio em com­pos­tos orgâ­ni­cos, ele esta­be­le­ceu aná­li­ses orgâ­ni­cas quan­ti­ta­ti­vas. Duas déca­das antes de Men­de­léev, em 1851, ele pro­cu­rou esta­be­le­cer uma ordem entre os ele­men­tos pelas suas pro­pri­e­da­des. Em 1848 pas­sou à polí­ti­ca, tor­nan­do-se Mes­tre da Casa da Moe­da em 1868.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1842, o enge­nhei­ro quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Ben­ja­min Dudley. Ele foi um dos pri­mei­ros apoi­an­tes da nor­ma­li­za­ção e dos ensai­os de mate­ri­ais na indús­tria. A par­tir de 1875, como quí­mi­co da Com­pa­nhia Fer­ro­viá­ria da Pen­sil­vâ­nia, pes­qui­sou a meta­lur­gia dos car­ris de aço por­que a sua rup­tu­ra era um sério ris­co nes­sa altu­ra. Quan­do des­co­briu uma enor­me vari­a­ção na qua­li­da­de do aço e publi­cou os seus resul­ta­dos (1878), os fabri­can­tes não coo­pe­ra­ram no iní­cio. Con­tu­do, Dudley insis­tiu na con­ti­nu­a­ção dos tes­tes, e em nor­mas rigo­ro­sas para com­bus­tí­veis, lubri­fi­can­tes, tin­tas, dis­po­si­ti­vos de ilu­mi­na­ção e vári­as peças mecâ­ni­cas de loco­mo­ti­vas e mate­ri­al cir­cu­lan­te. Ele co-fun­dou (1898) a Soci­e­da­de Ame­ri­ca­na de Tes­tes e Mate­ri­ais, e foi seu pre­si­den­te des­de 1902 até à sua morte.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1857, o indus­tri­al nor­te-ame­ri­ca­no Fre­de­rick L. May­tag. Ele, em con­jun­to com outros três homens em 1893 ini­ci­ou um negó­cio de imple­men­tos agrí­co­las em New­ton, Iowa. Fize­ram malha­dei­ras, cor­ta­do­res de ban­das e aces­só­ri­os de auto-ali­men­ta­ção inven­ta­dos por um dos fun­da­do­res, Geor­ge Par­sons. Em 1902, a empre­sa era o mai­or fabri­can­te mun­di­al de ali­men­ta­do­res de máqui­nas debu­lha­do­ras. Con­tu­do, a empre­sa pas­sou mais tar­de para a pro­du­ção de máqui­nas de lavar, devi­do à natu­re­za sazo­nal da indús­tria agrí­co­la. A sua pri­mei­ra máqui­na de lavar foi a cuba de madei­ra Par­son’s Pas­ti­me ali­men­ta­da manu­al­men­te (1907–08). Em 1909, a May­tag tomou a seu car­go a sua pró­pria indús­tria, a May­tag Com­pany para man­ter o seu con­tro­lo de qua­li­da­de no pla­ne­a­men­to e pro­du­ção de máqui­nas de lavar.
Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1918, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no [Jay W. Forrester](https://en.wikipedia.org/wiki/Jay_Wright_Forrester). Ele super­vi­si­o­nou a cons­tru­ção do com­pu­ta­dor Whirlwind no Mas­sa­chu­setts Ins­ti­tu­te of Tech­no­logy, para o qual inven­tou a memó­ria de núcleo mag­né­ti­co de aces­so ale­a­tó­rio, o dis­po­si­ti­vo de arma­ze­na­men­to de infor­ma­ção uti­li­za­do na mai­o­ria dos com­pu­ta­do­res digi­tais. Estu­dou tam­bém a apli­ca­ção de com­pu­ta­do­res a pro­ble­mas de ges­tão, desen­vol­ven­do méto­dos de simu­la­ção informática.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1921, o quí­mi­co inglês Geof­frey Wil­kin­son. Ele par­ti­lhou (com Ernst Fis­cher) o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1973 por “pelo seu tra­ba­lho pio­nei­ro, rea­li­za­do inde­pen­den­te­men­te, sobre a quí­mi­ca do orga­no­me­tá­li­co, os cha­ma­dos com­pos­tos sanduíche”.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1969, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co e inven­tor mexi­ca­no Jose Her­nan­dez-Rebol­lar. Ele con­ce­beu a Acce­le­Glo­ve (2003), um dis­po­si­ti­vo seme­lhan­te a uma luva que tra­duz a lin­gua­gem ges­tu­al em pala­vras escri­tas para indi­ví­du­os sur­dos. Obte­ve o seu mes­tra­do no Méxi­co, onde este­ve envol­vi­do na cons­tru­ção de sis­te­mas de con­tro­lo de ante­nas para o que viria a ser o mai­or teles­có­pio do mun­do. Depois pros­se­guiu o seu dou­to­ra­men­to, espe­ci­a­li­za­do em Sinais e Sis­te­mas, com uma bol­sa de estu­dos Ful­bright na Uni­ver­si­da­de de Geor­ge­town nos Esta­dos Uni­dos. Lá, em três anos, ele rea­li­zou o seu dese­jo de lon­ga data de cri­ar uma for­ma de os sur­dos tra­du­zi­rem a lin­gua­gem ges­tu­al em tex­to e som por mei­os elec­tró­ni­cos. A Acce­le­Glo­ve uti­li­za sen­so­res de ace­le­ró­me­tro para tra­du­zir a lin­gua­gem ges­tu­al dos movi­men­tos da mão de um uti­li­za­dor em sinais lidos por um com­pu­ta­dor micro-con­tro­la­dor no bra­ço do uti­li­za­dor. Em 2009, o dis­po­si­ti­vo tinha a capa­ci­da­de de tra­du­zir 300 letras do alfa­be­to e pala­vras da lin­gua­gem ges­tu­al ame­ri­ca­na (ASL) em pala­vras e sen­ten­ças fala­das, em inglês ou espanhol.

Em 1850, a pri­mei­ra demons­tra­ção públi­ca de gelo fei­ta por refri­ge­ra­ção nos EUA teve lugar duran­te um jan­tar na Man­si­on Hou­se, Apa­la­chi­co­la, o Dr. John Gor­rie pro­du­ziu blo­cos de gelo do tama­nho de tijo­los. Ele ins­ta­lou o seu sis­te­ma no Hos­pi­tal Mari­nho dos EUA em Apa­la­chi­co­la. Obte­ve a pri­mei­ra paten­te de con­ge­la­dor mecâ­ni­co em 6 de Maio de 1851, para uma “melho­ria no pro­ces­so de pro­du­ção arti­fi­ci­al de gelo”.

Em 1867, Alfred Nobel demons­trou a dina­mi­te pela pri­mei­ra vez numa pedrei­ra em Redhill, Sur­rey. Em 1866, Alfred Nobel pro­du­ziu o que ele acre­di­ta­va ser uma for­ma segu­ra e con­tro­lá­vel de nitro­gli­ce­ri­na cha­ma­da dina­mi­te. Ele esta­be­le­ceu a sua pró­pria fábri­ca para a pro­du­zir, mas em 1864 uma explo­são na fábri­ca matou o irmão mais novo de Nobel e outros qua­tro tra­ba­lha­do­res. Pro­fun­da­men­te cho­ca­do com este acon­te­ci­men­to, tra­ba­lhou ago­ra num explo­si­vo mais segu­ro e em 1875 sur­giu a gelig­ni­te. Segui­ram-se outras inven­ções, incluin­do o balis­ti­te, uma for­ma de poder sem fumo, guta-per­cha arti­fi­ci­al e um aço macio para blindagem.

Em 1868, Alvin J. Fel­lows of New Haven, Con­nec­ti­cut, rece­be­ram a pri­mei­ra paten­te dos EUA para uma fita métri­ca de mola. A fita métri­ca foi encer­ra­da numa cai­xa cir­cu­lar com um fecho de mola para segu­rar a fita em qual­quer pon­to dese­ja­do. (N.º 79.965). Ante­ri­or­men­te, uma máqui­na para impri­mir a fita métri­ca de cos­tu­ra fle­xí­vel já tinha sido paten­te­a­da a 3 de Setem­bro de 1847, após qua­tro anos de pes­qui­sa pelo esti­lis­ta de moda fran­cês, Lavig­ne. Além dis­so, porém, Shef­fi­eld, Ingla­ter­ra afir­ma não ser ape­nas a casa do aço ino­xi­dá­vel, mas tam­bém onde a fita métri­ca de mola foi inventada.

Em 1914, foi con­ce­di­da ao Dr. Robert God­dard a pri­mei­ra paten­te ame­ri­ca­na para um dese­nho de fogue­tão ali­men­ta­do a com­bus­tí­vel líqui­do, inti­tu­la­da “Roc­ket Appa­ra­tus” (U.S. No. 1,103,503). Des­cre­veu uma câma­ra de com­bus­tão, com bocal expan­sor, na qual são bom­be­a­dos com­bus­tí­veis líqui­dos. Aos 31 anos, esta era a sua segun­da paten­te de fogue­tão. Uma sema­na antes, a 7 de Julho de 1914, foi emi­ti­da a sua pri­mei­ra paten­te, tam­bém para um “Roc­ket Appa­ra­tus”. (U.S. No. 1,102,653) que des­cre­veu o con­cei­to de fogue­tão de múl­ti­plos está­gi­os. A 16 de Mar­ço de 1926, o seu lan­ça­men­to de tes­te, o pri­mei­ro de sem­pre de um fogue­te de com­bus­tí­vel líqui­do, con­se­guiu impul­si­o­nar um pro­jéc­til de 3 metros de com­pri­men­to até uma altu­ra de 12,5 m. O seu voo de 2,5 segun­dos cobriu uma dis­tân­cia de 56 m a uma velo­ci­da­de média de 96 Km/h. O com­bus­tí­vel era uma com­bi­na­ção de oxi­gé­nio líqui­do e gasolina.

Nes­ta sema­na que pas­sou o pre­si­den­te nor­te-ame­ri­ca­no Joe Biden divul­gou a pri­mei­ra ima­gem a cores do Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb da NASA duran­te um even­to públi­co na Casa Bran­ca, em Washing­ton. Esta pri­mei­ra ima­gem mos­tra as pode­ro­sas capa­ci­da­des da mis­são Webb, uma par­ce­ria com a ESA (Agên­cia Espa­ci­al Euro­peia) e a CSA (Agên­cia Espa­ci­al Cana­di­a­na). A pri­mei­ra ima­gem a cores de Webb reve­la milha­res de galá­xi­as, incluin­do os objec­tos mais fra­cos algu­ma vez obser­va­dos a infravermelhos.

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Newsletter Nº375

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News­let­ter Nº375

Faz hoje anos que nas­cia, em 1673, o emi­nen­te relo­jo­ei­ro inglês Geor­ge Graham. Ele foi pri­mei­ro sócio, depois suces­sor do negó­cio da Tom­pi­on. Graham melho­rou a fuga do cilin­dro da Tom­pi­on’s. Além dis­so, inven­tou (c. 1715) a fuga de cilin­dros (em que a roda de esca­pe per­ma­ne­ce esta­ci­o­ná­ria quan­do não avan­ça.) Usan­do estes dois desen­vol­vi­men­tos em con­jun­to, os reló­gi­os de Graham’s fun­ci­o­na­ram com uma pre­ci­são insu­pe­rá­vel duran­te mais de um sécu­lo e meio. Tam­bém fez apa­re­lhos astro­nó­mi­cos para Edmond Hal­ley, James Bra­dley, a Aca­de­mia Fran­ce­sa de Ciên­ci­as, e Char­les Boy­le, 4º Con­de de Orrery. Para este últi­mo, con­ce­beu um mode­lo de reló­gio mos­tran­do os movi­men­tos dos pla­ne­tas à vol­ta do Sol, pos­te­ri­or­men­te conhe­ci­do como um orrery. Inven­tou um cali­bra­dor de fei­xe com um para­fu­so micrómetro.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1752, o inven­tor e tece­lão fran­cês Joseph Marie Jac­quard. Ele inven­tou o tear de ener­gia pro­gra­má­vel Jac­quard para teci­do de bro­ca­do. O seu tear pro­du­zi­ria meca­ni­ca­men­te qual­quer padrão, con­tro­la­do por car­tões de con­tro­lo per­fu­ra­dos (1805). Isto ser­viu de impul­so para a revo­lu­ção tec­no­ló­gi­ca da indús­tria têx­til e é a base do tear auto­má­ti­co moder­no. O con­cei­to de uti­li­zar car­tões per­fu­ra­dos foi mais tar­de apli­ca­do por Hol­le­rith para acom­pa­nhar os dados do cen­so de 1890 dos EUA. A ideia evo­luiu ain­da mais para a intro­du­ção de car­tões per­fu­ra­dos por computador.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1816, o astró­no­mo suí­ço Rudolf Wolf. Ele des­co­briu o ciclo das man­chas sola­res de 11 anos e foi o co-des­co­bri­dor da sua liga­ção com a acti­vi­da­de geo­mag­né­ti­ca na Ter­ra. Em 1849, con­ce­beu um sis­te­ma ago­ra conhe­ci­do como o núme­ro de man­chas sola­res de Wolf. Este sis­te­ma ain­da é uti­li­za­do para estu­dar a acti­vi­da­de solar atra­vés da con­ta­gem das man­chas sola­res e dos gru­pos de man­chas sola­res. Em mate­má­ti­ca, Wolf escre­veu sobre teo­ria e geo­me­tria do núme­ro pri­mo, e mais tar­de sobre pro­ba­bi­li­da­de e esta­tís­ti­ca — um lon­go arti­go dis­cu­tiu a expe­ri­ên­cia da agu­lha de Buf­fon. Ele esti­mou π pelos méto­dos de Mon­te Carlo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1944, o embri­o­lo­gis­ta inglês Ian Wil­mut. Ele super­vi­si­o­nou a equi­pa de cien­tis­tas que pro­du­ziu um cor­dei­ro cha­ma­do Dolly, o pri­mei­ro mamí­fe­ro clo­na­do a par­tir de uma célu­la de um adul­to. O nas­ci­men­to da Dolly no Ins­ti­tu­to Ros­lin, Edim­bur­go, Escó­cia, a 5 de Julho de 1996, foi anun­ci­a­do a 23 de Feve­rei­ro de 1997. O tra­ba­lho-cha­ve foi rea­li­za­do pelo micro­bi­o­lo­gis­ta Keith Campbell.

Em 1936, vári­as paten­tes ame­ri­ca­nas foram con­ce­di­das ao seu inven­tor, Henry F. Phil­lips (Nos. 2.046.343, 2.046.837, ‑38, ‑39, ‑40), para o para­fu­so e cha­ve de fen­das Phil­lips. Des­cre­vem um sis­te­ma de fixa­ção envol­ven­do um reces­so cru­ci­for­me pou­co pro­fun­do e uma cha­ve de fen­das a con­di­zer com uma pon­ta afu­ni­la­da que con­ve­ni­en­te­men­te se auto-cen­tram na cabe­ça do para­fu­so. Phil­lips fun­dou a Phil­lips Screw Com­pany para licen­ci­ar as suas paten­tes. Após três anos de rejei­ção, final­men­te con­ven­ceu a Empre­sa Ame­ri­ca­na de Para­fu­sos a gas­tar $500.000 para desen­vol­ver um pro­ces­so de pro­du­ção e fabri­car os para­fu­sos. A Gene­ral Motors foi con­ven­ci­da a uti­li­zar os para­fu­sos no seu Cadil­lac de 1936. Em 1940, pra­ti­ca­men­te todos os fabri­can­tes de auto­mó­veis ame­ri­ca­nos tinham muda­do para para­fu­sos Phillips.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº374

Newsletter Nº374
News­let­ter Nº374

Faz hoje anos que nas­cia, em 1791, o físi­co fran­cês Félix Savart. Ele pes­qui­sou vári­as mani­fes­ta­ções de vibra­ção. Com Jean-Bap­tis­te Biot, ele desen­vol­veu a Lei Biot-Savart (1820) rela­ti­va à inten­si­da­de do cam­po mag­né­ti­co em tor­no de um fio con­du­tor de cor­ren­te. Após ter obti­do uma licen­ci­a­tu­ra em medi­ci­na (1816), inte­res­sou-se pela físi­ca, come­çan­do pelo estu­do do vio­li­no para expli­car as con­tri­bui­ções dos seus com­po­nen­tes para o som das cor­das. Apre­sen­tou uma memó­ria sobre o tema à Aca­de­mia das Ciên­ci­as de Paris em 1819. Con­du­ziu uma exten­sa pes­qui­sa sobre a acús­ti­ca, os padrões nodais dos sis­te­mas vibra­tó­ri­os (incluin­do as colu­nas de ar), e inqué­ri­tos rela­ci­o­na­dos sobre a elas­ti­ci­da­de das subs­tân­ci­as. Inves­ti­gou tam­bém a voz e a audi­ção. Con­ce­beu uma roda den­ta­da rota­ti­va para pro­du­zir um som de qual­quer frequên­cia atra­vés de uma palhe­ta segu­ra­da con­tra ela, para medir os limi­tes da audi­ção de alta frequência.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1795, o quí­mi­co fran­cês Joseph Bie­nai­mé Caven­tou. Ele des­ta­cou-se pela inves­ti­ga­ção que fez em par­ce­ria com Pier­re-Joseph Pel­le­ti­er sobre bases vege­tais e as con­tri­bui­ções resul­tan­tes da quí­mi­ca alca­lói­de para o cam­po da medi­ci­na. Eles aju­da­ram a fun­dar a quí­mi­ca dos alca­lói­des vege­tais. Iso­la­ram a clo­ro­fi­la (1817), para a qual cunha­ram o nome fran­cês clo­ro­fi­la em Ann. de Chimie(1818), IX, 195. As suas des­co­ber­tas alca­lói­des incluíam estric­ni­na (1818), bru­ci­na (1819), qui­ni­na (1820), cafeí­na (1821), e cin­cho­ni­na. Em 1823, uti­li­zan­do aná­li­ses ele­men­ta­res em tubos fecha­dos em que os alca­lói­des eram quei­ma­dos, des­co­bri­ram a pre­sen­ça de azo­to nos com­pos­tos. Os alca­lói­des são com­pos­tos orgâ­ni­cos que for­mam sais solú­veis em água que desem­pe­nham vári­as fun­ções na medi­ci­na, incluin­do anal­gé­si­cos (anal­gé­si­cos anal­gé­si­cos), e esti­mu­lan­tes respiratórios.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1926, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Paul Berg. Ele fez “estu­dos fun­da­men­tais da bioquí­mi­ca dos áci­dos nuclei­cos, com par­ti­cu­lar aten­ção às téc­ni­cas de recom­bi­na­ção do ADN”, para as quais par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1980 (com Wal­ter Gil­bert e Fre­de­rick San­ger). A expe­ri­ên­cia pio­nei­ra de Berg, na qual ele foi a pri­mei­ra pes­soa a cons­truir uma molé­cu­la de recom­bi­nant-DNA, ini­ci­ou a enge­nha­ria gené­ti­ca. Tais molé­cu­las con­têm par­tes de ADN de dife­ren­tes espé­ci­es, por exem­plo, um cro­mos­so­ma de um vírus com­bi­na­do com genes de um cro­mos­so­ma bac­te­ri­a­no. As molé­cu­las de ADN de vírus, sen­do rela­ti­va­men­te peque­nas, são úteis para tais inves­ti­ga­ções. As apli­ca­ções prá­ti­cas impor­tan­tes inclu­em ago­ra o fabri­co de hor­mo­na huma­na com a aju­da de bactérias.

Em 1894, a Tower Brid­ge sobre o Rio Tâmi­sa em Lon­dres foi ofi­ci­al­men­te aber­ta pelo Prín­ci­pe de Gales. A pon­te tem 240 m de com­pri­men­to e con­sis­te em duas tor­res de pon­te de 65 m liga­das no nível supe­ri­or por duas pas­sa­re­las hori­zon­tais, e um par cen­tral de bás­cu­las que podem abrir para per­mi­tir a nave­ga­ção. Ori­gi­nal­men­te ali­men­ta­do hidrau­li­ca­men­te, o meca­nis­mo ope­ra­ci­o­nal foi con­ver­ti­do para um sis­te­ma elec­tro-hidráu­li­co em 1972.

Em 1908, por vol­ta das 7:15 da manhã, a noro­es­te do Lago Bai­kal, Rús­sia, uma enor­me bola de fogo qua­se tão bri­lhan­te como o Sol foi vis­ta a atra­ves­sar o céu. Minu­tos mais tar­de, hou­ve um enor­me cla­rão e uma onda de cho­que sen­ti­da até 650 km de dis­tân­cia. Sobre Tun­gus­ka, um mete­o­ri­to com mais de 50 m de diâ­me­tro, via­jan­do a mais de 25 km por segun­do pene­trou na atmos­fe­ra ter­res­tre, aque­ci­da a cer­ca de 10.000 ºC e deto­nou 6 a 10 km aci­ma do solo. A explo­são liber­tou a ener­gia de 10–50 Mega­tons de TNT, des­truin­do 2.200 km qua­dra­dos de flo­res­ta, não dei­xan­do qual­quer ves­tí­gio de vida. A rocha Tun­gus­ka saiu da tem­pes­ta­de de mete­o­ros Tau­rid Mete­or que atra­ves­sa a órbi­ta da Ter­ra duas vezes por ano. A pri­mei­ra expe­di­ção cien­tí­fi­ca cujos regis­tos sobre­vi­vem foi fei­ta pelo mine­ra­lo­gis­ta rus­so Leo­nid Kulik em 1927.

Há 50 anos, em 1972, foi neces­sá­rio acres­cen­tar o pri­mei­ro segun­do (leap-second) ao tem­po do mun­do, a fim de man­ter os reló­gi­os ató­mi­cos super-acu­ra­dos a par da rota­ção da Ter­ra. Des­de a adop­ção des­te sis­te­ma em 1972, em pri­mei­ro lugar devi­do à esco­lha ini­ci­al do valor do segun­do (1/86400 dia solar médio do ano 1900) e, em segun­do lugar, devi­do ao abran­da­men­to geral da rota­ção da Ter­ra. Até 2015, foi neces­sá­rio acres­cen­tar 26 segun­dos ao Tem­po Uni­ver­sal Coor­de­na­do (UTC)

E hoje foram lan­ça­dos três novos mem­bros da famí­lia Pico. O Rasp­ber­ry Pi Pico W tem um pre­ço de 6 dóla­res, e traz à pla­ta­for­ma Pico rede sem fios 802.11n, man­ten­do ao mes­mo tem­po a com­pa­ti­bi­li­da­de total de pinos com o seu irmão mais velho. O Pico H ($5) e o Pico WH ($7) acres­cen­tam cabe­ça­lhos pré-popu­la­dos, e o novo conec­tor de 3 pinos de debug, ao Pico e ao Pico W res­pec­ti­va­men­te. O Pico H e o Pico W estão dis­po­ní­veis hoje; o Pico WH esta­rá dis­po­ní­vel em Agosto.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI nº119 de Julho.

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Newsletter Nº373

Newsletter Nº373
News­let­ter Nº373

Faz hoje anos que nas­cia, em 1775, o físi­co fran­cês Éti­en­ne-Louis Malus. Ele des­co­briu que a luz, quan­do reflec­ti­da, se pola­ri­za par­ci­al­men­te pla­na; ou seja, os seus rai­os vibram no mes­mo pla­no. Ele ser­viu no cor­po de enge­nhei­ros de Napo­leão, lutou no Egip­to, e con­traiu a pes­te duran­te a cam­pa­nha abor­ta­da de Napo­leão na Pales­ti­na. Envi­a­do para a Euro­pa depois de 1801, come­çou a inves­ti­ga­ção em ópti­ca. Em 1808, des­co­briu que os rai­os de luz podem ser pola­ri­za­dos por refle­xão, enquan­to olha­va atra­vés de um cris­tal de faís­ca da Islân­dia para as jane­las de um edi­fí­cio reflec­tin­do os rai­os do Sol. Repa­rou que ao rodar o cris­tal a luz se extin­guia em cer­tas posi­ções. Apli­can­do a teo­ria cor­pus­cu­lar, argu­men­tou que as par­tí­cu­las de luz têm lados ou pólos e cunhou a pala­vra “pola­ri­za­ção”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1859, o indus­tri­al fran­cês Édou­ard Miche­lin. Ele, com o seu irmão mais velho André, fun­dou a Miche­lin Tyre Co. em 1888, expan­din­do a empre­sa de bor­ra­cha fun­da­da (1832) pelo seu avô, Aris­ti­de Bar­bi­er, e Nico­las Edou­ard Dau­bree. Os Miche­lins fize­ram os pri­mei­ros pneus que podi­am ser facil­men­te remo­vi­dos para repa­ra­ção, para bici­cle­tas (1891) e para auto­mó­veis (1895). Intro­du­zi­ram padrões de ban­da de roda­gem de pneus, pneus de balão de bai­xa pres­são, e pneus com cor­das de aço. A empre­sa cri­ou uma orga­ni­za­ção de gui­as turís­ti­cos que colo­cou mar­cos nas estra­das fran­ce­sas e esta­be­le­ceu um ser­vi­ço de mapa de estra­das padrão para a mai­or par­te da Euro­pa. André cri­ou gui­as Miche­lin para pro­mo­ver o turis­mo de car­ro. O pri­mei­ro Guia Ver­me­lho, com clas­si­fi­ca­ção de res­tau­ran­tes, foi publi­ca­do em 1900.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1902, o dese­nha­dor de com­pu­ta­do­res Howard T. Engs­trom. Ele pro­mo­veu o pri­mei­ro com­pu­ta­dor digi­tal dis­po­ní­vel comer­ci­al­men­te, o Uni­vac. Como pro­fes­sor de Yale tinha escri­to um tra­ba­lho sobre a base mate­má­ti­ca para téc­ni­cas de crip­to-aná­li­se. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al foi cha­ma­do à Mari­nha e colo­ca­do no coman­do da “Sec­ção de Pes­qui­sa” das máqui­nas auto­má­ti­cas OP-20‑G para a des­co­di­fi­ca­ção de men­sa­gens. Depois da guer­ra, foi co-fun­da­dor da Engi­ne­e­ring Rese­ar­ch Asso­ci­a­tes, uma empre­sa pri­va­da para tra­ba­lhar em tec­no­lo­gia de cir­cui­tos digi­tais elec­tró­ni­cos para a Mari­nha com base num con­tra­to, com anti­gos inves­ti­ga­do­res da Mari­nha. A ERA entre­gou o seu pri­mei­ro com­pu­ta­dor Atlas à Agên­cia Naci­o­nal de Segu­ran­ça em Dezem­bro de 1950. Como vice-pre­si­den­te para a inves­ti­ga­ção, Engs­trom tomou a ini­ci­a­ti­va de fazer uma ver­são comer­ci­al, rebap­ti­za­da Univac.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1912, o mate­má­ti­co inglês Alan Turing. Ele foi pio­nei­ro no cam­po da teo­ria infor­má­ti­ca e con­tri­buiu com impor­tan­tes aná­li­ses lógi­cas de pro­ces­sos infor­má­ti­cos. Fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções para a mate­má­ti­ca, a crip­to-aná­li­se, a lógi­ca, a filo­so­fia e a bio­lo­gia e para as novas áre­as mais tar­de desig­na­das por infor­má­ti­ca, ciên­cia cog­ni­ti­va, inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al, e vida arti­fi­ci­al. Ele é ampla­men­te con­si­de­ra­do como o pai da infor­má­ti­ca teó­ri­ca e da inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al. Duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, Turing tra­ba­lhou para o Govern­ment Code e Cypher Scho­ol (GC&CS) em Blet­ch­ley Park, o cen­tro bri­tâ­ni­co de que­bra de cifras que pro­du­ziu Ultra intel­li­gen­ce. Duran­te algum tem­po lide­rou a Hut 8, a sec­ção res­pon­sá­vel pela crip­to-aná­li­se naval ale­mã. Aqui, con­ce­beu uma série de téc­ni­cas para ace­le­rar a que­bra de cifras ale­mãs, incluin­do melho­ri­as no méto­do da bom­ba pola­ca antes da guer­ra, uma máqui­na elec­tro­me­câ­ni­ca que podia encon­trar cená­ri­os para a máqui­na Enig­ma. Turing desem­pe­nhou um papel cru­ci­al na que­bra de men­sa­gens codi­fi­ca­das inter­cep­ta­das que per­mi­ti­ram aos Ali­a­dos der­ro­tar as potên­ci­as do Eixo em mui­tos com­pro­mis­sos cru­ci­ais, incluin­do a Bata­lha do Atlântico.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1943, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção nor­te-ame­ri­ca­no Vint Cerf. Ele é con­si­de­ra­do um dos pais da Inter­net. Ele co-dese­nhou a arqui­tec­tu­ra do fun­ci­o­na­men­to da Inter­net com os pro­to­co­los TCP/IP. Cerf foi tam­bém pio­nei­ro no esta­be­le­ci­men­to do pri­mei­ro ser­vi­ço comer­ci­al de cor­reio elec­tró­ni­co, enquan­to vice-pre­si­den­te da MCI Digi­tal Infor­ma­ti­on Ser­vi­ces (1982–1986). Jun­tou-se à Goo­gle como vice-pre­si­den­te em 2005.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que as son­das Voya­ger lan­ça­das em 1977 estão a mor­rer. Após qua­se 45 anos no espa­ço, ain­da estão a fun­ci­o­nar, envi­an­do dia­ri­a­men­te dados para a Ter­ra a par­tir dos pla­ne­tas mais dis­tan­tes conhe­ci­dos do sis­te­ma solar. Via­ja­ram mais lon­ge e dura­ram mais tem­po do que qual­quer outra nave espa­ci­al na his­tó­ria. E atra­ves­sa­ram para o espa­ço inte­res­te­lar, de acor­do com a nos­sa melhor com­pre­en­são da fron­tei­ra entre a esfe­ra de influên­cia do Sol e o res­to da galá­xia. São os pri­mei­ros objec­tos fei­tos pelo homem a fazê-lo, uma dis­tin­ção que man­te­rão pelo menos por mais algu­mas déca­das. Estas son­das via­ja­ram por todos os pla­ne­tas exte­ri­o­res (com excep­ção de Plu­tão) e alte­ra­ram para sem­pre a nos­sa com­pre­en­são do sis­te­ma solar e da sua ori­gem. De lem­brar que a bor­do des­tas son­das, a NASA colo­cou uma men­sa­gem, uma espé­cie de cáp­su­la do tem­po, des­ti­na­da a comu­ni­car uma his­tó­ria do nos­so mun­do aos extra­ter­res­tres. A men­sa­gem da Voya­ger é leva­da por um dis­co fonó­gra­fo, um dis­co de cobre dou­ra­do de 12 pole­ga­das con­ten­do sons e ima­gens selec­ci­o­na­dos para retra­tar a diver­si­da­de da vida e da cul­tu­ra na Terra.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce nº56 de Julho.

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