Newsletter Nº377

Newsletter Nº377
News­let­ter Nº377

Faz hoje anos que nas­cia, em 1620, o astró­no­mo, car­tó­gra­fo e enge­nhei­ro hidráu­li­co fran­cês Jean Picard. Ele foi con­si­de­ra­do como o fun­da­dor da astro­no­mia moder­na em Fran­ça. Ele intro­du­ziu novos méto­dos, melho­rou os ins­tru­men­tos anti­gos, e acres­cen­tou novos dis­po­si­ti­vos, tais como o reló­gio pen­du­lar de Huy­gens para regis­tar tem­pos e inter­va­los de tem­po. Picard foi o pri­mei­ro a uti­li­zar o teles­có­pio para a medi­ção pre­ci­sa de peque­nos ângu­los, fazen­do uso do micró­me­tro da Gas­coig­ne. Con­ce­beu um micró­me­tro de ara­me móvel para medir os diâ­me­tros de objec­tos celes­tes como o Sol, a Lua e os pla­ne­tas. Para levan­ta­men­to e nive­la­men­to do ter­re­no, con­ce­beu ins­tru­men­tos que incor­po­ra­vam o teles­có­pio astro­nó­mi­co. Picard foi um dos pri­mei­ros a apli­car méto­dos cien­tí­fi­cos para a ela­bo­ra­ção de mapas. Entre as suas outras com­pe­tên­ci­as encon­tra­va-se a hidráu­li­ca; resol­veu o pro­ble­ma de abas­te­ci­men­to de água às fon­tes de Ver­sa­lhes. O seu tra­ba­lho mais impor­tan­te foi a pri­mei­ra medi­ção da cir­cun­fe­rên­cia da ter­ra. Uti­li­zou o méto­do de Era­tós­te­nes, mas com mai­or pre­ci­são. Aumen­tou mui­to a pre­ci­são das medi­ções da Ter­ra, uti­li­zan­do o méto­do de tri­an­gu­la­ção de Snell (Mesu­re de la Ter­re, 1671). Estes dados foram uti­li­za­dos por New­ton na sua teo­ria gra­vi­ta­ci­o­nal. O con­cei­to por detrás dos sinais de néon come­çou em 1675, quan­do Picard obser­vou um bri­lho num barómetro.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1694, o quí­mi­co sue­co Georg Brandt. Ele foi a pri­mei­ra pes­soa a des­co­brir um metal des­co­nhe­ci­do na anti­gui­da­de, que iso­lou e a quem deu o nome de cobal­to (1730). Publi­cou (1733) des­co­ber­tas sobre a com­po­si­ção e solu­bi­li­da­de dos com­pos­tos de arsé­ni­co, ten­do depois inves­ti­ga­do o anti­mó­nio, o bis­mu­to, o mer­cú­rio e o zin­co. O seu tra­ba­lho sobre méto­dos de pro­du­ção de áci­dos clo­rí­dri­co, nítri­co e sul­fú­ri­co foi publi­ca­do em 1741 e 1743. Brandt foi um dos pri­mei­ros quí­mi­cos a for­jar com­ple­ta­men­te a alqui­mia, e dedi­cou os seus últi­mos anos a expor pro­ces­sos alquí­mi­cos frau­du­len­tos para a pro­du­ção de ouro. Os anti­gos egíp­ci­os uti­li­za­vam peque­nas quan­ti­da­des de cobal­to para tor­nar o seu vidro azul. O cobal­to é adi­ci­o­na­do ao aço para o tor­nar mais duro e ter um pon­to de fusão mais ele­va­do. Ves­tí­gi­os dele são encon­tra­dos na car­ne e pro­du­tos lác­te­os como a vita­mi­na B‑12.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1810, o quí­mi­co e físi­co fran­cês Hen­ri Vic­tor Reg­nault. Ele ficou conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho sobre as pro­pri­e­da­des dos gases. O seu ines­ti­má­vel tra­ba­lho foi fei­to como hábil, minu­ci­o­so e paci­en­te expe­ri­men­ta­dor na deter­mi­na­ção do calor espe­cí­fi­co de sóli­dos, líqui­dos, gases, e as ten­sões de vapor de água e outros líqui­dos volá­teis, bem como o seu calor laten­te a dife­ren­tes tem­pe­ra­tu­ras. Cor­ri­giu a lei de gases de Mari­ot­te rela­ti­va à vari­a­ção da den­si­da­de com a pres­são, deter­mi­nou os coe­fi­ci­en­tes de expan­são do ar e outros gases, con­ce­beu novos méto­dos de inves­ti­ga­ção e inven­tou ins­tru­men­tos pre­ci­sos. Duas leis que regem o calor espe­cí­fi­co dos gases têm o seu nome.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1882, o cien­tis­ta e enge­nhei­ro nor­te-ame­ri­ca­no Her­bert E. Ives. Ele lide­rou o desen­vol­vi­men­to dos sis­te­mas de fac-sími­le e tele­vi­são na AT&T na pri­mei­ra meta­de do sécu­lo XX. É mais conhe­ci­do pela expe­ri­ên­cia Ives-Stilwell de 1938, que con­fir­mou direc­ta­men­te a dila­ta­ção tem­po­ral da rela­ti­vi­da­de espe­ci­al, embo­ra o pró­prio Ives não tenha acei­te a rela­ti­vi­da­de espe­ci­al, e tenha defen­di­do uma inter­pre­ta­ção alter­na­ti­va dos resul­ta­dos experimentais[3]. Ives tem sido des­cri­to como “o opo­nen­te mais auto­ri­tá­rio da rela­ti­vi­da­de nos Esta­dos Uni­dos entre o final dos anos 30 e o iní­cio dos anos 50.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1923, o quí­mi­co ame­ri­ca­no nas­ci­do no Cana­dá Rudolph A. Mar­cus. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1992 pelo seu tra­ba­lho sobre a teo­ria das reac­ções de trans­fe­rên­cia de elec­trões em sis­te­mas quí­mi­cos. A teo­ria de Mar­cus des­cre­ve e faz pre­vi­sões sobre fenó­me­nos tão diver­sos como a fixa­ção da ener­gia da luz por plan­tas ver­des (fotos­sín­te­se), meta­bo­lis­mo celu­lar, pro­du­ção fotoquí­mi­ca de com­bus­tí­vel, qui­mi­o­lu­mi­nes­cên­cia (“luz fria”), a con­du­ti­vi­da­de dos polí­me­ros con­du­to­res eléc­tri­cos, cor­ro­são, a meto­do­lo­gia da sín­te­se e aná­li­se elec­troquí­mi­ca, e mui­to mais.

Uma cola­bo­ra­ção inter­na­ci­o­nal de cien­tis­tas do Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal de Ace­le­ra­do­res Fer­mi do Depar­ta­men­to de Ener­gia anun­ci­ou a 21 de Julho de 2000, a pri­mei­ra pro­va direc­ta da par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca cha­ma­da tau neu­tri­no, o ter­cei­ro tipo de neu­tri­no conhe­ci­do dos físi­cos de par­tí­cu­las. Eles rela­ta­ram qua­tro casos de um neu­tri­no inte­ra­gin­do com um núcleo ató­mi­co para pro­du­zir uma par­tí­cu­la car­re­ga­da cha­ma­da tau lep­ton, a assi­na­tu­ra de um tau neutrino.

A 21 de Julho de 2011, o pro­gra­ma de vai­vém espa­ci­al da NASA com­ple­ta a sua mis­são final, e a 135ª, quan­do o vai­vém Atlan­tis ater­ra no Ken­nedy Spa­ce Cen­ter na Flo­ri­da. Duran­te os 30 anos de his­tó­ria do pro­gra­ma, os seus cin­co vai­véns — Colum­bia, Chal­len­ger, Dis­co­very, Atlan­tis e Ende­a­vour — trans­por­ta­ram mais de 350 pes­so­as para o espa­ço e voa­ram mais de 500 milhões de milhas, e as tri­pu­la­ções do vai­vém rea­li­za­ram impor­tan­tes pes­qui­sas, pres­ta­ram assis­tên­cia ao Teles­có­pio Espa­ci­al Hub­ble e aju­da­ram na cons­tru­ção da Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal, entre outras acti­vi­da­des. A NASA reti­rou os vai­véns para se con­cen­trar num pro­gra­ma de explo­ra­ção do espa­ço pro­fun­do que pode­ria um dia envi­ar astro­nau­tas para os aste­roi­des e Marte.

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