Newsletter Nº376

Newsletter Nº376
News­let­ter Nº376

Faz hoje anos que nas­cia, em 1793, o mate­má­ti­co inglês Geor­ge Gre­en. Ele foi o pri­mei­ro a desen­vol­ver uma teo­ria mate­má­ti­ca da elec­tri­ci­da­de e do mag­ne­tis­mo. Sur­pre­en­den­te­men­te, seguiu o ofí­cio de padei­ro e molei­ro do seu pai. Não só foi auto­di­dac­ta como mate­má­ti­co, mas em Mar 1828 publi­cou em pri­va­do algu­mas deze­nas de exem­pla­res de uma obra sofis­ti­ca­da, An Essay on the Appli­ca­ti­on of Mathe­ma­ti­cal Analy­sis to the The­o­ri­es of Elec­tri­city and Mag­ne­tism. No iní­cio, cha­mou pou­ca aten­ção, mas aos 40 anos de ida­de foi estu­dar em Cam­brid­ge (Out 1833). Even­tu­al­men­te o seu Ensaio tor­nou-se conhe­ci­do de Lord Kel­vin (Wil­li­am Thom­son) que o com­pre­en­deu e o cons­truiu, bem como de James Clerk Maxwell. De ori­gens obs­cu­ras, Gre­en tinha ini­ci­a­do as moder­nas teo­ri­as mate­má­ti­cas da electricidade.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1800, o quí­mi­co fran­cês Jean-Bap­tis­te Dumas. Ele foi um pio­nei­ro na quí­mi­ca orgâ­ni­ca. Pro­pug­nan­do novas teo­ri­as de rela­ções entre com­pos­tos orgâ­ni­cos, lan­çou as bases para o tra­ba­lho pos­te­ri­or de Keku­lé. Em 1823, tra­ba­lhan­do com Jean-Louis Pré­vost, Dumas mos­trou que a ureia é trans­por­ta­da pelo san­gue. Jun­tos em 1824–25, repe­ti­ram as expe­ri­ên­ci­as de fil­tra­ção de Lazar­ro Spal­lan­za­ni, con­fir­man­do assim a neces­si­da­de de esper­ma­to­zói­des para fer­ti­li­za­ção, e des­cre­ve­ram a cli­va­gem num óvu­lo de rã. Em 1833, com a deter­mi­na­ção de nitro­gé­nio em com­pos­tos orgâ­ni­cos, ele esta­be­le­ceu aná­li­ses orgâ­ni­cas quan­ti­ta­ti­vas. Duas déca­das antes de Men­de­léev, em 1851, ele pro­cu­rou esta­be­le­cer uma ordem entre os ele­men­tos pelas suas pro­pri­e­da­des. Em 1848 pas­sou à polí­ti­ca, tor­nan­do-se Mes­tre da Casa da Moe­da em 1868.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1842, o enge­nhei­ro quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Ben­ja­min Dudley. Ele foi um dos pri­mei­ros apoi­an­tes da nor­ma­li­za­ção e dos ensai­os de mate­ri­ais na indús­tria. A par­tir de 1875, como quí­mi­co da Com­pa­nhia Fer­ro­viá­ria da Pen­sil­vâ­nia, pes­qui­sou a meta­lur­gia dos car­ris de aço por­que a sua rup­tu­ra era um sério ris­co nes­sa altu­ra. Quan­do des­co­briu uma enor­me vari­a­ção na qua­li­da­de do aço e publi­cou os seus resul­ta­dos (1878), os fabri­can­tes não coo­pe­ra­ram no iní­cio. Con­tu­do, Dudley insis­tiu na con­ti­nu­a­ção dos tes­tes, e em nor­mas rigo­ro­sas para com­bus­tí­veis, lubri­fi­can­tes, tin­tas, dis­po­si­ti­vos de ilu­mi­na­ção e vári­as peças mecâ­ni­cas de loco­mo­ti­vas e mate­ri­al cir­cu­lan­te. Ele co-fun­dou (1898) a Soci­e­da­de Ame­ri­ca­na de Tes­tes e Mate­ri­ais, e foi seu pre­si­den­te des­de 1902 até à sua morte.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1857, o indus­tri­al nor­te-ame­ri­ca­no Fre­de­rick L. May­tag. Ele, em con­jun­to com outros três homens em 1893 ini­ci­ou um negó­cio de imple­men­tos agrí­co­las em New­ton, Iowa. Fize­ram malha­dei­ras, cor­ta­do­res de ban­das e aces­só­ri­os de auto-ali­men­ta­ção inven­ta­dos por um dos fun­da­do­res, Geor­ge Par­sons. Em 1902, a empre­sa era o mai­or fabri­can­te mun­di­al de ali­men­ta­do­res de máqui­nas debu­lha­do­ras. Con­tu­do, a empre­sa pas­sou mais tar­de para a pro­du­ção de máqui­nas de lavar, devi­do à natu­re­za sazo­nal da indús­tria agrí­co­la. A sua pri­mei­ra máqui­na de lavar foi a cuba de madei­ra Par­son’s Pas­ti­me ali­men­ta­da manu­al­men­te (1907–08). Em 1909, a May­tag tomou a seu car­go a sua pró­pria indús­tria, a May­tag Com­pany para man­ter o seu con­tro­lo de qua­li­da­de no pla­ne­a­men­to e pro­du­ção de máqui­nas de lavar.
Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1918, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no [Jay W. Forrester](https://en.wikipedia.org/wiki/Jay_Wright_Forrester). Ele super­vi­si­o­nou a cons­tru­ção do com­pu­ta­dor Whirlwind no Mas­sa­chu­setts Ins­ti­tu­te of Tech­no­logy, para o qual inven­tou a memó­ria de núcleo mag­né­ti­co de aces­so ale­a­tó­rio, o dis­po­si­ti­vo de arma­ze­na­men­to de infor­ma­ção uti­li­za­do na mai­o­ria dos com­pu­ta­do­res digi­tais. Estu­dou tam­bém a apli­ca­ção de com­pu­ta­do­res a pro­ble­mas de ges­tão, desen­vol­ven­do méto­dos de simu­la­ção informática.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1921, o quí­mi­co inglês Geof­frey Wil­kin­son. Ele par­ti­lhou (com Ernst Fis­cher) o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1973 por “pelo seu tra­ba­lho pio­nei­ro, rea­li­za­do inde­pen­den­te­men­te, sobre a quí­mi­ca do orga­no­me­tá­li­co, os cha­ma­dos com­pos­tos sanduíche”.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1969, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co e inven­tor mexi­ca­no Jose Her­nan­dez-Rebol­lar. Ele con­ce­beu a Acce­le­Glo­ve (2003), um dis­po­si­ti­vo seme­lhan­te a uma luva que tra­duz a lin­gua­gem ges­tu­al em pala­vras escri­tas para indi­ví­du­os sur­dos. Obte­ve o seu mes­tra­do no Méxi­co, onde este­ve envol­vi­do na cons­tru­ção de sis­te­mas de con­tro­lo de ante­nas para o que viria a ser o mai­or teles­có­pio do mun­do. Depois pros­se­guiu o seu dou­to­ra­men­to, espe­ci­a­li­za­do em Sinais e Sis­te­mas, com uma bol­sa de estu­dos Ful­bright na Uni­ver­si­da­de de Geor­ge­town nos Esta­dos Uni­dos. Lá, em três anos, ele rea­li­zou o seu dese­jo de lon­ga data de cri­ar uma for­ma de os sur­dos tra­du­zi­rem a lin­gua­gem ges­tu­al em tex­to e som por mei­os elec­tró­ni­cos. A Acce­le­Glo­ve uti­li­za sen­so­res de ace­le­ró­me­tro para tra­du­zir a lin­gua­gem ges­tu­al dos movi­men­tos da mão de um uti­li­za­dor em sinais lidos por um com­pu­ta­dor micro-con­tro­la­dor no bra­ço do uti­li­za­dor. Em 2009, o dis­po­si­ti­vo tinha a capa­ci­da­de de tra­du­zir 300 letras do alfa­be­to e pala­vras da lin­gua­gem ges­tu­al ame­ri­ca­na (ASL) em pala­vras e sen­ten­ças fala­das, em inglês ou espanhol.

Em 1850, a pri­mei­ra demons­tra­ção públi­ca de gelo fei­ta por refri­ge­ra­ção nos EUA teve lugar duran­te um jan­tar na Man­si­on Hou­se, Apa­la­chi­co­la, o Dr. John Gor­rie pro­du­ziu blo­cos de gelo do tama­nho de tijo­los. Ele ins­ta­lou o seu sis­te­ma no Hos­pi­tal Mari­nho dos EUA em Apa­la­chi­co­la. Obte­ve a pri­mei­ra paten­te de con­ge­la­dor mecâ­ni­co em 6 de Maio de 1851, para uma “melho­ria no pro­ces­so de pro­du­ção arti­fi­ci­al de gelo”.

Em 1867, Alfred Nobel demons­trou a dina­mi­te pela pri­mei­ra vez numa pedrei­ra em Redhill, Sur­rey. Em 1866, Alfred Nobel pro­du­ziu o que ele acre­di­ta­va ser uma for­ma segu­ra e con­tro­lá­vel de nitro­gli­ce­ri­na cha­ma­da dina­mi­te. Ele esta­be­le­ceu a sua pró­pria fábri­ca para a pro­du­zir, mas em 1864 uma explo­são na fábri­ca matou o irmão mais novo de Nobel e outros qua­tro tra­ba­lha­do­res. Pro­fun­da­men­te cho­ca­do com este acon­te­ci­men­to, tra­ba­lhou ago­ra num explo­si­vo mais segu­ro e em 1875 sur­giu a gelig­ni­te. Segui­ram-se outras inven­ções, incluin­do o balis­ti­te, uma for­ma de poder sem fumo, guta-per­cha arti­fi­ci­al e um aço macio para blindagem.

Em 1868, Alvin J. Fel­lows of New Haven, Con­nec­ti­cut, rece­be­ram a pri­mei­ra paten­te dos EUA para uma fita métri­ca de mola. A fita métri­ca foi encer­ra­da numa cai­xa cir­cu­lar com um fecho de mola para segu­rar a fita em qual­quer pon­to dese­ja­do. (N.º 79.965). Ante­ri­or­men­te, uma máqui­na para impri­mir a fita métri­ca de cos­tu­ra fle­xí­vel já tinha sido paten­te­a­da a 3 de Setem­bro de 1847, após qua­tro anos de pes­qui­sa pelo esti­lis­ta de moda fran­cês, Lavig­ne. Além dis­so, porém, Shef­fi­eld, Ingla­ter­ra afir­ma não ser ape­nas a casa do aço ino­xi­dá­vel, mas tam­bém onde a fita métri­ca de mola foi inventada.

Em 1914, foi con­ce­di­da ao Dr. Robert God­dard a pri­mei­ra paten­te ame­ri­ca­na para um dese­nho de fogue­tão ali­men­ta­do a com­bus­tí­vel líqui­do, inti­tu­la­da “Roc­ket Appa­ra­tus” (U.S. No. 1,103,503). Des­cre­veu uma câma­ra de com­bus­tão, com bocal expan­sor, na qual são bom­be­a­dos com­bus­tí­veis líqui­dos. Aos 31 anos, esta era a sua segun­da paten­te de fogue­tão. Uma sema­na antes, a 7 de Julho de 1914, foi emi­ti­da a sua pri­mei­ra paten­te, tam­bém para um “Roc­ket Appa­ra­tus”. (U.S. No. 1,102,653) que des­cre­veu o con­cei­to de fogue­tão de múl­ti­plos está­gi­os. A 16 de Mar­ço de 1926, o seu lan­ça­men­to de tes­te, o pri­mei­ro de sem­pre de um fogue­te de com­bus­tí­vel líqui­do, con­se­guiu impul­si­o­nar um pro­jéc­til de 3 metros de com­pri­men­to até uma altu­ra de 12,5 m. O seu voo de 2,5 segun­dos cobriu uma dis­tân­cia de 56 m a uma velo­ci­da­de média de 96 Km/h. O com­bus­tí­vel era uma com­bi­na­ção de oxi­gé­nio líqui­do e gasolina.

Nes­ta sema­na que pas­sou o pre­si­den­te nor­te-ame­ri­ca­no Joe Biden divul­gou a pri­mei­ra ima­gem a cores do Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb da NASA duran­te um even­to públi­co na Casa Bran­ca, em Washing­ton. Esta pri­mei­ra ima­gem mos­tra as pode­ro­sas capa­ci­da­des da mis­são Webb, uma par­ce­ria com a ESA (Agên­cia Espa­ci­al Euro­peia) e a CSA (Agên­cia Espa­ci­al Cana­di­a­na). A pri­mei­ra ima­gem a cores de Webb reve­la milha­res de galá­xi­as, incluin­do os objec­tos mais fra­cos algu­ma vez obser­va­dos a infravermelhos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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