Newsletter Nº242

Newsletter Nº242
News­let­ter Nº242

Faz hoje anos que nas­cia, em 1813, Tho­mas Andrews. Este físi­co irlan­dês demons­trou a con­ti­nui­da­de dos esta­dos gaso­so e líqui­do, duran­te o qual, duran­te as mudan­ças entre os dois esta­dos, as pro­pri­e­da­des físi­cas não apre­sen­tam mudan­ças brus­cas. Ele des­co­briu a tem­pe­ra­tu­ra crí­ti­ca do dió­xi­do de car­bo­no (1861), aci­ma da qual o gás não pode ser lique­fei­to ape­nas pela pres­são. Ele escre­veu: Ain­da pode­mos viver para ver … cor­pos como oxi­gé­nio e hidro­gé­nio no líqui­do, tal­vez até no esta­do sóli­do. Ele mediu com pre­ci­são calo­res de neu­tra­li­za­ção, for­ma­ção e reac­ção; e calor laten­te de eva­po­ra­ção. Andrews foi o pri­mei­ro a usar um “calo­rí­me­tro de bom­ba” — um reci­pi­en­te metá­li­co for­te e sela­do para medir o calor da com­bus­tão. Ele estu­dou o ozo­no e pro­vou que é um aló­tro­po — ou for­ma alte­ra­da — de oxigénio.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1852, Albert A. Michel­son. Este físi­co ale­mão-ame­ri­ca­no mediu com pre­ci­são a velo­ci­da­de da luz e rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1907 “pelos seus ins­tru­men­tos ópti­cos de pre­ci­são e pelas inves­ti­ga­ções espec­tros­có­pi­cas e metro­ló­gi­cas” que ele rea­li­zou com eles. Ele pro­jec­tou o inter­ferô­me­tro Michel­son alta­men­te pre­ci­so e o usou para esta­be­le­cer a velo­ci­da­de da luz como uma cons­tan­te fun­da­men­tal. Com Edward Mor­ley, ele tam­bém o usou na ten­ta­ti­va de medir a velo­ci­da­de da Ter­ra atra­vés do éter (1887). A expe­ri­ên­cia pro­du­ziu resul­ta­dos nulos que leva­ram Eins­tein à sua teo­ria da rela­ti­vi­da­de. Ele mediu a bar­ra padrão em Paris como 1.553.163,5 com­pri­men­tos de onda da linha ver­me­lha de cád­mio (1892–3).

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1943, Wil­li­am DeVri­es. Este cirur­gião car­día­co ame­ri­ca­no fez o pri­mei­ro implan­te huma­no de um cora­ção arti­fi­ci­al per­ma­nen­te, o Jarvik‑7, num paci­en­te car­día­co ter­mi­nal, Bar­ney Clark, 61 anos, a 2 de Dezem­bro de 1982, na Uni­ver­si­da­de de Utah, Salt Lake City. Ele sobre­vi­veu duran­te 112 dias, mas nun­ca foi for­te o sufi­ci­en­te para dei­xar o hos­pi­tal. O dis­po­si­ti­vo, inven­ta­do por Robert K. Jar­vik, bom­be­a­va san­gue atra­vés de tubos ali­men­ta­dos por um com­pres­sor exter­no. Foram fei­tas mais qua­tro ten­ta­ti­vas de implan­tes per­ma­nen­tes, mas depois aban­do­na­das, pois os pro­ble­mas téc­ni­cos do Jarvik‑7 con­ti­nu­a­vam sem solu­ção. O segun­do, e mai­or sobre­vi­ven­te, foi Wil­li­am J. Sch­ro­e­der, que rece­beu um Jarvik‑7 em 25 de Novem­bro de 1984 no Huma­na Hos­pi­tal Audu­bon em Louis­vil­le, Ken­tucky. Ele viveu 620 dias, mor­ren­do em Agos­to de 1986 aos 54 anos.

Nes­ta sema­na que pas­sou o Rover 2020 da NASA com­ple­tou o seu pri­mei­ro tes­te. Uma ava­li­a­ção pre­li­mi­nar das suas acti­vi­da­des a 17 de Dezem­bro, per­mi­tiu cons­ta­tar que o veí­cu­lo espa­ci­al vali­dou todas as cai­xas neces­sá­ri­as enquan­to se des­lo­ca­va para fren­te e para trás e fazia piru­e­tas numa sala lim­pa no Labo­ra­tó­rio de Pro­pul­são a Jato da NASA em Pasa­de­na, Cali­fór­nia. A pró­xi­ma vez que o veí­cu­lo espa­ci­al Mars 2020 con­du­zir, esta­rá a fazê-lo em solo marciano.

E nes­ta sema­na que pas­sou foi tam­bém anun­ci­a­da uma par­ce­ria entre a Apple, a Ama­zon, a Goo­gle e a Zig­bee para for­mar um gru­po de tra­ba­lho para desen­vol­ver um padrão aber­to para dis­po­si­ti­vos domés­ti­cos inte­li­gen­tes. A ini­ci­a­ti­va desig­na­da por “Pro­ject Con­nec­ted Home over IP” visa desen­vol­ver um padrão aber­to que aumen­ta­rá a com­pa­ti­bi­li­da­de de pro­du­tos domés­ti­cos inte­li­gen­tes em vári­as pla­ta­for­mas, com segu­ran­ça e pri­va­ci­da­de como prin­cí­pi­os fun­da­men­tais do seu dese­nho. O novo padrão tor­na­rá mais sim­ples para as equi­pas de desen­vol­vi­men­to a cons­tru­ção de dis­po­si­ti­vos com­pa­tí­veis com ser­vi­ços domés­ti­cos inte­li­gen­tes e assis­ten­tes de voz, garan­tin­do que os con­su­mi­do­res pos­sam esco­lher facil­men­te pro­du­tos domés­ti­cos inte­li­gen­tes que fun­ci­o­nem per­fei­ta­men­te juntos.

Tam­bém esta sema­na a fun­da­ção Rasp­ber­ry PI anun­ci­ou um novo mar­co de 30 milhões de Rasp­ber­ry PI pro­du­zi­dos des­de 2012. Con­si­de­ran­do que o co-fun­da­dor da Rasp­ber­ry Pi Foun­da­ti­on, Ebert Upton, tinha expec­ta­ti­vas mui­to mais modes­tas des­de o iní­cio, pre­ven­do ven­das de ape­nas 10.000 uni­da­des tra­ta-se de uma mar­ca de rele­vo. O Rasp­ber­ry Pi gerou toda uma indús­tria de pla­cas e, enquan­to alguns supe­ram o Rasp­ber­ry Pi em espe­ci­fi­ca­ções, nenhum deles o desa­fia seri­a­men­te no pre­ço. Além dis­so, o Rasp­ber­ry Pi pos­sui o mai­or ecos­sis­te­ma de pla­cas de hard­ware e supor­te de soft­ware do sec­tor ape­nas com­pa­ra­do ao Ardui­no, ain­da que nou­tro segmento.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. São apre­sen­ta­das as revis­tas newe­lec­tro­nics de 10 de Dezem­bro, a Mag­PI nº89 e a Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº26 de Janei­ro de 2020, é tam­bém apre­sen­ta­do o livro “The Essen­ti­al Gui­de to Elec­tro­nics in Shenzhen”.

E esta é a ulti­ma News­let­ter antes do Natal e nes­se sen­ti­do, em meu nome e em nome do altLab gos­ta­ria de dese­jar a todos votos de Boas Fes­tas e de Feliz Natal.

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Newsletter Nº241

Newsletter Nº241
News­let­ter Nº241

Faz hoje anos que nas­cia, em 1774 — Wil­li­am Henry. Este Médi­co e quí­mi­co inglês, em 1803, propôs a cha­ma­da lei de Henry, que afir­ma que a mas­sa de um gás dis­sol­vi­do por um deter­mi­na­do volu­me de sol­ven­te, a uma tem­pe­ra­tu­ra cons­tan­te, é direc­ta­men­te pro­por­ci­o­nal à pres­são do gás aci­ma do líqui­do, des­de que nenhu­ma ação quí­mi­ca ocor­ra. A lei vale ape­nas para gases leve­men­te solú­veis a bai­xa pres­são. Henry era ami­go ínti­mo de John Dal­ton, mas, ape­sar das habi­li­da­des e alcan­ce supe­ri­o­res como expe­ri­men­ta­dor, não pos­suía a ousa­dia de Dal­ton como teó­ri­co, e Henry nun­ca se com­pro­me­teu com a teo­ria atómica.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1846, Eugen Bau­mann. Este quí­mi­co ale­mão des­co­briu que a glân­du­la tirói­de era rica em iodo, um ele­men­to antes des­co­nhe­ci­do que ocor­re natu­ral­men­te no teci­do ani­mal, tor­nan­do a glân­du­la tirói­de úni­ca por ser o úni­co teci­do a con­ter iodo. Isto levou à des­co­ber­ta da hor­mo­na da tirói­de con­ten­do iodo e ao seu tra­ta­men­to em dis­túr­bi­os da tiróide.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1866, Alfred Wer­ner. Este quí­mi­co suí­ço ficou conhe­ci­do pela sua pes­qui­sa ini­ci­al sobre a estru­tu­ra dos com­pos­tos de coor­de­na­ção e deu-lhe o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1913. Ele demons­trou que a este­reo-quí­mi­ca não era ape­nas pro­pri­e­da­de dos com­pos­tos de car­bo­no, mas era geral para toda a quí­mi­ca. A sua teo­ria da coor­de­na­ção quí­mi­ca (1893) reco­nhe­ceu que mui­tos metais pare­ci­am mos­trar valên­cia variá­vel e for­mar com­pos­tos com­ple­xos. Cer­tos metais, como o cobal­to e a pla­ti­na, foram capa­zes, por meio das suas valên­ci­as secun­dá­ri­as, de se uni­rem a um cer­to núme­ro de áto­mos ou molé­cu­las. Estes foram deno­mi­na­dos por “com­pos­tos de coor­de­na­ção” de Wer­ner e o núme­ro máxi­mo de áto­mos (ou “ligan­tes”, como ele os cha­ma­va) que podem ser uni­dos ao metal cen­tral é o seu núme­ro de coordenação.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1900, Mária Tel­kes. Esta físi­ca hún­ga­ro-ame­ri­ca­na foi pio­nei­ra na apli­ca­ção de ener­gia solar à des­ti­la­ção de água e aque­ci­men­to domés­ti­co. Ela imi­grou para os EUA em 1925, tra­ba­lhou como bio­fí­si­ca (1926–37) e natu­ra­li­zou-se em 1937. Como con­sul­to­ra civil do Escri­tó­rio de Pes­qui­sa e Desen­vol­vi­men­to Cien­tí­fi­co dos EUA duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, ela ela­bo­rou um sis­te­ma de des­ti­la­ção de água aque­ci­da por ener­gia solar para tor­nar a água do mar potá­vel. No final da déca­da de 1940, ela pro­jec­tou um sis­te­ma de arma­ze­na­men­to quí­mi­co de ener­gia solar para a pri­mei­ra casa com aque­ci­men­to solar, um pro­jec­to do MIT cons­truí­do em Dover, Mas­sa­chu­setts. Ela desen­vol­veu um fogão movi­do a ener­gia solar e, na déca­da de 1970, expe­ri­men­tou um sis­te­ma de ar con­di­ci­o­na­do que arma­ze­na­va o ar fres­co da noi­te para uso duran­te o calor do dia seguinte.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1927, Robert Noy­ce. Este enge­nhei­ro e inven­tor ame­ri­ca­no que, com Jack Kilby foram res­pon­sá­veis pela inven­ção do cir­cui­to inte­gra­do, um sis­te­ma de tran­sís­to­res inter­li­ga­dos num úni­co micro-chip de silí­cio. Em 1957 co-fun­dou a Fair­child Semi­con­duc­tor. Em 1968, ele e seu cole­ga Gor­don E. Moo­re foram co-fun­da­do­res da N.M. Elec­tro­nics, que mais tar­de seria reno­me­a­da para Intel Corporation.

Nes­ta sema­na que pas­sou a Har­bor Air e mag­niX anun­ci­am o pri­mei­ro voo bem-suce­di­do do pri­mei­ro avião elé­tri­co comer­ci­al do mun­do. O voo bem-suce­di­do do ePla­ne, um DHC‑2 de Havil­land Bea­ver para seis pas­sa­gei­ros, equi­pa­do com um sis­te­ma de pro­pul­são magni500 de 750 cava­los de potên­cia (560 kW), ocor­reu no rio Fra­ser no ter­mi­nal da Har­bor Air Sea­pla­nes em Rich­mond (YVR South). O avião foi pilo­ta­do pelo CEO e fun­da­dor da Har­bor Air, Greg McDou­gall. Este vôo his­tó­ri­co sig­ni­fi­ca o iní­cio da ter­cei­ra era na avi­a­ção — a era da eletricidade.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a Blue Ori­gin lan­çou com suces­so a mis­são New Shepherd. Esta mis­são foi mais um pas­so no sen­ti­do de veri­fi­car que o New She­pard está pre­pa­ra­do para voos espa­ci­ais huma­nos, à medi­da que con­ti­nua a ser ama­du­re­ci­da a segu­ran­ça e a con­fi­an­ça do veí­cu­lo. Este foi o sex­to voo para este veí­cu­lo New She­pard em par­ti­cu­lar. A Blue Ori­gin até ago­ra reu­ti­li­zou dois boos­ters cin­co vezes cada um con­se­cu­ti­va­men­te, sen­do que hoje mar­ca um recor­de com este boos­ter a com­ple­tar o seu sex­to voo para o espa­ço e de volta.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como alguns mode­los 3D úteis. É apre­sen­ta­do o Livro “Earth at Night” pela NASA.

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Newsletter Nº240

Newsletter Nº240
News­let­ter Nº240

Faz hoje anos que nas­cia, em 1868, Arnold Som­mer­feld. Este físi­co ale­mão cri­ou um mode­lo ató­mi­co que per­mi­tia expli­car as linhas espec­trais de estru­tu­ra fina. O seu pri­mei­ro tra­ba­lho foi sobre a teo­ria do giros­có­pio (com Klein) e, depois, sobre a pro­pa­ga­ção de ondas na tele­gra­fia sem fio. Mais sig­ni­fi­ca­ti­va foi a sua mai­or con­tri­bui­ção ao desen­vol­vi­men­to da teo­ria quân­ti­ca, em geral, e na sua apli­ca­ção a linhas espec­trais e ao mode­lo ató­mi­co de Bohr. Ele desen­vol­veu tam­bém uma teo­ria do elec­trão no esta­do metá­li­co, vali­o­sa para o estu­do da termoelectricidade.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1879, Cly­de Ver­non Ces­s­na. Este pilo­to nor­te-ame­ri­ca­no, fabri­can­te de aero­na­ves ficou conhe­ci­do por ter inven­ta­do a asa can­ti­le­ver e uma con­fi­gu­ra­ção de cau­da em for­ma de V assim como um dese­nho sim­ples e fle­xí­vel de mono­pla­no. Ele é mais conhe­ci­do como o prin­ci­pal fun­da­dor da Ces­s­na Air­craft Corporation.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1901, Wer­ner Hei­sen­berg. Este físi­co e filó­so­fo ale­mão des­co­briu uma manei­ra de for­mu­lar a mecâ­ni­ca quân­ti­ca em ter­mos de matri­zes (1925). Por esta des­co­ber­ta, rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1932. Em 1927, publi­cou o seu prin­cí­pio de inde­ter­mi­na­ção ou incer­te­za, sobre o qual cons­truiu a sua filo­so­fia e pelo qual é mais conhe­ci­do. Ele tam­bém fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções às teo­ri­as da hidro­di­nâ­mi­ca da tur­bu­lên­cia, do núcleo ató­mi­co, do fer­ro­mag­ne­tis­mo, dos rai­os cós­mi­cos e das par­tí­cu­las ele­men­ta­res, e pla­ne­ou o pri­mei­ro reac­tor nucle­ar ale­mão pós-Segun­da Guer­ra Mun­di­al, em Karls­ruhe, na Ale­ma­nha Ocidental.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1903, C. F. Powell. Este Físi­co inglês rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1950 pelo seu desen­vol­vi­men­to do méto­do foto­grá­fi­co de estu­do de pro­ces­sos nucle­a­res e pela des­co­ber­ta resul­tan­te do pião (pi-meson), uma par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca pesa­da. O pião pro­vou ser a par­tí­cu­la hipo­té­ti­ca pro­pos­ta em 1935 por Yukawa Hide­ki do Japão na sua teoria.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1932, Shel­don Lee Glashow. Este Físi­co teó­ri­co ame­ri­ca­no, com Ste­ven Wein­berg e Abdus Salam, rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1979 pelos seus esfor­ços com­ple­men­ta­res na for­mu­la­ção da teo­ria ele­tro­fra­ca, que expli­ca a uni­da­de do elec­tro­mag­ne­tis­mo e da for­ça fraca.

Nes­ta sema­na que pas­sou a NASA apre­sen­tou os pri­mei­ros resul­ta­dos da son­da Par­ker que foi lan­ça­da para estu­dar o Sol. A son­da está resis­tin­do a tem­pe­ra­tu­ras escal­dan­tes para reco­lher dados, que estão a ser apre­sen­ta­dos pela pri­mei­ra vez em qua­tro arti­gos que evi­den­ci­am carac­te­rís­ti­cas pre­vi­a­men­te des­co­nhe­ci­das e ape­nas teo­ri­za­das sobre o nos­so volá­til vizi­nho celes­te. Duran­te os seus voos ini­ci­ais, a Par­ker estu­dou o Sol a uma dis­tân­cia de cer­ca de 24 milhões de qui­ló­me­tros. Esta dis­tân­cia é mais pró­xi­ma do Sol do que Mer­cú­rio, mas a son­da ain­da se apro­xi­ma­rá ain­da mais no futu­ro, pois via­ja a mais de 213.000 km/h, mais rápi­do do que qual­quer outra nave ante­ri­or. A infor­ma­ção que a Par­ker des­co­briu sobre como o Sol ejec­ta cons­tan­te­men­te mate­ri­al e ener­gia aju­da­rão os cien­tis­tas a rees­cre­ver os mode­los que eles usam para enten­der e pre­ver o cli­ma espa­ci­al ao redor do nos­so pla­ne­ta, além de enten­der o pro­ces­so pelo qual as estre­las são cri­a­das e evo­lu­em. Estas infor­ma­ções serão vitais para pro­te­ger os astro­nau­tas e a tec­no­lo­gia no espa­ço — uma par­te impor­tan­te do pro­gra­ma Arte­mis da NASA, que envi­a­rá a pri­mei­ra mulher e o pró­xi­mo homem para a Lua em 2024 e, even­tu­al­men­te, para Marte.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­Pi nº88 de Dezem­bro e tam­bém os livros “Rasp­ber­ry PI Pro­jects Book Volu­me 5” e “Book of Making Volu­me 2”.

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Newsletter Nº239

Newsletter Nº239
News­let­ter Nº239

Faz hoje anos que nas­cia, em 1837, John Wes­ley Hyatt. Este inven­tor e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no foi pio­nei­ro na indús­tria de plás­ti­cos. Ele des­co­briu o pro­ces­so para fazer celu­lói­de. As suas outras inven­ções incluíam um sis­te­ma de puri­fi­ca­ção de água, uma fábri­ca de cana-de-açú­car, uma máqui­na para endi­rei­tar bar­ras de aço, uma máqui­na de cos­tu­ra de vári­os pon­tos e um rola­men­to cóni­co ampla­men­te uti­li­za­do. Na déca­da de 1860, ele inte­res­sou-se em encon­trar um subs­ti­tu­to para o mar­fim usa­do para fazer bolas de bilhar. Com seu irmão Isa­ac, ele melho­rou as téc­ni­cas de mol­da­gem da piro­xi­li­na (uma celu­lo­se par­ci­al­men­te nitra­da) com cân­fo­ra, dis­sol­ven­do uma mis­tu­ra de álco­ol e éter para tor­ná-la mais macia e maleá­vel. Ele chamou‑a de “Cel­lu­loid”, mar­ca regis­ta­da em 14 de Janei­ro de 1873. Foi o pri­mei­ro plás­ti­co sin­té­ti­co, para o qual ele obte­ve uma paten­te em 1870.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1858, Robert Had­fi­eld. Este Meta­lur­gis­ta inglês desen­vol­veu o aço de man­ga­nês, uma liga de excep­ci­o­nal dura­bi­li­da­de que é uti­li­za­da na cons­tru­ção de tri­lhos fer­ro­viá­ri­os e máqui­nas de tri­tu­ra­ção de rochas. Had­fi­eld des­co­briu o aço man­ga­nês em 1882. Foi endu­re­ci­do pela têm­pe­ra em água a uma tem­pe­ra­tu­ra de mil graus cen­tí­gra­dos. O aço duro deve­ria ser usa­do na fabri­ca­ção de rodas de eléc­tri­co. Ele paten­te­ou seu tra­ba­lho em 1883–4, mas con­ti­nu­ou a rea­li­zar outras expe­ri­ên­ci­as antes de divul­gar as suas des­co­ber­tas em 1888, que foram apoi­a­das por uma tour de pales­tras. A pri­mei­ra guer­ra mun­di­al pro­por­ci­o­nou novos mer­ca­dos para o aço man­ga­nês: pla­cas e cha­pas de blin­da­gem, cor­rei­as de tan­ques e capa­ce­tes de soldados.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1950, Rus­sell Alan Hul­se. Este Físi­co nor­te-ame­ri­ca­no par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1993 com seu ex-pro­fes­sor, o astro­fí­si­co Joseph H. Tay­lor Jr., pela des­co­ber­ta con­jun­ta do pri­mei­ro pul­sar biná­rio (1974). Este é um sis­te­ma astro­nó­mi­co de dois cor­pos celes­tes tão pró­xi­mos que são sepa­ra­dos ape­nas por vári­as vezes a dis­tân­cia entre a lua e a ter­ra. As suas des­co­ber­tas, rela­ta­das pela pri­mei­ra vez em 1978, cons­ti­tu­em a pri­mei­ra pro­va indi­rec­ta da exis­tên­cia das ondas gra­vi­ta­ci­o­nais pre­vis­tas por Albert Eins­tein na sua teo­ria da relatividade.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a ver­são 5.4 do Ker­nel Linux. Esta é a ulti­ma ver­são está­vel do Ker­nel este ano. Esta nova ver­são apre­sen­ta algu­mas gran­des mudan­ças que afec­ta­rão (posi­ti­va­men­te) os fabri­can­tes e os uti­li­za­do­res finais. De entre a vári­as novi­da­des des­ta­cam-se o “Ker­nel Lock­down” — uma fun­ci­o­na­li­da­de que pre­ten­de ain­da mais a segu­ran­ça do Linux “res­trin­gin­do o aces­so aos recur­sos do Ker­nel que podem per­mi­tir a exe­cu­ção arbi­trá­ria de códi­go via códi­go for­ne­ci­do pelos pro­ces­sos do espa­ço de uti­li­za­dor. Adi­ci­o­nal­men­te pas­sa a estar dis­po­ní­vel o supor­te para exFAT que per­mi­ti­rá trans­fe­rir fichei­ros supe­ri­o­res a 4GB para dis­po­si­ti­vos for­ma­ta­dos nes­te for­ma­to. Outra área onde foram fei­tas mui­tas melho­ri­as foi ao nível do dri­ver da AMD Rade­on melho­ran­do subs­tan­ci­al­men­te o desem­pe­nho da uti­li­za­ção des­ta pla­ca. Adi­ci­o­nal­men­te foi acres­cen­ta­do supor­te para o SoC Qual­comm Snap­dra­gon 855, para as novas GPUs da Intel, para o Intel Ice­la­ke Thun­der­bolt, para exe­cu­ção do Ker­nel em lap­tops Arm, para o Vir­tIO-FS, entre outros.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do tam­bém o livro “Retro Gaming with Rasp­ber­ry Pi”.

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Newsletter Nº238

Newsletter Nº238
News­let­ter Nº238

Faz hoje anos que nas­cia, em 1694, Fran­cois Marie Arou­et Vol­tai­re. Este filo­so­fo fran­cês foi o autor que popu­la­ri­zou a obra de Isa­ac New­ton na Fran­ça, orga­ni­zan­do uma tra­du­ção de Prin­ci­pia Mathe­ma­ti­ca à qual ele adi­ci­o­nou seu pró­prio comen­tá­rio (1737). O tra­ba­lho da tra­du­ção foi fei­to pela mar­que­sa de Châ­te­let, mas o comen­tá­rio de Vol­tai­re pre­en­cheu a lacu­na entre os não-cien­tis­tas e as idei­as de New­ton numa épo­ca em que na Fran­ça as visões pré-new­to­ni­a­nas de Des­car­tes ain­da eram pre­do­mi­nan­tes. Embo­ra filó­so­fo, Vol­tai­re defen­dia a aná­li­se racional.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1824, Hie­rony­mous The­o­dor Rich­ter. Este Mine­ra­lo­gis­ta ale­mão em 1863 foi co-des­co­bri­dor do ele­men­to índio. Ele era assis­ten­te de Fer­di­nand Rei­ch, que sus­pei­ta­va que um novo ele­men­to esti­ves­se pre­sen­te nas amos­tras de miné­rio de zin­co que ele pro­ces­sa­ra qui­mi­ca­men­te. Rei­ch era cego em cores e entre­gou o tra­ba­lho de fazer uma aná­li­se espec­tros­có­pi­ca a seu assis­ten­te. Quan­do Rich­ter colo­cou par­te da amos­tra num laço de ara­me de pla­ti­na e a aque­ceu na cha­ma de um bico de Bun­sen, ele obser­vou uma linha bri­lhan­te de índi­go carac­te­rís­ti­ca dis­so como um novo ele­men­to — cha­ma­do índio devi­do a cor des­sa linha. Após a sepa­ra­ção do óxi­do hidra­ta­do de índio, eles o redu­zi­ram para obter uma amos­tra do novo metal.

Nes­ta sema­na que pas­sou o pri­mei­ro pro­tó­ti­po de nave espa­ci­al em tama­nho real da Spa­ceX sofreu uma ano­ma­lia no tes­te de pres­são. A Starship Mk1, de aço ino­xi­dá­vel, sofreu uma ano­ma­lia duran­te um tes­te de pres­são cri­o­gé­ni­ca na pas­sa­da quar­ta-fei­ra (20 de novem­bro) nas ins­ta­la­ções da Spa­ceX, per­to da vila de Boca Chi­ca, no sul do Texas. De acor­do com repre­sen­tan­tes da com­pa­nhia “o objec­ti­vo do tes­te de hoje foi pres­si­o­nar os sis­te­mas ao máxi­mo, pelo que o resul­ta­do não fos­se com­ple­ta­men­te ines­pe­ra­do. Não hou­ve feri­dos, nem é um sério revés”.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do tam­bém o livro “Get Star­ted With Ardui­no” e a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº 25 de Dezembro.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.