Newsletter Nº327

Newsletter Nº327
News­let­ter Nº327

Faz hoje anos que nas­cia, em 1802, o mate­má­ti­co noru­e­guês Niels Hen­rik Abel. Ele desen­vol­veu vári­os ramos da mate­má­ti­ca moder­na. Após um iní­cio len­to na esco­la, come­çou a mos­trar geni­a­li­da­de mate­má­ti­ca aos 15 anos de ida­de. Em 1823 pro­vou que não havia fór­mu­la algé­bri­ca para a solu­ção de uma equa­ção poli­no­mi­al geral do quin­to grau. Ele desen­vol­veu o con­cei­to de fun­ções elíp­ti­cas inde­pen­den­te­men­te de Carl Gus­tav Jaco­bi, e a teo­ria dos inte­grais e fun­ções abe­li­a­nas tor­nou-se um tema cen­tral da aná­li­se do final do sécu­lo XIX.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1924, o cien­tis­ta chi­nês Huang Hong­jia. Ele desen­vol­veu a teo­ria das ondas de aco­pla­men­to no cam­po da teo­ria das micro-ondas. Lide­rou uma equi­pa de inves­ti­ga­ção que desen­vol­veu com suces­so fibras ópti­cas mono-modo em 1980.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1930, o Astro­nau­ta nor­te-ame­ri­ca­no Neil Alden Arms­trong. Ele foi o pri­mei­ro homem a cami­nhar na lua (a 20 de Julho de 1969, Apol­lo 11). Ser­viu como pilo­to da Mari­nha duran­te a Guer­ra da Coreia, ten­do depois ingres­sa­do no Comi­té Con­sul­ti­vo Naci­o­nal para a Aero­náu­ti­ca (que se tor­nou na NASA), como pilo­to de tes­tes civis. Em 1962, foi o pri­mei­ro civil a entrar no pro­gra­ma de trei­no de astro­nau­tas. Ganhou expe­ri­ên­cia como pilo­to de coman­do da mis­são Gemi­ni 8, que rea­li­zou a pri­mei­ra união físi­ca de duas naves espa­ci­ais em órbi­ta. Mais tar­de, foi coman­dan­te da mis­são lunar da Apol­lo 11.

Faz hoje 48 anos que era lan­ça­da a son­da Mars 6 em direc­ção a Mar­te. Esta foi uma das vári­as son­das sovié­ti­cas Mars — 4, 5, 6, e 7 — lan­ça­da em Julho-Agos­to de 1973. Ao che­gar a Mar­te, o módu­lo de des­ci­da sol­to-se para a sua mis­são de estu­dar a atmos­fe­ra e a super­fí­cie de Mar­te. Após 224 segun­dos de trans­mis­são de dados — os pri­mei­ros dados devol­vi­dos da atmos­fe­ra de Mar­te — o con­tac­to com o módu­lo de des­ci­da per­deu-se antes da sua pla­ne­a­da ater­ra­gem à super­fí­cie. Infe­liz­men­te, mui­tos des­tes dados eram ile­gí­veis devi­do a um chip de com­pu­ta­dor defei­tu­o­so. Foram rela­ta­das infor­ma­ções sobre pres­são, tem­pe­ra­tu­ra e vapor de água. O módu­lo de des­ci­da con­ti­nu­ou a envi­ar as medi­ções dos seus pró­pri­os instrumentos.

Em 1858 era com­ple­ta­do o pri­mei­ro cabo tran­sa­tlân­ti­co de tele­gra­fo. Esten­den­do-se por qua­se 3200 qui­ló­me­tros atra­vés do Atlân­ti­co a uma pro­fun­di­da­de fre­quen­te­men­te supe­ri­or a três qui­ló­me­tros. A 16 de Agos­to, o Pre­si­den­te James Bucha­nan e a Rai­nha Vitó­ria tro­ca­ram men­sa­gens for­mais intro­du­tó­ri­as e de cor­te­sia. Infe­liz­men­te, o cabo reve­lou-se fra­co e a cor­ren­te insu­fi­ci­en­te e, no iní­cio de Setem­bro, tinha dei­xa­do de funcionar.

Nes­ta sema­na que pas­sou o saté­li­te EUTELSAT QUANTUM foi lan­ça­do com suces­so na órbi­ta de trans­fe­rên­cia geo­es­ta­ci­o­ná­ria pela Ari­a­nes­pa­ce uti­li­zan­do um fogue­te Ari­a­ne 5 que des­co­lou do Cen­tro Espa­ci­al da Gui­a­na em Kou­rou, Gui­a­na Fran­ce­sa, às 21 horas, hora uni­ver­sal (23 horas CET) do dia 30 de Julho. A sepa­ra­ção ocor­reu após um voo de 37 minu­tos e a veri­fi­ca­ção dos sis­te­mas das naves espa­ci­ais foi então com­ple­ta­da com suces­so duran­te um perío­do de apro­xi­ma­da­men­te 3 horas. Cons­truí­do pela Air­bus Defen­ce and Spa­ce, o EUTELSAT QUANTUM anun­cia uma nova era de ser­vi­ço comer­ci­al via saté­li­te. As suas carac­te­rís­ti­cas repro­gra­má­veis em órbi­ta esta­be­le­cem um novo padrão de fle­xi­bi­li­da­de que per­mi­ti­rá aos uti­li­za­do­res, nome­a­da­men­te nos mer­ca­dos de Gover­no e Mobi­li­da­de, defi­nir e mol­dar acti­va­men­te o desem­pe­nho e alcan­çar gra­ças ao seu dese­nho base­a­do em software.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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Newsletter Nº326

Newsletter Nº326
News­let­ter Nº326

Faz hoje anos que nas­cia, em 1796, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Wal­ter Hunt. Ele con­ce­beu a pri­mei­ra espin­gar­da de repe­ti­ção. Hunt come­çou a inven­tar no final da ado­les­cên­cia uma máqui­na para fiar linho, que paten­te­ou em 1826. Inven­tou tam­bém um gon­go para bom­bei­ros (1827), uma ser­ra flo­res­tal, um fogão que quei­ma­va car­vão duro. Em 1834, inven­tou uma máqui­na de cos­tu­ra com pon­to de fecha­du­ra, que não paten­te­ou até ser dema­si­a­do tar­de. Embo­ra as suas inven­ções vales­sem a pena, ele não as con­se­guiu comer­ci­a­li­zar efi­caz­men­te. Em 1849, Hunt fez o pri­mei­ro alfi­ne­te de segu­ran­ça a par­tir de um peda­ço de ara­me de latão com cer­ca de oito pole­ga­das de com­pri­men­to, enro­la­do no cen­tro e pro­te­gi­do numa extre­mi­da­de. Paten­te­ou esta inven­ção como um “alfi­ne­te de ves­tuá­rio”, e ven­deu os direi­tos sobre ela por 400 dóla­res. O seu dese­nho de espin­gar­da de 1849 tinha um car­re­ga­dor tubu­lar por bai­xo do cano uti­li­za­do com as suas muni­ções de bola “fogue­te” auto-propulsionadas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1898, o físi­co aus­tría­co-ame­ri­ca­no Isi­dor Isa­ac Rabi. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1944 pela sua inven­ção (em 1937) do méto­do de res­so­nân­cia mag­né­ti­ca ató­mi­ca e de fei­xe mole­cu­lar para medir as pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas dos áto­mos, molé­cu­las, e núcle­os ató­mi­cos. Pas­sou a mai­or par­te da sua vida na Uni­ver­si­da­de de Colum­bia (1929–67), onde rea­li­zou a mai­or par­te da sua inves­ti­ga­ção pio­nei­ra em radar e no momen­to mag­né­ti­co asso­ci­a­do ao spin de elec­trões nas déca­das de 1930 e 1940. O seu tra­ba­lho ven­ce­dor do Nobel levou à inven­ção do laser, do reló­gio ató­mi­co, e aos usos diag­nós­ti­cos da res­so­nân­cia mag­né­ti­ca nucle­ar. Foi ele que deu ori­gem à ideia do cen­tro de inves­ti­ga­ção nucle­ar CERN em Gene­bra (fun­da­do em 1954).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1914, o inven­tor fran­cês Mar­cel Bich. Ele cons­truiu o seu impé­rio empre­sa­ri­al cri­an­do cane­tas, lami­nas de bar­be­ar e isquei­ros Bic des­car­tá­veis. Em 1945, Mar­cel Bich e o seu ami­go, Edou­ard Buf­fard, adqui­ri­ram uma fábri­ca vazia per­to de Paris, Fran­ça, e logo desen­vol­ve­ram um prós­pe­ro negó­cio, pro­du­zin­do peças para cane­tas de tin­ta per­ma­nen­te e lápis mecâ­ni­cos de chum­bo. Mais tar­de, Bich pas­sou dois anos a desen­vol­ver o seu dese­nho de esfe­ro­grá­fi­cas, e em 1949, con­se­guiu pro­du­zir uma esfe­ro­grá­fi­ca fiá­vel e de bai­xo cus­to. Em 1973, o isquei­ro Bic foi intro­du­zi­do nos EUA, segui­do de Bic Sha­vers, intro­du­zi­do pela pri­mei­ra vez em 1976.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1917, o físi­co inglês Har­ry Boot. Ele tra­ba­lhou com John Ran­dall no desen­vol­vi­men­to do mag­ne­trão da cavi­da­de, o dis­po­si­ti­vo gera­dor de micro-ondas uti­li­za­do no radar. Isto deu uma gran­de con­tri­bui­ção para ven­cer a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Os mag­ne­trões ante­ri­o­res fei­tos na déca­da de 1920 davam uma bai­xa potên­cia de saí­da. Em Feve­rei­ro de 1940, os avan­ços de Ran­dall e Boot na con­cep­ção do mag­ne­trão de cavi­da­de de peque­no tama­nho, pro­du­zi­ram com­pri­men­tos de onda de cen­tí­me­tros a uma potên­cia mui­to supe­ri­or, o que per­mi­tiu ao radar detec­tar objec­tos mais peque­nos. Por sua vez, este equi­pa­men­to mais com­pac­to com uma ante­na mais peque­na per­mi­tiu a fácil ins­ta­la­ção móvel de radar de alta reso­lu­ção em aeronaves.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi envi­a­do para a esta­ção espa­ci­al inter­na­ci­o­nal um novo módu­lo rus­so. Devi­do a um pro­ble­ma téc­ni­co na aco­pla­gem o módu­lo, cha­ma­do Nau­ka, come­çou a dis­pa­rar ines­pe­ra­da­men­te os seus pro­pul­so­res — o que fez com que toda a esta­ção ficas­se fora de posi­ção. O módu­lo cien­tí­fi­co há mui­to espe­ra­do já tinha encon­tra­do vári­as ques­tões téc­ni­cas no seu cami­nho para a ISS, mas uma vez atra­ca­do na esta­ção espa­ci­al na quin­ta-fei­ra de manhã, pare­cia estar ok. Depois cer­ca de três horas após a sua che­ga­da — por vol­ta das 12:34 ET — Nau­ka come­çou subi­ta­men­te a dis­pa­rar os seus pro­pul­so­res. Os astro­nau­tas da ISS dis­se­ram aos con­tro­la­do­res de voo que esta­vam a ver algo estra­nho pelas suas jane­las. Em res­pos­ta à falha, os con­tro­la­do­res de voo come­ça­ram a dis­pa­rar pro­pul­so­res sobre duas outras par­tes do lado rus­so do ISS, incluin­do o módu­lo de ser­vi­ço, naqui­lo a que cha­ma­ram um “tug of war” para colo­car a esta­ção de novo na sua posi­ção nor­mal. Às 13h30 ET, os con­tro­la­do­res de voo da ISS anun­ci­a­ram que os pro­pul­so­res da Nau­ka tinham final­men­te para­do de dis­pa­rar e tinham recu­pe­ra­do o con­tro­lo do posi­ci­o­na­men­to da esta­ção. Duran­te essa hora, Nau­ka tinha roda­do a esta­ção 45 graus.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº 45 e a Mag­PI Nº107 de Agosto.

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Newsletter Nº325

Newsletter Nº325
News­let­ter Nº325

Faz hoje anos que nas­cia, em 1784, o astró­no­mo ale­mão Fri­e­dri­ch Bes­sel. Ele pas­sou toda a sua car­rei­ra des­de os 26 anos de ida­de (nome­a­do 1809) como direc­tor de Fre­de­rick Wil­li­am III do novo Obser­va­tó­rio Königs­berg da Prús­sia e pro­fes­sor de astro­no­mia. A sua tare­fa monu­men­tal era deter­mi­nar as posi­ções e os movi­men­tos ade­qua­dos para cer­ca de 50.000 estre­las, o que per­mi­tiu a pri­mei­ra deter­mi­na­ção pre­ci­sa das dis­tân­ci­as inte­res­te­la­res. O tra­ba­lho de Bes­sel na deter­mi­na­ção das cons­tan­tes de pré-ces­são, nuta­ção e aber­ra­ção ganhou-lhe mais hon­ras. Para além do sol, foi o pri­mei­ro a medir a dis­tân­cia de uma estre­la, por para­la­xe, de 61 Cyg­ni (1838). Na aná­li­se mate­má­ti­ca, ele é conhe­ci­do pela sua fun­ção de Bessel.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1887, o físi­co quân­ti­co ale­mão Gus­tav Ludwig Hertz. Ele, com James Franck, rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1925 pela expe­ri­ên­cia Franck-Hertz, que con­fir­mou a teo­ria quân­ti­ca de que a ener­gia só pode ser absor­vi­da por um áto­mo em quan­ti­da­des defi­ni­das e for­ne­ceu uma impor­tan­te con­fir­ma­ção do mode­lo ató­mi­co de Bohr. Era um sobri­nho de Hein­ri­ch Hertz.

Em 1894 era rea­li­za­da a pri­mei­ra cor­ri­da de car­ros entre cida­des, entre Paris e Rou­en em Fran­ça. É con­si­de­ra­da a pri­mei­ra cor­ri­da auto­mó­vel competitiva.

Nes­ta sema­na que pas­sou, a Blue Ori­gin com­ple­tou com suces­so o pri­mei­ro voo huma­no da New She­pard com qua­tro cida­dãos a bor­do. A tri­pu­la­ção incluía Jeff Bezos, Mark Bezos, Wally Funk e Oli­ver Dae­men, que se tor­na­ram todos ofi­ci­al­men­te astro­nau­tas quan­do pas­sa­ram a Linha Kár­mán, a fron­tei­ra do espa­ço reco­nhe­ci­da inter­na­ci­o­nal­men­te. Wally Funk, 82 anos, tor­nou-se a pes­soa mais velha a voar no espa­ço. Oli­ver Dae­men, 18 anos, foi o pri­mei­ro astro­nau­ta comer­ci­al de sem­pre a com­prar um bilhe­te e a voar para o espa­ço num veí­cu­lo espa­ci­al pri­va­do e licen­ci­a­do a par­tir de um local de lan­ça­men­to pri­va­do. Tor­nou-se tam­bém a pes­soa mais jovem a voar no espaço.
O New She­pard tor­nou-se o pri­mei­ro veí­cu­lo comer­ci­al sob uma licen­ça de veí­cu­lo de lan­ça­men­to reu­ti­li­zá­vel subor­bi­tal a voar cli­en­tes pagan­tes, tan­to de car­ga útil como de astro­nau­ta, para o espa­ço e de volta.
Jeff e Mark Bezos tor­na­ram-se os pri­mei­ros irmãos a voar jun­tos no espaço.

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Newsletter Nº324

Newsletter Nº324
News­let­ter Nº324

Faz hoje anos que nas­cia, em 1904, o físi­co rus­so Pavel A. Che­ren­kov. Ele des­co­briu a radi­a­ção Che­ren­kov (1934), uma luz azul ténue emi­ti­da por elec­trões a pas­sar por um meio trans­pa­ren­te quan­do a sua velo­ci­da­de exce­de a velo­ci­da­de da luz nes­se meio. Os cole­gas cien­tis­tas sovié­ti­cos Igor Y. Tamm e Ilya M. Frank inves­ti­ga­ram o fenó­me­no a par­tir do qual o con­ta­dor Che­ren­kov foi desen­vol­vi­do. A uti­li­za­ção exten­si­va des­te detec­tor Che­ren­kov foi fei­ta mais tar­de em apli­ca­ções de físi­ca nucle­ar expe­ri­men­tal e de par­tí­cu­las. Pelo seu tra­ba­lho, o trio par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1958.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1915, o físi­co nucle­ar nor­te-ame­ri­ca­no Albert Ghi­or­so. Ele co-des­co­briu 12 novos ele­men­tos da tabe­la perió­di­ca. No iní­cio da déca­da de 1940, Sea­borg mudou-se para Chi­ca­go para tra­ba­lhar no Pro­jec­to Manhat­tan. Con­vi­dou Ghi­or­so a jun­tar-se a ele, e duran­te os qua­tro anos seguin­tes Ghi­or­so desen­vol­veu ins­tru­men­tos sen­sí­veis para detec­tar a radi­a­ção asso­ci­a­da à deca­dên­cia nucle­ar, incluin­do a fis­são espon­tâ­nea. Um dos ins­tru­men­tos ino­va­do­res de Ghi­or­so foi um ana­li­sa­dor de altu­ra de pul­so de 48 canais, o que lhe per­mi­tiu iden­ti­fi­car a ener­gia, e por­tan­to a fon­te, da radi­a­ção. Duran­te este tem­po des­co­bri­ram dois novos ele­men­tos (95, ame­ri­cium e 96, curium), embo­ra a publi­ca­ção tenha sido reti­da até depois da guer­ra. Após a guer­ra, Sea­borg e Ghi­or­so regres­sa­ram a Ber­ke­ley, onde eles e cole­gas uti­li­za­ram o ciclo­trão Croc­ker de 60″ para pro­du­zir ele­men­tos com o núme­ro ató­mi­co aumen­ta­do bom­bar­de­an­do alvos exó­ti­cos com iões de hélio. Em expe­ri­ên­ci­as duran­te 1949–1950, pro­du­zi­ram e iden­ti­fi­ca­ram ele­men­tos 97 (ber­ke­lium) e 98 (cali­for­nium). Em 1953, numa cola­bo­ra­ção com o Labo­ra­tó­rio Argon­ne, Ghi­or­so e cola­bo­ra­do­res pro­cu­ra­ram e encon­tra­ram ele­men­tos 99 (eins­tei­nium) e 100 (fer­mium), iden­ti­fi­ca­dos pela sua radi­a­ção carac­te­rís­ti­ca na poei­ra reco­lhi­da por aviões des­de a pri­mei­ra explo­são ter­mo­nu­cle­ar (o tes­te Mike). Em 1955, o gru­po uti­li­zou o ciclo­trão para pro­du­zir 17 áto­mos do ele­men­to 101 (men­de­le­vium), o pri­mei­ro ele­men­to novo a ser des­co­ber­to áto­mo-por-ato­mo. A téc­ni­ca de recuo inven­ta­da por Ghi­or­so foi cru­ci­al para a obten­ção de um sinal iden­ti­fi­cá­vel de áto­mos indi­vi­du­ais do novo ele­men­to. Em mea­dos dos anos 50, tor­nou-se cla­ro que para pro­lon­gar ain­da mais a tabe­la perió­di­ca, seria neces­sá­rio um novo ace­le­ra­dor, e foi cons­truí­do o Ber­ke­ley Heavy Ion Line­ar Acce­le­ra­tor (HILAC), com Ghi­or­so no coman­do. Esta máqui­na foi uti­li­za­da na des­co­ber­ta dos ele­men­tos 102–106 (102, nobe­lium; 103, lawren­cium; 104, ruther­for­dium; 105, dub­nium e 106, sea­bor­gium), cada um pro­du­zi­do e iden­ti­fi­ca­do com base em ape­nas alguns áto­mos. A des­co­ber­ta de cada ele­men­to suces­si­vo foi pos­sí­vel gra­ças ao desen­vol­vi­men­to de téc­ni­cas ino­va­do­ras de mani­pu­la­ção robó­ti­ca de alvos, quí­mi­ca rápi­da, detec­to­res de radi­a­ção efi­ci­en­tes, e pro­ces­sa­men­to infor­má­ti­co de dados. A actu­a­li­za­ção de 1972 do HILAC para o superHI­LAC for­ne­ceu fei­xes de iões de mai­or inten­si­da­de, o que foi cru­ci­al para pro­du­zir áto­mos novos sufi­ci­en­tes para per­mi­tir a detec­ção do ele­men­to 106.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1918, o físi­co cana­di­a­no Ber­tram Brockhou­se. Ele desen­vol­veu téc­ni­cas de difrac­ção de neu­trões uti­li­za­das para o estu­do da estru­tu­ra e pro­pri­e­da­des da maté­ria para a qual par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1994 (com o físi­co ame­ri­ca­no Clif­ford G. Shull). Ao con­ce­ber ins­tru­men­tos para medir a ener­gia dos neu­trões dis­per­sos a par­tir de um mate­ri­al sóli­do, Brockhou­se for­ne­ceu uma visão da sua estru­tu­ra ató­mi­ca. Tor­nou pos­sí­veis avan­ços na tec­no­lo­gia dos semi­con­du­to­res. O seu Espec­tró­me­tro de Neu­trões de Tri­plo Eixo é ago­ra ampla­men­te uti­li­za­do não só para inves­ti­gar estru­tu­ras ató­mi­cas, mas tam­bém molé­cu­las de vírus e ADN.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1921, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Robert Bru­ce Mer­ri­fi­eld. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1984 pelo seu desen­vol­vi­men­to do méto­do de sín­te­se de pep­tí­de­os de fase sóli­da para a cons­tru­ção de gran­des molé­cu­las orgâ­ni­cas sobre uma matriz sóli­da. Pri­mei­ro ane­xou um ami­noá­ci­do a peque­nas esfe­ras de polí­me­ro plás­ti­co, depois adi­ci­o­nou outros ami­noá­ci­dos, um após o outro, até se cons­truir uma cadeia de poli­pep­tí­de­os. A cadeia foi então liber­ta­da do polí­me­ro. As cadei­as de ami­noá­ci­dos podem assim ser cons­truí­das em qual­quer ordem pré-deter­mi­na­da para sin­te­ti­zar uma gran­de vari­e­da­de de pro­teí­nas, hor­mo­nas, e outras molé­cu­las orgâ­ni­cas. O tra­ba­lho de Mer­ri­fi­eld abran­geu o desen­vol­vi­men­to de resi­nas, a pro­tec­ção de gru­pos e estra­té­gi­as quí­mi­cas, e a enge­nha­ria que trou­xe a auto­ma­ti­za­ção à quí­mi­ca peptídea.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1922, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Leon M. Leder­man. Ele par­ti­lhou (com Mel­vin Schwartz e Jack Stein­ber­ger) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1988 pela sua inves­ti­ga­ção con­jun­ta e des­co­ber­ta (1960–62) de uma nova par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca, o neu­tri­no muon. Neu­tri­nos são par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas sem mas­sa detec­tá­vel e sem car­ga eléc­tri­ca, que se des­lo­cam à velo­ci­da­de da luz. A des­co­ber­ta do neu­tri­no muon, foi segui­da de des­co­ber­tas por outros cien­tis­tas de uma série de dife­ren­tes “famí­li­as” de par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas. Jun­tas, for­mam ago­ra um mode­lo padrão, um esque­ma que tem sido uti­li­za­do para clas­si­fi­car todas as par­tí­cu­las ele­men­ta­res conhecidas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1930 o mate­má­ti­co ame­ri­ca­no Stephen Sma­le. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1966 pelo seu tra­ba­lho em topo­lo­gia e sis­te­mas dinâ­mi­cos. Um dos seus estu­dos (1961) foi sobre a con­jec­tu­ra gene­ra­li­za­da de Poin­ca­ré, um famo­so pro­ble­ma do sécu­lo XX, que afir­ma que um colec­tor tri­di­men­si­o­nal fecha­do sim­ples­men­te liga­do é uma esfe­ra tri­di­men­si­o­nal. Sma­le pro­vou uma con­jec­tu­ra de Poin­ca­ré de dimen­são supe­ri­or para um colec­tor n‑dimensional onde n é pelo menos 5. Nou­tro tra­ba­lho, rela­ci­o­na­do com estra­nhos atrac­to­res, um dos pri­mei­ros frac­tais a ser estu­da­do conhe­ci­do, des­co­briu estra­nhos atrac­to­res que levam a sis­te­mas dinâ­mi­cos caó­ti­cos. (Um atrac­tor na mecâ­ni­ca clás­si­ca é uma for­ma geo­mé­tri­ca de des­cre­ver o com­por­ta­men­to de um sis­te­ma dinâ­mi­co). O seu tra­ba­lho recen­te tem sido sobre a infor­má­ti­ca teórica.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1943, a astró­no­mo bri­tâ­ni­ca Jocelyn Bell Bur­nell. Ela des­co­briu os pri­mei­ros qua­tro pul­sa­res. Era uma estu­dan­te gra­du­a­da da Uni­ver­si­da­de de Cam­brid­ge, com 24 anos, à pro­cu­ra de qua­sa­res em 1967, quan­do repa­rou num sinal de rádio este­lar invul­gar — uma série rápi­da de pul­sos que se repe­te a cada 1.337 segun­dos. Este farol inte­res­te­lar não foi fei­to pelo homem, por isso foi ape­li­da­do de diver­são como LGM, para “Lit­tle Gre­en Man”. Nos meses seguin­tes, Bell encon­trou mais três fon­tes de impul­sos de rádio atra­vés de uma aná­li­se cui­da­do­sa de cen­te­nas pági­nas ano­ta­das a cane­ta. Estas repre­sen­ta­vam uma nova clas­se de objec­tos celes­tes — pul­sa­res — que os astró­no­mos aca­ba­ram por asso­ci­ar à maté­ria super­den­sa na fase final da evo­lu­ção das estre­las maci­ças. Até à data, foram iden­ti­fi­ca­dos mais algu­mas cen­te­nas de pulsares.

Em 1954, o Boeing 707 fazia o seu pri­mei­ro voo. Na altu­ra conhe­ci­do como Boeing 376–80 o avião a jac­to tor­nar-se-ia um dos mais popu­la­res de todos os tem­pos. Hoje em dia ver­sões modi­fi­ca­das des­te avião ain­da voam como o KC-135 tan­ker e o E‑3 AWACS.

Em 1965, depois de ter che­ga­do a Mar­te no dia ante­ri­or, a son­da Mari­ner 4 envia para a Ter­ra as pri­mei­ras 22 foto­gra­fi­as de Mar­te. Todas elas apre­sen­tam Mar­te como um vas­to e esté­ril deser­to de cra­te­ras e areia cor de fer­ru­gem, afas­tan­do as sus­pei­tas do sécu­lo XIX de que uma civi­li­za­ção avan­ça­da pode­ria exis­tir no planeta.

Faz hoje quin­ze anos que uma empre­sa cha­ma­da Odeo lan­ça­va ofi­ci­al­men­te uma apli­ca­ção cha­ma­da Twt­tr. Nem o nome da empre­sa nem o nome da apli­ca­ção fica­ram para a his­tó­ria. Hoje em dia a empre­sa tem o nome actu­al­men­te conhe­ci­do da apli­ca­ção e cha­ma-se Twit­ter. Esta era ape­nas um “side-pro­ject” da empresa.

Nes­ta sema­na que pas­sou a Vir­gin Galac­tic anun­ci­ou que a Uni­da­de VSS alcan­çou com suces­so o espa­ço, com­ple­tan­do o quar­to voo espa­ci­al da Com­pa­nhia movi­do a fogue­tes. O voo foi o 22º voo de tes­te do VSS Unity e o pri­mei­ro voo de tes­te com uma tri­pu­la­ção com­ple­ta na cabi­ne, incluin­do o fun­da­dor da Com­pa­nhia, Sir Richard Bran­son. A tri­pu­la­ção cum­priu uma série de objec­ti­vos de tes­te rela­ci­o­na­dos com a expe­ri­ên­cia da cabi­ne e do cli­en­te, incluin­do a ava­li­a­ção da cabi­ne do cli­en­te comer­ci­al, as vis­tas da Ter­ra a par­tir do espa­ço, as con­di­ções para a rea­li­za­ção de inves­ti­ga­ção e a efi­cá­cia do pro­gra­ma de trei­no de cin­co dias de pré-voo no Spa­ce­port Ame­ri­ca. A Uni­da­de VSS atin­giu uma velo­ci­da­de de Mach 3 após ter sido liber­ta­da da nave mãe, VMS Eve. O veí­cu­lo alcan­çou o espa­ço, a uma alti­tu­de de cer­ca de 86 qui­ló­me­tros, antes de des­li­zar sua­ve­men­te para uma pis­ta de ater­ra­gem no Spa­ce­port America.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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Newsletter Nº323

Newsletter Nº323
News­let­ter Nº323

Faz hoje anos que nas­cia, em 1831, o far­ma­cêu­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no John Stith Pem­ber­ton. Ele ficou conhe­ci­do por ter inven­ta­do a Coca-Cola em 1885. No iní­cio era um tóni­co, o vinho fran­cês Coca. Mais tar­de ele modi­fi­cou a fór­mu­la reti­ran­do o álco­ol e adi­ci­o­nan­do outras essên­ci­as vege­tais. O novo xaro­pe des­ti­na­va-se a ser uma cura segu­ra para as dores de cabe­ça. A 29 de Maio de 1886, a Coca-Cola foi anun­ci­a­da pela pri­mei­ra vez no Diá­rio de Atlan­ta. Pem­ber­ton ven­deu mais tar­de a recei­ta, equi­pa­men­to e maqui­na­ria para fabri­car a bebi­da a Asa G. Can­dler por $1200.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o inven­tor, enge­nhei­ro e fabri­can­te ale­mão Fer­di­nand von Zep­pe­lin. Ele foi o pio­nei­ro da avi­a­ção que cons­truiu as pri­mei­ras aero­na­ves diri­gí­veis rígi­das, cha­ma­das Zep­pe­lins. Depois de se refor­mar de uma car­rei­ra mili­tar (1890), dedi­cou dez anos à con­cep­ção e cons­tru­ção da sua pri­mei­ra bem suce­di­da embar­ca­ção ligei­ro-ar, a LZ‑1. Paten­te­ou a sua ideia a 31 de Agos­to de 1895 e for­mou uma empre­sa para a cons­tru­ção de diri­gí­veis em 1898. O seu pri­mei­ro diri­gí­vel des­co­lou a 2 de Julho de 1900 no Lago Cons­tan­ça, onde tinha sido mon­ta­do num han­gar flu­tu­an­te de mon­ta­gem. O seu suces­so esti­mu­lou o finan­ci­a­men­to por par­te da comu­ni­da­de. Even­tu­al­men­te, ele pro­du­ziu mais de 100 zepe­lins para usos mili­ta­res na I Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a guer­ra, os zepe­lins foram usa­dos para bom­bar­de­ar a Grã-Bre­ta­nha a par­tir de 19 de Janei­ro de 1915 com ata­ques a Gre­at Yar­mouth e King’s Lynn. Após a guer­ra, ele con­ti­nu­ou a melho­rar o pro­jec­to e cons­truiu uma fro­ta de diri­gí­veis para ser­vi­ço comer­ci­al de pas­sa­gei­ros, que incluía voos tran­sa­tlân­ti­cos. O uso de Zep­pe­lin ter­mi­nou após o desas­tre do incên­dio de 6 de Maio de 1937 em Lakehurst, N.J., E.U.A.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1894, o físi­co rus­so Pyo­tr Kapit­sa. Ele par­ti­lhou (com Arno Pen­zi­as e Robert Woo­drow Wil­son) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1978 pelas suas inven­ções e des­co­ber­tas bási­cas sobre cam­pos mag­né­ti­cos for­tes na área da físi­ca de bai­xa tem­pe­ra­tu­ra. Ele des­co­briu que o hélio II (a for­ma está­vel de hélio líqui­do infe­ri­or a 2.174 K, ou ‑270.976 C) não tem qua­se vis­co­si­da­de (ou seja, resis­tên­cia ao flu­xo). No final dos anos 40, Kapit­za mudou o seu foco, inven­tan­do gera­do­res de micro-ondas de alta potên­cia — pla­no­tron e nigo­tron (1950–1955) e des­co­briu um novo tipo de des­car­ga con­tí­nua de plas­ma de alta pres­são com tem­pe­ra­tu­ras de elec­trões supe­ri­o­res a um milhão de kelvin.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1895, o físi­co sovié­ti­co Igor Tamm. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1958 com Pavel A. Che­ren­kov e Ilya M. Frank pelos seus esfor­ços em expli­car a radi­a­ção Che­ren­kov. Tamm foi um físi­co teó­ri­co notá­vel, após pes­qui­sas ini­ci­ais em cris­ta­lo-ópti­ca, desen­vol­veu um méto­do para inter­pre­tar a inte­rac­ção das par­tí­cu­las nucle­a­res. Jun­ta­men­te com I. M. Frank, desen­vol­veu a inter­pre­ta­ção teó­ri­ca da radi­a­ção dos elec­trões que se movem atra­vés da maté­ria mais rapi­da­men­te do que a velo­ci­da­de da luz (o efei­to Ceren­kov), e a teo­ria dos chu­vei­ros em rai­os cós­mi­cos. Tam­bém con­tri­buiu para os méto­dos de con­tro­lo das reac­ções termo-nucleares.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1904, o mate­má­ti­co fran­cês Hen­ri Car­tan. Ele fez avan­ços fun­da­men­tais na teo­ria das fun­ções ana­lí­ti­cas, tra­ba­lhou na teo­ria das rol­da­nas, teo­ria homo­ló­gi­ca, topo­lo­gia algé­bri­ca e teo­ria do poten­ci­al. Jun­ta­men­te com outros, tais como Weil e Dieu­don­né, Hen­ri Car­tan escre­veu sob o nome de Bour­ba­ki. Elé­ments de mathé­ma­ti­que de Bour­ba­ki con­tém mais de 30 volu­mes e pre­ten­de apre­sen­tar a mate­má­ti­ca de modo a ilus­trar a estru­tu­ra axi­o­má­ti­ca da mate­má­ti­ca moderna.

Faz hoje 10 anos que foi lan­ça­do pela ulti­ma vez o vai­vém Atlan­tis. Foi a ulti­ma vez que vai­véns da clas­se Spa­ce Shut­tle seria lan­ça­da. Este em par­ti­cu­lar com­ple­tou 33 voos depois de ter sido lan­ça­do pela pri­mei­ra vez em 1985. Nes­ta ulti­ma mis­são foi rea­bas­te­cer a ISS e tra­zer algum equi­pa­men­to dani­fi­ca­do. Foi lan­ça­do com uma tri­pu­la­ção de qua­tro astro­nau­tas e a mis­são durou 12 dias e 18 horas, ten­do per­cor­ri­do um total de 8.505.161 km. Foi a mis­são nº 135 dos Spa­ce Shut­tles. Esta clas­se de vai­véns ficou para his­tó­ria devi­do aos dois desas­tres com o Chal­len­ger e com o Colum­bia que resul­ta­ram na mor­te de todos os tri­pu­lan­tes. Foram cons­truí­dos no total 5 Spa­ce Shuttles.

Nes­ta sema­na que pas­sou os astro­nau­tas chi­ne­ses a bor­do da esta­ção orbi­tal chi­ne­sa Tia­nhe fize­ram a pri­mei­ra cami­nha­da espa­ci­al. Esti­ve­ram a ins­ta­lar câma­ras e outros equi­pa­men­tos fazen­do uso de um bra­ço robó­ti­co com cer­ca de 15 metros de com­pri­men­to. Os astro­nau­tas Liu e Tang pas­sa­ram cer­ca de sete horas fora da esta­ção orbital.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou, mas em Mar­te, o heli­cóp­te­ro Inge­nuity com­ple­ta o seu nono voo na super­fí­cie de Mar­te. Este 9º voo não era como os voos que o pre­ce­de­ram. Que­brou os recor­des de dura­ção de voo e velo­ci­da­de de cru­zei­ro, e qua­se qua­dru­pli­cou a dis­tân­cia voa­da entre dois locais. Mas o que real­men­te dis­tin­guiu o voo foi o ter­re­no a que o Inge­nui­da­de teve de nego­ci­ar duran­te os seus 2 minu­tos e 46 segun­dos no ar — uma área cha­ma­da “Séí­tah” que seria difí­cil de atra­ves­sar com um veí­cu­lo ter­res­tre como o Per­se­ve­ran­ce. Este voo foi tam­bém expli­ci­ta­men­te con­ce­bi­do para ter valor cien­tí­fi­co, for­ne­cen­do a pri­mei­ra visão de per­to dos prin­ci­pais alvos da ciên­cia que o “Rover” não alcan­ça­rá duran­te bas­tan­te tempo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “A Prac­ti­cal Intro­duc­ti­on to Python Programming”.

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