Newsletter Nº323

Newsletter Nº323
News­let­ter Nº323

Faz hoje anos que nas­cia, em 1831, o far­ma­cêu­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no John Stith Pem­ber­ton. Ele ficou conhe­ci­do por ter inven­ta­do a Coca-Cola em 1885. No iní­cio era um tóni­co, o vinho fran­cês Coca. Mais tar­de ele modi­fi­cou a fór­mu­la reti­ran­do o álco­ol e adi­ci­o­nan­do outras essên­ci­as vege­tais. O novo xaro­pe des­ti­na­va-se a ser uma cura segu­ra para as dores de cabe­ça. A 29 de Maio de 1886, a Coca-Cola foi anun­ci­a­da pela pri­mei­ra vez no Diá­rio de Atlan­ta. Pem­ber­ton ven­deu mais tar­de a recei­ta, equi­pa­men­to e maqui­na­ria para fabri­car a bebi­da a Asa G. Can­dler por $1200.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o inven­tor, enge­nhei­ro e fabri­can­te ale­mão Fer­di­nand von Zep­pe­lin. Ele foi o pio­nei­ro da avi­a­ção que cons­truiu as pri­mei­ras aero­na­ves diri­gí­veis rígi­das, cha­ma­das Zep­pe­lins. Depois de se refor­mar de uma car­rei­ra mili­tar (1890), dedi­cou dez anos à con­cep­ção e cons­tru­ção da sua pri­mei­ra bem suce­di­da embar­ca­ção ligei­ro-ar, a LZ‑1. Paten­te­ou a sua ideia a 31 de Agos­to de 1895 e for­mou uma empre­sa para a cons­tru­ção de diri­gí­veis em 1898. O seu pri­mei­ro diri­gí­vel des­co­lou a 2 de Julho de 1900 no Lago Cons­tan­ça, onde tinha sido mon­ta­do num han­gar flu­tu­an­te de mon­ta­gem. O seu suces­so esti­mu­lou o finan­ci­a­men­to por par­te da comu­ni­da­de. Even­tu­al­men­te, ele pro­du­ziu mais de 100 zepe­lins para usos mili­ta­res na I Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a guer­ra, os zepe­lins foram usa­dos para bom­bar­de­ar a Grã-Bre­ta­nha a par­tir de 19 de Janei­ro de 1915 com ata­ques a Gre­at Yar­mouth e King’s Lynn. Após a guer­ra, ele con­ti­nu­ou a melho­rar o pro­jec­to e cons­truiu uma fro­ta de diri­gí­veis para ser­vi­ço comer­ci­al de pas­sa­gei­ros, que incluía voos tran­sa­tlân­ti­cos. O uso de Zep­pe­lin ter­mi­nou após o desas­tre do incên­dio de 6 de Maio de 1937 em Lakehurst, N.J., E.U.A.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1894, o físi­co rus­so Pyo­tr Kapit­sa. Ele par­ti­lhou (com Arno Pen­zi­as e Robert Woo­drow Wil­son) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1978 pelas suas inven­ções e des­co­ber­tas bási­cas sobre cam­pos mag­né­ti­cos for­tes na área da físi­ca de bai­xa tem­pe­ra­tu­ra. Ele des­co­briu que o hélio II (a for­ma está­vel de hélio líqui­do infe­ri­or a 2.174 K, ou ‑270.976 C) não tem qua­se vis­co­si­da­de (ou seja, resis­tên­cia ao flu­xo). No final dos anos 40, Kapit­za mudou o seu foco, inven­tan­do gera­do­res de micro-ondas de alta potên­cia — pla­no­tron e nigo­tron (1950–1955) e des­co­briu um novo tipo de des­car­ga con­tí­nua de plas­ma de alta pres­são com tem­pe­ra­tu­ras de elec­trões supe­ri­o­res a um milhão de kelvin.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1895, o físi­co sovié­ti­co Igor Tamm. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1958 com Pavel A. Che­ren­kov e Ilya M. Frank pelos seus esfor­ços em expli­car a radi­a­ção Che­ren­kov. Tamm foi um físi­co teó­ri­co notá­vel, após pes­qui­sas ini­ci­ais em cris­ta­lo-ópti­ca, desen­vol­veu um méto­do para inter­pre­tar a inte­rac­ção das par­tí­cu­las nucle­a­res. Jun­ta­men­te com I. M. Frank, desen­vol­veu a inter­pre­ta­ção teó­ri­ca da radi­a­ção dos elec­trões que se movem atra­vés da maté­ria mais rapi­da­men­te do que a velo­ci­da­de da luz (o efei­to Ceren­kov), e a teo­ria dos chu­vei­ros em rai­os cós­mi­cos. Tam­bém con­tri­buiu para os méto­dos de con­tro­lo das reac­ções termo-nucleares.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1904, o mate­má­ti­co fran­cês Hen­ri Car­tan. Ele fez avan­ços fun­da­men­tais na teo­ria das fun­ções ana­lí­ti­cas, tra­ba­lhou na teo­ria das rol­da­nas, teo­ria homo­ló­gi­ca, topo­lo­gia algé­bri­ca e teo­ria do poten­ci­al. Jun­ta­men­te com outros, tais como Weil e Dieu­don­né, Hen­ri Car­tan escre­veu sob o nome de Bour­ba­ki. Elé­ments de mathé­ma­ti­que de Bour­ba­ki con­tém mais de 30 volu­mes e pre­ten­de apre­sen­tar a mate­má­ti­ca de modo a ilus­trar a estru­tu­ra axi­o­má­ti­ca da mate­má­ti­ca moderna.

Faz hoje 10 anos que foi lan­ça­do pela ulti­ma vez o vai­vém Atlan­tis. Foi a ulti­ma vez que vai­véns da clas­se Spa­ce Shut­tle seria lan­ça­da. Este em par­ti­cu­lar com­ple­tou 33 voos depois de ter sido lan­ça­do pela pri­mei­ra vez em 1985. Nes­ta ulti­ma mis­são foi rea­bas­te­cer a ISS e tra­zer algum equi­pa­men­to dani­fi­ca­do. Foi lan­ça­do com uma tri­pu­la­ção de qua­tro astro­nau­tas e a mis­são durou 12 dias e 18 horas, ten­do per­cor­ri­do um total de 8.505.161 km. Foi a mis­são nº 135 dos Spa­ce Shut­tles. Esta clas­se de vai­véns ficou para his­tó­ria devi­do aos dois desas­tres com o Chal­len­ger e com o Colum­bia que resul­ta­ram na mor­te de todos os tri­pu­lan­tes. Foram cons­truí­dos no total 5 Spa­ce Shuttles.

Nes­ta sema­na que pas­sou os astro­nau­tas chi­ne­ses a bor­do da esta­ção orbi­tal chi­ne­sa Tia­nhe fize­ram a pri­mei­ra cami­nha­da espa­ci­al. Esti­ve­ram a ins­ta­lar câma­ras e outros equi­pa­men­tos fazen­do uso de um bra­ço robó­ti­co com cer­ca de 15 metros de com­pri­men­to. Os astro­nau­tas Liu e Tang pas­sa­ram cer­ca de sete horas fora da esta­ção orbital.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou, mas em Mar­te, o heli­cóp­te­ro Inge­nuity com­ple­ta o seu nono voo na super­fí­cie de Mar­te. Este 9º voo não era como os voos que o pre­ce­de­ram. Que­brou os recor­des de dura­ção de voo e velo­ci­da­de de cru­zei­ro, e qua­se qua­dru­pli­cou a dis­tân­cia voa­da entre dois locais. Mas o que real­men­te dis­tin­guiu o voo foi o ter­re­no a que o Inge­nui­da­de teve de nego­ci­ar duran­te os seus 2 minu­tos e 46 segun­dos no ar — uma área cha­ma­da “Séí­tah” que seria difí­cil de atra­ves­sar com um veí­cu­lo ter­res­tre como o Per­se­ve­ran­ce. Este voo foi tam­bém expli­ci­ta­men­te con­ce­bi­do para ter valor cien­tí­fi­co, for­ne­cen­do a pri­mei­ra visão de per­to dos prin­ci­pais alvos da ciên­cia que o “Rover” não alcan­ça­rá duran­te bas­tan­te tempo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “A Prac­ti­cal Intro­duc­ti­on to Python Programming”.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.