Newsletter Nº326

Newsletter Nº326
News­let­ter Nº326

Faz hoje anos que nas­cia, em 1796, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Wal­ter Hunt. Ele con­ce­beu a pri­mei­ra espin­gar­da de repe­ti­ção. Hunt come­çou a inven­tar no final da ado­les­cên­cia uma máqui­na para fiar linho, que paten­te­ou em 1826. Inven­tou tam­bém um gon­go para bom­bei­ros (1827), uma ser­ra flo­res­tal, um fogão que quei­ma­va car­vão duro. Em 1834, inven­tou uma máqui­na de cos­tu­ra com pon­to de fecha­du­ra, que não paten­te­ou até ser dema­si­a­do tar­de. Embo­ra as suas inven­ções vales­sem a pena, ele não as con­se­guiu comer­ci­a­li­zar efi­caz­men­te. Em 1849, Hunt fez o pri­mei­ro alfi­ne­te de segu­ran­ça a par­tir de um peda­ço de ara­me de latão com cer­ca de oito pole­ga­das de com­pri­men­to, enro­la­do no cen­tro e pro­te­gi­do numa extre­mi­da­de. Paten­te­ou esta inven­ção como um “alfi­ne­te de ves­tuá­rio”, e ven­deu os direi­tos sobre ela por 400 dóla­res. O seu dese­nho de espin­gar­da de 1849 tinha um car­re­ga­dor tubu­lar por bai­xo do cano uti­li­za­do com as suas muni­ções de bola “fogue­te” auto-propulsionadas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1898, o físi­co aus­tría­co-ame­ri­ca­no Isi­dor Isa­ac Rabi. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1944 pela sua inven­ção (em 1937) do méto­do de res­so­nân­cia mag­né­ti­ca ató­mi­ca e de fei­xe mole­cu­lar para medir as pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas dos áto­mos, molé­cu­las, e núcle­os ató­mi­cos. Pas­sou a mai­or par­te da sua vida na Uni­ver­si­da­de de Colum­bia (1929–67), onde rea­li­zou a mai­or par­te da sua inves­ti­ga­ção pio­nei­ra em radar e no momen­to mag­né­ti­co asso­ci­a­do ao spin de elec­trões nas déca­das de 1930 e 1940. O seu tra­ba­lho ven­ce­dor do Nobel levou à inven­ção do laser, do reló­gio ató­mi­co, e aos usos diag­nós­ti­cos da res­so­nân­cia mag­né­ti­ca nucle­ar. Foi ele que deu ori­gem à ideia do cen­tro de inves­ti­ga­ção nucle­ar CERN em Gene­bra (fun­da­do em 1954).

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1914, o inven­tor fran­cês Mar­cel Bich. Ele cons­truiu o seu impé­rio empre­sa­ri­al cri­an­do cane­tas, lami­nas de bar­be­ar e isquei­ros Bic des­car­tá­veis. Em 1945, Mar­cel Bich e o seu ami­go, Edou­ard Buf­fard, adqui­ri­ram uma fábri­ca vazia per­to de Paris, Fran­ça, e logo desen­vol­ve­ram um prós­pe­ro negó­cio, pro­du­zin­do peças para cane­tas de tin­ta per­ma­nen­te e lápis mecâ­ni­cos de chum­bo. Mais tar­de, Bich pas­sou dois anos a desen­vol­ver o seu dese­nho de esfe­ro­grá­fi­cas, e em 1949, con­se­guiu pro­du­zir uma esfe­ro­grá­fi­ca fiá­vel e de bai­xo cus­to. Em 1973, o isquei­ro Bic foi intro­du­zi­do nos EUA, segui­do de Bic Sha­vers, intro­du­zi­do pela pri­mei­ra vez em 1976.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1917, o físi­co inglês Har­ry Boot. Ele tra­ba­lhou com John Ran­dall no desen­vol­vi­men­to do mag­ne­trão da cavi­da­de, o dis­po­si­ti­vo gera­dor de micro-ondas uti­li­za­do no radar. Isto deu uma gran­de con­tri­bui­ção para ven­cer a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Os mag­ne­trões ante­ri­o­res fei­tos na déca­da de 1920 davam uma bai­xa potên­cia de saí­da. Em Feve­rei­ro de 1940, os avan­ços de Ran­dall e Boot na con­cep­ção do mag­ne­trão de cavi­da­de de peque­no tama­nho, pro­du­zi­ram com­pri­men­tos de onda de cen­tí­me­tros a uma potên­cia mui­to supe­ri­or, o que per­mi­tiu ao radar detec­tar objec­tos mais peque­nos. Por sua vez, este equi­pa­men­to mais com­pac­to com uma ante­na mais peque­na per­mi­tiu a fácil ins­ta­la­ção móvel de radar de alta reso­lu­ção em aeronaves.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi envi­a­do para a esta­ção espa­ci­al inter­na­ci­o­nal um novo módu­lo rus­so. Devi­do a um pro­ble­ma téc­ni­co na aco­pla­gem o módu­lo, cha­ma­do Nau­ka, come­çou a dis­pa­rar ines­pe­ra­da­men­te os seus pro­pul­so­res — o que fez com que toda a esta­ção ficas­se fora de posi­ção. O módu­lo cien­tí­fi­co há mui­to espe­ra­do já tinha encon­tra­do vári­as ques­tões téc­ni­cas no seu cami­nho para a ISS, mas uma vez atra­ca­do na esta­ção espa­ci­al na quin­ta-fei­ra de manhã, pare­cia estar ok. Depois cer­ca de três horas após a sua che­ga­da — por vol­ta das 12:34 ET — Nau­ka come­çou subi­ta­men­te a dis­pa­rar os seus pro­pul­so­res. Os astro­nau­tas da ISS dis­se­ram aos con­tro­la­do­res de voo que esta­vam a ver algo estra­nho pelas suas jane­las. Em res­pos­ta à falha, os con­tro­la­do­res de voo come­ça­ram a dis­pa­rar pro­pul­so­res sobre duas outras par­tes do lado rus­so do ISS, incluin­do o módu­lo de ser­vi­ço, naqui­lo a que cha­ma­ram um “tug of war” para colo­car a esta­ção de novo na sua posi­ção nor­mal. Às 13h30 ET, os con­tro­la­do­res de voo da ISS anun­ci­a­ram que os pro­pul­so­res da Nau­ka tinham final­men­te para­do de dis­pa­rar e tinham recu­pe­ra­do o con­tro­lo do posi­ci­o­na­men­to da esta­ção. Duran­te essa hora, Nau­ka tinha roda­do a esta­ção 45 graus.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº 45 e a Mag­PI Nº107 de Agosto.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.