Newsletter Nº347

Newsletter Nº347
News­let­ter Nº347

Faz hoje anos que nas­cia, em 1722, o quí­mi­co e meta­lúr­gi­co sue­co Axel Fre­drik Crons­tedt. Ele foi o pri­mei­ro a iso­lar o níquel (1751) e a notar as suas ligei­ras pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas. Uma nova clas­si­fi­ca­ção quí­mi­ca de mine­rais que ele fez foi tra­du­zi­da para vári­as lín­guas. Os padrões que encon­trou na estru­tu­ra inter­na dos mine­rais per­mi­ti­ram-lhe dis­tin­guir entre os mine­rais sim­ples de um só com­po­nen­te e os com­pos­tos por uma mis­tu­ra de vári­os mine­rais. Des­co­briu o zeó­li­to, um sili­ca­to sua­vi­zan­te da água e ana­li­sou o tungs­ta­to mine­ral de cál­cio de alta den­si­da­de. Atra­vés da uti­li­za­ção hábil do maça­ri­co para inten­si­fi­car uma cha­ma e quei­mar uma peque­na quan­ti­da­de de um mine­ral, pôde fazer uma iden­ti­fi­ca­ção da sua com­po­si­ção quí­mi­ca com base na cor da cha­ma. Ele não inven­tou o ins­tru­men­to, mas fun­dou uma téc­ni­ca de aná­li­se sis­te­má­ti­ca do maçarico.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1732, o indus­tri­al e inven­tor inglês Richard Ark­wright. Ele intro­du­ziu méto­dos de pro­du­ção de fábri­cas têx­teis meca­ni­za­dos e moto­ri­za­dos que foi mui­to bem suce­di­da. A máqui­na Spin­ning-Fra­me que ele inven­tou (1769, paten­te bri­tâ­ni­ca nº 931) para fiar fio de algo­dão uti­li­za­va múl­ti­plos con­jun­tos de rolos empa­re­lha­dos que gira­vam a dife­ren­tes velo­ci­da­des capa­zes de extrair fio com a espes­su­ra cor­rec­ta, e um con­jun­to de fusos para tor­cer as fibras fir­me­men­te jun­tas. Pro­du­ziu um fio mui­to mais for­te do que o fio fei­to pela Spin­ning-Jenny de James Har­gre­a­ves. A máqui­na de Ark­wright era dema­si­a­do gran­de para ser acci­o­na­da manu­al­men­te, por isso ele alimentou‑a com uma roda de água (1771) quan­do ficou conhe­ci­da como a Mol­du­ra de Água. O negó­cio têx­til de Ark­wright expan­diu-se, ele cons­truiu mais fábri­cas, e mais tar­de adop­tou a for­ça do vapor.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1766, o mine­ra­lo­gis­ta sue­co Wilhelm Hisin­ger. Ele her­dou o tra­ba­lho em fer­ro do seu pai, e pros­se­guiu a ciên­cia em pri­va­do. De uma das suas minas de fer­ro em Bastnäs veio um mine­ral de den­si­da­de invul­gar­men­te ele­va­da. Hisin­ger dis­tri­buiu amos­tras a vári­os ana­lis­tas quí­mi­cos euro­peus. Após o seu exa­me em 1803, Mar­tin Kla­proth sus­pei­tou que o mes­mo con­ti­nha um novo ele­men­to. Nes­se ano, tan­to Hisin­ger como Jöns Ber­ze­lius iso­la­ram o novo ele­men­to. Deram-lhe o nome de cerium em reco­nhe­ci­men­to da des­co­ber­ta de Gius­se­pe Piaz­zi da nova plan­ta menor, Ceres, dois anos antes (1 de Janei­ro de 1801). Em 1806, Hisin­ger inves­ti­gou o efei­to da elec­tri­ci­da­de nas solu­ções sali­nas. Ele con­tri­buiu para o conhe­ci­men­to geo­ló­gi­co do seu país, e regis­tou des­co­ber­tas dos seus fós­seis de ani­mais e plan­tas. Tam­bém acu­mu­lou colec­ções de rochas finas, mine­rais e fós­seis, que aca­bou por dar ao museu de his­tó­ria natu­ral sueco.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1822, o inven­tor ale­mão Wilhelm Bau­er. Ele foi um pio­nei­ro dos sub­ma­ri­nos. A 1 de Feve­rei­ro de 1851, no por­to de Kiel, fez uma pro­va de mer­gu­lho no seu pri­mei­ro sub­ma­ri­no, Le Plon­geur-Marin (“O Mer­gu­lha­dor Mari­nho”), ape­nas para afun­dar a 50 pés devi­do a fugas de água no cas­co. Sobre­vi­veu espe­ran­do que a pres­são do ar inte­ri­or, com­pri­mi­da à medi­da que mais água vaza­va para den­tro, igua­las­se a pres­são da água no exte­ri­or. Sete horas mais tar­de, ele e a sua tri­pu­la­ção abri­ram a esco­ti­lha e subi­ram à super­fí­cie para encon­trar ser­vi­ços fune­rá­ri­os em cur­so. Em 1855, Bau­er cons­truiu um sub­ma­ri­no de fer­ro de 52 pés, de qua­tro homens, Le Dia­ble-Marin (“O Dia­bo Mari­nho”) com 11 tri­pu­lan­tes. As foto­gra­fi­as que Bau­er fez atra­vés das suas jane­las são pro­va­vel­men­te as pri­mei­ras tira­das debai­xo de água. Ele tam­bém expe­ri­men­tou a puri­fi­ca­ção do ar e sinais sono­ros subaquáticos.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1938, o cien­tis­ta infor­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Bob Kahn. Ele co-cri­ou os pro­to­co­los de comu­ta­ção de paco­tes que per­mi­tem aos com­pu­ta­do­res tro­car infor­ma­ções na Inter­net. No final dos anos 60, Kahn per­ce­beu que uma rede de comu­ta­ção de paco­tes podia efec­ti­va­men­te trans­mi­tir gran­des quan­ti­da­des de dados entre com­pu­ta­do­res. Jun­ta­men­te com cole­gas cien­tis­tas infor­má­ti­cos Vin­ton Cerf, Lawren­ce Roberts, Paul Baran, e Leo­nard Klein­rock, Kahn cons­truiu a ARPANET, a pri­mei­ra rede a ligar com suces­so com­pu­ta­do­res em todo o país. Kahn e Cerf tam­bém desen­vol­ve­ram o Pro­to­co­lo de Con­tro­lo de Trans­mis­são (TCP) e o Pro­to­co­lo Inter­net (IP), que jun­tos per­mi­tem a comu­ni­ca­ção entre dife­ren­tes tipos de com­pu­ta­do­res e redes; o TCP/IP é o padrão ain­da hoje em uso. É gra­ças aos con­tri­bu­tos de Kahn que é pos­sí­vel nes­te momen­to ler esta newsletter!

Após nove dias e qua­tro minu­tos no céu, o avião expe­ri­men­tal Voya­ger ater­ra­va na Base Aérea Edwards na Cali­fór­nia, com­ple­tan­do o pri­mei­ro voo inin­ter­rup­to à vol­ta do glo­bo com uma úni­ca car­ga de com­bus­tí­vel. Pilo­ta­da pelos ame­ri­ca­nos Dick Rutan e Jea­na Yea­ger, a Voya­ger foi fei­ta prin­ci­pal­men­te de plás­ti­co e papel refor­ça­do e trans­por­tou mais de três vezes o seu peso em com­bus­tí­vel quan­do des­co­lou da Base da For­ça Aérea de Edwards a 14 de Dezem­bro. Quan­do regres­sou, depois de voar 25.012 milhas à vol­ta do pla­ne­ta, já tinha ape­nas cin­co galões de com­bus­tí­vel no seu res­tan­te tan­que de com­bus­tí­vel ope­ra­ci­o­nal. Está­va­mos no ano de 1986.

Em 23 de Dezem­bro de 1672, o astró­no­mo ita­li­a­no Gio­van­ni Cas­si­ni des­co­briu Rhea, a segun­da mai­or lua de Satur­no. Rea é fei­ta de rocha e gelo e está cober­ta de cra­te­ras. Rhea é tam­bém a úni­ca lua des­co­ber­ta a ter uma atmos­fe­ra de oxi­gé­nio. Rea foi a segun­da lua que Cas­si­ni des­co­briu. Ele des­co­briu a lua de Satur­no Iape­tus cer­ca de um ano antes.

Nes­ta sema­na que pas­sou e após mais de duas déca­das de desen­vol­vi­men­to, o teles­có­pio espa­ci­al de pró­xi­ma gera­ção da NASA está na pla­ta­for­ma de lan­ça­men­to. O Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb deve­rá ser lan­ça­do no sába­do (25 de Dezem­bro) duran­te uma jane­la de 32 minu­tos que abre às 7:20 EST (1220 GMT). O enor­me obser­va­tó­rio será lan­ça­do de Kou­rou, Gui­a­na Fran­ce­sa, sobre um fogue­te Ari­a­ne 5 ope­ra­do pelo for­ne­ce­dor euro­peu de lan­ça­men­to Arianespace.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce­Mag nº 50 de Janei­ro. Apro­vei­to para dese­jar a todos votos de Boas Festas.

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Newsletter Nº346

Newsletter Nº346
News­let­ter Nº346

Faz hoje anos que nas­cia, em 1776, o físi­co ale­mão Johann Wilhelm Rit­ter. Ele des­co­briu a região ultra­vi­o­le­ta do espec­tro (1801) e assim aju­dou a alar­gar a visão do homem para além da região estrei­ta da luz visí­vel para abran­ger todo o espec­tro elec­tro­mag­né­ti­co des­de os rai­os gama mais cur­tos até às ondas de rádio mais lon­gas. Após estu­dar a des­co­ber­ta da radi­a­ção infra­ver­me­lha pelo Hers­chel, obser­vou os efei­tos da radi­a­ção solar sobre os sais de pra­ta e dedu­ziu a exis­tên­cia de radi­a­ção fora do espec­tro visí­vel. Tam­bém fez con­tri­bui­ções para a espec­tros­co­pia e para o estu­do da electricidade.

Faz tam­bém hoje anos uqe nas­cia, em 1888, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no Ches­ter Wil­li­ams Rice. Ele, jun­ta­men­te com Edward W. Kel­logg, inven­tou o alti­fa­lan­te de bobi­nas em movimento.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1917, o escri­tor inglês de fic­ção cien­tí­fi­ca Arthur C. Clar­ke. Co-escre­veu o guião do fil­me de 1968: A Spa­ce Odys­sey, um dos fil­mes mais influ­en­tes de todos os tem­pos. Clar­ke foi um escri­tor de fic­ção cien­tí­fi­ca, um ávi­do popu­la­ri­za­dor das via­gens espa­ci­ais, e um futu­ris­ta de uma habi­li­da­de dis­tin­ta. Ele escre­veu mui­tos livros e mui­tos ensai­os para revis­tas popu­la­res. Em 1961, rece­beu o Pré­mio Kalin­ga, um pré­mio da UNESCO para a popu­la­ri­za­ção da ciên­cia. Os seus escri­tos de ciên­cia e fic­ção cien­tí­fi­ca de Clar­ke vale­ram-lhe o moni­ker “Pro­fe­ta da Era Espa­ci­al”. Os seus escri­tos de fic­ção cien­tí­fi­ca, em par­ti­cu­lar, vale­ram-lhe uma série de pré­mi­os Hugo e Nebu­la, que jun­ta­men­te com um gran­de núme­ro de lei­to­res, fize­ram dele uma das figu­ras mais impor­tan­tes do géne­ro. Duran­te mui­tos anos Clar­ke, Robert Hein­lein, e Isa­ac Asi­mov foram conhe­ci­dos como os “Três Gran­des” da fic­ção cien­tí­fi­ca. Clar­ke foi um defen­sor das via­gens espa­ci­ais. Em 1934, ain­da ado­les­cen­te, entrou para o BIS, Bri­tish Inter­pla­ne­tary Soci­ety. Em 1945, propôs um sis­te­ma de comu­ni­ca­ção por saté­li­te uti­li­zan­do órbi­tas geo­es­ta­ci­o­ná­ri­as. Foi pre­si­den­te da Bri­tish Inter­pla­ne­tary Soci­ety de 1946 a 1947 e nova­men­te em 1951–1953.

Nes­ta sema­na que pas­sou e pela pri­mei­ra vez na his­tó­ria, uma nave espa­ci­al tocou o Sol. A Son­da Solar Par­ker da NASA voou ago­ra atra­vés da atmos­fe­ra supe­ri­or do Sol — a coroa — e aí reco­lheu amos­tras de par­tí­cu­las e cam­pos mag­né­ti­cos. O novo mar­co assi­na­la um pas­so impor­tan­te para a Son­da Par­ker Solar e um sal­to gigan­tes­co para a ciên­cia solar. Tal como ater­rar na Lua per­mi­tiu aos cien­tis­tas com­pre­en­der como foi for­ma­da, tocar no pró­prio mate­ri­al de que o Sol é fei­to aju­da­rá os cien­tis­tas a des­co­brir infor­ma­ções crí­ti­cas sobre a nos­sa estre­la mais pró­xi­ma e a sua influên­cia sobre o sis­te­ma solar.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­Pi nº 113 de Dezem­bro. Apro­vei­to para dese­jar a todos votos de Boas Festas.

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Newsletter Nº345

Newsletter Nº345
News­let­ter Nº345

Faz hoje anos que nas­cia, em 1742, o quí­mi­co sue­co Carl Wilhelm Sche­e­le. Ele foi res­pon­sá­vel pela des­co­ber­ta do oxi­gé­nio em 1772. Sche­e­le, um expe­ri­men­ta­dor apu­ra­do, tra­ba­lhou em con­di­ções difí­ceis e mui­tas vezes peri­go­sas. No seu úni­co livro, Obser­va­ções Quí­mi­cas e Expe­ri­ên­ci­as sobre o Ar e o Fogo (1777), ele decla­rou que a atmos­fe­ra é com­pos­ta por dois gases, um de apoio à com­bus­tão, que ele cha­mou “ar de fogo” (oxi­gé­nio), e o outro de pre­ven­ção, que ele cha­mou “ar vici­a­do” (nitro­gé­nio). Devi­do ao atra­so na sua publi­ca­ção, per­deu a pri­o­ri­da­de à des­co­ber­ta de oxi­gé­nio por par­te de Pri­es­tley em 1774. Sche­e­le des­co­briu mui­tas subs­tân­ci­as, tais como o clo­ro (1774), man­ga­nês (1774), tungs­té­nio (1781), molib­dé­nio (1782), gli­ce­rol, áci­do cia­ní­dri­co (prus­sic), áci­do cítri­co, sul­fu­re­to de hidro­gé­nio e flu­o­re­to de hidro­gé­nio. Des­co­briu tam­bém um pro­ces­so que se asse­me­lha à pasteurização.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1839, o mate­má­ti­co ale­mão Gus­tav Roch. Ele deu con­tri­bui­ções sig­ni­fi­ca­ti­vas para a teo­ria das super­fí­ci­es de Riemann.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1868, o Quí­mi­co e físi­co ale­mão Fritz Haber. Foi-lhe atri­bui­do o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca (1918) pelo seu desen­vol­vi­men­to de um méto­do de sín­te­se de amo­nía­co (1909) direc­ta­men­te a par­tir do nitro­gé­nio e hidro­gé­nio. Isto levou à pro­du­ção comer­ci­al em lar­ga esca­la de fer­ti­li­zan­te de azo­to. Com a perí­cia de Carl Bos­ch, um quí­mi­co que tra­ba­lha na Badis­che Ani­lin- und Soda- Fabrik (BASF), os obs­tá­cu­los que impe­di­ram a adop­ção em lar­ga esca­la do pro­ces­so foram ultra­pas­sa­dos e o pro­ces­so Haber-Bos­ch nas­ceu. O pro­ces­so de alta pres­são Haber-Bos­ch seguiu-se na déca­da de 1920. Haber foi tam­bém res­pon­sá­vel pela intro­du­ção de gases vene­no­sos para a guer­ra quí­mi­ca na I Guer­ra Mun­di­al. Sen­do judeu, dei­xou a Ale­ma­nha em 1933 para se exi­lar na Grã-Bre­ta­nha, tra­ba­lhan­do em Cam­brid­ge no Labo­ra­tó­rio Cavendish.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1906, a mate­má­ti­ca nor­te-ame­ri­ca­na Gra­ce Hop­per. Ela foi pio­nei­ra no desen­vol­vi­men­to da tec­no­lo­gia infor­má­ti­ca. Aju­dou John Pres­per Eckert e John Wil­li­am Mau­chly na con­cep­ção e desen­vol­vi­men­to do BINAC (Com­pu­ta­dor Auto­má­ti­co Biná­rio). As suas idei­as con­tri­buí­ram para o pri­mei­ro com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co comer­ci­al, Uni­vac I, e apli­ca­ções navais para COBOL (co-mmon b‑usiness o‑riented l‑anguage). Com um dou­to­ra­men­to em Mate­má­ti­ca pela Uni­ver­si­da­de de Yale (1934), ensi­nou mate­má­ti­ca (Vas­sar, 1931–43), antes de entrar para a Reser­va Naval. Em 1944, foi con­tra­ta­da como Tenen­te (Juni­or Gra­de), des­ta­ca­da para o Bure­au of Ord­nan­ce, onde se envol­veu no desen­vol­vi­men­to pre­co­ce do com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co. Duran­te mais de qua­tro déca­das, foi líder em apli­ca­ções infor­má­ti­cas e lin­gua­gens de programação.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1917, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no James Rainwa­ter. Ele ganhou uma par­te do Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1975 pela sua par­te na deter­mi­na­ção das for­mas assi­mé­tri­cas de cer­tos núcle­os ató­mi­cos. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, Rainwa­ter tra­ba­lhou no Pro­jec­to Manhat­tan para desen­vol­ver a bom­ba ató­mi­ca. Em 1949 come­çou a for­mu­lar uma teo­ria de que nem todos os núcle­os ató­mi­cos são esfé­ri­cos, como então se acre­di­ta­va geral­men­te. A teo­ria foi tes­ta­da expe­ri­men­tal­men­te e con­fir­ma­da pelos físi­cos dina­mar­que­ses Aage N. Bohr e Ben R. Mot­tel­son. Pelo seu tra­ba­lho, os três cien­tis­tas rece­be­ram con­jun­ta­men­te o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1975. Tam­bém rea­li­zou vali­o­sas pes­qui­sas sobre os rai­os X e par­ti­ci­pou em pro­jec­tos de inves­ti­ga­ção da Comis­são de Ener­gia Ató­mi­ca e naval.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1919, o quí­mi­co e físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wil­li­am Lips­comb. Ele ganhou o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1976 pela sua inves­ti­ga­ção sobre a estru­tu­ra dos bora­nos (com­pos­tos de hidre­to de boro), tra­ba­lho que tam­bém res­pon­deu a ques­tões gerais sobre a liga­ção quí­mi­ca. Os bora­nos tor­na­ram-se impor­tan­tes na inves­ti­ga­ção quí­mi­ca nos anos 40 e 50 devi­do à neces­si­da­de de encon­trar com­pos­tos de urâ­nio volá­teis (boroi­dri­dos) para a sepa­ra­ção de isó­to­pos, bem como à neces­si­da­de de desen­vol­ver com­bus­tí­veis de alta ener­gia para fogue­tes e aviões a jac­to. Para mape­ar as estru­tu­ras mole­cu­la­res dos bora­nos, Lips­comb desen­vol­veu tam­bém téc­ni­cas de rai­os X que mais tar­de encon­tra­ram apli­ca­ção em mui­tas outras áre­as de inves­ti­ga­ção quí­mi­ca. Os inte­res­ses de inves­ti­ga­ção de Lips­comb incluíam a rela­ção da estru­tu­ra tri­di­men­si­o­nal e meca­nis­mos de enzi­mas e outras proteínas.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1926, o físi­co nucle­ar nor­te-ame­ri­ca­no Henry Way Ken­dall. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1990 com Jero­me Isa­ac Fri­ed­man e Richard E. Tay­lor pela obten­ção de pro­vas expe­ri­men­tais da exis­tên­cia das par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas conhe­ci­das como quarks. Para estu­dar a estru­tu­ra inter­na do pro­tão, tra­ba­lha­ram com o ace­le­ra­dor line­ar de 3 km recen­te­men­te inau­gu­ra­do em Stan­ford (SLAC). Os elec­trões foram ace­le­ra­dos para uma ener­gia de 20.000 milhões de elec­trões-volts e diri­gi­dos con­tra um alvo de hidro­gé­nio líqui­do. Em 1969, Ken­dall aju­dou a fun­dar a União de Cien­tis­tas Pre­o­cu­pa­dos. Em 1997, em liga­ção com a Cimei­ra do Cli­ma de Qui­o­to, aju­dou a pro­du­zir uma decla­ra­ção assi­na­da por 2.000 cien­tis­tas ape­lan­do à acção sobre o aque­ci­men­to global.

Em 1968 era apre­sen­ta­do o pri­mei­ro rato para com­pu­ta­dor. Foi na Fall Joint Com­pu­ter Con­fe­ren­ce da Ame­ri­can Fede­ra­ti­on of Infor­ma­ti­on Pro­ces­sing Soci­e­ti­es na Uni­ver­si­da­de de Stan­ford, Cali­fór­nia. O inven­tor do rato, Doug Engel­bart e uma peque­na equi­pa de inves­ti­ga­do­res do Ins­ti­tu­to de Inves­ti­ga­ção de Stan­ford aba­na­ram o mun­do infor­má­ti­co com uma extra­or­di­ná­ria demons­tra­ção numa con­fe­rên­cia infor­má­ti­ca em São Fran­cis­co. Estre­a­ram o rato de com­pu­ta­dor, a inter­fa­ce grá­fi­ca do uti­li­za­dor, a edi­ção de ecrã e tex­tos e grá­fi­cos inte­gra­dos, hiper-docu­men­tos, e vídeo-con­fe­rên­ci­as de duas vias com espa­ços de tra­ba­lho par­ti­lha­dos. Estes con­cei­tos e tec­no­lo­gi­as deve­ri­am tor­nar-se as pedras angu­la­res da moder­na com­pu­ta­ção inte­rac­ti­va. Engel­bart paten­te­ou o rato a 17 de Novem­bro de 1970.

Na sema­na que pas­sou foi reve­la­da uma foto­gra­fia tira­da pelo rover chi­nês, o Yutu‑2, de um objec­to em for­ma de cubo na super­fí­cie da Lua. A equi­pa do rover está a pla­ne­ar pas­sar mais per­to do local para ver de per­to o objecto.

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Newsletter Nº344

Newsletter Nº344
News­let­ter Nº344

Faz hoje anos que nas­cia, em 1761, o inven­tor fran­cês Nico­las Louis Robert. Ele foi res­pon­sá­vel pela inven­ção da máqui­na de papel con­tí­nua, enquan­to tra­ba­lha­va na Esson­nes, Fran­ça, fábri­ca de papel da famí­lia Didot de impres­so­ras e edi­to­res. Fez o seu pri­mei­ro mode­lo para o pro­ces­so em 1797, um pro­tó­ti­po em 1798, e obte­ve uma paten­te em 18 de Janei­ro de 1799. O papel foi for­ma­do e trans­por­ta­do numa cin­ta móvel de gaze de ara­me. Didot foi no iní­cio cép­ti­co, depois enco­ra­jou Robert a melho­rar a inven­ção, ain­da imper­fei­ta. Depois de Robert ter fica­do insa­tis­fei­to com o acor­do finan­cei­ro dos seus esfor­ços, par­tiu e ten­tou mon­tar a sua pró­pria fábri­ca de papel. Quan­do este empre­en­di­men­to falhou por fal­ta de capi­tal, ele ven­deu os direi­tos de paten­te à Didot. A sua ideia aca­bou por ser desen­vol­vi­da com mais suces­so em Ingla­ter­ra pelos irmãos Four­dri­ni­er, assis­ti­dos pelo mecâ­ni­co Bryan Donkin.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1881, o físi­co ale­mão Hein­ri­ch Barkhau­sen. Ele des­co­briu o efei­to Barkhau­sen (1919), um prin­cí­pio rela­ti­vo às alte­ra­ções das pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas do metal. O seu tra­ba­lho em acús­ti­ca e mag­ne­tis­mo levou à des­co­ber­ta de que a mag­ne­ti­za­ção afec­ta domí­ni­os intei­ros de um mate­ri­al fer­ro­mag­né­ti­co, e não ape­nas os áto­mos indi­vi­du­ais. Des­co­briu que um aumen­to len­to e sua­ve de um cam­po mag­né­ti­co apli­ca­do a uma peça de mate­ri­al fer­ro­mag­né­ti­co, como o fer­ro, pro­vo­ca a sua mag­ne­ti­za­ção, não con­tí­nua mas em pas­sos minús­cu­los. Com Karl Kurz, desen­vol­veu o osci­la­dor Barkhau­sen- Kurz (1920) para frequên­ci­as ultra-altas (pre­cur­sor do tubo de micro-ondas), levan­do à com­pre­en­são do prin­cí­pio da modu­la­ção da velo­ci­da­de. É tam­bém conhe­ci­do por expe­ri­ên­ci­as em trans­mis­sões de rádio de ondas curtas.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1905, o inven­tor ger­ma­no-ame­ri­ca­no Semi Joseph Begun. Ele cons­truiu o pri­mei­ro gra­va­dor para radi­o­di­fu­são (1934), que mais tar­de foi uti­li­za­do nos Jogos Olím­pi­cos de 1936. Após a II Guer­ra Mun­di­al, con­ti­nu­ou a tra­ba­lhar em supor­tes de gra­va­ção mag­né­ti­cos base­a­dos no reves­ti­men­to de papel e fita plás­ti­ca com sus­pen­sões fer­ro­mag­né­ti­cas em pó. Begun desen­vol­veu o pri­mei­ro gra­va­dor de fita de con­su­mo nos Esta­dos Uni­dos sob o nome comer­ci­al Sound Mir­ror. Tam­bém nego­ci­ou o pri­mei­ro acor­do de for­ne­ci­men­to de fita mag­né­ti­ca com a 3M — que se tor­nou uma impor­tan­te linha de pro­du­tos. Tam­bém inven­tou o Mail-A-Voi­ce, que gra­vou mag­ne­ti­ca­men­te num dos lados de um dis­co de papel para cor­res­pon­dên­cia postal.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1906, o enge­nhei­ro hún­ga­ro-ame­ri­ca­no Peter Carl Gold­mark. Ele, enquan­to tra­ba­lha­va para a Colum­bia Bro­ad­cas­ting Sys­tem (CBS), desen­vol­veu o pri­mei­ro sis­te­ma comer­ci­al de tele­vi­são a cores (1936), que uti­li­za­va um dis­co de três cores rota­ti­vo. Embo­ra ini­ci­al­men­te apro­va­do pela Comis­são Fede­ral de Comu­ni­ca­ções, foi pos­te­ri­or­men­te subs­ti­tuí­do por um sis­te­ma de cor total­men­te elec­tró­ni­co que era com­pa­tí­vel com con­jun­tos a pre­to e bran­co. A Gold­mark tam­bém desen­vol­veu o fonó­gra­fo LP 33–1/3 que aumen­tou gran­de­men­te o tem­po de repro­du­ção de dis­cos, o que revo­lu­ci­o­nou a indús­tria fono­grá­fi­ca. Foi tam­bém pio­nei­ro na gra­va­ção de cas­se­tes de vídeo, e desen­vol­veu um sis­te­ma de digi­ta­li­za­ção uti­li­za­do pela nave espa­ci­al Lunar Orbi­ter em 1966 para trans­mi­tir foto­gra­fi­as à ter­ra a par­tir da lua.

Em 1877, Louis-Paul Cail­le­tet (1832–1913) tor­nou-se o pri­mei­ro a lique­fa­zer oxi­gé­nio. Pou­co tem­po depois, foi tam­bém o pri­mei­ro a lique­fa­zer azo­to, hidro­gé­nio, dió­xi­do de azo­to, monó­xi­do de car­bo­no, e ace­ti­le­no. Cail­le­tet per­ce­beu que o fra­cas­so de outros em lique­fa­zer os gases per­ma­nen­tes, mes­mo sob enor­mes pres­sões, foi expli­ca­do pelo con­cei­to de tem­pe­ra­tu­ra crí­ti­ca de Tho­mas Andrews. Ele con­se­guiu pro­du­zir oxi­gé­nio líqui­do ao per­mi­tir que o gás frio e com­pri­mi­do se expan­dis­se, depen­den­do do efei­to des­co­ber­to por Jou­le e Thom­son, que arre­fe­ceu o gás até abai­xo da sua tem­pe­ra­tu­ra crí­ti­ca. Em expe­ri­ên­ci­as pos­te­ri­o­res, lique­fez nitro­gé­nio e ar. Raoul Pic­tet, tra­ba­lhan­do de for­ma inde­pen­den­te, uti­li­zou uma téc­ni­ca semelhante.

Faz hoje 50 anos que os rus­sos con­se­gui­am entrar na atmos­fe­ra de Mar­te com as naves géme­as Mars 2 e 3. “A Mars 2 sobre-cor­ri­giu, e colo­cou a nave espa­ci­al num ângu­lo de des­ci­da dema­si­a­do incli­na­do para a atmos­fe­ra”, diz Shin­dell, e o “lan­der” bateu com for­ça em Mar­te antes mes­mo de poder lan­çar o seu pára-que­das. “Quan­do atin­giu a atmos­fe­ra, pen­so que esta­va a via­jar algo como seis qui­ló­me­tros por segun­do”. Mar­te 3, no entan­to, con­se­guiu fazer tudo bem. Entrou na atmos­fe­ra mar­ci­a­na a 5,7 qui­ló­me­tros por segun­do, diz Shin­dell, mas foi capaz de tra­var no ar, lan­çar o seu pára-que­das, e tocar sua­ve­men­te numa almo­fa­da de retro­roc­ket thrust. Abriu as suas péta­las, ligou as suas câma­ras, e tirou uma ima­gem cin­zen­ta par­ci­al e difu­sa antes de mor­rer, a mai­o­ria dos dados que reco­lheu nun­ca che­ga­ram ao orbi­ta­dor da Mars 3 para trans­mis­são para a Terra.

Em 1942, o físi­co Enri­co Fer­mi pro­duz a pri­mei­ra reac­ção nucle­ar em cadeia. Foi no Chi­ca­go Pile‑1 (CP‑1), o pri­mei­ro reac­tor nucle­ar arti­fi­ci­al do mun­do, que foi fei­ta a pri­mei­ra reac­ção em cadeia nucle­ar auto-sus­ten­ta­da de ori­gem huma­na. Foi um esfor­ço pro­di­gi­o­so. Físi­cos e fun­ci­o­ná­ri­os, tra­ba­lhan­do 24 horas por dia, cons­truí­ram uma malha de 57 cama­das de metal de urâ­nio e óxi­do de urâ­nio incrus­ta­das em blo­cos de gra­fi­te. Uma estru­tu­ra de madei­ra supor­ta­va a pilha de gra­fi­te. A reac­ção em cadeia fazia par­te do Pro­jec­to Manhat­tan, um pro­jec­to secre­to em tem­po de guer­ra para desen­vol­ver armas nucle­a­res, que ini­ci­ou a era nucle­ar moder­na. Esta foi uma des­co­ber­ta que mudou o mundo.

Em 1982, era fei­to usa­do o pri­mei­ro cora­ção arti­fi­ci­al (o Jarvik‑7) num paci­en­te. Numa ope­ra­ção que durou mais de sete horas, o Dr. Wil­li­am C. DeVri­es subs­ti­tuiu o cora­ção doen­te de Bar­ney Clark. Este foi o pri­mei­ro de uma série de cin­co implan­tes do cora­ção arti­fi­ci­al total do Jar­vik duran­te os três anos seguin­tes. O pri­mei­ro paci­en­te, Bar­ney Clark de 61 anos de ida­de, sobre­vi­veu duran­te 112 dias. Ape­nas outros qua­tro rece­be­ram o Jar­vik como um cora­ção subs­ti­tu­to per­ma­nen­te. O segun­do, Wil­li­am Sch­ro­e­der, viveu 620 dias, mor­ren­do em Agos­to de 1986 aos 54 anos de ida­de. Outros paci­en­tes rece­be­ram o cora­ção arti­fi­ci­al con­ce­bi­do por Robert K. Jar­vik ape­nas como um dis­po­si­ti­vo tem­po­rá­rio enquan­to aguar­da­vam trans­plan­tes cardíacos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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Newsletter Nº343

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Faz hoje anos que nas­cia, em 1816, o astro­fí­si­co e espec­tros­co­pis­ta nor­te-ame­ri­ca­no Lewis Mor­ris Ruther­furd. Ele fez os pri­mei­ros teles­có­pi­os con­ce­bi­dos para foto­gra­fia celes­ti­al. Pro­du­ziu um esque­ma de clas­si­fi­ca­ção de estre­las base­a­do nos seus espec­tros, tal como desen­vol­vi­do de for­ma seme­lhan­te pelo astró­no­mo ita­li­a­no. Ruther­furd pas­sou a sua vida a tra­ba­lhar no seu pró­prio obser­va­tó­rio, cons­truí­do em 1856, onde foto­gra­fou (des­de 1858) a Lua, Júpi­ter, Satur­no, o Sol, e estre­las até à quin­ta mag­ni­tu­de. Ao uti­li­zar a foto­gra­fia para mape­ar aglo­me­ra­dos de estre­las, con­ce­beu um novo micró­me­tro para medir dis­tân­ci­as entre estre­las com mai­or pre­ci­são. Quan­do Ruther­ford ini­ci­ou (1862) os estu­dos espec­tros­có­pi­cos, con­ce­beu gre­lhas de difrac­ção alta­men­te sofisticadas.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1835, o indus­tri­al e filan­tro­po nor­te-ame­ri­ca­no nas­ci­do na Escó­cia Andrew Car­ne­gie. Ele ini­ci­ou a sua car­rei­ra no negó­cio do fer­ro e do aço em 1865, foca­li­za­do no aço a par­tir de 1873, foi pro­pri­e­tá­rio da Homes­te­ad Ste­el Works em 1888, e em 1899 tinha fun­da­do a Car­ne­gie Ste­el Co., que se fun­diu com a Uni­ted Sta­tes Ste­el Corp. em 1901. Dedi­cou então o res­to da sua vida à filan­tro­pia, espe­ci­al­men­te como ben­fei­tor de mais de 1700 bibli­o­te­cas. Tam­bém apoi­ou a edu­ca­ção públi­ca, e a paz inter­na­ci­o­nal. Os seus pais eram tece­lões em tea­res manu­ais na Escó­cia, tor­na­dos pobres pelo adven­to de fábri­cas meca­ni­za­das, e a famí­lia emi­grou para Pitts­burgh, Pen­sil­vâ­nia, EUA, em 1848. Aos 17 anos, tor­nou-se ope­ra­dor tele­grá­fi­co, e em 1859 foi vice-pre­si­den­te da Pennsyl­va­nia Railroad.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1844, o enge­nhei­ro mecâ­ni­co ale­mão Karl Benz. Ele con­ce­beu e cons­truiu o pri­mei­ro auto­mó­vel prá­ti­co do mun­do a ser movi­do por um motor de com­bus­tão inter­na. O pri­mei­ro motor que cons­truiu foi um motor de dois tem­pos, que após dois anos de tra­ba­lho, fun­ci­o­nou pela pri­mei­ra vez a 31 de Dezem­bro de 1879. Obte­ve vári­as paten­tes sobre esta máqui­na, e abriu uma fábri­ca. Depois de desen­vol­ver apoio finan­cei­ro, Benz con­ce­beu uma “car­ru­a­gem moto­ri­za­da”, com um motor base­a­do no ciclo Otto a qua­tro tem­pos. Ao con­trá­rio de Daim­ler, que ins­ta­lou o seu motor num car­ro nor­mal, Benz con­ce­beu não só o seu motor, mas tam­bém ino­vou o veí­cu­lo. A 29 de Janei­ro de 1886, foi-lhe con­ce­di­da uma paten­te sobre o mes­mo e a 3 de Julho de 1886, fez o pri­mei­ro test-dri­ve auto­mó­vel públi­co do mun­do. A ven­da públi­ca come­çou em 1888.

Nes­ta sema­na que pas­sou a nave espa­ci­al DART foi lan­ça­da para o espa­ço. Tra­ta-se da pri­mei­ra mis­são à esca­la mun­di­al para tes­tar a tec­no­lo­gia de defe­sa da Ter­ra con­tra poten­ci­ais peri­gos de aste­rói­des ou come­tas. Ape­nas uma par­te da mai­or estra­té­gia de defe­sa pla­ne­tá­ria da NASA, o DART — cons­truí­do e geri­do pelo Labo­ra­tó­rio de Físi­ca Apli­ca­da (APL) da Johns Hop­kins em Lau­rel, Mary­land — irá coli­dir com um aste­rói­de conhe­ci­do que não é uma ame­a­ça para a Ter­ra. O seu objec­ti­vo é alte­rar ligei­ra­men­te o movi­men­to do aste­rói­de de uma for­ma que pos­sa ser medi­da com pre­ci­são uti­li­zan­do teles­có­pi­os ter­res­tres. DART mos­tra­rá que uma nave espa­ci­al pode nave­gar auto­no­ma­men­te para um aste­rói­de alvo e coli­dir inten­ci­o­nal­men­te com ele — um méto­do de defle­xão cha­ma­do impac­to ciné­ti­co. O tes­te for­ne­ce­rá dados impor­tan­tes para aju­dar a pre­pa­rar melhor um aste­rói­de que pos­sa repre­sen­tar um ris­co de impac­to para a Ter­ra, caso venha a ser des­co­ber­to. LICI­A­Cu­be, um Cube­Sat mon­ta­do com DART e for­ne­ci­do pela Agên­cia Espa­ci­al Ita­li­a­na (ASI), será liber­ta­do antes do impac­to do DART para cap­tu­rar ima­gens do impac­to e da nuvem resul­tan­te de maté­ria ejec­ta­da. Cer­ca de qua­tro anos após o impac­to do DART, o pro­jec­to Hera da ESA (Agên­cia Espa­ci­al Euro­peia) rea­li­za­rá levan­ta­men­tos deta­lha­dos de ambos os aste­rói­des, com par­ti­cu­lar enfo­que na cra­te­ra dei­xa­da pela coli­são do DART e uma deter­mi­na­ção pre­ci­sa da mas­sa do Dimorphos. A nave irá inter­cep­tar o sis­te­ma Didy­mos entre 26 de Setem­bro e 1 de Outu­bro de 2022, coli­din­do inten­ci­o­nal­men­te con­tra Dimorphos a cer­ca de 6 qui­ló­me­tros por segundo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Hacks­pa­ce­Mag Nº49 e a Mag­Pi nº112 de Dezembro.

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