Newsletter Nº345

Newsletter Nº345
News­let­ter Nº345

Faz hoje anos que nas­cia, em 1742, o quí­mi­co sue­co Carl Wilhelm Sche­e­le. Ele foi res­pon­sá­vel pela des­co­ber­ta do oxi­gé­nio em 1772. Sche­e­le, um expe­ri­men­ta­dor apu­ra­do, tra­ba­lhou em con­di­ções difí­ceis e mui­tas vezes peri­go­sas. No seu úni­co livro, Obser­va­ções Quí­mi­cas e Expe­ri­ên­ci­as sobre o Ar e o Fogo (1777), ele decla­rou que a atmos­fe­ra é com­pos­ta por dois gases, um de apoio à com­bus­tão, que ele cha­mou “ar de fogo” (oxi­gé­nio), e o outro de pre­ven­ção, que ele cha­mou “ar vici­a­do” (nitro­gé­nio). Devi­do ao atra­so na sua publi­ca­ção, per­deu a pri­o­ri­da­de à des­co­ber­ta de oxi­gé­nio por par­te de Pri­es­tley em 1774. Sche­e­le des­co­briu mui­tas subs­tân­ci­as, tais como o clo­ro (1774), man­ga­nês (1774), tungs­té­nio (1781), molib­dé­nio (1782), gli­ce­rol, áci­do cia­ní­dri­co (prus­sic), áci­do cítri­co, sul­fu­re­to de hidro­gé­nio e flu­o­re­to de hidro­gé­nio. Des­co­briu tam­bém um pro­ces­so que se asse­me­lha à pasteurização.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1839, o mate­má­ti­co ale­mão Gus­tav Roch. Ele deu con­tri­bui­ções sig­ni­fi­ca­ti­vas para a teo­ria das super­fí­ci­es de Riemann.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1868, o Quí­mi­co e físi­co ale­mão Fritz Haber. Foi-lhe atri­bui­do o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca (1918) pelo seu desen­vol­vi­men­to de um méto­do de sín­te­se de amo­nía­co (1909) direc­ta­men­te a par­tir do nitro­gé­nio e hidro­gé­nio. Isto levou à pro­du­ção comer­ci­al em lar­ga esca­la de fer­ti­li­zan­te de azo­to. Com a perí­cia de Carl Bos­ch, um quí­mi­co que tra­ba­lha na Badis­che Ani­lin- und Soda- Fabrik (BASF), os obs­tá­cu­los que impe­di­ram a adop­ção em lar­ga esca­la do pro­ces­so foram ultra­pas­sa­dos e o pro­ces­so Haber-Bos­ch nas­ceu. O pro­ces­so de alta pres­são Haber-Bos­ch seguiu-se na déca­da de 1920. Haber foi tam­bém res­pon­sá­vel pela intro­du­ção de gases vene­no­sos para a guer­ra quí­mi­ca na I Guer­ra Mun­di­al. Sen­do judeu, dei­xou a Ale­ma­nha em 1933 para se exi­lar na Grã-Bre­ta­nha, tra­ba­lhan­do em Cam­brid­ge no Labo­ra­tó­rio Cavendish.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1906, a mate­má­ti­ca nor­te-ame­ri­ca­na Gra­ce Hop­per. Ela foi pio­nei­ra no desen­vol­vi­men­to da tec­no­lo­gia infor­má­ti­ca. Aju­dou John Pres­per Eckert e John Wil­li­am Mau­chly na con­cep­ção e desen­vol­vi­men­to do BINAC (Com­pu­ta­dor Auto­má­ti­co Biná­rio). As suas idei­as con­tri­buí­ram para o pri­mei­ro com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co comer­ci­al, Uni­vac I, e apli­ca­ções navais para COBOL (co-mmon b‑usiness o‑riented l‑anguage). Com um dou­to­ra­men­to em Mate­má­ti­ca pela Uni­ver­si­da­de de Yale (1934), ensi­nou mate­má­ti­ca (Vas­sar, 1931–43), antes de entrar para a Reser­va Naval. Em 1944, foi con­tra­ta­da como Tenen­te (Juni­or Gra­de), des­ta­ca­da para o Bure­au of Ord­nan­ce, onde se envol­veu no desen­vol­vi­men­to pre­co­ce do com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co. Duran­te mais de qua­tro déca­das, foi líder em apli­ca­ções infor­má­ti­cas e lin­gua­gens de programação.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1917, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no James Rainwa­ter. Ele ganhou uma par­te do Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1975 pela sua par­te na deter­mi­na­ção das for­mas assi­mé­tri­cas de cer­tos núcle­os ató­mi­cos. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, Rainwa­ter tra­ba­lhou no Pro­jec­to Manhat­tan para desen­vol­ver a bom­ba ató­mi­ca. Em 1949 come­çou a for­mu­lar uma teo­ria de que nem todos os núcle­os ató­mi­cos são esfé­ri­cos, como então se acre­di­ta­va geral­men­te. A teo­ria foi tes­ta­da expe­ri­men­tal­men­te e con­fir­ma­da pelos físi­cos dina­mar­que­ses Aage N. Bohr e Ben R. Mot­tel­son. Pelo seu tra­ba­lho, os três cien­tis­tas rece­be­ram con­jun­ta­men­te o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1975. Tam­bém rea­li­zou vali­o­sas pes­qui­sas sobre os rai­os X e par­ti­ci­pou em pro­jec­tos de inves­ti­ga­ção da Comis­são de Ener­gia Ató­mi­ca e naval.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1919, o quí­mi­co e físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Wil­li­am Lips­comb. Ele ganhou o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1976 pela sua inves­ti­ga­ção sobre a estru­tu­ra dos bora­nos (com­pos­tos de hidre­to de boro), tra­ba­lho que tam­bém res­pon­deu a ques­tões gerais sobre a liga­ção quí­mi­ca. Os bora­nos tor­na­ram-se impor­tan­tes na inves­ti­ga­ção quí­mi­ca nos anos 40 e 50 devi­do à neces­si­da­de de encon­trar com­pos­tos de urâ­nio volá­teis (boroi­dri­dos) para a sepa­ra­ção de isó­to­pos, bem como à neces­si­da­de de desen­vol­ver com­bus­tí­veis de alta ener­gia para fogue­tes e aviões a jac­to. Para mape­ar as estru­tu­ras mole­cu­la­res dos bora­nos, Lips­comb desen­vol­veu tam­bém téc­ni­cas de rai­os X que mais tar­de encon­tra­ram apli­ca­ção em mui­tas outras áre­as de inves­ti­ga­ção quí­mi­ca. Os inte­res­ses de inves­ti­ga­ção de Lips­comb incluíam a rela­ção da estru­tu­ra tri­di­men­si­o­nal e meca­nis­mos de enzi­mas e outras proteínas.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1926, o físi­co nucle­ar nor­te-ame­ri­ca­no Henry Way Ken­dall. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1990 com Jero­me Isa­ac Fri­ed­man e Richard E. Tay­lor pela obten­ção de pro­vas expe­ri­men­tais da exis­tên­cia das par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas conhe­ci­das como quarks. Para estu­dar a estru­tu­ra inter­na do pro­tão, tra­ba­lha­ram com o ace­le­ra­dor line­ar de 3 km recen­te­men­te inau­gu­ra­do em Stan­ford (SLAC). Os elec­trões foram ace­le­ra­dos para uma ener­gia de 20.000 milhões de elec­trões-volts e diri­gi­dos con­tra um alvo de hidro­gé­nio líqui­do. Em 1969, Ken­dall aju­dou a fun­dar a União de Cien­tis­tas Pre­o­cu­pa­dos. Em 1997, em liga­ção com a Cimei­ra do Cli­ma de Qui­o­to, aju­dou a pro­du­zir uma decla­ra­ção assi­na­da por 2.000 cien­tis­tas ape­lan­do à acção sobre o aque­ci­men­to global.

Em 1968 era apre­sen­ta­do o pri­mei­ro rato para com­pu­ta­dor. Foi na Fall Joint Com­pu­ter Con­fe­ren­ce da Ame­ri­can Fede­ra­ti­on of Infor­ma­ti­on Pro­ces­sing Soci­e­ti­es na Uni­ver­si­da­de de Stan­ford, Cali­fór­nia. O inven­tor do rato, Doug Engel­bart e uma peque­na equi­pa de inves­ti­ga­do­res do Ins­ti­tu­to de Inves­ti­ga­ção de Stan­ford aba­na­ram o mun­do infor­má­ti­co com uma extra­or­di­ná­ria demons­tra­ção numa con­fe­rên­cia infor­má­ti­ca em São Fran­cis­co. Estre­a­ram o rato de com­pu­ta­dor, a inter­fa­ce grá­fi­ca do uti­li­za­dor, a edi­ção de ecrã e tex­tos e grá­fi­cos inte­gra­dos, hiper-docu­men­tos, e vídeo-con­fe­rên­ci­as de duas vias com espa­ços de tra­ba­lho par­ti­lha­dos. Estes con­cei­tos e tec­no­lo­gi­as deve­ri­am tor­nar-se as pedras angu­la­res da moder­na com­pu­ta­ção inte­rac­ti­va. Engel­bart paten­te­ou o rato a 17 de Novem­bro de 1970.

Na sema­na que pas­sou foi reve­la­da uma foto­gra­fia tira­da pelo rover chi­nês, o Yutu‑2, de um objec­to em for­ma de cubo na super­fí­cie da Lua. A equi­pa do rover está a pla­ne­ar pas­sar mais per­to do local para ver de per­to o objecto.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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