Newsletter Nº347

Newsletter Nº347
News­let­ter Nº347

Faz hoje anos que nas­cia, em 1722, o quí­mi­co e meta­lúr­gi­co sue­co Axel Fre­drik Crons­tedt. Ele foi o pri­mei­ro a iso­lar o níquel (1751) e a notar as suas ligei­ras pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas. Uma nova clas­si­fi­ca­ção quí­mi­ca de mine­rais que ele fez foi tra­du­zi­da para vári­as lín­guas. Os padrões que encon­trou na estru­tu­ra inter­na dos mine­rais per­mi­ti­ram-lhe dis­tin­guir entre os mine­rais sim­ples de um só com­po­nen­te e os com­pos­tos por uma mis­tu­ra de vári­os mine­rais. Des­co­briu o zeó­li­to, um sili­ca­to sua­vi­zan­te da água e ana­li­sou o tungs­ta­to mine­ral de cál­cio de alta den­si­da­de. Atra­vés da uti­li­za­ção hábil do maça­ri­co para inten­si­fi­car uma cha­ma e quei­mar uma peque­na quan­ti­da­de de um mine­ral, pôde fazer uma iden­ti­fi­ca­ção da sua com­po­si­ção quí­mi­ca com base na cor da cha­ma. Ele não inven­tou o ins­tru­men­to, mas fun­dou uma téc­ni­ca de aná­li­se sis­te­má­ti­ca do maçarico.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1732, o indus­tri­al e inven­tor inglês Richard Ark­wright. Ele intro­du­ziu méto­dos de pro­du­ção de fábri­cas têx­teis meca­ni­za­dos e moto­ri­za­dos que foi mui­to bem suce­di­da. A máqui­na Spin­ning-Fra­me que ele inven­tou (1769, paten­te bri­tâ­ni­ca nº 931) para fiar fio de algo­dão uti­li­za­va múl­ti­plos con­jun­tos de rolos empa­re­lha­dos que gira­vam a dife­ren­tes velo­ci­da­des capa­zes de extrair fio com a espes­su­ra cor­rec­ta, e um con­jun­to de fusos para tor­cer as fibras fir­me­men­te jun­tas. Pro­du­ziu um fio mui­to mais for­te do que o fio fei­to pela Spin­ning-Jenny de James Har­gre­a­ves. A máqui­na de Ark­wright era dema­si­a­do gran­de para ser acci­o­na­da manu­al­men­te, por isso ele alimentou‑a com uma roda de água (1771) quan­do ficou conhe­ci­da como a Mol­du­ra de Água. O negó­cio têx­til de Ark­wright expan­diu-se, ele cons­truiu mais fábri­cas, e mais tar­de adop­tou a for­ça do vapor.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1766, o mine­ra­lo­gis­ta sue­co Wilhelm Hisin­ger. Ele her­dou o tra­ba­lho em fer­ro do seu pai, e pros­se­guiu a ciên­cia em pri­va­do. De uma das suas minas de fer­ro em Bastnäs veio um mine­ral de den­si­da­de invul­gar­men­te ele­va­da. Hisin­ger dis­tri­buiu amos­tras a vári­os ana­lis­tas quí­mi­cos euro­peus. Após o seu exa­me em 1803, Mar­tin Kla­proth sus­pei­tou que o mes­mo con­ti­nha um novo ele­men­to. Nes­se ano, tan­to Hisin­ger como Jöns Ber­ze­lius iso­la­ram o novo ele­men­to. Deram-lhe o nome de cerium em reco­nhe­ci­men­to da des­co­ber­ta de Gius­se­pe Piaz­zi da nova plan­ta menor, Ceres, dois anos antes (1 de Janei­ro de 1801). Em 1806, Hisin­ger inves­ti­gou o efei­to da elec­tri­ci­da­de nas solu­ções sali­nas. Ele con­tri­buiu para o conhe­ci­men­to geo­ló­gi­co do seu país, e regis­tou des­co­ber­tas dos seus fós­seis de ani­mais e plan­tas. Tam­bém acu­mu­lou colec­ções de rochas finas, mine­rais e fós­seis, que aca­bou por dar ao museu de his­tó­ria natu­ral sueco.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1822, o inven­tor ale­mão Wilhelm Bau­er. Ele foi um pio­nei­ro dos sub­ma­ri­nos. A 1 de Feve­rei­ro de 1851, no por­to de Kiel, fez uma pro­va de mer­gu­lho no seu pri­mei­ro sub­ma­ri­no, Le Plon­geur-Marin (“O Mer­gu­lha­dor Mari­nho”), ape­nas para afun­dar a 50 pés devi­do a fugas de água no cas­co. Sobre­vi­veu espe­ran­do que a pres­são do ar inte­ri­or, com­pri­mi­da à medi­da que mais água vaza­va para den­tro, igua­las­se a pres­são da água no exte­ri­or. Sete horas mais tar­de, ele e a sua tri­pu­la­ção abri­ram a esco­ti­lha e subi­ram à super­fí­cie para encon­trar ser­vi­ços fune­rá­ri­os em cur­so. Em 1855, Bau­er cons­truiu um sub­ma­ri­no de fer­ro de 52 pés, de qua­tro homens, Le Dia­ble-Marin (“O Dia­bo Mari­nho”) com 11 tri­pu­lan­tes. As foto­gra­fi­as que Bau­er fez atra­vés das suas jane­las são pro­va­vel­men­te as pri­mei­ras tira­das debai­xo de água. Ele tam­bém expe­ri­men­tou a puri­fi­ca­ção do ar e sinais sono­ros subaquáticos.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1938, o cien­tis­ta infor­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Bob Kahn. Ele co-cri­ou os pro­to­co­los de comu­ta­ção de paco­tes que per­mi­tem aos com­pu­ta­do­res tro­car infor­ma­ções na Inter­net. No final dos anos 60, Kahn per­ce­beu que uma rede de comu­ta­ção de paco­tes podia efec­ti­va­men­te trans­mi­tir gran­des quan­ti­da­des de dados entre com­pu­ta­do­res. Jun­ta­men­te com cole­gas cien­tis­tas infor­má­ti­cos Vin­ton Cerf, Lawren­ce Roberts, Paul Baran, e Leo­nard Klein­rock, Kahn cons­truiu a ARPANET, a pri­mei­ra rede a ligar com suces­so com­pu­ta­do­res em todo o país. Kahn e Cerf tam­bém desen­vol­ve­ram o Pro­to­co­lo de Con­tro­lo de Trans­mis­são (TCP) e o Pro­to­co­lo Inter­net (IP), que jun­tos per­mi­tem a comu­ni­ca­ção entre dife­ren­tes tipos de com­pu­ta­do­res e redes; o TCP/IP é o padrão ain­da hoje em uso. É gra­ças aos con­tri­bu­tos de Kahn que é pos­sí­vel nes­te momen­to ler esta newsletter!

Após nove dias e qua­tro minu­tos no céu, o avião expe­ri­men­tal Voya­ger ater­ra­va na Base Aérea Edwards na Cali­fór­nia, com­ple­tan­do o pri­mei­ro voo inin­ter­rup­to à vol­ta do glo­bo com uma úni­ca car­ga de com­bus­tí­vel. Pilo­ta­da pelos ame­ri­ca­nos Dick Rutan e Jea­na Yea­ger, a Voya­ger foi fei­ta prin­ci­pal­men­te de plás­ti­co e papel refor­ça­do e trans­por­tou mais de três vezes o seu peso em com­bus­tí­vel quan­do des­co­lou da Base da For­ça Aérea de Edwards a 14 de Dezem­bro. Quan­do regres­sou, depois de voar 25.012 milhas à vol­ta do pla­ne­ta, já tinha ape­nas cin­co galões de com­bus­tí­vel no seu res­tan­te tan­que de com­bus­tí­vel ope­ra­ci­o­nal. Está­va­mos no ano de 1986.

Em 23 de Dezem­bro de 1672, o astró­no­mo ita­li­a­no Gio­van­ni Cas­si­ni des­co­briu Rhea, a segun­da mai­or lua de Satur­no. Rea é fei­ta de rocha e gelo e está cober­ta de cra­te­ras. Rhea é tam­bém a úni­ca lua des­co­ber­ta a ter uma atmos­fe­ra de oxi­gé­nio. Rea foi a segun­da lua que Cas­si­ni des­co­briu. Ele des­co­briu a lua de Satur­no Iape­tus cer­ca de um ano antes.

Nes­ta sema­na que pas­sou e após mais de duas déca­das de desen­vol­vi­men­to, o teles­có­pio espa­ci­al de pró­xi­ma gera­ção da NASA está na pla­ta­for­ma de lan­ça­men­to. O Teles­có­pio Espa­ci­al James Webb deve­rá ser lan­ça­do no sába­do (25 de Dezem­bro) duran­te uma jane­la de 32 minu­tos que abre às 7:20 EST (1220 GMT). O enor­me obser­va­tó­rio será lan­ça­do de Kou­rou, Gui­a­na Fran­ce­sa, sobre um fogue­te Ari­a­ne 5 ope­ra­do pelo for­ne­ce­dor euro­peu de lan­ça­men­to Arianespace.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce­Mag nº 50 de Janei­ro. Apro­vei­to para dese­jar a todos votos de Boas Festas.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.