Newsletter Nº362

Newsletter Nº362
News­let­ter Nº362

Faz hoje anos que nas­cia, em 1866, o mate­má­ti­co sue­co Ivar Fredholm. Ele ficou conhe­ci­do pelas equa­ções inte­grais de Fredholm com apli­ca­ções em físi­ca mate­má­ti­ca e ciên­cia actu­a­ri­al. O seu pri­mei­ro tra­ba­lho (1890) foi sobre uma clas­se espe­ci­al de fun­ções ins­pi­ra­da pela equa­ção de calor. A sua dis­ser­ta­ção de dou­to­ra­men­to de 1898 envol­veu um estu­do de equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais moti­va­das por um pro­ble­ma de equi­lí­brio na elas­ti­ci­da­de. Fredh­lom tam­bém teve uma car­rei­ra na ciên­cia actu­a­ri­al e a par­tir de 1902 estu­dou vári­as ques­tões nes­ta área, incluin­do uma fór­mu­la ele­gan­te que propôs para deter­mi­nar o valor de ren­di­ção de uma apó­li­ce de segu­ro de vida. Cons­truiu uma máqui­na para resol­ver equa­ções dife­ren­ci­ais. David Hil­bert esten­deu uma das equa­ções inte­grais de Fredholm, des­co­brin­do espa­ços de Hil­bert sobre os quais seria cons­truí­da a teo­ria quântica.

A 7 de Abril de 1795, o gra­ma, em que se baseia o qui­lo­gra­ma, foi decre­ta­do para ser igual ao “peso abso­lu­to de um volu­me de água pura igual a um cubo de um cen­té­si­mo de metro, e à tem­pe­ra­tu­ra do gelo fun­den­te”. Embo­ra a defi­ni­ção do qui­lo­gra­ma espe­ci­fi­cas­se água a 0 °C — um pon­to de tem­pe­ra­tu­ra alta­men­te está­vel — foi subs­ti­tuí­da pela tem­pe­ra­tu­ra a que a água atin­ge a den­si­da­de máxi­ma. Esta tem­pe­ra­tu­ra, cer­ca de 4 °C, não era conhe­ci­da com pre­ci­são, mas uma das van­ta­gens da nova defi­ni­ção era que o valor Cel­sius pre­ci­so da tem­pe­ra­tu­ra não era real­men­te impor­tan­te. A con­clu­são final foi que um decí­me­tro cúbi­co de água à sua den­si­da­de máxi­ma era igual a 99,92072% da mas­sa do qui­lo­gra­ma provisório.

Em 1927, a pri­mei­ra exi­bi­ção públi­ca de uma trans­mis­são tele­vi­si­va de lon­ga dis­tân­cia foi vis­ta por um gru­po de repór­te­res e dig­ni­tá­ri­os de jor­nais no audi­tó­rio da AT&T Bell Telepho­ne Labo­ra­to­ri­es, Nova Ior­que. A pes­qui­sa na AT&T foi lide­ra­da por Her­bert Ives, que intro­du­ziu o sis­te­ma à audi­ên­cia, segui­do de um dis­cur­so trans­mi­ti­do pelo então Secre­tá­rio do Comér­cio, Her­bert Hoo­ver de Washing­ton, D.C. Tan­to a ima­gem ao vivo como a voz foram trans­mi­ti­das por fio, atra­vés de linhas tele­fó­ni­cas. Hoo­ver dis­se: “Hoje temos, de cer­ta for­ma, a trans­mis­são da visão pela pri­mei­ra vez na his­tó­ria do mun­do”, e tam­bém, “O génio huma­no des­truiu ago­ra o impe­di­men­to da dis­tân­cia num novo res­pei­to, e de uma for­ma até ago­ra des­co­nhe­ci­da”. A rea­li­za­ção foi anun­ci­a­da com gran­de acla­ma­ção pela imprensa.

Em 1964, a IBM lan­çou o System/360, uma famí­lia de seis com­pu­ta­do­res com­pa­tí­veis entre si e 40 peri­fé­ri­cos que pode­ri­am fun­ci­o­nar em con­jun­to. Mui­tos con­si­de­ram-no o mai­or jogo de negó­ci­os de todos os tem­pos, mas o System/360 aju­dou a trans­for­mar o gover­no, a ciên­cia e a pai­sa­gem comer­ci­al. Intro­du­ziu uma série de padrões indus­tri­ais no mer­ca­do, incluin­do o padrão mun­di­al de fac­to do byte de 8 bits. O inves­ti­men­to de 5 mil milhões de dóla­res da IBM com­pen­sou, e den­tro de dois anos as enco­men­das para o System/360 atin­gi­ram 1.000 por mês. Os cli­en­tes podi­am esco­lher entre peque­no e gran­de, bai­xo a alto desem­pe­nho, (qua­se) todos com o mes­mo con­jun­to de coman­dos, per­mi­tin­do aos cli­en­tes come­çar com uma ver­são de bai­xo cus­to da famí­lia, e actu­a­li­zar mais tarde.

Em 2001, a NASA lan­çou a nave espa­ci­al Mars Odys­sey 2001 sobre um fogue­tão Del­ta II. Ima­gens impres­si­o­nan­tes foram envi­a­das de vol­ta pelas câma­ras de tele­vi­são do fogue­tão duran­te a sua ascen­são em cha­mas. Odys­sey via­ja­ria 286 milhões de milhas antes de entrar em órbi­ta em tor­no do pla­ne­ta ver­me­lho em 24 de Outu­bro de 2001. A sua prin­ci­pal mis­são era pro­cu­rar água sob a for­ma de gelo sob a super­fí­cie mar­ci­a­na e cri­ar um mapa tér­mi­co do pla­ne­ta. A par­tir de uma alti­tu­de de cer­ca de 250 milhas, a nave espa­ci­al deve­ria pro­cu­rar ves­tí­gi­os de hidro­gé­nio, o que pode­ria indi­car a exis­tên­cia de água.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº361

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News­let­ter Nº361

Faz hoje anos que nas­cia, em 1596, o filó­so­fo e mate­má­ti­co fran­cês René Des­car­tes. Ele é conhe­ci­do como “o pai da filo­so­fia moder­na”. A sua obra, La géo­mé­trie, inclui a sua apli­ca­ção da álge­bra à geo­me­tria, da qual temos ago­ra a geo­me­tria car­te­si­a­na. Duran­te 1620–28, Des­car­tes via­jou pela Euro­pa, esta­be­le­cen­do-se depois na Holan­da. Pou­co depois, come­çou a tra­ba­lhar no seu pri­mei­ro gran­de tra­ta­do sobre físi­ca, Le Mon­de, ou Trai­té de la Lumiè­re. Este tra­ba­lho esta­va qua­se con­cluí­do quan­do lhe che­gou a notí­cia de que Gali­leu esta­va con­de­na­do a pri­são domi­ci­liá­ria. Ele deci­diu não publi­car essa obra duran­te a sua vida. Mais tar­de, recor­reu à filo­so­fia, uma das pri­mei­ras a opor-se ao aris­to­te­lis­mo esco­lás­ti­co, come­çou por duvi­dar meto­di­ca­men­te dos conhe­ci­men­tos base­a­dos na auto­ri­da­de, nos sen­ti­dos e na razão. A sua cita­ção mais famo­sa é “Pen­so, logo existo”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1831, o quí­mi­co esco­cês Archi­bald Scott Cou­per. Ele, inde­pen­den­te­men­te de August Keku­lé, propôs a tetra­va­lên­cia do car­bo­no e a capa­ci­da­de dos áto­mos de car­bo­no de se liga­rem uns aos outros para for­mar lon­gas cadei­as, con­cei­tos fun­da­men­tais para com­pre­en­der as molé­cu­las encon­tra­das nos orga­nis­mos vivos. Tam­bém cri­ou a uti­li­za­ção de uma linha entre sím­bo­los de ele­men­tos para indi­car uma liga­ção quí­mi­ca. Escre­veu estas idei­as mar­can­tes num arti­go a ser sub­me­ti­do à Aca­de­mia Fran­ce­sa de Ciên­ci­as atra­vés do seu supe­ri­or, Adolphe Wurtz. Infe­liz­men­te para Cou­per, esse tra­ba­lho não foi envi­a­do do labo­ra­tó­rio em tem­po útil, e entre­tan­to outro quí­mi­co, August Keku­lé tinha publi­ca­do a mes­ma ideia, embo­ra inde­pen­den­te, de tetra­va­lên­cia, pri­van­do Cou­per da sua devi­da fama.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1854, o inven­tor esco­cês Dugald Clerk. Ele cri­ou o motor de moto­ci­clos de dois tem­pos, ampla­men­te uti­li­za­do em moto­ci­clos ligei­ros e outras peque­nas máqui­nas. Em 1881 paten­te­ou um motor que cons­truiu em 1876 para fun­ci­o­nar com vapor de hidro­car­bo­ne­to que uti­li­za­va uma explo­são a cada dois tem­pos do pis­tão em vez de uma explo­são a cada dois tem­pos do ciclo Otto mais comum uti­li­za­do pela mai­o­ria dos moto­res de auto­mó­veis. Numa outra direc­ção de inves­ti­ga­ção impor­tan­te, estu­dou as pro­pri­e­da­des do com­bus­tí­vel gaso­so e as suas apli­ca­ções de aque­ci­men­to e ilu­mi­na­ção. O Almi­ran­ta­do bri­tâ­ni­co nomeou‑o direc­tor da inves­ti­ga­ção de enge­nha­ria em 1916, segui­do do seu cava­lei­ro em 1917. O seu tra­ba­lho apa­re­ce nos dois volu­mes de The Gas, Petrol, e Oil Engine.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1890, o físi­co aus­tra­li­a­no-inglês Wil­li­am Lawren­ce Bragg. Ele, aos 25 anos de ida­de, par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1915 (com o seu pai, Sir Wil­li­am Bragg). Lawren­ce Bragg for­mu­lou a lei Bragg da difrac­ção de rai­os X, que é fun­da­men­tal para a deter­mi­na­ção da estru­tu­ra cris­ta­li­na: nλ = 2dsinθ que rela­ci­o­na o com­pri­men­to de onda dos rai­os X, λ, o ângu­lo de inci­dên­cia num cris­tal, θ, e o espa­ça­men­to dos pla­nos de cris­tal, d, para a difrac­ção de rai­os X, onde n é um núme­ro intei­ro (1, 2, 3, etc.). Em con­jun­to, os Braggs tra­ba­lha­ram as estru­tu­ras cris­ta­li­nas de uma série de subs­tân­ci­as. No iní­cio des­te tra­ba­lho, mos­tra­ram que o clo­re­to de sódio não tem molé­cu­las indi­vi­du­ais no sóli­do, mas é um con­jun­to de iões de sódio e cloreto.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1906, o físi­co japo­nês Shin’i­chirō Tomo­na­ga. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1965 (com Richard P. Feyn­man e Juli­an S. Schwin­ger dos EUA) por desen­vol­ver inde­pen­den­te­men­te prin­cí­pi­os bási­cos de elec­tro­di­nâ­mi­ca quân­ti­ca. Foi um dos pri­mei­ros a apli­car a teo­ria quân­ti­ca às par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas com ener­gi­as mui­to ele­va­das. Tomo­na­ga come­çou com uma aná­li­se do aco­pla­men­to inter­mé­dio — a ideia de que as inte­rac­ções entre duas par­tí­cu­las ocor­rem atra­vés da tro­ca de uma ter­cei­ra (par­tí­cu­la vir­tu­al), como um navio que afec­ta o outro ao dis­pa­rar uma bala de canhão. Ele uti­li­zou este con­cei­to para desen­vol­ver uma teo­ria quân­ti­ca de cam­po (1941–43) que era con­sis­ten­te com a teo­ria da rela­ti­vi­da­de espe­ci­al. A Segun­da Guer­ra Mun­di­al atra­sou as notí­ci­as do seu tra­ba­lho. Entre­tan­to, Feyn­man e Schwin­ger publi­ca­ram as suas pró­pri­as solu­ções independentes.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1934, o físi­co ita­li­a­no Car­lo Rub­bia. Ele foi res­pon­sá­vel pela des­co­ber­ta da par­tí­cu­la W suba­tó­mi­ca maci­ça e de cur­ta dura­ção e da par­tí­cu­la Z. Por vol­ta de 1960, jun­tou-se ao recém fun­da­do CERN, onde inves­ti­gou a estru­tu­ra das inte­rac­ções fra­cas. Em 1976, suge­riu a adap­ta­ção do Super Pro­ton Syn­ch­ro­tron (SPS) do CERN para coli­dir pro­tões e anti­pro­tões no mes­mo anel e a pri­mei­ra fábri­ca mun­di­al de anti­pro­tões foi cons­truí­da, e come­çou a fun­ci­o­nar em 1981. Em Janei­ro de 1983, veio o anún­cio, pri­mei­ro a par­tir do detec­tor UA1, de que as par­tí­cu­las W tinham sido cri­a­das. Alguns meses mais tar­de, as par­tí­cu­las Z ain­da mais esqui­vas foram tam­bém obser­va­das. Estas par­tí­cu­las são os por­ta­do­res da cha­ma­da for­ça fra­ca envol­vi­da na deca­dên­cia radi­o­ac­ti­va dos núcle­os atómicos.

Em 1889, a Tor­re Eif­fel, Paris, Fran­ça, foi inau­gu­ra­da, tor­nan­do-se a tor­re mais alta do mun­do da sua épo­ca. Com uma altu­ra de 300 m, con­ti­nu­ou a ser a estru­tu­ra mais alta do mun­do até ser ultra­pas­sa­da pelo Empi­re Sta­te Buil­ding, 40 anos mais tar­de. O desig­ner Gus­ta­ve Eif­fel, 56 anos, cele­brou des­fral­dan­do uma ban­dei­ra fran­ce­sa no topo da tor­re. O imen­so dese­nho das tre­li­ças de fer­ro foi esco­lhi­do por una­ni­mi­da­de entre 700 pro­pos­tas apre­sen­ta­das num con­cur­so. A cons­tru­ção decor­reu entre 26 de Janei­ro de 1887 e 31 de Mar­ço de 1889, uti­li­zan­do 300 tra­ba­lha­do­res side­rúr­gi­cos. Foi ergui­da para a Expo­si­ção de Paris de 1889, que con­tou com 1.968.287 visi­tan­tes. Os ele­va­do­res eram ali­men­ta­dos por maqui­na­ria nos porões dos pila­res ori­en­tal e ocidental.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI nº116 de Abril.

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Newsletter Nº360

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News­let­ter Nº360

Faz hoje anos que nas­cia, em 1693, o horó­lo­go inglês John Har­ri­son. Ele inven­tou o pri­mei­ro cro­nó­me­tro mari­nho prá­ti­co, que per­mi­tiu aos nave­ga­do­res cal­cu­lar com pre­ci­são a sua lon­gi­tu­de no mar. Ele foi leva­do a ini­ci­ar este tra­ba­lho após uma enor­me recom­pen­sa ofe­re­ci­da pelo gover­no bri­tâ­ni­co por novos ins­tru­men­tos de nave­ga­ção para evi­tar mais desas­tres no mar. John Har­ri­son assu­miu o esta­be­le­ci­men­to cien­tí­fi­co e aca­dé­mi­co do seu tem­po e ganhou o pré­mio da lon­gi­tu­de atra­vés de extra­or­di­ná­ria pers­pi­cá­cia mecâ­ni­ca, talen­to e determinação.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1809, o mate­má­ti­co fran­cês Joseph Liou­vil­le. Ele des­co­briu núme­ros trans­cen­den­tais (aque­les que não são as raí­zes das equa­ções algé­bri­cas com coe­fi­ci­en­tes raci­o­nais), e que há infi­ni­ta­men­te mui­tos deles. Tam­bém tra­ba­lhou em aná­li­se real e com­ple­xa, teo­ria dos núme­ros e geo­me­tria dife­ren­ci­al. O seu nome é recor­da­do na teo­ria de Sturm-Liou­vil­le das equa­ções dife­ren­ci­ais que gene­ra­li­za as idei­as de Joseph Fou­ri­er, e são impor­tan­tes na físi­ca mate­má­ti­ca. Ele estu­dou mecâ­ni­ca celes­ti­al. Liou­vil­le fun­dou em 1836, e edi­tou duran­te qua­se qua­tro déca­das, o Jour­nal de Mathé­ma­ti­que, que con­ti­nua a ser uma impor­tan­te publi­ca­ção mate­má­ti­ca fran­ce­sa. Edi­tou e publi­cou (1843) os manus­cri­tos dei­xa­dos para trás após a mor­te pre­ma­tu­ra de Eva­ris­te Galois 22 anos antes.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1820, o físi­co fran­cês Edmond Bec­que­rel. Ele era filho do quí­mi­co Antoi­ne-César Bec­que­rel e pai do físi­co Hen­ri Bec­que­rel (que des­co­briu a radi­o­ac­ti­vi­da­de). O seu pró­prio tra­ba­lho expe­ri­men­tal foi fei­to em elec­tri­ci­da­de, óti­ca e mag­ne­tis­mo. Mediu as pro­pri­e­da­des das cor­ren­tes eléc­tri­cas, como estas sur­gem, e des­co­briu (1840) cor­ren­tes eléc­tri­cas em cer­tas reac­ções quí­mi­cas ini­ci­a­das pela luz. Estu­dou o dia­mag­ne­tis­mo (1845–46). Em 1855, des­co­briu que o sim­ples des­lo­ca­men­to de um con­du­tor metá­li­co num líqui­do pro­du­zi­ria algu­ma cor­ren­te eléc­tri­ca. Inven­tou o fos­fo­ros­có­pio para medir a cur­ta dura­ção da fos­fo­res­cên­cia dos mate­ri­ais após expo­si­ção à luz bri­lhan­te, e foi tam­bém capaz de exa­mi­nar o espec­tro da luz que ema­na­va dos cor­pos luminescentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1835, o físi­co aus­tría­co Josef Ste­fan. Ele propôs uma lei de radi­a­ção (1879) afir­man­do que a quan­ti­da­de de ener­gia radi­a­da por segun­do de um cor­po negro é pro­por­ci­o­nal à quar­ta potên­cia da sua tem­pe­ra­tu­ra abso­lu­ta. (Um cor­po negro é um objec­to teó­ri­co que absor­ve toda a radi­a­ção que cai sobre ele). Esta lei é conhe­ci­da como a lei de Ste­fan ou a lei de Ste­fan-Bolz­mann. Ele tam­bém estu­dou a elec­tri­ci­da­de, a teo­ria ciné­ti­ca dos gases e a hidrodinâmica.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1884, o quí­mi­co físi­co holan­dês-ame­ri­ca­no Peter Debye. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1936 pelas suas inves­ti­ga­ções de momen­tos dipo­lo, rai­os X, e dis­per­são de luz em gases. A mai­or par­te do seu tra­ba­lho foi em quí­mi­ca-físi­ca com espe­ci­al inte­res­se na aná­li­se de elec­tró­li­tos e de momen­tos dipo­la­res. Ele esta­be­le­ceu uma teo­ria de calor espe­cí­fi­co com algu­mas melho­ri­as em rela­ção à pro­pos­ta por Eins­tein. Debye rea­li­zou um tra­ba­lho impor­tan­te na aná­li­se de pós cris­ta­li­nos uti­li­zan­do téc­ni­cas de difrac­ção de rai­os X. Ele tam­bém deter­mi­nou as dimen­sões das molé­cu­las gaso­sas e as dis­tân­ci­as inte­ra­tó­mi­cas usan­do rai­os X.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1893, o astró­no­mo ger­ma­no-ame­ri­ca­no Wal­ter Baa­de. Ele, com Fritz Zwicky, propôs que as super­no­vas pudes­sem pro­du­zir rai­os cós­mi­cos e estre­las de neu­trões (1934), e Baa­de fez exten­sos estu­dos sobre a Nebu­lo­sa do Caran­gue­jo e a sua estre­la cen­tral. Duran­te os apa­gões da II Guer­ra Mun­di­al na área de Los Ange­les, Baa­de uti­li­zou pela pri­mei­ra vez o teles­có­pio Hoo­ker de 100 pole­ga­das para resol­ver estre­las na região cen­tral da Galá­xia de Andró­me­da. Isto levou à sua defi­ni­ção de duas popu­la­ções este­la­res, à per­cep­ção de que exis­ti­am dois tipos de estre­las variá­veis do Cepheid, e a par­tir daí a uma dupli­ca­ção da esca­la assu­mi­da do uni­ver­so. Baa­de e Rudolph Min­kows­ki iden­ti­fi­ca­ram e toma­ram espec­tro­gra­mas de con­tra­par­ti­das ópti­cas de mui­tas das pri­mei­ras fon­tes de rádio des­co­ber­tas, incluin­do Cyg­nus A e Cas­si­o­peia A.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1903, o bioquí­mi­co ale­mão Adolf Bute­nandt. Ele rece­beu (com Leo­pold Ruzic­ka) o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1939 pelo tra­ba­lho pio­nei­ro (1929–34) sobre as hor­mo­nas sexu­ais, prin­ci­pal­men­te o iso­la­men­to do estro­ne (uma hor­mo­na que influ­en­cia o desen­vol­vi­men­to do trac­to repro­du­ti­vo femi­ni­no). Embo­ra for­ça­do pelo gover­no nazi a recu­sar o pré­mio, pôde acei­tar a hon­ra em 1949.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1917, o bioquí­mi­co inglês John Ken­drew. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1962 (com o cole­ga Max Fer­di­nand Perutz) “pelos seus estu­dos sobre as estru­tu­ras das pro­teí­nas glo­bu­la­res”. Perutz tinha deter­mi­na­do a estru­tu­ra da hemo­glo­bi­na. Ken­drew deter­mi­nou a estru­tu­ra da mio­glo­bi­na da pro­teí­na mus­cu­lar, que arma­ze­na oxi­gé­nio e o dá às célu­las mus­cu­la­res quan­do necessário.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1941, o radi­o­as­tró­no­mo e físi­co ame­ri­ca­no Joseph Hoo­ton Tay­lor Jr. Ele par­ti­lhou (com Rus­sell A. Hul­se) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1993 pela sua des­co­ber­ta con­jun­ta do pri­mei­ro pul­sar biná­rio (1974). Este fenó­me­no úni­co, duas estre­las orbi­tan­do-se uma à outra — uma delas emi­tin­do regu­lar­men­te “bipes” de radi­o­frequên­cia — tem sido impor­tan­te como cam­po de pro­va do espa­ço pro­fun­do para a teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de de Eins­tein. O seu gru­po de inves­ti­ga­ção em Prin­ce­ton uti­li­zou o radi­o­te­les­có­pio de 1000 pés em Are­ci­bo, Por­to Rico, o mai­or e mais sen­sí­vel do mun­do para cap­tar ondas de rádio do espaço.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a ver­são 5.17 do Ker­nel de Linux. Che­ga uma sema­na mais tar­de do que ini­ci­al­men­te pre­vis­to, e apre­sen­ta uma gran­de colec­ção de alte­ra­ções, melho­ri­as, melho­ri­as de desem­pe­nho, e todas as cor­rec­ções de segu­ran­ça impor­tan­tes. Entre as carac­te­rís­ti­cas do ker­nel do Linux 5.17 está um novo dri­ver AMD P‑State (para hard­ware com­pa­tí­vel, ou seja, Zen 2 e mais recen­te, basi­ca­men­te). Foi intro­du­zi­do o Uni­ver­sal Sty­lus Ini­ti­a­ti­ve (USI), supor­te para vari­os tecla­dos Apple Magic 2021 e para dis­po­si­ti­vos NZXT. OS filesys­tems BTRFS e EXT4 ganha­ram desem­pe­nho e ain­da foram acres­cen­ta­dos supor­te de sani­ti­za­ção para o ARM64, supor­te de vir­tu­a­li­za­ção KVM para o Intel AMX e supor­te vir­tu­al Xen USB para guests Xen. Final­men­te foi adi­ci­o­na­do supor­te para o PFRUT (plat­form firmwa­re run­ti­me upda­te) que per­mi­ti­rá fazer upda­tes de firmwa­re de alguns dis­po­si­ti­vos sem rei­ni­ci­ar o sistema.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “ANALOG SEE­Krets” e a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº53 de Abril.

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Newsletter Nº359

Newsletter Nº359
News­let­ter Nº359

Faz hoje anos que nas­cia, em 1834, o enge­nhei­ro e fabri­can­te pio­nei­ro de auto­mó­veis ale­mão Got­tli­eb Daim­ler]. ele inven­tou o pri­mei­ro motor de com­bus­tão inter­na de alta velo­ci­da­de, ope­ran­do a até 900 rpm (1883) e um car­bu­ra­dor (1885) para mis­tu­rar gaso­li­na e ar. A mota que cons­truiu em 1885 foi tal­vez a pri­mei­ra do mun­do. Foi a pri­mei­ra do mun­do quan­do, com Wilhelm May­ba­ch, cons­truiu um auto­mó­vel de qua­tro rodas em 1886, capaz de atin­gir uma velo­ci­da­de de 11 mph. Depois de desen­vol­ver uma cai­xa de qua­tro velo­ci­da­des e uma cor­reia de trans­mis­são para trans­fe­rir a potên­cia para as rodas, come­ça­ram o fabri­co. Em 1890 fun­dou a Daim­ler-Moto­ren-Gesells­chaft, que pro­du­ziu a Mer­ce­des (1889), fun­din­do-se mais tar­de na Daim­ler-Benz & Co. em 1926. A Zep­pe­lin uti­li­zou moto­res Daim­ler para os seus dirigíveis.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1849, o inven­tor e indus­tri­al nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Fran­cis Brush. Ele con­ce­beu uma lâm­pa­da de arco eléc­tri­co e um gera­dor que pro­du­zia uma ten­são variá­vel con­tro­la­da pela car­ga e uma cor­ren­te cons­tan­te. Foi adop­ta­da em todos os Esta­dos Uni­dos e no estran­gei­ro duran­te a déca­da de 1880. A luz de arco pre­ce­deu a lâm­pa­da incan­des­cen­te de Edi­son em uso comer­ci­al e era ade­qua­da para apli­ca­ções onde era neces­sá­ria uma luz bri­lhan­te, tais como luzes de rua e ilu­mi­na­ção em edi­fí­ci­os comer­ci­ais e públi­cos. Mon­tou o seu pri­mei­ro dína­mo no Verão de 1876, resul­tan­do numa paten­te para a sua Melho­ria em Máqui­nas Mag­ne­to­e­léc­tri­cas, emi­ti­da a 24 de Abril de 1877 (US No. 189997). Desen­vol­veu então uma luz de arco que era regu­la­da por uma com­bi­na­ção de mei­os eléc­tri­cos e mecâ­ni­cos limi­ta­dos por uma “embre­a­gem ane­lar”. O seu sis­te­ma foi uti­li­za­do pela Cali­for­nia Elec­tric Light Co. para a pri­mei­ra esta­ção gera­do­ra cen­tral dos EUA (1879).

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1948, o escri­tor ame­ri­ca­no-cana­di­a­no de fic­ção Wil­li­am Gib­son. Sen­do pio­nei­ro do sub­gé­ne­ro de fic­ção cien­tí­fi­ca conhe­ci­do como ciber­punk. Ini­ci­ou a sua car­rei­ra de escri­tor no final dos anos 70, os seus pri­mei­ros tra­ba­lhos foram noir, his­tó­ri­as qua­se futu­ras que explo­ra­vam os efei­tos da tec­no­lo­gia, ciber­né­ti­ca, e redes de com­pu­ta­do­res nos seres huma­nos — uma “com­bi­na­ção de bai­xa vida e alta tec­no­lo­gia” — e aju­da­ram a cri­ar uma ico­no­gra­fia para a era da infor­ma­ção antes da ubi­qui­da­de da Inter­net nos anos 90. Gib­son cunhou o ter­mo “cibe­res­pa­ço” para “tec­no­lo­gia digi­tal gene­ra­li­za­da e inter­li­ga­da” no seu con­to “Bur­ning Chro­me” (1982), e mais tar­de popu­la­ri­zou o con­cei­to no seu acla­ma­do roman­ce de estreia Neu­ro­man­cer (1984). Estas pri­mei­ras obras de Gib­son’s foram cre­di­ta­das com “reno­va­ção” da lite­ra­tu­ra de fic­ção cien­tí­fi­ca nos anos 80.

Em 1950 era anun­ci­a­do por cien­tis­tas na Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley um novo ele­men­to radi­o­ac­ti­vo, ele­men­to 98, deno­mi­na­do “cali­fór­nio”. Este é um ele­men­to quí­mi­co sin­té­ti­co da série acti­ní­dea do Gru­po IIIb da tabe­la perió­di­ca, isó­to­po cali­fór­nio-245. Os cien­tis­tas Stan­ley G. Thomp­son, Ken­neth Stre­et, Jr., Albert Ghi­or­so, e Glenn T. Sea­borg pro­du­zi­ram-no bom­bar­de­an­do o curium-242 (núme­ro ató­mi­co 96) com hélio-iões no ciclo­trão de 60 pole­ga­das. Des­de então, foram cri­a­dos isó­to­pos de vida mais lon­ga, incluin­do o cali­fór­nio-251 com uma semi-vida de 800 anos, e quan­ti­da­des de micro­gra­mas de com­pos­tos tais como o oxi­clo­re­to CfO­Cl, o óxi­do Cf2O3, e o tri­clo­re­to CfCl3. Tam­bém o cali­fór­nio-252, com uma meia-vida de 2,65-anos, tem apli­ca­ções indus­tri­ais e médi­cas como uma fon­te pon­tu­al mui­to inten­sa de neu­trões. Uti­li­za­do como emis­sor de neu­trões e para ana­li­sar o teor de enxo­fre do petró­leo e para medir o teor de humi­da­de do solo.

Em 1958, os Esta­dos Uni­dos lan­ça­ram o saté­li­te Van­guard I, do Cabo Cana­ve­ral, Flo­ri­da. O saté­li­te de 1,5 Kg foi o pri­mei­ro a ser ali­men­ta­do por ener­gia solar, leva­va um trans­mis­sor de rádio e orbi­ta­va a cada 107,9 minu­tos. Esta foi a entra­da tar­dia dos E.U.A. na Cor­ri­da Espa­ci­al, o seu segun­do lan­ça­men­to bem suce­di­do de saté­li­te, após os dois suces­sos sovié­ti­cos com os seus saté­li­tes Sput­nik I (83,6 Kg) lan­ça­dos a 4 de Outu­bro de 1957 e Sput­nik II (508,3 Kg) lan­ça­do a 3 de Novem­bro de 1957. Para o Van­guard I, os EUA em ape­nas 2 anos, 6 meses e 8 dias tinham desen­vol­vi­do de raiz um veí­cu­lo de lan­ça­men­to com­ple­to de alto desem­pe­nho em três fases, um sis­te­ma mun­di­al de ras­treio de saté­li­tes alta­men­te pre­ci­so, uma ins­ta­la­ção de lan­ça­men­to ade­qua­da e ins­tru­men­ta­ção de alcan­ce. O Van­guard I foi lan­ça­do duran­te o Ano Geo­fí­si­co Inter­na­ci­o­nal, e con­ti­nua a ser o saté­li­te mais anti­go ain­da em órbita.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “Iso­morphism — Mathe­ma­tics of Programming”.

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Newsletter Nº358

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Faz hoje anos que nas­cia, em 1762, o quí­mi­co ale­mão Jere­mi­as B. Rich­ter. Ele des­co­briu a lei de pro­por­ções equi­va­len­tes. Estu­dou quí­mi­ca nos seus tem­pos livres enquan­to este­ve no exér­ci­to prus­si­a­no (1778–1785) e depois enquan­to ganha­va um dou­to­ra­men­to em mate­má­ti­ca (1789). Rich­ter foi mui­to influ­en­ci­a­do por Imma­nu­el Kant, a cujas pales­tras pode ter assis­ti­do, na ale­ga­ção de que a ciên­cia é mate­má­ti­ca apli­ca­da. Rich­ter pro­cu­rou rela­ções mate­má­ti­cas em quí­mi­ca, con­ven­ci­do de que as subs­tân­ci­as rea­gi­am umas com as outras em pro­por­ções fixas. Mos­trou uma tal rela­ção quan­do áci­dos e bases neu­tra­li­zam para pro­du­zir sais (1791). Assim, ele foi o pri­mei­ro a esta­be­le­cer a este­qui­o­me­tria, que se tor­nou a base da aná­li­se quí­mi­ca quantitativa.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1923, o Físi­co de par­tí­cu­las nor­te-ame­ri­ca­no Val Logs­don Fit­ch. Ele rece­beu con­jun­ta­men­te com James Wat­son Cro­nin o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1980, por uma expe­ri­ên­cia rea­li­za­da em 1964 que des­men­tiu a teo­ria há mui­to defen­di­da de que a inte­rac­ção de par­tí­cu­las deve­ria ser indi­fe­ren­te à direc­ção do tem­po. Tra­ba­lhan­do com Leo James Rainwa­ter, Fit­ch tinha sido o pri­mei­ro a obser­var radi­a­ção de áto­mos muó­ni­cos; ou seja, de espé­ci­es em que um muão está em órbi­ta de um núcleo e não de um elec­trão. Este tra­ba­lho indi­cou que os tama­nhos dos núcle­os ató­mi­cos eram mais peque­nos do que se supu­nha. Con­ti­nu­ou a estu­dar o kaons e em 1964 ini­ci­ou a sua cola­bo­ra­ção com James Cro­nin, James Chris­ten­son, e René Tur­ley, que levou à des­co­ber­ta de vio­la­ções dos prin­cí­pi­os de sime­tria fun­da­men­tais na deca­dên­cia dos K‑mesons neutros.

Em 1876, Ale­xan­der Graham Bell fez o que foi, na rea­li­da­de, a pri­mei­ra cha­ma­da tele­fó­ni­ca. O seu assis­ten­te, Tho­mas Wat­son, loca­li­za­do numa sala adja­cen­te em Bos­ton, ouviu a voz de Bell sobre o dis­po­si­ti­vo expe­ri­men­tal dizer-lhe: “Sr. Wat­son, venha cá. Eu que­ro vê-lo”. Esta foi a pri­mei­ra expe­ri­ên­cia bem suce­di­da de Bell com o tele­fo­ne, que está gra­va­da na entra­da 10 Mar do seu cader­no de notas do labo­ra­tó­rio. Nes­se mes­mo dia, um ebu­li­en­te Bell escre­veu ao seu pai sobre o seu “gran­de suces­so” e espe­cu­lou que “está a che­gar o dia em que os fios do telé­gra­fo [tele­fo­ne] serão colo­ca­dos em casas como água e gás — e os ami­gos con­ver­sam uns com os outros sem sair de casa”. Bell tinha rece­bi­do a pri­mei­ra paten­te tele­fó­ni­ca três dias antes. Mais tar­de, nes­se ano, Bell con­se­guiu fazer uma cha­ma­da tele­fó­ni­ca atra­vés de linhas exteriores.

Em 1977 eram des­co­ber­tos anéis à vol­ta do pla­ne­ta Satur­no. Os astró­no­mos há mui­to que sus­pei­ta­vam que Úra­no tinha anéis, mas a ver­da­dei­ra des­co­ber­ta acon­te­ceu por aci­den­te. Uma equi­pa de três astró­no­mos esta­va a uti­li­zar o Obser­va­tó­rio Aéreo Kui­per da NASA para obser­var a atmos­fe­ra de Úra­no. Fize­ram-no duran­te uma ocul­ta­ção este­lar, o que sig­ni­fi­ca que uma estre­la de fun­do esta­va a pas­sar por detrás do pla­ne­ta. Ver como a luz des­sa estre­la muda quan­do pas­sa­va pela atmos­fe­ra podia dar pis­tas sobre a com­po­si­ção de Úrano.

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