Newsletter Nº359

Newsletter Nº359
News­let­ter Nº359

Faz hoje anos que nas­cia, em 1834, o enge­nhei­ro e fabri­can­te pio­nei­ro de auto­mó­veis ale­mão Got­tli­eb Daim­ler]. ele inven­tou o pri­mei­ro motor de com­bus­tão inter­na de alta velo­ci­da­de, ope­ran­do a até 900 rpm (1883) e um car­bu­ra­dor (1885) para mis­tu­rar gaso­li­na e ar. A mota que cons­truiu em 1885 foi tal­vez a pri­mei­ra do mun­do. Foi a pri­mei­ra do mun­do quan­do, com Wilhelm May­ba­ch, cons­truiu um auto­mó­vel de qua­tro rodas em 1886, capaz de atin­gir uma velo­ci­da­de de 11 mph. Depois de desen­vol­ver uma cai­xa de qua­tro velo­ci­da­des e uma cor­reia de trans­mis­são para trans­fe­rir a potên­cia para as rodas, come­ça­ram o fabri­co. Em 1890 fun­dou a Daim­ler-Moto­ren-Gesells­chaft, que pro­du­ziu a Mer­ce­des (1889), fun­din­do-se mais tar­de na Daim­ler-Benz & Co. em 1926. A Zep­pe­lin uti­li­zou moto­res Daim­ler para os seus dirigíveis.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1849, o inven­tor e indus­tri­al nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Fran­cis Brush. Ele con­ce­beu uma lâm­pa­da de arco eléc­tri­co e um gera­dor que pro­du­zia uma ten­são variá­vel con­tro­la­da pela car­ga e uma cor­ren­te cons­tan­te. Foi adop­ta­da em todos os Esta­dos Uni­dos e no estran­gei­ro duran­te a déca­da de 1880. A luz de arco pre­ce­deu a lâm­pa­da incan­des­cen­te de Edi­son em uso comer­ci­al e era ade­qua­da para apli­ca­ções onde era neces­sá­ria uma luz bri­lhan­te, tais como luzes de rua e ilu­mi­na­ção em edi­fí­ci­os comer­ci­ais e públi­cos. Mon­tou o seu pri­mei­ro dína­mo no Verão de 1876, resul­tan­do numa paten­te para a sua Melho­ria em Máqui­nas Mag­ne­to­e­léc­tri­cas, emi­ti­da a 24 de Abril de 1877 (US No. 189997). Desen­vol­veu então uma luz de arco que era regu­la­da por uma com­bi­na­ção de mei­os eléc­tri­cos e mecâ­ni­cos limi­ta­dos por uma “embre­a­gem ane­lar”. O seu sis­te­ma foi uti­li­za­do pela Cali­for­nia Elec­tric Light Co. para a pri­mei­ra esta­ção gera­do­ra cen­tral dos EUA (1879).

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1948, o escri­tor ame­ri­ca­no-cana­di­a­no de fic­ção Wil­li­am Gib­son. Sen­do pio­nei­ro do sub­gé­ne­ro de fic­ção cien­tí­fi­ca conhe­ci­do como ciber­punk. Ini­ci­ou a sua car­rei­ra de escri­tor no final dos anos 70, os seus pri­mei­ros tra­ba­lhos foram noir, his­tó­ri­as qua­se futu­ras que explo­ra­vam os efei­tos da tec­no­lo­gia, ciber­né­ti­ca, e redes de com­pu­ta­do­res nos seres huma­nos — uma “com­bi­na­ção de bai­xa vida e alta tec­no­lo­gia” — e aju­da­ram a cri­ar uma ico­no­gra­fia para a era da infor­ma­ção antes da ubi­qui­da­de da Inter­net nos anos 90. Gib­son cunhou o ter­mo “cibe­res­pa­ço” para “tec­no­lo­gia digi­tal gene­ra­li­za­da e inter­li­ga­da” no seu con­to “Bur­ning Chro­me” (1982), e mais tar­de popu­la­ri­zou o con­cei­to no seu acla­ma­do roman­ce de estreia Neu­ro­man­cer (1984). Estas pri­mei­ras obras de Gib­son’s foram cre­di­ta­das com “reno­va­ção” da lite­ra­tu­ra de fic­ção cien­tí­fi­ca nos anos 80.

Em 1950 era anun­ci­a­do por cien­tis­tas na Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley um novo ele­men­to radi­o­ac­ti­vo, ele­men­to 98, deno­mi­na­do “cali­fór­nio”. Este é um ele­men­to quí­mi­co sin­té­ti­co da série acti­ní­dea do Gru­po IIIb da tabe­la perió­di­ca, isó­to­po cali­fór­nio-245. Os cien­tis­tas Stan­ley G. Thomp­son, Ken­neth Stre­et, Jr., Albert Ghi­or­so, e Glenn T. Sea­borg pro­du­zi­ram-no bom­bar­de­an­do o curium-242 (núme­ro ató­mi­co 96) com hélio-iões no ciclo­trão de 60 pole­ga­das. Des­de então, foram cri­a­dos isó­to­pos de vida mais lon­ga, incluin­do o cali­fór­nio-251 com uma semi-vida de 800 anos, e quan­ti­da­des de micro­gra­mas de com­pos­tos tais como o oxi­clo­re­to CfO­Cl, o óxi­do Cf2O3, e o tri­clo­re­to CfCl3. Tam­bém o cali­fór­nio-252, com uma meia-vida de 2,65-anos, tem apli­ca­ções indus­tri­ais e médi­cas como uma fon­te pon­tu­al mui­to inten­sa de neu­trões. Uti­li­za­do como emis­sor de neu­trões e para ana­li­sar o teor de enxo­fre do petró­leo e para medir o teor de humi­da­de do solo.

Em 1958, os Esta­dos Uni­dos lan­ça­ram o saté­li­te Van­guard I, do Cabo Cana­ve­ral, Flo­ri­da. O saté­li­te de 1,5 Kg foi o pri­mei­ro a ser ali­men­ta­do por ener­gia solar, leva­va um trans­mis­sor de rádio e orbi­ta­va a cada 107,9 minu­tos. Esta foi a entra­da tar­dia dos E.U.A. na Cor­ri­da Espa­ci­al, o seu segun­do lan­ça­men­to bem suce­di­do de saté­li­te, após os dois suces­sos sovié­ti­cos com os seus saté­li­tes Sput­nik I (83,6 Kg) lan­ça­dos a 4 de Outu­bro de 1957 e Sput­nik II (508,3 Kg) lan­ça­do a 3 de Novem­bro de 1957. Para o Van­guard I, os EUA em ape­nas 2 anos, 6 meses e 8 dias tinham desen­vol­vi­do de raiz um veí­cu­lo de lan­ça­men­to com­ple­to de alto desem­pe­nho em três fases, um sis­te­ma mun­di­al de ras­treio de saté­li­tes alta­men­te pre­ci­so, uma ins­ta­la­ção de lan­ça­men­to ade­qua­da e ins­tru­men­ta­ção de alcan­ce. O Van­guard I foi lan­ça­do duran­te o Ano Geo­fí­si­co Inter­na­ci­o­nal, e con­ti­nua a ser o saté­li­te mais anti­go ain­da em órbita.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “Iso­morphism — Mathe­ma­tics of Programming”.

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