Newsletter Nº188

Newsletter Nº188
News­let­ter Nº188

Faz anos hoje que nas­cia, em 1586, Nic­colò Zuc­chi. Este astró­no­mo ita­li­a­no pro­jec­tou um dos pri­mei­ros teles­có­pi­os reflec­to­res, ante­ri­o­res aos de James Gre­gory e Sir Isa­ac New­ton. Como pro­fes­sor do Colé­gio dos Jesuí­tas em Roma, Zuc­chi desen­vol­veu um inte­res­se pela astro­no­mia a par­tir de uma reu­nião com Johan­nes Kepler. Com este teles­có­pio, Zuc­chi des­co­briu os cin­tu­rões do pla­ne­ta Júpi­ter (1630) e exa­mi­nou os pon­tos em Mar­te (1640). Ele tam­bém demons­trou (em 1652) que os fós­fo­ros geram em vez de arma­ze­nar luz. O seu livro “Opti­ca phi­lo­sophia expe­ri­men­ta­lis et rati­o­ne a fun­da­men­tis cons­ti­tu­ta” (1652–56) ins­pi­rou Gre­gory e New­ton a cons­truir teles­có­pi­os melhorados.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1778, Joseph Louis Gay-Lus­sac. Este Quí­mi­co fran­cês é mais conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho em gases. Em 1805, ao fazer explo­dir jun­tos volu­mes espe­cí­fi­cos de hidro­gé­nio e oxi­gé­nio, Gay-Lus­sac des­co­briu que eles com­bi­na­ram na pro­por­ção de 2: 1 em volu­me para for­mar água. Em 1808, depois de pes­qui­sas usan­do outros gases, ele for­mu­lou sua famo­sa lei de com­bi­nar volu­mes — que quan­do os gases com­bi­nam seus volu­mes rela­ti­vos pos­su­em uma rela­ção numé­ri­ca sim­ples entre si (por exem­plo, 1: 1, 2: 1) e seu pro­du­to gaso­so ( sob pres­são e tem­pe­ra­tu­ra cons­tan­tes). Ele desen­vol­veu téc­ni­cas de aná­li­se quí­mi­ca quan­ti­ta­ti­va, con­fir­mou que o iodo era um ele­men­to, des­co­briu o cia­no­gé­nio, melho­rou o pro­ces­so de fabri­ca­ção de áci­do sul­fú­ri­co, pre­pa­ra­do de potás­sio e boro (1808).

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1835, Wilhelm Rudolph Fit­tig. Este Quí­mi­co orgâ­ni­co ale­mão é famo­so pelo seu exten­so tra­ba­lho de sin­te­ti­zar com­pos­tos orgâ­ni­cos no final do sécu­lo XIX. A acção do sódio em com­pos­tos orgâ­ni­cos des­co­ber­tos por Wurtz (1817–84), foi esten­di­da por Fit­tig usan­do uma mis­tu­ra de um aro­má­ti­co e alquil halói­de para pro­du­zir homó­lo­gos de ben­ze­no. Fit­tig pre­pa­rou pina­co­nes (que ele deno­mi­nou), dife­nil, fenan­tre­no (1872), cuma­ro­na (1883), tolu­e­no (com Tol­lens em 1864) e mui­tas outras subs­tân­ci­as. Ele sepa­rou vári­os com­pos­tos aro­má­ti­cos do alca­trão de car­vão, estu­dou as reac­ções de áci­dos insa­tu­ra­dos. Fit­tig propôs as estru­tu­ras cor­re­tas para as qui­no­nas e (1871, com Ira Rem­sen) para a pipe­ri­na alca­lói­de que dá ao tem­pe­ro pimen­ta pre­ta seu sabor e cheiro.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1863, Char­les Mar­tin Hall. Este Quí­mi­co ame­ri­ca­no inven­tou o méto­do elec­tro­lí­ti­co bara­to de extrair alu­mí­nio do seu miné­rio, per­mi­tin­do o amplo uso comer­ci­al des­te metal. Enquan­to jovem quí­mi­co, ele expe­ri­men­tou num abri­go de madei­ra, com a inten­ção de encon­trar um méto­do para sepa­rar o alu­mí­nio do seu miné­rio. No iní­cio, ele não teve suces­so, mas depois per­ce­beu que pre­ci­sa­va de um sol­ven­te não aquo­so para o óxi­do de alu­mí­nio duran­te a elec­tró­li­se. Em 23 de Feve­rei­ro de 1886, Hall des­co­briu que a cri­o­li­ta fun­di­da (o flu­o­re­to de alu­mí­nio e sódio mine­ral) era um sol­ven­te ade­qua­do e, usan­do eléc­tro­dos de car­bo­no com bate­ri­as casei­ras, pro­du­ziu os seus pri­mei­ros peque­nos gló­bu­los de alu­mí­nio. Em 1914, o pro­ces­so de Hall tinha bai­xa­do o cus­to do alu­mí­nio, ante­ri­or­men­te um metal pre­ci­o­so usa­do para jói­as finas, para 18 cen­ta­vos de dólar por libra-peso.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1900, Geor­ge Uhlen­beck. Este Físi­co holan­dês-ame­ri­ca­no que, com Samu­el A. Gouds­mit, propôs o con­cei­to da rota­ção do elec­trão (Jan 1925) que era um meio intei­ro. Isto for­ne­ceu o “quar­to núme­ro quân­ti­co” ante­ci­pa­do por Wolf­gang Pau­li. Na sua expe­ri­ên­cia, um fei­xe hori­zon­tal de áto­mos de pra­ta des­lo­can­do-se atra­vés de um cam­po mag­né­ti­co ver­ti­cal foi deflec­ti­do em duas direc­ções de acor­do com a inte­rac­ção da sua rota­ção (subi­da ou des­ci­da) com o cam­po mag­né­ti­co. Esta foi a pri­mei­ra demons­tra­ção des­se efei­to quân­ti­co e uma con­fir­ma­ção pre­co­ce da teo­ria quân­ti­ca. Além do tra­ba­lho fun­da­men­tal sobre mecâ­ni­ca quân­ti­ca, Uhlen­beck tra­ba­lhou na estru­tu­ra ató­mi­ca, na teo­ria ciné­ti­ca da maté­ria e ampli­ou a equa­ção de Boltz­mann para gases densos.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1920, Geor­ge Por­ter. Este quí­mi­co inglês, rece­beu uma par­te do Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1967, com o inglês Ronald Nor­rish e o ale­mão Man­fred Eigen, “pelos seus estu­dos de rea­ções quí­mi­cas extre­ma­men­te rápi­das, afre­ta­do por per­tur­bar o equi­lí­brio por meio de pul­sos de ener­gia mui­to cur­tos”. Por­ter mos­trou como o méto­do de fotó­li­se por flash — uma téc­ni­ca para obser­var os está­gi­os inter­me­diá­ri­os de reac­ções quí­mi­cas mui­to rápi­das — pode ser esten­di­do e apli­ca­do a mui­tos pro­ble­mas diver­sos de físi­ca, quí­mi­ca e bio­lo­gia. Um exem­plo é o exa­me da fotos­sín­te­se. Ele esten­deu essas téc­ni­cas para as regiões de nano-segun­dos e pico-segundos.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a repa­ra­ção da câma­ra do Hub­ble fez 25 anos. A NASA man­te­ve sua res­pi­ra­ção quan­do sete astro­nau­tas do vai­vém espa­ci­al Ende­a­vour alcan­ça­ram o Teles­có­pio Espa­ci­al Hub­ble a 568 qui­ló­me­tros da Ter­ra. A sua mis­são: repa­rar uma falha devas­ta­do­ra no espe­lho pri­má­rio do teles­có­pio. Com o tama­nho de um auto­car­ro esco­lar, o Teles­có­pio Espa­ci­al Hub­ble tem um espe­lho pri­má­rio de 2,4 metros. O mai­or teles­có­pio ópti­co já lan­ça­do ao espa­ço, onde podia obser­var o uni­ver­so livre dos efei­tos dis­tor­ci­dos da atmos­fe­ra da Ter­ra, o Hub­ble tinha mui­to a seu redor. Mas depois das pri­mei­ras ima­gens rece­bi­das e cui­da­do­sa­men­te ana­li­sa­das após a implan­ta­ção do teles­có­pio em 25 de Abril de 1990, ficou cla­ro que algo esta­va erra­do: as ima­gens esta­vam turvas.

Tam­bém esta sema­na ficá­mos a saber que depois de 26 suces­sos sequen­ci­ais, a Spa­ceX não con­se­guiu pou­sar Fal­con 9. É o pri­mei­ro aci­den­te des­de 2016. No entan­to a car­ga com­pos­ta por mais de ses­sen­ta e qua­tro saté­li­tes foi colo­ca­da em orbi­ta com suces­so. E foram bati­dos pelo menos qua­tro recor­des, o recor­de ame­ri­ca­no para colo­ca­ção de mais saté­li­tes, o mai­or nume­ro de lan­ça­men­tos num ano (19). O lan­ça­dor (boos­ter) desig­na­do por B1046 foi lan­ça­do pela ter­cei­ra vez e nas três pla­ta­for­mas de lan­ça­men­to dis­po­ní­veis — no pad 39A do Ken­nedy Spa­ce Cen­ter, no com­ple­xo de lan­ça­men­to 40 no Cabo Cana­ve­ral, e ago­ra no com­ple­xo de lan­ça­men­to 4E na Base aérea de Van­den­berg na California.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil.

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Newsletter Nº187

Newsletter Nº187
News­let­ter Nº187

Faz hoje anos que nas­cia, em 1803, Chris­ti­an Dop­pler. Este físi­co aus­tría­co des­cre­veu pela pri­mei­ra vez como a frequên­cia obser­va­da de luz e ondas sono­ras é afe­ta­da pelo movi­men­to rela­ti­vo da fon­te e do detec­tor, conhe­ci­do como efei­to Dop­pler. Em 1845, para tes­tar sua hipó­te­se, Dop­pler usou dois con­jun­tos de trom­pe­tis­tas: um con­jun­to esta­ci­o­ná­rio numa com­po­si­ção de com­boio e um con­jun­to em movi­men­to num vagão aber­to, todos com a mes­ma nota. Quan­do o com­boio pas­sou pela esta­ção, era óbvio que a frequên­cia das notas dos dois gru­pos não cor­res­pon­dia. As ondas sono­ras teri­am uma frequên­cia mais alta se a fon­te esti­ves­se se moves­se em direc­ção ao obser­va­dor e uma frequên­cia menor se a fon­te esti­ves­se a afas­tar-se do obser­va­dor. Edwin Hub­ble usou o efei­to Dop­pler da luz de estre­las dis­tan­tes para deter­mi­nar que o uni­ver­so está a expandir-se.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1849, John Ambro­se Fle­ming. Este enge­nhei­ro inglês fez inú­me­ras con­tri­bui­ções para ele­tró­ni­ca, foto­me­tria, medi­ções eléc­tri­cas e tele­gra­fia sem fio. Em 1904, ele des­co­briu o efei­to de uma cor­ren­te direc­ci­o­nal entre um eléc­tro­do posi­ti­va­men­te pola­ri­za­do, que ele cha­mou de âno­do, e o fila­men­to aque­ci­do num tubo de vidro em vácuo; os elec­trões fluí­ram ape­nas do fila­men­to para o âno­do. Fle­ming cha­mou o dis­po­si­ti­vo de dío­do por­que con­ti­nha dois eléc­tro­dos, o âno­do e o fila­men­to aque­ci­do. Ele notou que quan­do uma cor­ren­te alter­na era apli­ca­da, ape­nas as meta­des posi­ti­vas das ondas eram pas­sa­das — isto é, a onda era rec­ti­fi­ca­da (de AC para DC). Tam­bém era pos­sí­vel usar uma onda de frequên­cia de rádio e pro­du­zir cor­ren­te DC cor­res­pon­den­te ao ligar e des­li­gar os sinais trans­mi­ti­dos pelo códi­go Morse.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1874, Antó­nio Egas Moniz. Este médi­co neu­ro­lo­gis­ta Por­tu­guês foi o fun­da­dor da neu­ro­ci­rur­gia moder­na. Na déca­da de 1920, ele foi pio­nei­ro na téc­ni­ca da angi­o­gra­fia cere­bral, per­mi­tin­do o exa­me de rai­os X das arté­ri­as no cére­bro. Na déca­da de 1930, ele desen­vol­veu a for­ma ori­gi­nal de leu­co­to­mia pré-fron­tal (lobo­to­mia), uma ope­ra­ção para ali­vi­ar sin­to­mas gra­ves de doen­ça psi­quiá­tri­ca. A ope­ra­ção con­sis­tia em inse­rir uma faca afi­a­da no lobo pré-fron­tal do cére­bro, apro­xi­ma­da­men­te a área aci­ma e entre os olhos; exi­gia o míni­mo de equi­pa­men­to e dura­va menos de cin­co minu­tos. Devi­do a este desen­vol­vi­men­to, ele foi pre­mi­a­do com o Pré­mio Nobel de Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1949 con­jun­ta­men­te com Wal­ter Hess.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1959, Richard Ewen Bor­cherds. Este mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co ganhou a Meda­lha Fields em 1998 pelo seu tra­ba­lho nos cam­pos de álge­bra e geo­me­tria, em par­ti­cu­lar pela sua pro­va da cha­ma­da con­jec­tu­ra de Moonshi­ne. Esta con­jec­tu­ra foi for­mu­la­da no final dos anos 70 pelos mate­má­ti­cos bri­tâ­ni­cos John Conway e Simon Nor­ton e apre­sen­ta duas estru­tu­ras mate­má­ti­cas numa rela­ção tão ines­pe­ra­da que os espe­ci­a­lis­tas lhe deram o nome de “Moonshi­ne”. Em 1989, Bor­cherds foi capaz de lan­çar um pou­co mais de luz sobre o con­tex­to mate­má­ti­co des­te tópi­co e pro­du­zir uma pro­va para a con­jec­tu­ra. A con­jec­tu­ra Moonshi­ne for­ne­ce uma inter-rela­ção entre o cha­ma­do “gru­po de mons­tros” e fun­ções elípticas.

Esta sema­na ficá­mos a saber que a son­da Insight da NASA depois de ater­rar envi­ou sinais para a Ter­ra, indi­can­do que seus pai­néis sola­res estão aber­tos e a rece­ber luz solar na super­fí­cie de Mar­te. A son­da Mars Odys­sey da NASA retrans­mi­tiu os sinais, que foram rece­bi­dos na Ter­ra por vol­ta das 17h30. PST (20h30 EST). A implan­ta­ção de pai­néis sola­res garan­te que a son­da pos­sa recar­re­gar suas bate­ri­as todos os dias. A Odys­sey tam­bém trans­mi­tiu um par de ima­gens mos­tran­do o local de pou­so da InSight. Os pai­néis sola­res géme­os da InSight têm 2,2 metros de lar­gu­ra cada; quan­do estão aber­tos, a super­fí­cie intei­ra é do tama­nho de um car­ro da déca­da de 1960. Mar­te tem luz solar mais fra­ca do que a Ter­ra por­que está mui­to mais dis­tan­te do Sol. Mas a son­da não pre­ci­sa de mui­to para ope­rar: os pai­néis for­ne­cem 600 a 700 watts num dia cla­ro, o sufi­ci­en­te para ali­men­tar um liqui­di­fi­ca­dor domés­ti­co e mui­to para man­ter seus ins­tru­men­tos con­du­zin­do ciên­cia no Pla­ne­ta Ver­me­lho. Mes­mo quan­do a poei­ra cobre os pai­néis — o que pro­va­vel­men­te é uma ocor­rên­cia comum em Mar­te — eles devem ser capa­zes de for­ne­cer pelo menos 200 a 300 watts.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. São apre­sen­ta­das as revs­tas Mag­PI 76, a newe­lec­tro­nics de 27 Novem­bro 2018, a His­pa­Brick Nº31 e a HackS­pa­ce Nº13 de Dezembro.

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Newsletter Nº186

Newsletter Nº186
News­let­ter Nº186

Faz hoje anos que nas­cia, em 1904, Louis Néel. Este físi­co fran­cês par­ti­lhou (com o astro­fí­si­co sue­co Han­nes Alf­vén) o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1970 pelos seus estu­dos pio­nei­ros sobre as pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas dos sóli­dos. As suas con­tri­bui­ções para a físi­ca de esta­do sóli­do encon­tra­ram inú­me­ras apli­ca­ções úteis, par­ti­cu­lar­men­te no desen­vol­vi­men­to de uni­da­des melho­ra­das das memó­ri­as de com­pu­ta­dor. Por vol­ta de 1930 ele suge­riu que uma nova for­ma de com­por­ta­men­to mag­né­ti­co pode­ria exis­tir — cha­ma­da anti-fer­ro­mag­ne­tis­mo. Aci­ma de uma cer­ta tem­pe­ra­tu­ra (a tem­pe­ra­tu­ra de Néel) este com­por­ta­men­to pára. Néel apon­tou (1947) que os mate­ri­ais tam­bém pode­ri­am exis­tir mos­tran­do o fer­ri­mag­ne­tis­mo. Néel tam­bém deu uma expli­ca­ção do fra­co mag­ne­tis­mo de cer­tas rochas, tor­nan­do pos­sí­vel o estu­do da his­tó­ria pas­sa­da do cam­po mag­né­ti­co da Terra.

Esta sema­na ficá­mos a saber que algu­mas das uni­da­des com as quais lida­mos qua­se todos os dias vão pas­sar a ter uma defi­ni­ção de padrão dife­ren­te. À medi­da que a ciên­cia avan­ça, medi­ções cada vez mais pre­ci­sas são neces­sá­ri­as e pos­sí­veis. Mas esta melho­ria de pre­ci­são deve acon­te­cer por meio de padrões de medi­ção e suas defi­ni­ções. Em Novem­bro de 2018, na Con­fe­rên­cia Geral sobre Pesos e Medi­das, a comu­ni­da­de glo­bal de metro­lo­gia con­cor­dou com uma revi­são do SI. A deci­são sig­ni­fi­ca que, pela pri­mei­ra vez, todas as sete uni­da­des bási­cas serão defi­ni­das em ter­mos de cons­tan­tes da natu­re­za — como a velo­ci­da­de da luz, a cons­tan­te de Planck e a cons­tan­te de Avo­ga­dro. Usar sete cons­tan­tes defi­ni­do­ras como base para o SI sig­ni­fi­ca que as defi­ni­ções de todas as uni­da­des bási­cas per­ma­ne­ce­rão está­veis ​​no futu­ro. A revi­são tra­rá novas defi­ni­ções do ampe­re, qui­lo­gra­ma, kel­vin (e, con­se­quen­te­men­te, grau Cel­sius) e mole. Embo­ra estas mudan­ças não sejam sen­ti­das na vida quo­ti­di­a­na, elas repre­sen­tam uma pro­fun­da mudan­ça de pers­pec­ti­va. A par­tir de maio de 2019, todas as uni­da­des de base do SI serão defi­ni­das em ter­mos de cons­tan­tes da natu­re­za — as quan­ti­da­des mais está­veis ​​que já encon­tra­mos. O qui­lo­gra­ma — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Planck (h). O ampe­re — será defi­ni­do em ter­mos de car­ga ele­men­tar (e). O kel­vin — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Boltz­mann (k). O mole — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Avo­ga­dro (NA).

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. É apre­sen­ta­da a revis­ta newe­lec­tro­nics de 13 de Novem­bro de 2018.

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Newsletter Nº185

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News­let­ter Nº185

Faz hoje anos que nas­cia, em 1793, Michel Chas­les. Este Mate­má­ti­co fran­cês ela­bo­rou a teo­ria da geo­me­tria pro­je­ti­va moder­na, o estu­do das pro­pri­e­da­des de uma linha geo­mé­tri­ca ou figu­ra pla­na que per­ma­ne­ce inal­te­ra­da quan­do a figu­ra é pro­jec­ta­da em um pla­no a par­tir de um pon­to não ou o pla­no ou a figu­ra. No seu tex­to Trai­té de géo­mé­trie, em 1852, Chas­les dis­cu­te o rácio cru­za­do, lápis e invo­lu­ções, todas as noções que ele introduziu.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1885, Fre­de­rick Han­dley Page. Este pro­jec­tis­ta de aviões bri­tâ­ni­co cons­truiu o Han­dley Page 0/400, o pri­mei­ro bom­bar­dei­ro bimo­tor do mun­do para o Royal Flying Corps, um dos mai­o­res aviões usa­dos na Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, que rea­li­zou os seus pri­mei­ros bom­bar­dei­ros em gran­de esca­la em ins­ta­la­ções mili­ta­res ini­mi­gas e bases sub­ma­ri­nas em Novem­bro de 1916. Em 1918, ele tinha cri­a­do um bom­bar­dei­ro de qua­tro moto­res que pode­ria ata­car as zonas indus­tri­ais do Saar e do Ruhr, na Ale­ma­nha. Em 1930, ele pro­du­ziu o pri­mei­ro avião civil de 40 luga­res, o Hér­cu­les. Para a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, Page vol­tou a pro­du­zir aviões mili­ta­res, sen­do o mais impor­tan­te o bom­bar­dei­ro Hali­fax. O gover­no com­prou 7.000 des­ses aviões. Ele foi con­de­co­ra­do pela sua con­tri­bui­ção para o esfor­ço de guer­ra. Depois da guer­ra, Page pro­je­tou o bom­bar­dei­ro a jato de qua­tro moto­res, o Victor.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a conhe­cer o novo Rasp­ber­ry PI 3 mode­lo A+. Pas­sou a ser pos­sí­vel ter no foot­print do mode­lo A as capa­ci­da­des de velo­ci­da­de de reló­gio de 1.4Ghz e o mes­mo pro­ces­sa­dor do mode­lo 3 B+ assim como as melho­ri­as tér­mi­cas des­te ulti­mo. Com um pre­ço base de 25 USD este novo mode­lo ape­nas trás 512MB de memó­ria, uma por­ta USB 2.0 e não tem Ether­net. No entan­to tem Dual-band 802.11ac Wifi e Blu­e­to­oth 4.2/BLE.

Ficá­mos hoje a saber que a Spa­ceX con­se­guiu mais um suces­so con­se­guin­do fazer o lan­ça­men­to de um saté­li­te do Qatar e ater­ran­do com suces­so. O Fal­con 9 de dois está­gi­os des­co­lou às 3:46 da tar­de. EST (2046 GMT) de hoje (15 de novem­bro) do com­ple­xo de lan­ça­men­to 39A no Ken­nedy Spa­ce Cen­ter da NASA, na Flo­ri­da. Cer­ca de 32 minu­tos depois, o fogue­tão liber­tou com suces­so sua car­ga, o saté­li­te de comu­ni­ca­ções Es’hail‑2, numa órbi­ta de trans­fe­rên­cia geo-esta­ci­o­ná­ria elíptica.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como alguns mode­los 3D que pode­rão ser úteis. 

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Newsletter Nº184

Newsletter Nº184
News­let­ter Nº184

Faz hoje anos que nas­cia, em 1656, Edmond Hal­ley. Este astró­no­mo, geo­fí­si­co e mate­má­ti­co inglês, ficou conhe­ci­do por reco­nhe­cer que um come­ta bri­lhan­te (mais tar­de cha­ma­do com o seu nome) apa­re­ceu diver­sas vezes, cal­cu­lan­do sua órbi­ta e pre­ven­do com suces­so seu retor­no. Depois de ter ori­gi­na­do a per­gun­ta que inci­ta­va Isa­ac New­ton a escre­ver o semi­nal Phi­lo­sophi­ae Natu­ra­lis Prin­ci­pia Mathe­ma­ti­ca, Hal­ley edi­tou e orga­ni­zou a sua publi­ca­ção. Hal­ley foi pro­fes­sor de geo­me­tria em Oxford e mais tar­de nome­a­do astró­no­mo real. Hal­ley iden­ti­fi­cou o movi­men­to apro­pri­a­do das estre­las, estu­dou o movi­men­to e as marés da Lua, per­ce­beu que as nebu­lo­sas eram nuvens de gás lumi­no­so entre as estre­las e que a auro­ra era um fenó­me­no liga­do ao mag­ne­tis­mo da Ter­ra. A sua pre­vi­são do trân­si­to de Vénus levou à via­gem do capi­tão James Cook ao Taiti.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1848, Got­tlob Fre­ge. Este mate­má­ti­co e lógi­co ale­mão fun­dou a lógi­ca sim­bó­li­ca moder­na e foi o pri­mei­ro a mos­trar a mate­má­ti­ca como uma exten­são da lógi­ca. Ele esten­deu o tra­ba­lho de Boo­le inven­tan­do sím­bo­los lógi­cos (sím­bo­los para “ou”, “se-então”, etc.) que melho­ra­ram a lógi­ca silo­gís­ti­ca que subs­ti­tuiu. Ele tam­bém tra­ba­lhou em ques­tões gerais de lógi­ca filo­só­fi­ca e semân­ti­ca. A sua teo­ria do sig­ni­fi­ca­do, base­a­da em fazer uma dis­tin­ção entre o que um ter­mo lin­guís­ti­co se refe­re e o que ele expres­sa, ain­da é influ­en­te. Fre­ge ten­tou for­ne­cer uma base rigo­ro­sa para a mate­má­ti­ca com base em prin­cí­pi­os pura­men­te lógi­cos, mas aban­do­nou a ten­ta­ti­va quan­do Ber­trand Rus­sell, em cujo tra­ba­lho ele teve uma pro­fun­da influên­cia, apon­tou um para­do­xo que tor­nou o sis­te­ma inconsistente.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1854, Johan­nes Ryd­berg. Este físi­co sue­co ficou conhe­ci­do pela cons­tan­te de Ryd­berg na sua fór­mu­la empí­ri­ca que rela­ci­o­na­va os núme­ros de onda das linhas espec­trais de um ele­men­to (1890). Esta fór­mu­la expres­sa­va rela­ções fun­da­men­tais nes­sas linhas, que ele supu­nha serem o resul­ta­do da natu­re­za e estru­tu­ra inter­nas dos áto­mos de um ele­men­to. Em 1897, ele suge­riu que um núme­ro ató­mi­co para cada um dos ele­men­tos, em vez de pesos ató­mi­cos, seria uma for­ma melhor para orga­ni­zar os ele­men­tos e a sua peri­o­di­ci­da­de das suas carac­te­rís­ti­cas. O seu tra­ba­lho for­ne­ceu a base para a des­co­ber­ta da estru­tu­ra do invó­lu­cro de elec­trões do áto­mo. Pos­te­ri­or­men­te, foi esta­be­le­ci­do que o núme­ro intei­ro de car­gas posi­ti­vas no núcleo de um ele­men­to (seu núme­ro de pro­tões) cor­res­pon­dia à sua ideia de núme­ro atómico.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1866, Her­bert Aus­tin. Este enge­nhei­ro inglês fun­dou a Aus­tin Motor Com­pany (1905), cujo mode­lo Aus­tin Seven influ­en­ci­ou mui­to o design bri­tâ­ni­co e euro­peu de car­ros leves. Em 1884, após con­cluir sua edu­ca­ção ini­ci­al, Her­bert mudou-se para Mel­bour­ne, na Aus­trá­lia, e apren­deu enge­nha­ria na Lan­glands Foun­dry. Mais tar­de ele tor­nou-se o geren­te da Wol­se­ley She­ep She­a­ring Com­pany. Em 1893, ele vol­ta ao Rei­no Uni­do com essa empre­sa em 1893 e tor­nou-se logo o geren­te de pro­du­ção. Da expe­ri­ên­cia obti­da nas lon­gas jor­na­das no inte­ri­or da Aus­trá­lia, ele teve uma visão sobre a neces­si­da­de de veí­cu­los movi­dos a gaso­li­na. Em 1895, ele pro­du­ziu o pri­mei­ro car­ro Wol­se­ley (um veí­cu­lo de três rodas) e em 1900, seu pri­mei­ro design de qua­tro rodas Wol­se­ley. Em 1914, a empre­sa pro­du­zia mais de 1000 car­ros com 2000 funcionários.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1923, Jack Kilby. Este enge­nhei­ro ele­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no inven­tou o pri­mei­ro cir­cui­to inte­gra­do (IC), pelo qual par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca 2000. O seu inte­res­se por ele­tró­ni­ca cres­ceu no seu pas­sa­tem­po de rádio ama­dor dos tem­pos da esco­la. Anos depois, a tra­ba­lhar na Texas Ins­tru­ments, ele inven­tou uma manei­ra de mini­a­tu­ri­zar um com­pli­ca­do cir­cui­to de tran­sís­to­res, cons­truin­do os seus com­po­nen­tes num blo­co de silí­cio com cone­xões inter­nas que eli­mi­na­vam a fia­ção exter­na. Em 12 de setem­bro de 1958, ele demons­trou seu pri­mei­ro cir­cui­to inte­gra­do ao seu super­vi­sor. Alguns meses depois, um dis­po­si­ti­vo IC numa for­ma melho­ra­da foi inven­ta­do nou­tra par­te por Robert Noy­ce. Geof­frey W.A. Dum­mer tam­bém teve o con­cei­to anos antes, mas não um dis­po­si­ti­vo fun­ci­o­nal. Em setem­bro de 1965, a equi­pa de Kilby desen­vol­veu a pri­mei­ra cal­cu­la­do­ra ele­tró­ni­ca de bol­so usan­do IC’s.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1986, Aaron Swartz. Este pro­gra­ma­dor de com­pu­ta­do­res nor­te-ame­ri­ca­no foi empre­sá­rio, escri­tor, orga­ni­za­dor polí­ti­co e hack­ti­vis­ta da Inter­net. Ele este­ve envol­vi­do no desen­vol­vi­men­to do for­ma­to de feed RSS e no for­ma­to de publi­ca­ção Mark­down, na orga­ni­za­ção Cre­a­ti­ve Com­mons, e na estru­tu­ra do site web.py, e foi co-fun­da­dor da o site de notí­ci­as soci­ais Red­dit. Ele rece­beu o títu­lo de co-fun­da­dor pelo pro­pri­e­tá­rio da Y Com­bi­na­tor, Paul Graham, após a for­ma­ção da Not a Bug, Inc. (uma fusão do pro­je­to Info­ga­mi de Swartz com uma empre­sa diri­gi­da por Ale­xis Oha­ni­an e Ste­ve Huffman).

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a IBM vai adqui­rir a Red Hat. Esta aqui­si­ção vem tor­nar a IBM um dos mai­o­res pro­vi­ders de Cloud. Por outro lado refor­ça a pre­sen­ça do Open Sour­ce no mun­do cor­po­ra­te. A Red Hat é a fabri­can­te do RHEL e do Fedo­ra, dis­tri­bui­ção que fez esta sema­na 15 anos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. 

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.