Newsletter Nº412

Newsletter Nº412
News­let­ter Nº412

Faz hoje anos que nas­cia, em 1749, o mate­má­ti­co, físi­co e astró­no­mo fran­cês Pier­re-Simon Lapla­ce. Ele ficou conhe­ci­do pela sua aná­li­se mate­má­ti­ca da esta­bi­li­da­de do sis­te­ma solar (1773), ali­vi­an­do as pre­o­cu­pa­ções de Isa­ac New­ton sobre as per­tur­ba­ções entre pla­ne­tas. Ele fez uma abor­da­gem exac­ta da ciên­cia. Ele desen­vol­veu uma expli­ca­ção da ten­são super­fi­ci­al de um líqui­do em ter­mos de atrac­ções inter­mo­le­cu­la­res, inves­ti­gou a acção capi­lar e a velo­ci­da­de do som. Aju­dou Antoi­ne Lavoi­si­er (1783) a inves­ti­gar o calor espe­cí­fi­co e os aque­ce­do­res de com­bus­tão, ini­ci­an­do a ciên­cia da ter­moquí­mi­ca. Ele acre­di­ta­va que o sis­te­ma solar se for­mou a par­tir de uma nebu­lo­sa em colap­so. Con­tri­buiu para a mate­má­ti­ca da pro­ba­bi­li­da­de e cál­cu­lo, na qual uma equa­ção dife­ren­ci­al é conhe­ci­da pelo seu nome, e este­ve envol­vi­do no esta­be­le­ci­men­to do sis­te­ma métrico.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1881, o quí­mi­co ale­mão Her­mann Stau­din­ger. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1953 pela sua des­co­ber­ta da estru­tu­ra dos polí­me­ros como molé­cu­las de cadeia lon­ga. Em 1910, desen­vol­veu uma nova e sim­ples sín­te­se para o iso­pre­no, a uni­da­de mole­cu­lar bási­ca em bor­ra­cha sin­té­ti­ca. Na déca­da de 1920, Stau­din­ger tinha for­ma­do a sua opi­nião de que as molé­cu­las de polí­me­ro podi­am ser uma cadeia mui­to lon­ga de uni­da­des repe­ti­das uni­das por liga­ções quí­mi­cas nor­mais, em vez da opi­nião pre­do­mi­nan­te de que os polí­me­ros eram ape­nas uma agre­ga­ção desor­de­na­da de molé­cu­las mais peque­nas man­ti­das jun­tas por algu­mas outras for­ças. Ele cunhou o ter­mo macro­mo­lé­cu­la (1922). Even­tu­al­men­te, a cris­ta­lo­gra­fia de rai­os X con­fir­mou a sua estru­tu­ra de polí­me­ros de cadeia lon­ga. O seu tra­ba­lho foi uma gran­de con­tri­bui­ção para a bio­lo­gia molecular.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1882, a mate­má­ti­ca ale­mã Emmy Noether. Ela ficou conhe­ci­da pelas suas con­tri­bui­ções para a álge­bra abs­trac­ta, em par­ti­cu­lar, o seu estu­do das con­di­ções de cadeia sobre ide­ais de anéis. Na físi­ca teó­ri­ca, pro­du­ziu o Teo­re­ma de Noether, que pro­va uma rela­ção entre sime­tri­as na físi­ca e prin­cí­pi­os de con­ser­va­ção. Este resul­ta­do bási­co na teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de foi elo­gi­a­do por Eins­tein. Foi o seu tra­ba­lho na teo­ria das inva­ri­an­tes que levou à for­mu­la­ção de vári­os con­cei­tos da teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de de Eins­tein. Para o seu obi­tuá­rio no The New York Times, Albert Eins­tein escre­veu: “Frau­lein Noether foi o génio mate­má­ti­co mais sig­ni­fi­ca­ti­vo pro­du­zi­do até ago­ra des­de o iní­cio do ensi­no supe­ri­or das mulheres”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1905, o físi­co inglês John Ran­dall. Ele con­tri­buiu com melho­ri­as crí­ti­cas ao mag­ne­trão da cavi­da­de, o dis­po­si­ti­vo gera­dor de micro­on­das uti­li­za­do no radar, foi uma impor­tan­te des­co­ber­ta para ven­cer a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Um mag­ne­trão é ago­ra comum nas casas den­tro do for­no de micro­on­das. Os mag­ne­trões ante­ri­o­res fabri­ca­dos na déca­da de 1920 deram uma bai­xa potên­cia. Em Feve­rei­ro de 1940, o desen­vol­vi­men­to por Ran­dall com Har­ry Boot do peque­no mag­ne­trão de cavi­da­de que gera­va com­pri­men­tos de onda de cen­tí­me­tros a uma potên­cia mui­to supe­ri­or, per­mi­tiu que o radar detec­tas­se objec­tos mais peque­nos. Por sua vez, este equi­pa­men­to mais com­pac­to com uma ante­na mais peque­na per­mi­tiu a fácil ins­ta­la­ção móvel de radar de alta reso­lu­ção em aero­na­ves. Após a guer­ra, Ran­dall virou-se para a bio­fí­si­ca, incluin­do a rea­li­za­ção de tra­ba­lhos expe­ri­men­tais sobre a estru­tu­ra do ADN.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1912, o enge­nhei­ro de fogue­tes ger­ma­no-ame­ri­ca­no Wer­nher von Braun. Ele foi um dos mais impor­tan­tes cri­a­do­res de fogue­tes e da sua evo­lu­ção para apli­ca­ções na explo­ra­ção espa­ci­al. O seu inte­res­se come­çou quan­do era ado­les­cen­te na Ale­ma­nha, e duran­te a II Guer­ra Mun­di­al lide­rou o desen­vol­vi­men­to do mís­sil balís­ti­co mor­tal V‑2 para os nazis (cujo papel per­ma­ne­ce con­tro­ver­so). Após a guer­ra, foi leva­do a usar os seus conhe­ci­men­tos para pro­du­zir fogue­tes para o exér­ci­to dos EUA. Em 1960, trans­fe­riu-se para a recém-for­ma­da NASA e tor­nou-se direc­tor do Marshall Spa­ce Flight Cen­ter e arqui­tec­to che­fe do veí­cu­lo de lan­ça­men­to Saturn V uti­li­za­do para colo­car homens na lua. As suas con­tri­bui­ções inclu­em os saté­li­tes Explo­rer; Júpi­ter, Pershing, Reds­to­ne e Saturn fogue­tes, e Skylab.

Em 1875, a pri­mei­ra son­da­gem da Fos­sa das Mari­a­nas foi fei­ta pelo navio de pes­qui­sa bri­tâ­ni­co, H.M.S. Chal­len­ger, duran­te a sua pri­mei­ra expe­di­ção oce­a­no­grá­fi­ca glo­bal, des­co­brin­do par­te da região mais pro­fun­da conhe­ci­da dos oce­a­nos da Ter­ra. As medi­ções pre­ci­sas da super­fí­cie con­ti­nu­am a ser difí­ceis, mas em 2010, a NOAA uti­li­zou impul­sos sono­ros para gra­var uma pro­fun­di­da­de de 36.070 pés (10.994 m) na fos­sa Chal­len­ger Deep no seu extre­mo sul. A Fos­sa das Mari­a­nas situa-se no Oce­a­no Pací­fi­co oci­den­tal, a les­te das Ilhas Mari­a­nas, per­to de Guam. A sua gran­de pro­fun­di­da­de resul­ta na coli­são de duas enor­mes pla­cas de cros­ta oceâ­ni­ca, uma zona de sub­duc­ção, onde a bor­da de uma mer­gu­lha por bai­xo da outra no man­to da Ter­ra. A 23 de Janei­ro de 1960, Pic­card e Walsh atin­gi­ram o fun­do na baia de Trieste.

Em 2001, a esta­ção espa­ci­al rus­sa, Mir, ter­mi­nou 15 anos em órbi­ta ao arder na atmos­fe­ra ter­res­tre como o cami­nho esco­lhi­do para ter­mi­nar a sua vida. Mir, lan­ça­da em 1986, tinha ultra­pas­sa­do lar­ga­men­te a sua dura­ção ori­gi­nal de cin­co anos pre­vis­ta. O gover­no rus­so deci­diu em Outu­bro de 2000 que o seu mau esta­do já não podia jus­ti­fi­car as des­pe­sas para man­ter a sua uti­li­za­ção. Um navio-tan­que Pro­gress atra­ca­do tinha sido coman­da­do remo­ta­men­te por con­tro­la­do­res de mis­são para dis­pa­rar fogue­tes e bai­xar a sua órbi­ta e pro­vo­car a sua reen­tra­da na atmos­fe­ra. Os des­tro­ços que não arde­ram duran­te a reen­tra­da caí­ram ino­fen­si­va­men­te no Oce­a­no Pací­fi­co, na zona alvo pla­ne­a­da entre a Nova Zelân­dia e o Chi­le. Por razões de segu­ran­ça, as com­pa­nhi­as aére­as tinham reen­ca­mi­nha­do os voos do Pací­fi­co em ante­ci­pa­ção do even­to, e os navi­os tinham sido avi­sa­dos mais cedo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº411

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News­let­ter Nº411

Faz hoje anos que nas­cia, em 1789, o físi­co ale­mão Georg Ohm. Ele mos­trou por expe­ri­ên­cia (1825) que não exis­tem con­du­to­res eléc­tri­cos “per­fei­tos”. Todos os con­du­to­res têm algu­ma resis­tên­cia. Ele decla­rou a famo­sa lei de Ohm (1826), ago­ra escri­ta como: “Se a dada tem­pe­ra­tu­ra per­ma­ne­cer cons­tan­te, a cor­ren­te que flui atra­vés de cer­tos con­du­to­res é pro­por­ci­o­nal à dife­ren­ça poten­ci­al (vol­ta­gem) atra­vés dela” ou V=iR.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1821, o mate­má­ti­co ale­mão Edu­ard Hei­ne. Ele é res­pon­sá­vel por con­tri­bui­ções sobre equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais, a teo­ria do calor, soma de séri­es, frac­ções con­tí­nu­as e fun­ções elíp­ti­cas. Hei­ne tam­bém tra­ba­lhou em poli­nó­mi­os de Legen­dre, fun­ções de Lamé e fun­ções de Bes­sel. Ele con­ti­nua conhe­ci­do pelo teo­re­ma de Hei­ne-Borel, que pode ser dado de uma for­ma sim­pli­fi­ca­da como “um sub­con­jun­to dos reais é com­pac­to se e só se for fecha­do e deli­mi­ta­do”. Hei­ne for­mu­lou tam­bém o con­cei­to de con­ti­nui­da­de uniforme.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1836, o enge­nhei­ro e inven­tor anglo-ame­ri­ca­no Andrew Smith Hal­li­die. Ele cons­truiu o sis­te­ma de tele­fé­ri­co uti­li­za­do pela pri­mei­ra vez nas íngre­mes coli­nas das ruas de São Fran­cis­co (1 de Agos­to de 1873). Os bon­des sobre car­ris foram equi­pa­dos com um dis­po­si­ti­vo mecâ­ni­co que agar­ra­va um cabo em movi­men­to sem fim sub­ter­râ­neo para via­jar e sol­ta­va para parar. O cabo pas­sa­va ao redor de rol­da­nas e era con­du­zi­do por uma gran­de roda numa casa de máqui­nas. Tinha apren­di­do o negó­cio de fazer cabos de ara­me com o seu pai antes de se mudar para os EUA (1853), onde con­ce­beu e cons­truiu pon­tes e calhas sus­pen­sas de ara­me. Come­çou a fabri­car cor­da de ara­me em 1857. Hal­li­die tam­bém desen­vol­veu um méto­do de movi­men­ta­ção de car­ga sobre des­fi­la­dei­ros usan­do um cabo de aço sem fim, e inven­ções para a trans­mis­são de ener­gia com cabo de aço, o que seme­ou a sua ideia para os teleféricos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1846, o mate­má­ti­co sue­co Mag­nus Gös­ta Mit­tag-Lef­fler. Ele fun­dou a revis­ta inter­na­ci­o­nal de mate­má­ti­ca Acta Mathe­ma­ti­ca e cujas con­tri­bui­ções para a inves­ti­ga­ção mate­má­ti­ca aju­da­ram a fazer avan­çar a esco­la escan­di­na­va de mate­má­ti­ca. Mit­tag-Lef­fler fez nume­ro­sas con­tri­bui­ções para a aná­li­se mate­má­ti­ca (pre­o­cu­pa­da com limi­tes e incluin­do cál­cu­lo, geo­me­tria ana­lí­ti­ca e teo­ria da pro­ba­bi­li­da­de). Tra­ba­lhou na teo­ria geral das fun­ções, rela­ti­va às rela­ções entre variá­veis inde­pen­den­tes e depen­den­tes. O seu tra­ba­lho mais conhe­ci­do dizia res­pei­to à repre­sen­ta­ção ana­lí­ti­ca de uma fun­ção de valor úni­co, este tra­ba­lho cul­mi­nou no teo­re­ma de Mittag-Leffler.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1853, o físi­co ale­mão Hein­ri­ch Kay­ser. Ele des­co­briu a pre­sen­ça de hélio na atmos­fe­ra da Ter­ra. Antes dis­so, os cien­tis­tas tinham detec­ta­do hélio ape­nas no sol e em alguns mine­rais. O pri­mei­ro tra­ba­lho de inves­ti­ga­ção de Kay­ser foi sobre as pro­pri­e­da­des do som. Em cola­bo­ra­ção com o físi­co e mate­má­ti­co Carl D.T. Run­ge, Kay­ser mape­ou cui­da­do­sa­men­te os espec­tros de um gran­de núme­ro de ele­men­tos. Ele escre­veu um manu­al de espec­tros­co­pia (1901–12) e um tra­ta­do sobre a teo­ria dos elec­trões (1905).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1915, o mate­má­ti­co japo­nês Kunihi­ko Kodai­ra. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1954 pelo seu tra­ba­lho em geo­me­tria algé­bri­ca e aná­li­se com­ple­xa. O tra­ba­lho de Kodai­ra inclui apli­ca­ções dos méto­dos espa­ci­ais de Hil­bert a equa­ções dife­ren­ci­ais que foi um tópi­co impor­tan­te no seu tra­ba­lho ini­ci­al e foi em gran­de par­te o resul­ta­do da influên­cia de Weyl. Atra­vés da influên­cia de Hod­ge, ele tam­bém tra­ba­lhou em inte­grais har­mó­ni­cos e mais tar­de apli­cou este tra­ba­lho a pro­ble­mas em geo­me­tria algé­bri­ca. Outra área impor­tan­te do tra­ba­lho de Kodai­ra foi a apli­ca­ção de rol­da­nas à geo­me­tria algé­bri­ca. Por vol­ta de 1960, envol­veu-se na clas­si­fi­ca­ção de espa­ços ana­lí­ti­cos com­pac­tos e com­ple­xos. Um dos temas que per­cor­re gran­de par­te do seu tra­ba­lho é o teo­re­ma de Rie­mann-Roch. Ganhou o Pré­mio Wolf de 1985.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1918, o físi­co ame­ri­ca­no Fre­de­rick Rei­nes. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1995 pela sua detec­ção em 1956 de neu­tri­nos, tra­ba­lhan­do com o seu cole­ga Cly­de L. Cowan, Jr. O neu­tri­no é uma par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca, um peque­no lep­tão com pou­ca ou nenhu­ma mas­sa e uma car­ga neu­tra que tinha sido pos­tu­la­da por Wolf­gang Pau­li no iní­cio da déca­da de 1930, mas que ante­ri­or­men­te per­ma­ne­ce­ra por des­co­brir. (Rei­nes par­ti­lhou o Pré­mio Nobel com o físi­co Mar­tin Lewis Perl, que des­co­briu o tau lepton).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1944, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção ame­ri­ca­no-holan­dês Andrew S. Tanen­baum. Ele é o autor de MINIX, um sis­te­ma ope­ra­ti­vo livre tipo Unix para fins de ensi­no, e escre­veu múl­ti­plos livros de infor­má­ti­ca con­si­de­ra­dos como tex­tos padrão na área. Con­si­de­ra o seu tra­ba­lho de ensi­no como a sua obra mais impor­tan­te. O seu livro, Sis­te­mas Ope­ra­ti­vos: Design e Imple­men­ta­ção e MINIX foram a ins­pi­ra­ção de Linus Tor­valds para o ker­nel Linux.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1953, o acti­vis­ta e pro­gra­ma­dor ame­ri­ca­no do movi­men­to do soft­ware livre Richard Stall­man. Ele lan­çou o Pro­jec­to GNU em Setem­bro de 1983 para escre­ver um sis­te­ma ope­ra­ti­vo de com­pu­ta­dor do tipo Unix com­pos­to intei­ra­men­te de soft­ware livre. Com isto, lan­çou tam­bém o movi­men­to do soft­ware livre. Ele tem sido o prin­ci­pal arqui­tec­to e orga­ni­za­dor do Pro­jec­to GNU, e desen­vol­veu uma série de peças de soft­ware GNU ampla­men­te uti­li­za­das, incluin­do, entre outros, a Colec­ção de Com­pi­la­do­res GNU, o GNU Debug­ger, e o edi­tor de tex­to GNU Emacs. Ele foi pio­nei­ro no con­cei­to de copy­left, que uti­li­za os prin­cí­pi­os do direi­to de autor para pre­ser­var o direi­to de uti­li­zar, modi­fi­car, e dis­tri­buir soft­ware livre. Ele é o prin­ci­pal autor de licen­ças de soft­ware livre que des­cre­vem esses ter­mos, mais nota­vel­men­te a GNU Gene­ral Public Licen­se (GPL), a licen­ça de soft­ware livre mais ampla­men­te utilizada.

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Newsletter Nº410

Newsletter Nº410
News­let­ter Nº410

Faz hoje anos que nas­cia, em 1856, o inven­tor ame­ri­ca­no Edward Goo­dri­ch Ache­son. Ele des­co­briu o car­bo­run­dum abra­si­vo, a segun­da subs­tân­cia mais dura (ao lado de dia­man­tes) e mais tar­de aper­fei­ço­ou um méto­do de fabri­co de gra­fi­te. No iní­cio da sua car­rei­ra, tinha tra­ba­lha­do no Men­lo Park de Tho­mas Edi­son (1880–84), mas par­tiu para se tor­nar um inven­tor inde­pen­den­te. Em 1891, esta­va a expe­ri­men­tar uma for­na­lha eléc­tri­ca, ten­tan­do fazer dia­man­tes a par­tir de uma mis­tu­ra fun­di­da de coque em pó e argi­la. Em vez de dia­man­tes, des­co­briu que tinha fei­to cris­tais peque­nos, gra­nu­lo­sos e duros qua­se tão duros como os dia­man­tes. Ele deter­mi­nou que esta subs­tân­cia cris­ta­li­na era car­bo­ne­to de silí­cio. Era mui­to efi­caz como abra­si­vo, que Ache­son paten­te­ou (28 de Feve­rei­ro de 1892) e cha­mou “car­bo­run­dum”. Ele cri­ou a Com­pa­nhia Car­bo­run­dum (1894), para fazer mós, pedras de amo­lar, e abra­si­vos em pó.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1923, o físi­co aus­tro-ame­ri­ca­no Wal­ter Kohn. Ele par­ti­lhou (com John A. Pople) o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1998. O pré­mio reco­nhe­ceu o seu tra­ba­lho indi­vi­du­al sobre cál­cu­los em quí­mi­ca quân­ti­ca. A par­te de Kohn no pré­mio foi para o desen­vol­vi­men­to da sua teo­ria da den­si­da­de-fun­ci­o­nal. Isto apli­cou a mate­má­ti­ca com­ple­xa para for­ne­cer uma téc­ni­ca de mode­la­ção que incor­po­rou a mecâ­ni­ca quân­ti­ca no estu­do das pro­pri­e­da­des elec­tró­ni­cas dos mate­ri­ais. A teo­ria de Kohn revo­lu­ci­o­nou de tal for­ma a ciên­cia dos mate­ri­ais, que foi refe­ri­da em cer­ca de meta­de de todas as publi­ca­ções de quí­mi­ca quân­ti­ca que se segui­ram. Ele fez gran­des con­tri­bui­ções para a físi­ca dos semi­con­du­to­res, super­con­du­ti­vi­da­de, físi­ca de super­fí­ci­es e catálise.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1934, o cos­mo­nau­ta sovié­ti­co Yuri Gaga­rin. Ele, a 12 de Abril de 1961, tor­nou-se o pri­mei­ro homem a via­jar para o espa­ço aos 27 anos de ida­de. For­mou-se na esco­la de cade­te da For­ça Aérea Sovié­ti­ca em 1957. Volun­ta­ri­ou-se para se tor­nar cos­mo­nau­ta e jun­tou-se a um gru­po de pilo­tos de tes­te para trei­no. Três dias antes do lan­ça­men­to, foi infor­ma­do de que tinha sido selec­ci­o­na­do para pilo­tar a nave espa­ci­al Vos­tok 1. Orbi­tou a Ter­ra uma vez em 1 hora e 29 minu­tos a uma alti­tu­de máxi­ma de 301 km. Nun­ca mais foi para o espa­ço, mas trei­nou outros cos­mo­nau­tas e per­cor­reu vári­as outras nações. Gaga­rin foi mor­to com outro pilo­to na que­da de um avião a jac­to de dois luga­res enquan­to esta­va no que foi des­cri­to como um voo de trei­no de rotina.

Em 1948, a Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia em Ber­ke­ley e a Comis­são de Ener­gia Ató­mi­ca anun­ci­a­ram ofi­ci­al­men­te a pro­du­ção arti­fi­ci­al de mésons uti­li­zan­do o ciclo­trão de 184 pole­ga­das no Labo­ra­tó­rio de Radi­a­ção da uni­ver­si­da­de. Os mésons na natu­re­za tinham sido ante­ri­or­men­te vis­tos por Carl Ander­son como pis­tas de câma­ra de nuvens, e outros (for­ma­dos por rai­os cós­mi­cos) tinham sido detec­ta­dos por outros cien­tis­tas em pla­cas foto­grá­fi­cas fei­tas a gran­de alti­tu­de. Ago­ra, nos limi­tes da ener­gia dis­po­ní­vel do ciclo­trão, estas par­tí­cu­las de cur­ta dura­ção foram gera­das arti­fi­ci­al­men­te por Euge­ne Gard­ner e C.M.G. Lat­tes, uti­li­zan­do um fei­xe de par­tí­cu­las alfa ace­le­ra­das dis­pa­ra­das sobre um alvo de car­bo­no fino. O tem­po rela­tou a des­co­ber­ta e deu a enten­der que o estu­do dos mésons pode­ria “con­du­zir na direc­ção de uma fon­te de ener­gia ató­mi­ca mui­to melhor do que a fis­são de urânio”.

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Newsletter Nº409

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News­let­ter Nº409

Faz hoje anos que nas­cia, em 1862, o físi­co e sis­mó­lo­go rus­so Boris Bori­so­vi­ch Golitsyn. Ele desen­vol­veu méto­dos e ins­tru­men­tos cien­tí­fi­cos para a obser­va­ção de ter­ra­mo­tos e pros­pec­ção mine­ral. Os seus pri­mei­ros estu­dos foram em físi­ca mole­cu­lar, físi­ca mate­má­ti­ca e elec­tro­mag­ne­tis­mo, A par­tir de 1899 os seus inte­res­ses vol­ta­ram-se para a sis­mo­lo­gia. Em 1906, inven­tou o pri­mei­ro sis­mó­gra­fo elec­tro­mag­né­ti­co efi­caz e con­ti­nu­ou a melho­rá-lo. Tinha um pên­du­lo com uma bobi­na de fio iso­la­do à vol­ta de um núcleo mag­né­ti­co fixa­do ao solo. A peque­na cor­ren­te gera­da na bobi­na pelo movi­men­to rela­ti­vo cau­sa­do por tre­mo­res de ter­ra é ampli­fi­ca­da para ope­rar um gra­va­dor de cane­ta. A par­te do man­to ter­res­tre a uma pro­fun­di­da­de de 400–800 km, na qual as ondas sís­mi­cas via­jam rapi­da­men­te, é deno­mi­na­da a cama­da de Golitsyn em reco­nhe­ci­men­to do seu trabalho.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1887, o ser­ra­lhei­ro e inven­tor ame­ri­ca­no Har­ry E. Soref. Ele paten­te­ou o cade­a­do de aço lami­na­do, e fun­da­dor da Mas­ter Lock Com­pany (1921). Como ser­ra­lhei­ro, Soref tinha-se aper­ce­bi­do de que os cade­a­dos mais bara­tos, fei­tos com lâmi­nas de metal estam­pa­do, eram de pou­ca segu­ran­ça, pois eram facil­men­te dani­fi­ca­dos. Ele paten­te­ou (1924) a sua inven­ção de um cade­a­do lami­na­do que, tal como as por­tas de cofre de ban­co e os navi­os de guer­ra, foi cons­truí­do em lami­na­dos de cama­da sobre cama­da de aço para mai­or resis­tên­cia. Inca­paz de ven­der a sua inven­ção a um fabri­can­te de cade­a­dos, ele pró­prio come­çou a fabri­cá-los. O Mas­ter Lock abriu a sua pri­mei­ra peque­na fábri­ca em Milwau­kee, Wisc. Em 1928 Mas­ter Lock ganhou reco­nhe­ci­men­to naci­o­nal pelo envio de 147.600 cade­a­dos a agen­tes fede­rais de proi­bi­ção em Nova Ior­que por terem tran­ca­do os spe­a­ke­a­si­es que invadiram.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1902, o físi­co ame­ri­ca­no Edward U. Con­don. Ele é recor­da­do pelo prin­cí­pio Franck-Con­don (1928), desen­vol­vi­men­to de radar e con­tri­bui­ção para a con­cep­ção de equi­pa­men­to de sepa­ra­ção mag­né­ti­ca pos­te­ri­or­men­te apli­ca­do ao pro­ces­sa­men­to de urâ­nio para bom­bas ató­mi­cas. O prin­cí­pio Franck-Con­don (1928) é um tra­ta­men­to quân­ti­co-mecâ­ni­co da afir­ma­ção ante­ri­or de James Franck (1925) de que em qual­quer sis­te­ma mole­cu­lar a tran­si­ção de um esta­do ener­gé­ti­co para outro ocor­re de for­ma tão pró­xi­ma a ins­tan­tâ­nea que os núcle­os dos áto­mos envol­vi­dos são esta­ci­o­ná­ri­os. Duran­te o pro­jec­to de Manhat­tan, aju­dou J. Robert Oppe­nhei­mer a reu­nir a equi­pa de cien­tis­tas que cri­ou as pri­mei­ras bom­bas ató­mi­cas em Los Ala­mos, N.M. Ele lide­rou um estu­do cien­tí­fi­co sobre OVNI’s, que não encon­trou pro­vas credíveis.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1908, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co ale­mão Wal­ter Bru­ch. Ele inven­tou o sis­te­ma de tele­vi­são a cores Pha­se Alter­na­ting Line (PAL) adop­ta­do na Euro­pa. Numa via­gem à Amé­ri­ca em 1953, encon­trou insu­fi­ci­ên­ci­as no sis­te­ma tal como ali se desen­vol­veu pela pri­mei­ra vez (NTSC, Nati­o­nal Tele­vi­si­on Stan­dards Com­mit­tee). Regres­sou ao empre­ga­dor ale­mão, Tele­fun­ken, e pes­qui­sou uma for­ma de melho­rar a esta­bi­li­da­de das cores sem neces­si­da­de de con­tro­los de tona­li­da­de e tona­li­da­de. Em 1961, foi regis­ta­da uma paten­te pre­li­mi­nar, mas foi supe­ra­da em 30 de Dezem­bro de 1962 com uma ver­são defi­ni­ti­va do sis­te­ma PAL. Seguiu-se uma luta para ser reco­nhe­ci­do como o melhor méto­do de codi­fi­ca­ção. A Grã-Bre­ta­nha selec­ci­o­nou o PAL como supe­ri­or ao NTSC e introduziu‑o a 1 de Julho de 1967. Seguiu-se a Ale­ma­nha, a 25 de Agos­to de 1967. Even­tu­al­men­te, tam­bém a mai­or par­te do mundo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1913, o físi­co sovié­ti­co Georgy Niko­la­e­vi­ch Fle­rov. Ele reco­nhe­ceu que o urâ­nio sofre fis­são espon­tâ­nea (sem neces­si­da­de de bom­bar­de­a­men­to de neu­trões). Ele foi um dos pri­mei­ros inves­ti­ga­do­res rus­sos da fis­são nucle­ar. No iní­cio de 1942, Fle­rov notou que os arti­gos sobre fis­são nucle­ar já não apa­re­ci­am nas revis­tas oci­den­tais. Reco­nhe­cen­do a impli­ca­ção de que tal inves­ti­ga­ção se tinha tor­na­do secre­ta, Fle­rov escre­veu ao Pre­mi­er Joseph Sta­lin, insis­tin­do que “deve­mos cons­truir a bom­ba de urâ­nio sem demo­ra”, (pos­te­ri­or­men­te lide­ra­do por Igor V. Kur­cha­tov.) Em inves­ti­ga­ções pos­te­ri­o­res, Fle­rov anun­ci­ou a sín­te­se de isó­to­pos do ele­men­to 104 (1965) e 106 (1974). Foram fei­tas co-des­co­ber­tas nos E.U.A. Vári­os nomes foram suge­ri­dos. Even­tu­al­men­te, os nomes adop­ta­dos foram ruther­for­dium e seaborgium.

Em 1949, o pri­mei­ro voo mun­di­al sem esca­la foi com­ple­ta­do num bom­bar­dei­ro da Super­for­te B‑50 da For­ça Aérea Ame­ri­ca­na, a Lucky Lady II, com uma tri­pu­la­ção de 14 pes­so­as che­fi­a­da pelo Capi­tão James Gal­lagher. Ater­ra­ram de vol­ta na base da For­ça Aérea de Carswell, Fort Worth, Texas, que tinham dei­xa­do em 26 de Feve­rei­ro de 1949, cer­ca de 94 horas antes. O avião foi rea­bas­te­ci­do vári­as vezes em ple­no voo na sua via­gem de 37.742 km. A sua velo­ci­da­de média era de 249-mph. Isto foi na altu­ra do trans­por­te aéreo de Ber­lim e da Guer­ra Fria. O voo mos­trou que a USAF era capaz de pro­jec­tar potên­cia aérea em qual­quer par­te do mun­do. Os pri­mei­ros jac­tos — três bom­bar­dei­ros Stra­to­for­tress B‑52 da For­ça Aérea Ame­ri­ca­na — para voar sem parar à vol­ta do mun­do — leva­ram 45 horas (16–18 Jan 1957), com­ple­tan­do 39.147 km a uma velo­ci­da­de média de 525-mph.

Em 1972, foi lan­ça­da a nave espa­ci­al nor­te-ame­ri­ca­na Pio­ne­er 10. Pas­sou per­to de Júpi­ter e Nep­tu­no antes de aban­do­nar o sis­te­ma solar. Encon­tra-se ago­ra a mais de seis mil milhões de milhas da Terra.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº408

Newsletter Nº408
News­let­ter Nº408

Faz hoje anos que nas­cia, em 1884, o bioquí­mi­co pola­co-ame­ri­ca­no Casi­mir Funk. Ele cunhou o ter­mo “vita­mi­na”. Em 1912, como tinha sido ante­ri­or­men­te pro­pos­to por Sir Fre­de­rick Hop­kins, Funk insis­tiu na ideia de que doen­ças como o beri­be­ri, escor­bu­to, raqui­tis­mo e pela­gra eram cau­sa­das pela fal­ta de subs­tân­ci­as vitais na die­ta. A sua inves­ti­ga­ção do fac­tor anti-beri­be­ri de Chris­ti­a­an Eijk­man tinha mos­tra­do que se tra­ta­va de uma ami­na (uma subs­tân­cia orgâ­ni­ca com molé­cu­las con­ten­do o gru­po ‑NH2 ami­na). Funk assu­miu (embo­ra incor­rec­ta­men­te) que todas as subs­tân­ci­as seme­lhan­tes eram tam­bém ami­nas, e nome­ou tais fac­to­res como vita­mi­nas (“ami­nas vivas”). Quan­do mais tar­de se des­co­briu que nem todos os fac­to­res eram ami­nas, a orto­gra­fia da pala­vra foi alte­ra­da para “vita­mi­na”. O áci­do nico­tí­ni­co iso­la­do por funk do poli­men­to do arroz, mais tar­de uti­li­za­do con­tra pela­gra por War­burgh e Elvehjem.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1924, o físi­co ame­ri­ca­no Allan MacLe­od Cor­mack. Nas­ci­do na Áfri­ca do Sul, ele for­mu­lou os algo­rit­mos mate­má­ti­cos que tor­na­ram pos­sí­vel o desen­vol­vi­men­to de uma nova e pode­ro­sa téc­ni­ca de diag­nós­ti­co, o pro­ces­so de ima­gem de rai­os X trans­ver­sal conhe­ci­do como tomo­gra­fia axi­al com­pu­to­ri­za­da (CAT) scan­ning. Descreveu‑o pela pri­mei­ra vez em dois arti­gos em 1963 e 1964. A tomo­gra­fia de rai­os X é um pro­ces­so pelo qual uma ima­gem de uma fatia ima­gi­ná­ria atra­vés de um objec­to (ou do cor­po huma­no) é cons­truí­da a par­tir de infor­ma­ção de detec­to­res que giram à vol­ta do cor­po. Por este tra­ba­lho, foi-lhe atri­buí­da uma par­te (com Sir Gre­gory Houns­fi­eld) do Pré­mio Nobel de 1979. Cor­mack foi invul­gar no cam­po dos lau­re­a­dos com o Nobel por­que nun­ca obte­ve o grau de dou­tor em medi­ci­na ou qual­quer outro cam­po da ciência.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1951, o mate­má­ti­co japo­nês Shi­ge­fu­mi Mori. Ele fez impor­tan­tes con­tri­bui­ções no cam­po da geo­me­tria algé­bri­ca. O seu prin­ci­pal tra­ba­lho, no qual pro­vou a exis­tên­cia de mode­los míni­mos para todas as vari­e­da­des algé­bri­cas tri­di­men­si­o­nais (Janei­ro de 1988), foi ape­li­da­do de Pro­gra­ma de Mori. No espa­ço de dez anos des­de o seu pri­mei­ro tra­ba­lho publi­ca­do, Mori tinha assim com­ple­ta­do o que mui­tos dis­se­ram nun­ca poder ser fei­to. Em 1979, Mori publi­cou os seus pri­mei­ros resul­ta­dos prin­ci­pais, uma pro­va da con­jec­tu­ra Hartshor­ne, que afir­ma­va que uma cer­ta clas­se de vari­e­da­des algé­bri­cas são pro­jec­ti­vas por natu­re­za. Por outras pala­vras, estas vari­e­da­des ou con­jun­tos de solu­ções para deter­mi­na­das equa­ções poli­no­mi­ais pode­ri­am ser des­cri­tas uti­li­zan­do a geo­me­tria pro­jec­ti­va. Rece­beu a Meda­lha Fields em 1990 pelo seu tra­ba­lho em geo­me­tria algébrica.

Em 1947 era fun­da­da a ISO — Inter­na­ti­o­nal Orga­ni­za­ti­on for Stan­dar­di­za­ti­on. Publi­cou mais de 24.500 nor­mas inter­na­ci­o­nais que cobrem qua­se todos os aspec­tos da tec­no­lo­gia e do fabri­co. Tem 811 comi­tés téc­ni­cos e sub-comi­tés para cui­dar do desen­vol­vi­men­to de nor­mas. A orga­ni­za­ção desen­vol­ve e publi­ca nor­ma­li­za­ção em todos os cam­pos téc­ni­cos e não téc­ni­cos, à excep­ção da enge­nha­ria eléc­tri­ca e elec­tró­ni­ca, que é tra­ta­da pela IEC.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da mais uma ver­são do Ker­nel Linux. A ver­são 6.2 ser­ve um con­jun­to subs­tan­ci­al de novas capa­ci­da­des de hard­ware, nome­a­da­men­te o apoio out-of-the-box para grá­fi­cos Intel Arc e, man­ten­do-se com a Intel, o apoio ao dri­ver On-Demand da Intel (a sua fun­ci­o­na­li­da­de “in-app pur­cha­ses for extra CPU fea­tu­res”) nas CPUs de 4ª gera­ção Xeon. Os CPUs mais anti­gas da Intel Sky­la­ke ganham um aumen­to de desem­pe­nho com o Call Depth Trac­king, uma carac­te­rís­ti­ca que a Pho­ro­nix des­cre­ve como uma “ate­nu­a­ção menos dis­pen­di­o­sa” do que a Espe­cu­la­ção Res­tri­ta Indi­rec­ta (IBRS) tam­bém con­ce­bi­da para lidar com a vul­ne­ra­bi­li­da­de de exe­cu­ção espe­cu­la­ti­va Ret­ble­ed CPU nes­tes chips. O dri­ver de de filesys­tem de NTFS3 e SquashFS têm mais opções, foi adi­ci­o­na­do supor­te para os coman­dos DualShock 4 da Sony, o Rasp­ber­ry Pi pas­sa a supor­tar 4K @ 60Hz e foram intro­du­zi­das mais um con­jun­to diver­so de melho­ri­as em diver­sas outras par­tes do kernel.

De assi­na­lar tam­bém que este mês o lan­ça­men­to do KiCad 7. Este soft­ware para dese­nho de PCBs tem ganho popu­la­ri­da­de não só por ser uma fer­ra­men­ta open-sour­ce mas tam­bém por­que tem vin­do a dar res­pos­ta às soli­ci­ta­ções da comu­ni­da­de em ter­mos de fun­ci­o­na­li­da­des e cor­re­ção de pro­ble­mas. Esta nova ver­são tem cer­ca de 6000 modi­fi­ca­ções, que cor­ri­gi­ram cer­ca de 1200 pro­ble­mas e acres­cen­tam mui­tas outras novi­da­des. De entre as novi­da­des des­ta­ca-se a pos­si­bi­li­da­de de uti­li­za­ção de Fon­tes cus­to­mi­za­das, cai­xa de tex­to, ges­tão auto­ma­ti­za­da de atu­a­li­za­ção de plu­gins, intro­du­ção de uma cli, arras­ta­men­to orto­go­nal, liga­ções a 45º, modo de simu­la­ção, melho­ri­as no rote­a­men­to de pis­tas entre outros.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Hacks­pa­ce Mag nº64 e a Mag­PI nº127 de Março.

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