Newsletter Nº317

Newsletter Nº317
News­let­ter Nº317

Faz hoje anos que nas­cia, em 1774, o hidró­gra­fo irlan­dês Fran­cis Beau­fort. Ele cri­ou a cifra Beau­fort e a esca­la Beau­fort. A cifra Beau­fort, é uma cifra de subs­ti­tui­ção seme­lhan­te à cifra de Vigenè­re, com um meca­nis­mo de codi­fi­ca­ção e qua­dro ligei­ra­men­te modi­fi­ca­dos. A sua apli­ca­ção mais famo­sa foi numa máqui­na de crip­to­gra­fia base­a­da em roto­res, a Hage­lin M‑209.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1840, o quí­mi­co sue­co Lars Fre­drik Nil­son. Ele des­co­briu o óxi­do de escân­dio, escân­dia, nos mine­rais de ter­ras raras gado­li­ni­ta e euxe­ni­ta. A exis­tên­cia do ele­men­to foi pre­vis­ta por Dmi­try Iva­no­vi­ch Men­de­leyev (1871), que o cha­mou pro­vi­so­ri­a­men­te de ekaboron.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1887, o quí­mi­co físi­co pola­co-ame­ri­ca­no Kazi­mi­erz Fajans. Ele des­co­briu a lei do des­lo­ca­men­to radi­o­ac­ti­vo simul­ta­ne­a­men­te com Fre­de­rick Soddy da Grã-Bre­ta­nha. De acor­do com essa lei, quan­do um áto­mo radi­o­ac­ti­vo decai emi­tin­do uma par­tí­cu­la alfa, o núme­ro ató­mi­co do áto­mo resul­tan­te é dois a menos que o do áto­mo ori­gi­nal. Ele des­co­briu vári­os ele­men­tos que são cri­a­dos por meio da desin­te­gra­ção nucle­ar. A pri­mei­ra des­co­ber­ta do pro­tac­tí­nio foi em 1913 por Kasi­mir Fajans e O. Göh­ring, que encon­tra­ram o isó­to­po pro­tac­tí­nio-234m (meia-vida de 1,2 min), um pro­du­to da decom­po­si­ção do urâ­nio-238; eles o cha­ma­ram de bre­vium por sua cur­ta vida. (Pro­tac­ti­nium-231 foi pos­te­ri­or­men­te iden­ti­fi­ca­do em 1918 por outros cien­tis­tas; o nome pro­to­ac­ti­nium foi adop­ta­do nes­ta época.)

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1897, o físi­co bri­tâ­ni­co John Cock­croft. Ele par­ti­lhou (com Ernest T.S. Wal­ton da Irlan­da) o Pré­mio Nobel de Físi­ca de 1951 por ser o pio­nei­ro no uso de ace­le­ra­do­res de par­tí­cu­las para estu­dar o núcleo ató­mi­co. Jun­tos, em 1929, eles cons­truí­ram um ace­le­ra­dor, o gera­dor Cock­croft-Wal­ton, que gerou um gran­de núme­ro de par­tí­cu­las com ener­gi­as mais bai­xas — o pri­mei­ro des­trui­dor de áto­mos. Em 14 de Abril de 1932, eles usaram‑o para desin­te­grar áto­mos de lítio, bom­bar­de­an­do-os com pro­tões, a pri­mei­ra reac­ção nucle­ar arti­fi­ci­al que não uti­li­zou subs­tân­ci­as radi­o­ac­ti­vas. Eles foram os pri­mei­ros a divi­dir o áto­mo. Eles con­du­zi­ram pes­qui­sas adi­ci­o­nais sobre a divi­são de outros áto­mos e esta­be­le­ce­ram a impor­tân­cia dos ace­le­ra­do­res como uma fer­ra­men­ta para a pes­qui­sa nucle­ar. O seu dese­nho de ace­le­ra­dor tor­nou-se um dos mais úteis nos labo­ra­tó­ri­os do mundo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1909, o físi­co ame­ri­ca­no Wil­li­am Webs­ter Han­sen. Ele con­tri­buiu para o desen­vol­vi­men­to do radar e é con­si­de­ra­do o fun­da­dor da tec­no­lo­gia de micro-ondas. Ele desen­vol­veu o klys­tron, um tubo de vácuo essen­ci­al para a tec­no­lo­gia de radar (1937). Base­a­do na modu­la­ção de ampli­tu­de de um fei­xe de elec­trões, ao invés de cir­cui­tos res­so­nan­tes de bobi­nas e con­den­sa­do­res, ele per­mi­te a gera­ção de osci­la­ções de alta frequên­cia pode­ro­sas e está­veis. Ele revo­lu­ci­o­nou a físi­ca de alta ener­gia e a pes­qui­sa de micro-ondas e levou ao radar aero­trans­por­ta­do. O klys­tron tam­bém tem sido usa­do em comu­ni­ca­ções por saté­li­te, sis­te­mas de ori­en­ta­ção de aviões e mís­seis e trans­mis­são de tele­fo­ne e tele­vi­são. Após a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, tra­ba­lhan­do com três alu­nos de pós-gra­du­a­ção, Han­sen demons­trou o pri­mei­ro ace­le­ra­dor line­ar de 4,5 MeV em 1947.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1954, o físi­co teó­ri­co ame­ri­ca­no Lawren­ce Krauss. Ele foi um dos pri­mei­ros físi­cos a pro­por a enig­má­ti­ca ener­gia escu­ra que com­põe a mai­or par­te da mas­sa e ener­gia do uni­ver­so. A sua área de estu­do tam­bém inclui rela­ci­o­nar par­tí­cu­las ele­men­ta­res ao uni­ver­so pri­mi­ti­vo, rela­ti­vi­da­de geral e astro­fí­si­ca de neutrinos.

E nes­ta sema­na que pas­sou tive­mos o pri­mei­ro eclip­se lunar acom­pa­nha­do de uma Super Lua. Uma Super Lua ocor­re quan­do uma lua cheia ou nova coin­ci­de com a pas­sa­gem mais pró­xi­ma da Lua com a Ter­ra. A órbi­ta da Lua em tor­no da Ter­ra não é per­fei­ta­men­te cir­cu­lar. Isto sig­ni­fi­ca que a dis­tân­cia da Lua com da Ter­ra varia con­for­me ela gira ao redor do pla­ne­ta. O pon­to mais pró­xi­mo na órbi­ta, cha­ma­do peri­geu, está apro­xi­ma­da­men­te 43.000 km mais per­to da Ter­ra do que o pon­to mais dis­tan­te da órbi­ta. Uma lua cheia que acon­te­ce per­to do peri­geu é cha­ma­da de Super Lua. O Eclip­se Lunar não foi pos­sí­vel obser­var a par­tir de Portugal.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a Inge­nuity fez o seu sex­to voo. Esta­va pla­ne­a­da a obten­ção de ima­gens aére­as, esté­reo de uma região de inte­res­se a oes­te. A tele­me­tria do voo seis mos­tra que a pri­mei­ra par­te de 150 metros do voo cor­reu sem pro­ble­mas. Mas no final des­ta par­te, algo acon­te­ceu: a Inge­nuity come­çou a ajus­tar a sua velo­ci­da­de e a incli­nar-se para fren­te e para trás num padrão osci­lan­te. Este com­por­ta­men­to per­sis­tiu duran­te o res­to do voo. Antes de pou­sar com segu­ran­ça, os sen­so­res a bor­do indi­ca­ram que a aero­na­ve de asas rota­ti­vas encon­trou excur­sões de rota­ção e incli­na­ção de mais de 20 graus, gran­des entra­das de con­tro­le e picos no con­su­mo de ener­gia. Olhan­do para o pano­ra­ma geral, o voo ter­mi­nou com a Inge­nuity com segu­ran­ça no solo por­que vári­os sub­sis­te­mas — o sis­te­ma de rotor, os actu­a­do­res e o sis­te­ma de ener­gia — res­pon­de­ram às exi­gên­ci­as cres­cen­tes para man­ter o heli­cóp­te­ro a voar.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI Nº106 de Junho.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.