Newsletter Nº310

Newsletter Nº310
News­let­ter Nº310

Faz hoje anos que nas­cia, em 1732, o astró­no­mo e mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no David Rit­te­nhou­se. Ele foi um dos pri­mei­ros obser­va­do­res da atmos­fe­ra de Vénus. Para obser­va­ções do trân­si­to de Vénus em 3 de Junho de 1769, ele cons­truiu um reló­gio de pên­du­lo de alta pre­ci­são, um qua­dran­te astro­nó­mi­co, um ins­tru­men­to de igual alti­tu­de e um trân­si­to astro­nó­mi­co. Ele foi o pri­mei­ro na Amé­ri­ca a colo­car tei­as de ara­nha como mira no foco de seu teles­có­pio. Ele geral­men­te é cre­di­ta­do com a inven­ção da bús­so­la ver­ni­er e, pos­si­vel­men­te, o levan­ta­dor auto­má­ti­co de agu­lha. Ele foi pro­fes­sor de astro­no­mia na Uni­ver­si­da­de da Pen­sil­vâ­nia. Para Tho­mas Jef­fer­son, ele padro­ni­zou as medi­das do pé por pên­du­lo num pro­jec­to para esta­be­le­cer um sis­te­ma deci­mal de pesos e medidas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1779, o Físi­co ale­mão Johann Schweig­ger. Ele inven­tou o gal­va­no­me­tro em 1820, um dis­po­si­ti­vo para medir a for­ça de uma cor­ren­te eléc­tri­ca. Ele desen­vol­veu o prin­cí­pio a par­tir da expe­ri­ên­cia de Oers­ted (1819), que mos­trou que a cor­ren­te num fio des­via a agu­lha de uma bús­so­la. Schweig­ger per­ce­beu que suge­ria um ins­tru­men­to de medi­ção bási­co, já que uma cor­ren­te mais for­te pro­du­zi­ria uma defle­xão mai­or, e ele aumen­tou o efei­to enro­lan­do o fio vári­as vezes numa bobi­ne à vol­ta da agu­lha mag­né­ti­ca. Ele cha­mou a este ins­tru­men­to de “gal­va­no­me­tro” em home­na­gem a Lui­gi Gal­va­ni, o pro­fes­sor que deu a Vol­ta a ideia da pri­mei­ra bate­ria. Tho­mas See­beck (1770–1831) cha­mou a bobi­ne ino­va­do­ra de mul­ti­pli­ca­dor de Schweig­ger. Tor­nou-se a base dos ins­tru­men­tos de bobi­ne em movi­men­to e alto-falantes.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1811, o meta­lúr­gi­co inglês Robert Fores­ter Mushet. Ele foi res­pon­sá­vel pelo desen­vol­vi­men­to de um méto­do de fabri­ca­ção de aço pela adi­ção de man­ga­nês, que melho­rou o pro­ces­so Bes­se­mer. Ele foi o pri­mei­ro a fazer car­ris durá­veis de aço (subs­ti­tuin­do o fer­ro fun­di­do), o que foi impor­tan­te para o desen­vol­vi­men­to das fer­ro-vias em todo o mun­do. Mushet inven­tou o aço de tungs­té­nio em 1868, que pro­du­zia um aço para fer­ra­men­tas mais resis­ten­te, capaz de cor­tar e maqui­nar metais mais duros em velo­ci­da­des mais rápi­das. Ape­sar da sua impor­tân­cia, que fez for­tu­na para outros (incluin­do Bes­se­mer), Mushet não capi­ta­li­zou com suces­so suas descobertas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1818, o quí­mi­co ale­mão August Wilhelm von Hof­mann. Ele, com as pes­qui­sas sobre ani­li­na, com a de seu ex-alu­no Sir Wil­li­am Henry Per­kin, aju­da­ram a esta­be­le­cer as bases da indús­tria de coran­tes de ani­li­na. Ele foi o pri­mei­ro a pre­pa­rar a rosa­ni­li­na e seus deri­va­dos e pes­qui­sou mui­tos outros com­pos­tos, incluin­do a des­co­ber­ta do for­mal­deí­do. No cam­po da quí­mi­ca orgâ­ni­ca, Hof­mann é mais conhe­ci­do por seus estu­dos dos deri­va­dos orgâ­ni­cos da amó­nia e da fos­fi­na e por sua sub­se­quen­te des­co­ber­ta da reac­ção de degra­da­ção de Hof­mann. Ele tam­bém desen­vol­veu o méto­do de Hof­mann para encon­trar as den­si­da­des de vapor e, a par­tir delas, os pesos mole­cu­la­res dos líqui­dos. Ele tam­bém aju­dou a popu­la­ri­zar o con­cei­to de valên­cia (a pala­vra vem de seu ter­mo quantivalência).

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1911,o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Mel­vin Cal­vin. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1961 por pro­mo­ver nos­so conhe­ci­men­to do meca­nis­mo da fotos­sín­te­se. No Ciclo de Cal­vin, ele des­cre­veu as “reac­ções escu­ras” da fotos­sín­te­se que ocor­rem nas plan­tas ver­des duran­te a noi­te, trans­for­man­do dió­xi­do de car­bo­no em açú­car. Usan­do o isó­to­po de car­bo­no-14 como tra­ça­dor de dió­xi­do de car­bo­no, Cal­vin e sua equi­pa iden­ti­fi­ca­ram a rota com­ple­ta con­for­me o áto­mo de car­bo­no via­ja por uma plan­ta duran­te a fotos­sín­te­se, des­de a absor­ção do dió­xi­do de car­bo­no atmos­fé­ri­co até à sua incor­po­ra­ção em car­bo-hidra­tos e outros com­pos­tos orgâ­ni­cos. Com o seu gru­po, Cal­vin mos­trou que a luz do sol actua sobre as molé­cu­las de clo­ro­fi­la de uma plan­ta, e não sobre o dió­xi­do de car­bo­no (como se acre­di­ta­va anteriormente).

Faz hoje pre­ci­sa­men­te 5 anos que a Spa­ceX fez com suces­so o pri­mei­ro pou­so de retor­no sua­ve de um fogue­tão boos­ter Fal­con 9 reu­ti­li­zá­vel num navio dro­ne no mar. A Spa­ceX, uma empre­sa pri­va­da de voos espa­ci­ais, rea­li­zou assim uma faça­nha nun­ca antes rea­li­za­da por nin­guém. Foi o pri­mei­ro está­gio do fogue­te Fal­con 9 que tam­bém lan­çou com suces­so uma cáp­su­la de car­ga para a Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal. Depois de içar o segun­do está­gio (que con­ti­nu­ou no espa­ço), o está­gio de refor­ço foi pro­jec­ta­do para se sepa­rar e retor­nar intac­to para ser usa­do nova­men­te. Ele dis­pa­rou pro­pul­so­res para redu­zir a velo­ci­da­de e para ori­en­tar e fazer um pou­so ver­ti­cal na barcaça.

Nes­ta sema­na que pas­sou o heli­cóp­te­ro Mars Inge­nuity des­tra­vou as suas duas pás do rotor enquan­to os pre­pa­ra­ti­vos con­ti­nu­am para o pri­mei­ro voo do veí­cu­lo, que deve ocor­rer no máxi­mo nes­te domin­go. O dro­ne che­gou a Mar­te a 18 de Feve­rei­ro jun­to com o rover Per­se­ve­ran­ce da NASA, ten­do fei­to a lon­ga jor­na­da até o Pla­ne­ta Ver­me­lho den­tro do rover. A 4 de Abril, o peque­no dro­ne sepa­rou-se do Per­se­ve­ran­ce, pre­pa­ran­do-se para subir aos céus duran­te uma cam­pa­nha de tes­te de um mês. Se a saí­da de domin­go do Inge­nuity for bem-suce­di­da, será o pri­mei­ro voo gui­a­do com motor nou­tro planeta.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou um fogue­tão Fal­con 9 da Spa­ceX lan­çou um novo lote de 60 saté­li­tes da Inter­net Star­link em órbi­ta na tar­de de quar­ta-fei­ra e pou­sou no mar ter­mi­nan­do mais uma mis­são bem-suce­di­da. O fogue­tão des­te lan­ça­men­to, cha­ma­do B1058, é um dos fogue­tões com­pro­va­dos em voo da fro­ta da Spa­ceX. Ele tem ago­ra tem sete lan­ça­men­tos e pou­sos no seu cur­rí­cu­lo e está rapi­da­men­te a des­ta­car-se como um dos líde­res da frota.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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