Newsletter Nº399

Newsletter Nº399
News­let­ter Nº399

Faz hoje anos que nas­cia, em 1732, o indus­tri­a­lis­ta e inven­tor inglês Richard Ark­wright. Ele ficou conhe­ci­do por ter intro­du­zi­do méto­dos de pro­du­ção de fábri­cas têx­teis meca­ni­za­dos e moto­ri­za­dos que foi enor­me­men­te bem suce­di­da. A máqui­na Spin­ning-Fra­me que ele inven­tou (1769, paten­te bri­tâ­ni­ca nº 931) para fiar fio de algo­dão uti­li­za­va múl­ti­plos con­jun­tos de rolos empa­re­lha­dos que gira­vam a dife­ren­tes velo­ci­da­des capa­zes de extrair fio com a espes­su­ra cor­rec­ta, e um con­jun­to de fusos para tor­cer as fibras fir­me­men­te jun­tas. Pro­du­ziu um fio mui­to mais for­te do que o fio fei­to pela Spin­ning-Jenny de James Har­gre­a­ves. A máqui­na de Ark­wright era dema­si­a­do gran­de para ser acci­o­na­da manu­al­men­te, por isso ele alimentou‑a com uma roda de água (1771) quan­do ficou conhe­ci­da como a Mol­du­ra de Água. O negó­cio têx­til de Ark­wright expan­diu-se, ele cons­truiu mais fábri­cas, e mais tar­de adop­tou a for­ça do vapor.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1765, o mate­má­ti­co ale­mão Johann Fri­e­dri­ch Pfaff. Ele propôs o pri­mei­ro méto­do geral de inte­gra­ção de equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais da pri­mei­ra ordem. Pfaff fez um tra­ba­lho impor­tan­te sobre fun­ções espe­ci­ais e a teo­ria das séri­es. Ele desen­vol­veu o Teo­re­ma de Tay­lor uti­li­zan­do a for­ma com o res­tan­te como dado por Lagran­ge. Em 1810 con­tri­buiu para a solu­ção de um pro­ble­ma devi­do a Gauss rela­ti­vo à elip­se da mai­or área que podia ser dese­nha­da den­tro de um deter­mi­na­do qua­dri­lá­te­ro. O seu tra­ba­lho mais impor­tan­te sobre as for­mas de Pfaff foi publi­ca­do em 1815, quan­do tinha qua­se 50 anos, mas a sua impor­tân­cia só foi reco­nhe­ci­da em 1827, quan­do Jaco­bi publi­cou um arti­go sobre o méto­do de Pfaff.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1799, o físi­co irlan­dês Nicho­las Cal­lan. Ele foi pio­nei­ro na ciên­cia eléc­tri­ca. Ele inven­tou a bobi­na de indu­ção (1836) antes da do mais conhe­ci­do Hein­ri­ch Ruhm­korff. A bobi­na de Cal­lan foi cons­truí­da uti­li­zan­do uma bobi­na de fer­ro em for­ma de fer­ra­du­ra com uma bobi­na secun­dá­ria de fio iso­la­do fino sob um enro­la­men­to sepa­ra­do de fio iso­la­do gros­so como bobi­na “pri­má­ria”. Cada vez que a cor­ren­te de uma bate­ria atra­vés da bobi­na “pri­má­ria” era inter­rom­pi­da, uma cor­ren­te de alta ten­são era pro­du­zi­da na bobi­na “secun­dá­ria” sepa­ra­da elec­tri­ca­men­te. Em 1837, Cal­lan uti­li­zou um meca­nis­mo de reló­gio para aba­nar um fio den­tro e fora de um peque­no copo de mer­cú­rio para inter­rom­per o cir­cui­to 20 vezes/segundo numa máqui­na de indu­ção gigan­te, pro­du­zin­do faís­cas de 15 pole­ga­das (esti­ma­das em 600.000 volts).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1876, o enge­nhei­ro e meta­lúr­gi­co sue­co-ame­ri­ca­no Gus­tav Wal­de­mar Elmen. Ele cri­ou a Per­mal­loy (1916) e ligas cone­xas com alta per­me­a­bi­li­da­de mag­né­ti­ca uti­li­za­das em equi­pa­men­to de comu­ni­ca­ções. Uma liga com esta pro­pri­e­da­de pode ser facil­men­te mag­ne­ti­za­da e des­mag­ne­ti­za­da, espe­ci­al­men­te útil para apli­ca­ções em equi­pa­men­to eléc­tri­co, tele­fo­nes e outros sis­te­mas de comu­ni­ca­ções. Desen­vol­veu a Per­mal­loy de níquel-fer­ro em 1916, para a Wes­tern Elec­tric Com­pany (mais tar­de Bell Telepho­ne Labo­ra­to­ri­es). Mais tar­de, em 1923, Elmen des­co­briu que a per­me­a­bi­li­da­de mag­né­ti­ca pode­ria ser dra­ma­ti­ca­men­te aumen­ta­da se Per­mal­loy fos­se tra­ta­da com calor. A sua per­me­a­bi­li­da­de mag­né­ti­ca exce­deu a do aço de silí­cio. A sua des­co­ber­ta tor­nou pos­sí­vel cabos tele­grá­fi­cos de gran­de capa­ci­da­de de trans­por­te de men­sa­gens em alto mar.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1887, o mate­má­ti­co indi­a­no Sri­ni­va­sa Rama­nu­jan. Ele fez um notá­vel tra­ba­lho sobre séri­es hiper­ge­o­mé­tri­cas e frac­ções con­tí­nu­as. Na teo­ria dos núme­ros, ele des­co­briu pro­pri­e­da­des da fun­ção de par­ti­ção. Embo­ra auto­di­dac­ta, ele foi um dos mai­o­res géni­os mate­má­ti­cos da Índia. Tra­ba­lhou em fun­ções elíp­ti­cas, frac­ções con­tí­nu­as, e séri­es infi­ni­tas. A sua notá­vel fami­li­a­ri­da­de com os núme­ros, foi demons­tra­da pelo inci­den­te seguin­te. Enquan­to Rama­nu­jan esta­va no hos­pi­tal em Ingla­ter­ra, o seu pro­fes­sor de Cam­brid­ge, G. H. Hardy, visi­tou e obser­vou que tinha apa­nha­do o táxi núme­ro 1729, um núme­ro sin­gu­lar­men­te inex­cep­ci­o­nal. Rama­nu­jan res­pon­deu ime­di­a­ta­men­te que este núme­ro era de fac­to bas­tan­te notá­vel: é o menor núme­ro intei­ro que pode ser repre­sen­ta­do de duas manei­ras pela soma de dois cubos: 1729=1^3+12^3=9^3+10^3.

Em 1882, o pri­mei­ro fio de luzes eléc­tri­cas a deco­rar uma árvo­re de Natal foi cri­a­do para a sua casa por Edward H. John­son, um asso­ci­a­do de Tho­mas Edi­son. Ante­ri­or­men­te, as árvo­res tinham sido deco­ra­das com velas de cera. A edi­ção de Dezem­bro de 1901 do Ladi­es’ Home Jour­nal anun­ci­a­va as lâm­pa­das da árvo­re de Natal, fei­tas pela pri­mei­ra vez comer­ci­al­men­te pela Edi­son Gene­ral Elec­tric Co. of Har­ri­son, N.J. em cor­das de nove toma­das, cada uma com uma mini­a­tu­ra de 2 velas, 32 volts, lâm­pa­da de fila­men­to de car­bo­no*. As luzes das árvo­res de Natal rapi­da­men­te se tor­na­ram a fúria entre os ame­ri­ca­nos ricos, mas o cida­dão médio só as uti­li­zou nos anos 20 ou mais tar­de. As lâm­pa­das de carac­te­res tor­na­ram-se popu­la­res nos anos 20, as lâm­pa­das de bolhas nos anos 40, as lâm­pa­das cin­ti­lan­tes nos anos 50 e as lâm­pa­das de plás­ti­co em 1955.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­Pi nº 125 e Hacks­pa­ce Maga­zi­ne Nº 62 de Janei­ro de 2023, assim como o livro C & GUI Pro­gram­ming 2nd Edi­ti­on. Apro­vei­to para dese­jar a todos votos de Boas Festas.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.