Newsletter Nº397

Newsletter Nº397
News­let­ter Nº397

Faz hoje anos que nas­cia, em 1765, o inven­tor, enge­nhei­ro mecâ­ni­co e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no Eli Whit­ney. Ele inven­tou o motor do algo­dão e desen­vol­veu a ideia e méto­dos para a pro­du­ção em mas­sa de peças inter­cam­biá­veis. O des­ca­ro­ça­dor de algo­dão é uma máqui­na que sepa­ra a fibra de algo­dão das semen­tes. O dis­po­si­ti­vo, paten­te­a­do em 1793, esti­mu­lou gran­de­men­te o cul­ti­vo do algo­dão no sul dos EUA. Whit­ney virou-se sub­se­quen­te­men­te para o fabri­co de armas de fogo, no qual intro­du­ziu a noção de peças per­mu­tá­veis. Isto ele apli­cou no cum­pri­men­to de um con­tra­to do gover­no dos EUA (1797) para o for­ne­ci­men­to de mos­que­tes. Whit­ney fabri­cou-os em peças padro­ni­za­das para remon­ta­gem, o que sig­ni­fi­ca que, pela pri­mei­ra vez, as peças des­gas­ta­das podi­am ser subs­ti­tuí­das por peças sobres­sa­len­tes, em vez de reque­re­rem subs­ti­tui­ções especiais.

Faz hoje anos que nas­cia, em 1865, o mate­má­ti­co fran­cês Jac­ques-Salo­mon Hada­mard. Ele pro­vou o teo­re­ma do núme­ro pri­mo (como n se apro­xi­ma do infi­ni­to, o limi­te do rácio de (n) e n/ln n é 1, onde (n) é o núme­ro de núme­ros pri­mos posi­ti­vos não supe­ri­or a n). Con­ju­ga­do no sécu­lo XVIII, este teo­re­ma não foi pro­va­do até 1896, quan­do Hada­mard e tam­bém Char­les de la Val­lée Pous­sin, uti­li­za­ram aná­li­ses com­ple­xas. O tra­ba­lho de Hada­mard inclui a teo­ria das fun­ções inte­grais e sin­gu­la­ri­da­des das fun­ções repre­sen­ta­das pela série Tay­lor. O seu tra­ba­lho sobre as equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais da físi­ca mate­má­ti­ca é impor­tan­te. Intro­du­ziu o con­cei­to de um valor ini­ci­al bem posi­ci­o­na­do e de um pro­ble­ma de valor limi­te. Ao con­si­de­rar pro­ble­mas de valor limi­te, intro­du­ziu uma gene­ra­li­za­ção das fun­ções de Gre­en (1932).

Faz hoje anos que nas­cia, em 1947, o bioquí­mi­co e bió­lo­go mole­cu­lar ame­ri­ca­no Tho­mas Cech. Ele, com Sid­ney Alt­man, rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1989 pelas suas des­co­ber­tas sobre o ARN (áci­do ribo­nu­clei­co). Antes da inves­ti­ga­ção de Cech sobre o ARN, a mai­o­ria dos cien­tis­tas acre­di­ta­va que as pro­teí­nas eram os úni­cos cata­li­za­do­res em célu­las vivas. As des­co­ber­tas de Cech e Alt­man der­ru­ba­ram a noção de que o ARN é mera­men­te um men­sa­gei­ro gené­ti­co — um inter­me­diá­rio na sín­te­se de pro­teí­nas a par­tir do ADN. Cech mos­trou que o RNA pode­ria ter uma fun­ção cata­lí­ti­ca inde­pen­den­te, uma “ribo­zi­ma”, aju­dan­do a uma reac­ção quí­mi­ca sem ser con­su­mi­do ou alte­ra­do. Esta des­co­ber­ta teve gran­des impli­ca­ções para a enge­nha­ria gené­ti­ca, bem como para a com­pre­en­são de como sur­giu a vida.

Faz hoje anos que nas­cia, em 1948, o físi­co teó­ri­co dina­marquês Per Bak. Ele cunhou o ter­mo “crí­ti­ca auto-orga­ni­za­da” num arti­go de que foi co-autor (1987). Como ilus­tra­ção, con­si­de­re a pilha de areia cóni­ca a cres­cer no fun­do de uma ampu­lhe­ta. Nume­ro­sas peque­nas per­tur­ba­ções de grãos de areia indi­vi­du­ais cau­sam pou­cas mudan­ças, mas são pon­tu­a­das por des­li­za­men­tos de ter­ra impre­vi­sí­veis. Mudan­ças crí­ti­cas são impos­sí­veis de pre­ver exac­ta­men­te no tem­po, ou para o grão explí­ci­to. Embo­ra desa­fi­an­tes, ten­tar cri­ar des­cri­ções mate­má­ti­cas esten­de-se a ter­ra­mo­tos, ou engar­ra­fa­men­tos, ou res­pon­der à for­ma como o uni­ver­so de par­tí­cu­las fun­da­men­tais sim­ples (tais como quarks e gluões) se reu­niu em estru­tu­ras com­ple­xas como animais.

Em 1931, foi emi­ti­da uma paten­te ame­ri­ca­na pela pri­mei­ra vez nos EUA para a inven­ção do cabo coa­xi­al, des­cri­ta como um “sis­te­ma de con­du­ção con­cên­tri­ca”. Os inven­to­res foram Lloyd Espens­chi­ed de Kew Gar­dens, N.Y. e Her­man A. Affel de Rid­gewo­od, N.J. A paten­te foi atri­buí­da ao Ame­ri­can Tele­graph and Telepho­ne Co. da cida­de de Nova Ior­que. (N.º 1.835.031). O pedi­do era de tele­vi­são, para a qual é neces­sá­ria uma vas­ta gama de frequên­ci­as de trans­mis­são. Enquan­to os requi­si­tos de canais indi­vi­du­ais para tele­gra­fia são da ordem de algu­mas cen­te­nas de ciclos no máxi­mo, e a tele­fo­nia tal­vez alguns milha­res de ciclos, a tele­vi­são requer fai­xas de cen­te­nas de milha­res de ciclos de lar­gu­ra para asse­gu­rar um grau razoá­vel de deta­lhe de ima­gem. É uti­li­za­do um úni­co par de con­du­to­res concêntricos.

Em 1994, apro­xi­ma­da­men­te um mês após ter anun­ci­a­do a cri­a­ção do ele­men­to 110, uma equi­pa de cien­tis­tas ale­mães lide­ra­da por Peter Arm­brus­ter na Gesells­chaft für schwe­ri­o­nen­fors­chung (GSI) em Darms­tadt, Ale­ma­nha, afir­mou ter cri­a­do o ele­men­to 111. O seu áto­mo tem 111 pro­tões e 161 neu­trões no seu núcleo, o que lhe dá um núme­ro de mas­sa de 272. Como novo ele­men­to, foi nome­a­do unu­nu­nium, sím­bo­lo Uuu, de acor­do com um sis­te­ma inter­na­ci­o­nal­men­te adop­ta­do para a nome­a­ção de novos ele­men­tos. Ape­nas três áto­mos do ele­men­to foram fei­tos ace­le­ran­do os áto­mos de níquel a alta velo­ci­da­de e bom­bar­de­an­do-os em bis­mu­to. Quan­do um áto­mo de cada um se fun­diu para fazer o novo núcleo, este durou cer­ca de qua­tro milé­si­mos de segun­do antes de se decom­por em núcle­os mais peque­nos. Mais tar­de este ele­men­to foi reno­me­a­do para Roent­ge­nium. O seu nome vem do físi­co Wilhelm Rönt­gen (tam­bém sole­tra­do Roent­gen), que des­co­briu os rai­os X.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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