Newsletter Nº396

Newsletter Nº396
News­let­ter Nº396

Faz hoje anos que nas­cia, em 1743, o quí­mi­co ale­mão Mar­tin Hein­ri­ch Kla­proth. Ele é con­si­de­ra­do o fun­da­dor da quí­mi­ca ana­lí­ti­ca, ten­do des­co­ber­to o urâ­nio (1789), zir­có­nio (1789), cério (1803), e con­tri­buí­do para a iden­ti­fi­ca­ção de outros. Embo­ra não os tenha iso­la­do como amos­tras de puro metal, foi capaz de os reco­nhe­cer como novos ele­men­tos. Aos 16 anos, foi apren­diz de boti­cá­rio. Depois de ler quí­mi­ca em Hano­ver, ins­ta­lou-se em Ber­lim (1771) e come­çou a sua pró­pria loja de boti­cá­rio (1780). No final de 1780, era o prin­ci­pal quí­mi­co ana­lí­ti­co da Euro­pa. Kla­proth encon­trou for­mas de tra­tar com­pos­tos par­ti­cu­lar­men­te inso­lú­veis, teve o cui­da­do de evi­tar a con­ta­mi­na­ção pelo seu apa­re­lho, e insis­tiu sig­ni­fi­ca­ti­va­men­te em rela­tar “peque­nas” dis­cre­pân­ci­as de peso no tra­ba­lho ana­lí­ti­co como resul­ta­dos consistentes.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1792, o mate­má­ti­co rus­so Niko­lai Loba­chevsky. Ele, com János Bolyai da Hun­gria, é con­si­de­ra­do o fun­da­dor da geo­me­tria não-eucli­di­a­na. Loba­chevsky cons­truiu e estu­dou um tipo de geo­me­tria em que o pos­tu­la­do para­le­lo de Eucli­des é fal­so (o pos­tu­la­do afir­ma que atra­vés de um pon­to não numa deter­mi­na­da linha ape­nas uma linha pode ser dese­nha­da não encon­tran­do a pri­mei­ra linha). Isto não foi bem rece­bi­do no iní­cio, mas a sua mai­or jus­ti­fi­ca­ção veio com o adven­to da teo­ria da rela­ti­vi­da­de de Eins­tein quan­do foi demons­tra­do expe­ri­men­tal­men­te que a geo­me­tria do espa­ço não é des­cri­ta pela geo­me­tria de Eucli­des. Além da geo­me­tria, Loba­chevsky tam­bém fez um impor­tan­te tra­ba­lho na teo­ria das séri­es infi­ni­tas, equa­ções algé­bri­cas, cál­cu­lo inte­gral, e probabilidades.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1905, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Cla­ren­ce Zener. Ele foi o pri­mei­ro a des­cre­ver a pro­pri­e­da­de rela­ti­va à inter­rup­ção dos iso­la­do­res eléc­tri­cos. Estas des­co­ber­tas foram pos­te­ri­or­men­te explo­ra­das pelos Labo­ra­tó­ri­os Bell no desen­vol­vi­men­to do dío­do Zener, que rece­beu o seu devi­do nome. Zener era um físi­co teó­ri­co com for­ma­ção em mate­má­ti­ca que con­du­ziu inves­ti­ga­ção numa vas­ta gama de assun­tos, incluin­do: super­con­du­ti­vi­da­de, meta­lur­gia, fer­ro­mag­ne­tis­mo, elas­ti­ci­da­de, mecâ­ni­ca da frac­tu­ra, difu­são, e pro­gra­ma­ção geométrica.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1925, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Mar­tin Rod­bell. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1994 pela sua des­co­ber­ta nos anos 60 de trans­du­to­res de sinal natu­rais cha­ma­dos G‑proteínas que aju­dam as célu­las do cor­po a comu­ni­car entre si. Par­ti­lhou o pré­mio com Alfred G. Gil­man, que mais tar­de pro­vou a hipó­te­se de Rod­bell, iso­lan­do a pro­teí­na G, assim deno­mi­na­da por­que se liga a nucleó­ti­dos cha­ma­dos difos­fa­to de gua­no­si­na e tri­fos­fa­to de gua­no­si­na, ou PIB e GTP. Antes da inves­ti­ga­ção de Rod­bell, os cien­tis­tas acre­di­ta­vam que ape­nas duas subs­tân­ci­as — um recep­tor hor­mo­nal e uma enzi­ma celu­lar inte­ri­or — eram res­pon­sá­veis pela comu­ni­ca­ção celu­lar. Rod­bell, con­tu­do, des­co­briu que a pro­teí­na G actu­a­va como um trans­du­tor de sinal inter­mé­dio entre as duas.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1940, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no Jer­ry Law­son. Ele é conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho na con­cep­ção da con­so­la de vide­o­jo­gos Fair­child Chan­nel F, bem como por lide­rar a equi­pa que foi pio­nei­ra no car­tu­cho comer­ci­al de vide­o­jo­gos. Foi assim ape­li­da­do de “pai do car­tu­cho de vide­o­jo­gos”, segun­do a revis­ta Black Enter­pri­se em 1982. Aca­bou por sair da Fair­child e fun­dou a empre­sa de jogos Video-Soft.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1941, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Stephen Ben­ton. Ele foi pio­nei­ro em ima­gem médi­ca e holo­gra­fia de belas artes. O seu fas­cí­nio pelos fenó­me­nos ópti­cos come­çou com os ócu­los 3‑D que usou quan­do tinha 11 anos para ver o fil­me Hou­se of Wax, de 1953. Em 1968, inven­tou os “holo­gra­mas arco-íris”, vis­tos em car­tões de cré­di­to enquan­to tra­ba­lha­va para a Pola­roid Cor­po­ra­ti­on. Vol­tou-se para a aca­de­mia como pro­fes­sor assis­ten­te em Har­vard (1968) e mais tar­de como pro­fes­sor no Mas­sa­chu­setts Ins­ti­tu­te of Tech­no­logy a par­tir de 1985, onde aju­dou a cri­ar o Spa­ti­al Ima­ging Group e diri­giu o pro­gra­ma de arte e ciên­ci­as dos media M.I.T. Ben­ton foi pio­nei­ro na holo­gra­fia da luz natu­ral como meio artís­ti­co, e foi cura­dor no Museu de Holo­gra­fia em Manhant­tan até ao seu encer­ra­men­to em 1992.

Em 1997, oito pla­ne­tas do nos­so Sis­te­ma Solar ali­nha­ram-se de Oes­te para Les­te, come­çan­do por Plu­tão, segui­do por Mer­cú­rio, Mar­te, Vénus, Nep­tu­no, Ura­no, Júpi­ter e Satur­no, com uma lua cres­cen­te ao lado, num raro ali­nha­men­to visí­vel da Ter­ra que durou até 8 de Dezem­bro. Mer­cú­rio, Mar­te, Vénus, Júpi­ter e Satur­no são visí­veis a olho nu, sen­do Vénus e Júpi­ter, de lon­ge, os mais bri­lhan­tes. É neces­sá­rio um bom par de binó­cu­los para ver os peque­nos pon­tos azuis que são Ura­no e Nep­tu­no. Plu­tão é visí­vel ape­nas por teles­có­pio. Os pla­ne­tas tam­bém se ali­nha­ram em Maio de 2000, mas dema­si­a­do per­to do sol para serem visí­veis da Ter­ra. Pas­sar-se-ão pelo menos mais 100 anos até que tan­tos pla­ne­tas este­jam tão per­to e tão visíveis.

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