Newsletter Nº393

Newsletter Nº393
News­let­ter Nº393

Faz hoje anos que nas­cia, em 1764, o mine­ra­lo­gis­ta his­pa­no-ame­ri­ca­no Andrés Manu­el del Río. Ele des­co­briu (1801) um novo ele­men­to, mais tar­de cha­ma­do vana­dium. Enquan­to pro­fes­sor de mine­ra­lo­gia no Méxi­co, Del Rio exa­mi­nou uma amos­tra de chum­bo cas­ta­nho de Zima­pan e encon­trou um novo metal, seme­lhan­te ao cró­mio e urâ­nio, ao qual deu o nome de eri­tró­nio, após a cor ver­me­lha de um dos seus com­pos­tos quí­mi­cos (eri­tró­nio gre­go, “ver­me­lho”). Foi dis­su­a­di­do por outros quí­mi­cos, e aca­bou por con­si­de­rá-lo como cró­mio impu­ro. O quí­mi­co sue­co Nils Gabri­el Sefs­tröm, redes­co­briu o ele­men­to (1830) e deu-lhe o nome de vaná­dio, depois de Vana­dis, a deu­sa escan­di­na­va da bele­za, por cau­sa dos seus belos com­pos­tos mul­ti­co­lo­ri­dos. Des­de o iní­cio do sécu­lo XIX, o vaná­dio tem sido uti­li­za­do como ele­men­to de liga para aços e ferro.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1810, o enge­nhei­ro sani­tá­rio e cana­li­za­dor inglês Geor­ge Jen­nings. Ele inven­tou os pri­mei­ros auto­clis­mos públi­cos. Jen­nings espe­ci­a­li­zou-se na con­cep­ção de sani­tá­ri­os que fos­sem “o armá­rio sani­tá­rio mais per­fei­to que se pos­sa fazer”. No entan­to, tam­bém se des­ta­cou em pro­jec­tos de sane­a­men­to públi­co, tais como a con­cep­ção da “con­ve­ni­ên­cia públi­ca” sub­ter­râ­nea. As entra­das para estes eram ela­bo­ra­das gra­des metá­li­cas e arcos ilu­mi­na­dos por lâm­pa­das, com inte­ri­o­res cons­truí­dos em ardó­sia e, mais tar­de, em azu­le­jos de cerâmica.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1855, o fabri­can­te auto­mó­vel fran­cês Ale­xan­dre Dar­racq. Ele foi um dos pri­mei­ros a pla­ne­ar a pro­du­ção em mas­sa de veí­cu­los auto­mó­veis. Dar­racq come­çou a fabri­car máqui­nas de cos­tu­ra e fun­dou a empre­sa Gla­di­a­tor Cycle em 1891, fabri­can­do as moto­ci­cle­tas Mil­let. Em finais da déca­da de 1890, em Fran­ça, recor­reu aos auto­mó­veis. Mais tar­de, Dar­racq fabri­cou car­ros eléc­tri­cos e bici­cle­tas Mil­let moto­ri­za­das. Come­çou a pro­du­zir Léon Bol­lée voi­tu­ret­tes (1898), depois pro­du­ziu auto­mó­veis de qua­li­da­de sob as mar­cas Dar­racq, Talbot-Darracq,e Tal­bot, nome­a­da­men­te a Dar­racq Flying Fif­te­en (1904). Tam­bém cons­truiu auto­mó­veis de cor­ri­da e diri­giu uma esco­la para pilo­tos de cor­ri­da. Em 1904 Dar­racq foi o fabri­can­te de auto­mó­veis de mai­or suces­so no mun­do, pro­du­zin­do 1600 veí­cu­los. A fábri­ca da fili­al ita­li­a­na foi a ori­gem da Alfa Romeo. Ele nun­ca apren­deu a conduzir.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1861, o astró­no­mo esco­cês Robert Innes. Ele des­co­briu Pro­xi­ma Cen­tau­ri (1915), a estre­la mais pró­xi­ma da Ter­ra depois do Sol. Con­vi­da­do por David Gill para o Obser­va­tó­rio do Cabo, Áfri­ca do Sul (1894), tor­nou-se um obser­va­dor biná­rio bem suce­di­do com o refrac­tor de 7 pole­ga­das (1628 des­co­ber­tas). A sua des­co­ber­ta mais famo­sa, Pro­xi­ma Cen­tau­ri é uma estre­la fra­ca per­to da estre­la biná­ria Alfa Cen­tau­ri, que está tão lon­ge do sul que não é visí­vel da mai­or par­te do hemis­fé­rio nor­te. Foi tam­bém o pri­mei­ro a ver o come­ta da luz do dia de 1910, embo­ra este come­ta tenha sido encon­tra­do inde­pen­den­te­men­te por tan­tas pes­so­as no hemis­fé­rio sul que nenhum “ori­gi­nal” des­co­bri­dor pôde ser nome­a­do. Innes registou‑o a 17 de Janei­ro de 1910.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1895, o desig­ner de aviões nor­te-ame­ri­ca­no Jack North­rop. Ele foi um dos pri­mei­ros defen­so­res da cons­tru­ção total­men­te metá­li­ca e do dese­nho das asas voa­do­ras. Já em 1923, Jack North­rop tinha sido con­ven­ci­do de que a asa voa­do­ra, na qual a aero­na­ve trans­por­ta­va todas as car­gas e con­tro­los den­tro da asa e não tinha fuse­la­gem nem sec­ções de cau­da, era o pró­xi­mo gran­de pas­so em fren­te na con­cep­ção de aero­na­ves. Duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, ele per­se­guiu vári­os pro­jec­tos de aero­na­ves de asa voa­do­ra. Nas déca­das que se segui­ram à guer­ra, o nome de North­rop foi ane­xa­do como fabri­can­te e pro­jec­tis­ta de vári­as outras aero­na­ves, cul­mi­nan­do no B‑2, que jus­ti­fi­ca­va o sonho de Jack North­rop de uma máqui­na voa­do­ra limpa.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1918, o quí­mi­co teó­ri­co ale­mão Ernst Otto Fis­cher. Ele foi co-reci­pi­en­te (com o cien­tis­ta bri­tâ­ni­co Geof­frey Wil­kin­son) do Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1973 pela sua iden­ti­fi­ca­ção de uma for­ma com­ple­ta­men­te nova em que os metais e as subs­tân­ci­as orgâ­ni­cas se podem com­bi­nar. Fis­cher conhe­ceu pela pri­mei­ra vez o recém-sin­te­ti­za­do com­pos­to orga­no­me­tá­li­co cha­ma­do fer­ro­ce­no ao ler sobre o mes­mo em 1951. Como nes­sa altu­ra a sua estru­tu­ra era des­co­nhe­ci­da, Fis­cher estudou‑o, e deter­mi­nou que con­sis­tia num úni­co áto­mo de fer­ro ensan­dui­cha­do entre dois anéis de car­bo­no de cin­co lados. Wil­kin­son fez esta mes­ma des­co­ber­ta de for­ma inde­pen­den­te de Fischer.

Em 1974, a des­co­ber­ta da par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca “char­med quark” foi anun­ci­a­da simul­ta­ne­a­men­te pelos dois gru­pos expe­ri­men­tais ame­ri­ca­nos res­pon­sá­veis. Um era um gru­po MIT no Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal de Bro­okha­ven, e o outro um gru­po SLAC-Ber­ke­ley na cos­ta oci­den­tal, no cen­tro de ace­le­ra­do­res Line­ar de Stan­ford. A nova par­tí­cu­la, de mas­sa 3095 MeV teve uma vida útil cer­ca de 1000 vezes mais lon­ga do que a de outras par­tí­cu­las de mas­sa com­pa­rá­vel. Este anún­cio incen­di­ou o mun­do da físi­ca de alta ener­gia e é ago­ra conhe­ci­do na comu­ni­da­de da físi­ca como a revo­lu­ção de Novem­bro. Em dois anos, em 1976, os cien­tis­tas que lide­ra­vam esses gru­pos, Samu­el Ting e Bur­ton Rich­ter, rece­be­ram o Pré­mio Nobel da Física.

Em 1983, o estu­dan­te ame­ri­ca­no Fred Cohen apre­sen­tou num semi­ná­rio de segu­ran­ça os resul­ta­dos do seu tes­te — o pri­mei­ro vírus docu­men­ta­do, cri­a­do como uma expe­ri­ên­cia em segu­ran­ça infor­má­ti­ca. Cohen cri­ou este pri­mei­ro vírus ao estu­dar para um dou­to­ra­men­to na Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia do Sul. Outros tinham escri­to sobre o poten­ci­al de cri­a­ção de pro­gra­mas per­ni­ci­o­sos, mas ele foi o pri­mei­ro a demons­trar um exem­plo de tra­ba­lho. No jor­nal, ele defi­niu um vírus como “um pro­gra­ma que pode ‘infec­tar’ outros pro­gra­mas, modi­fi­can­do-os para incluir uma … ver­são de si mes­mo”. Cohen adi­ci­o­nou o seu vírus a um pro­gra­ma grá­fi­co cha­ma­do VD, escri­to para um mini-com­pu­ta­dor Vax. O vírus escon­deu-se den­tro do VD e uti­li­zou as per­mis­sões que os uti­li­za­do­res tinham de olhar para outras par­tes do com­pu­ta­dor Vax para se espa­lha­rem pelo sistema.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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