Newsletter Nº367

Newsletter Nº367
News­let­ter Nº367

Faz hoje anos que nas­cia, em 1857, o mate­má­ti­co ale­mão Oskar Bol­za. Ele publi­cou The ellip­tic s‑functions con­si­de­ra­do como um caso espe­ci­al das s‑funções hipe­re­líp­ti­cas em 1900. A par­tir de 1910, ele tra­ba­lhou no cál­cu­lo das vari­a­ções. Bol­za escre­veu um livro clás­si­co sobre o assun­to, Lec­tu­res on the Cal­cu­lus of Vari­a­ti­ons (1904). Vol­tou à Ale­ma­nha em 1910, onde pes­qui­sou a teo­ria das fun­ções, as equa­ções inte­grais e o cál­cu­lo das vari­a­ções. Em 1913, publi­cou um arti­go que apre­sen­ta­va um novo tipo de pro­ble­ma de vari­a­ções, ago­ra cha­ma­do “o pro­ble­ma de Bol­za”. No ano seguin­te, escre­veu sobre vari­a­ções para um pro­ble­ma inte­gral envol­ven­do desi­gual­da­des, que mais tar­de se tor­na­ram impor­tan­tes na teo­ria do controlo.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1895, o quí­mi­co e físi­co nor­te-ame­ri­ca­no nas­ci­do no Cana­dá Wil­li­am Giau­que. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1949 pelos seus “fei­tos no cam­po da ter­mo­di­nâ­mi­ca quí­mi­ca e espe­ci­al­men­te o seu tra­ba­lho sobre o com­por­ta­men­to da maté­ria a tem­pe­ra­tu­ras mui­to bai­xas e os seus estu­dos estrei­ta­men­te ali­a­dos da entro­pia”. É recor­da­do par­ti­cu­lar­men­te pela sua des­co­ber­ta da des­mag­ne­ti­za­ção adi­a­bá­ti­ca como meio para atin­gir tem­pe­ra­tu­ras pró­xi­mas do zero abso­lu­to, bem como pelos seus exaus­ti­vos e meti­cu­lo­sos estu­dos ter­mo­di­nâ­mi­cos, ao lon­go de uma vida intei­ra de inves­ti­ga­ção, que uti­li­za­ram a ter­cei­ra lei da ter­mo­di­nâ­mi­ca, ao mes­mo tem­po que desen­vol­ve­ram um gran­de con­jun­to de pro­vas para a sua validade.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1910, a bioquí­mi­ca ingle­sa Dorothy Hodg­kin. Ela rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1964 pelas suas des­co­ber­tas, pela uti­li­za­ção de téc­ni­cas de rai­os X, da estru­tu­ra de molé­cu­las bio­lo­gi­ca­men­te impor­tan­tes, incluin­do a peni­ci­li­na (1946), a vita­mi­na B‑12 (1956), e mais tar­de, a hor­mo­na pro­tei­ca insu­li­na (1969). As suas rea­li­za­ções incluí­ram não só estas deter­mi­na­ções de estru­tu­ra e o conhe­ci­men­to cien­tí­fi­co que elas pro­por­ci­o­na­ram, mas tam­bém o desen­vol­vi­men­to de méto­dos que tor­na­ram pos­sí­veis tais deter­mi­na­ções de estrutura.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1939, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Chuck Hull. Ele é um dos inven­to­res da impres­so­ra SLA 3D, a pri­mei­ra tec­no­lo­gia de pro­to­ti­pa­gem rápi­da comer­ci­al, e do for­ma­to de fichei­ro STL ampla­men­te uti­li­za­do. É nome­a­do em mais de 60 paten­tes dos EUA, bem como outras paten­tes em todo o mun­do nos cam­pos da ópti­ca de iões e da pro­to­ti­pa­gem rápi­da. Foi empos­sa­do no Hall da Fama dos Inven­to­res Naci­o­nais em 2014 e em 2017 foi um dos pri­mei­ros empos­sa­dos no Hall da Fama do TCT.

Em 1936, o tecla­do da máqui­na de escre­ver Dvo­rak foi paten­te­a­do nos EUA por Dvo­rak e Dea­ley (Paten­te No. 2,040,248). Os peri­tos em efi­ci­ên­cia August Dvo­rak (um pri­mo do com­po­si­tor) e Wil­li­am Dea­ley estu­da­ram a máqui­na de escre­ver para deter­mi­nar que pode­ri­am arran­jar as teclas de uma nova for­ma que ace­le­ra­ria os ope­ra­do­res da máqui­na de escre­ver. Con­ce­be­ram um tecla­do para maxi­mi­zar a efi­ci­ên­cia, colo­can­do letras comuns na fila de casa, e fazer com que os dedos mais for­tes das mãos fizes­sem a mai­or par­te do tra­ba­lho. Em con­tras­te, a dis­po­si­ção ori­gi­nal QWERTY foi con­ce­bi­da para as máqui­nas de escre­ver ante­ri­o­res, menos efi­ci­en­tes. Ante­ri­or­men­te, a velo­ci­da­de resul­ta­ria em duas bar­ras de tipo a bate­rem uma na outra nas suas via­gens, pelo que o tecla­do ori­gi­nal foi dis­pos­to de for­ma a redu­zir colisões.

Em 1941, Kon­rad Zuse com­ple­tou o pri­mei­ro com­pu­ta­dor pro­gra­má­vel total­men­te fun­ci­o­nal do mun­do (Turing-com­ple­te com­pu­ter), a sua máqui­na Z3. Foi tam­bém o pri­mei­ro com­pu­ta­dor do géne­ro a uti­li­zar o sis­te­ma biná­rio em vez do sis­te­ma deci­mal. Era um com­pu­ta­dor digi­tal elec­tro­me­câ­ni­co cons­truí­do com 2.400 relés. Os pro­gra­mas eram intro­du­zi­dos a par­tir de rolos per­fu­ra­dos de pelí­cu­la de fil­me de des­car­te. Nota­vel­men­te, o Z3 era pro­gra­má­vel, enquan­to que o Ata­na­soff biná­rio ABC (1942) e o ENIAC (1945–46) desen­vol­vi­dos inde­pen­den­te­men­te eram cal­cu­la­do­ras de pro­pó­si­to espe­ci­al, nenhum dos quais era livre­men­te pro­gra­má­vel. A Z3 foi uti­li­za­da pela indús­tria aero­náu­ti­ca ale­mã para resol­ver sis­te­mas de equa­ções simul­tâ­ne­as e aspec­tos mate­má­ti­cos da vibra­ção das estru­tu­ras de ar sob ten­são. Foi des­truí­da em 1944 duran­te os bom­bar­de­a­men­tos da II Guer­ra Mundial.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a dis­tri­bui­ção Fedo­ra 36 da RedHat. As gran­des novi­da­des são o Ker­nel de Linux 5.17 e o GNOME 42. Outras novi­da­des igual­men­te inte­res­san­tes são o pod­man 4.0, o Ruby 3.1, o Golang 1.18, o PHP 8.1 e o GCC 12. Tra­ta-se de uma dis­tri­bui­ção que usa ver­sões bas­tan­te recen­tes dos mais impor­tan­tes paco­tes de soft­ware Open Sour­ce e que sem dúvi­da é uma dis­tro sólida.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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