Newsletter Nº342

Newsletter Nº342
News­let­ter Nº342

Faz hoje anos que nas­cia, em 1787, o artis­ta e inven­tor fran­cês Louis Daguer­re. Ele inven­tou o daguer­reó­ti­po, o pri­mei­ro pro­ces­so prá­ti­co da foto­gra­fia. Embo­ra a pri­mei­ra foto­gra­fia per­ma­nen­te da natu­re­za tenha sido fei­ta em 1826/27 por Joseph-Nicépho­re Niep­ce de Fran­ça, era de má qua­li­da­de e exi­gia cer­ca de oito horas de tem­po de expo­si­ção. O pro­ces­so que a Daguer­re desen­vol­veu exi­giu ape­nas 20 a 30 minu­tos. Os dois tor­na­ram-se par­cei­ros no desen­vol­vi­men­to do pro­ces­so heli­o­grá­fi­co da Niep­ce des­de 1829 até à mor­te da Niep­ce em 1833. Daguer­re con­ti­nu­ou as suas expe­ri­ên­ci­as, e des­co­briu que a expo­si­ção de uma pla­ca de pra­ta ioda­da numa câma­ra resul­ta­ria numa ima­gem dura­dou­ra após um pro­ces­so de fixa­ção química.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1839, o físi­co ale­mão August Kundt. Ele desen­vol­veu um méto­do para deter­mi­nar a velo­ci­da­de do som em gases e sóli­dos. Ele uti­li­zou um tubo de vidro fecha­do no qual foi asper­gi­do um pó seco (como o lico­pó­dio). A fon­te do som no dis­po­si­ti­vo ori­gi­nal era uma has­te metá­li­ca pre­sa no seu cen­tro com um pis­tão numa extre­mi­da­de, que é inse­ri­da no tubo. Quan­do a has­te é aca­ri­ci­a­da, ondas sono­ras gera­das pelo pis­tão entram no tubo. Se a posi­ção do pis­tão no tubo for ajus­ta­da de modo a que a colu­na de gás tenha um núme­ro intei­ro de meio com­pri­men­to de onda, o pó será per­tur­ba­do pelas ondas esta­ci­o­ná­ri­as resul­tan­tes, for­man­do uma série de estri­as, per­mi­tin­do a medi­ção das dis­tân­ci­as entre nós.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1897, o físi­co inglês Patrick Blac­kett. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1948 pelas suas des­co­ber­tas no cam­po da radi­a­ção cós­mi­ca. Nes­tes estu­dos, uti­li­zou foto­gra­fi­as de câma­ras de nuvens que reve­la­vam a for­ma como um núcleo ató­mi­co está­vel pode ser desin­te­gra­do bombardeando‑o com par­tí­cu­las alfa (núcle­os de hélio). Embo­ra tal desin­te­gra­ção nucle­ar tives­se sido obser­va­da ante­ri­or­men­te, os seus dados expli­ca­ram este fenó­me­no pela pri­mei­ra vez e foram úteis para expli­car a desin­te­gra­ção por outros meios.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1906, o enge­nhei­ro tur­co-bri­tâ­ni­co Alec Issi­go­nis. Ele foi o desig­ner do auto­mó­vel Mini, um mar­co no design auto­mó­vel quan­do a Bri­tish Motor Cor­po­ra­ti­on intro­du­ziu o Mor­ris Mini-Minor a 26 de Agos­to de 1959. Tinha ape­nas 10 pés de com­pri­men­to, mas per­mi­tia sen­tar qua­tro pas­sa­gei­ros, e era um dos car­ros com os pre­ços mais bai­xos do mer­ca­do. Para pou­par espa­ço, o motor era mon­ta­do trans­ver­sal­men­te, e tinha uma sus­pen­são total­men­te inde­pen­den­te. Issi­go­nis acre­di­ta­va que “quan­do se está a con­ce­ber um car­ro novo para pro­du­ção, nun­ca, nun­ca copie a opo­si­ção”. Assim, o Mini asse­me­lha­va-se a nenhum outro car­ro, for­ne­cia um veí­cu­lo que trans­por­ta­va a mai­or car­ga útil no menor espa­ço prá­ti­co, e incor­po­ra­va novos prin­cí­pi­os de enge­nha­ria. Con­ti­nua a ter suces­so mais de cin­co déca­das depois por­que o cons­truiu des­de o iní­cio para eco­no­mia de com­bus­tí­vel, ace­le­ra­ção rápi­da, mane­a­bi­li­da­de e faci­li­da­de de estacionamento.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1923, o astro­nau­ta nor­te-ame­ri­ca­no Alan She­pard. Ele foi o pri­mei­ro homem da Amé­ri­ca no espa­ço e um dos úni­cos 12 huma­nos que cami­nha­ram na Lua. Nome­a­do como um dos sete astro­nau­tas ori­gi­nais da nação Mer­cury em 1959, She­pard tor­nou-se o pri­mei­ro ame­ri­ca­no a entrar no espa­ço em 5 de Maio de 1961, a bor­do de um fogue­te Reds­to­ne num voo subor­bi­tal de 15 minu­tos que o levou a ele e à sua cáp­su­la Mer­cury 7 Fre­e­dom 115 milhas de alti­tu­de e 302 milhas para bai­xo do Cabo Cana­ve­ral, FL. (O seu voo che­gou três sema­nas após o lan­ça­men­to do cos­mo­nau­ta sovié­ti­co Yuri Gaga­rin, que em 12 de Abril de 1961, se tor­nou o pri­mei­ro via­jan­te espa­ci­al huma­no num voo de um órbi­ta com a dura­ção de 108 minutos).

Hoje acon­te­ce o o mais lon­go eclip­se lunar des­de 1441. O even­to irá durar cer­ca de 3 horas e meia e o fenó­me­no ocor­re quan­do a Ter­ra pas­sa entre o Sol e a Lua, cri­an­do uma som­bra sobre o nos­so saté­li­te natu­ral. Ape­sar dis­so, a Lua não desa­pa­re­ce, mas fica sim num tom aver­me­lha­do que lhe dá o nome de “lua de san­gue”. O eclip­se qua­se total será visí­vel no lado noc­tur­no da Ter­ra. Pode­rá ser vis­to no céu da Amé­ri­ca do Nor­te, Aus­trá­lia, Nova Zelân­dia, Japão, Chi­na, Sudes­te Asiá­ti­co, Havai e par­tes da Rús­sia. Alguns na quin­ta-fei­ra ao final do dia e outros duran­te a madru­ga­da de sex­ta-fei­ra. Infe­liz­men­te, em Por­tu­gal, este fenó­me­no ape­nas pode­rá ser obser­va­do nos Açores.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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