Newsletter Nº332

Newsletter Nº332
News­let­ter Nº332

Faz hoje anos que nas­cia, em 1737, o médi­co e físi­co ita­li­a­no Lui­gi Gal­va­ni. Ele estu­dou a estru­tu­ra dos órgãos e a fisi­o­lo­gia dos teci­dos que é mais conhe­ci­da pela sua inves­ti­ga­ção sobre a natu­re­za e efei­tos do que con­ce­beu como sen­do elec­tri­ci­da­de em teci­dos ani­mais. Obser­vou como os mús­cu­los das rãs se tor­ci­am quan­do eram toca­dos por con­tac­tos metá­li­cos, mas atri­buiu erro­ne­a­men­te isto à “elec­tri­ci­da­de ani­mal” ina­ta (a cor­ren­te era de fac­to pro­du­zi­da pelos con­tac­tos metá­li­cos). Isto foi con­tes­ta­do por Ales­san­dro Vol­ta que, no decur­so des­te argu­men­to, inven­tou a sua célu­la elec­troquí­mi­ca. A cor­ren­te pro­du­zi­da por este dis­po­si­ti­vo foi duran­te mui­tos anos cha­ma­da “elec­tri­ci­da­de gal­vâ­ni­ca”. O gal­va­nó­me­tro rece­beu o seu nome.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1852, o físi­co bri­tâ­ni­co John Henry Poyn­ting. Ele intro­du­ziu um teo­re­ma (1884–85) que atri­bui um valor à taxa de flu­xo de ener­gia elec­tro­mag­né­ti­ca conhe­ci­do como o vec­tor Poyn­ting, intro­du­zi­do no seu arti­go Sobre a Trans­fe­rên­cia de Ener­gia no Cam­po Elec­tro­mag­né­ti­co (1884). Nis­to ele mos­trou que o flu­xo de ener­gia num pon­to pode ser expres­so por uma fór­mu­la sim­ples em ter­mos das for­ças eléc­tri­cas e mag­né­ti­cas nes­se pon­to. Ele deter­mi­nou a den­si­da­de média da Ter­ra (1891) e fez uma deter­mi­na­ção da cons­tan­te gra­vi­ta­ci­o­nal (1893) uti­li­zan­do balan­ços de tor­ção pre­ci­sos. Foi tam­bém o pri­mei­ro a suge­rir, em 1903, a exis­tên­cia do efei­to da radi­a­ção do Sol que faz com que par­tí­cu­las mais peque­nas em órbi­ta em tor­no do Sol se fechem em espi­ral e aca­bem por mer­gu­lhar para dentro.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1922, o físi­co ame­ri­ca­no nas­ci­do na Ale­ma­nha Hans Georg Deh­melt. Ele “para o desen­vol­vi­men­to da téc­ni­ca da arma­di­lha ióni­ca” par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1989 (com o físi­co ale­mão Wolf­gang Paul e Nor­man Ram­sey). Os seus méto­dos per­mi­ti­ram o estu­do de um úni­co elec­trão ou de um úni­co ião com extre­ma pre­ci­são. O dis­po­si­ti­vo elec­tro­mag­né­ti­co de Del­melt, a arma­di­lha de Pen­ning, em 1973 obser­vou com suces­so um úni­co elec­trão na arma­di­lha. Em 1975, ele intro­du­ziu uma téc­ni­ca para “arre­fe­cer” o elec­trão. Mais tar­de, na déca­da de 1970, Deh­melt jun­ta­men­te com P. Tos­chek con­se­gui­ram obser­var um úni­co ião numa arma­di­lha. Isto levou à espec­tros­co­pia de um íon, um novo tipo de espectroscopia.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1941, o cien­tis­ta infor­má­ti­co ame­ri­ca­no Den­nis Rit­chie. Ele cri­ou a lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção C e, com o cole­ga de lon­ga data Ken Thomp­son, o sis­te­ma ope­ra­ti­vo Unix e a lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção B. Rit­chie e Thomp­son rece­be­ram o Pré­mio Turing da ACM em 1983, a Meda­lha Ham­ming da IEEE em 1990 e a Meda­lha Naci­o­nal de Tec­no­lo­gia do Pre­si­den­te Bill Clin­ton em 1999. Rit­chie era o che­fe do Depar­ta­men­to de Inves­ti­ga­ção de Soft­ware de Sis­te­mas da Lucent Tech­no­lo­gi­es quan­do se refor­mou em 2007. Era o “R” em K&R C, e comum­men­te conhe­ci­do pelo seu nome de uti­li­za­dor dmr.

Em 1947, uma equi­pa de cien­tis­tas infor­má­ti­cos rela­tou o pri­mei­ro bug infor­má­ti­co do mun­do. Um bug é uma falha ou falha de um sis­te­ma. Tho­mas Edi­son rela­tou “bugs” nas suas con­cep­ções já no sécu­lo XIX, mas este foi o pri­mei­ro bug iden­ti­fi­ca­do num com­pu­ta­dor. Hoje em dia, os bugs de soft­ware podem ter impac­to no fun­ci­o­na­men­to, resi­li­ên­cia, e segu­ran­ça dos sis­te­mas ope­ra­ti­vos de com­pu­ta­dor. A “depu­ra­ção” e a ges­tão de bugs são par­tes impor­tan­tes da indús­tria do IT. Este bug, no entan­to, era lite­ral­men­te um bug. “Pri­mei­ro caso real de bug a ser encon­tra­do”, um dos mem­bros da equi­pa escre­veu no livro de regis­to. A equi­pa da Uni­ver­si­da­de de Har­vard em Cam­brid­ge, Mas­sa­chu­setts, des­co­briu que o seu com­pu­ta­dor, o Mark II, esta­va a come­ter erros con­sis­ten­tes. Quan­do abri­ram o hard­ware do com­pu­ta­dor, encon­tra­ram… uma tra­ça. O insec­to encur­ra­la­do tinha per­tur­ba­do a elec­tró­ni­ca do computador.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os interessantes.

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