Newsletter Nº319

Newsletter Nº319
News­let­ter Nº319

Faz hoje anos que nas­cia, em 1706, o fabri­can­te inglês de ins­tru­men­tos ópti­cos e astro­nó­mi­cos John Dol­lond. Ele desen­vol­veu (1758) e paten­te­ou um teles­có­pio refrac­tor acro­má­ti­co (sem dis­tor­ção de cor) e um heli­o­me­tro prá­ti­co, um teles­có­pio usa­do para medir o diâ­me­tro do Sol e os ângu­los entre os cor­pos celes­tes. Na déca­da de 1730, Ches­ter More Hall, um advo­ga­do com inte­res­se em teles­có­pi­os, des­co­briu pela pri­mei­ra vez que o vidro de sílex pare­cia ter uma dis­per­são de cor mai­or do que o vidro da coroa com as mes­mas ampli­a­ções. Hall con­cluiu que se ele cimen­tas­se a face côn­ca­va de uma len­te de sílex à face con­ve­xa de uma len­te de vidro coroa, ele podia remo­ver as pro­pri­e­da­des de dis­per­são (e, por­tan­to, a aber­ra­ção cro­má­ti­ca) de ambas as len­tes simul­ta­ne­a­men­te. Dol­lond apren­deu a téc­ni­ca na déca­da de 1750 e desenvolveu‑a.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1710, o ópti­co e astró­no­mo bri­tâ­ni­co James Short. Ele pro­du­ziu os pri­mei­ros espe­lhos ver­da­dei­ra­men­te para­bó­li­cos e elíp­ti­cos (por­tan­to, qua­se sem dis­tor­ção) para teles­có­pi­os reflec­to­res. Duran­te a sua vida pro­fis­si­o­nal de mais de 35 anos, Short fez cer­ca de 1.360 ins­tru­men­tos — não ape­nas para cli­en­tes na Grã-Bre­ta­nha, mas tam­bém para expor­ta­ção: um ain­da está pre­ser­va­do em Leni­ne­gra­do, outro em Upp­sa­la e vári­os na Amé­ri­ca. Short foi o prin­ci­pal cal­cu­la­dor das obser­va­ções do Trân­si­to de Vénus fei­tas em todo o mun­do em 6 de Junho de 1761. Os seus ins­tru­men­tos via­ja­ram no Ende­a­vour com o Capi­tão Cook para obser­var o pró­xi­mo Trân­si­to de Vénus em 3 de Junho de 1769, mas Short mor­reu antes que esse even­to acontecesse.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1803, o enge­nhei­ro hidráu­li­co fran­cês Henry Darcy. Ele foi o pri­mei­ro que deri­vou a equa­ção (ago­ra conhe­ci­da como lei de Darcy) que gover­na o flu­xo lami­nar (não tur­bu­len­to) de flui­dos em mei­os homo­gé­ne­os e poro­sos. Em 1856, os estu­dos moder­nos das águas sub­ter­râ­ne­as come­ça­ram quan­do Darcy foi con­tra­ta­do para desen­vol­ver um sis­te­ma de puri­fi­ca­ção de água para a cida­de de Dijon, Fran­ça. Ele cons­truiu o pri­mei­ro apa­ra­to expe­ri­men­tal para estu­dar as carac­te­rís­ti­cas do flu­xo da água atra­vés da ter­ra. A par­tir das suas expe­ri­ên­ci­as, ele deri­vou a equa­ção da Lei de Darcy, que des­cre­ve o flu­xo da água na natu­re­za, que é fun­da­men­tal para a com­pre­en­são dos sis­te­mas de água sub­ter­râ­nea. Ele rea­li­zou tes­tes exten­si­vos de fil­tra­gem e resis­tên­cia do tubo.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1832, o enge­nhei­ro e inven­tor ale­mão Nico­laus Otto. Ele desen­vol­veu o motor de com­bus­tão inter­na de qua­tro tem­pos, que ofe­re­ceu a pri­mei­ra alter­na­ti­va prá­ti­ca ao motor a vapor como fon­te de ener­gia. Um enge­nhei­ro fran­cês, Alphon­se Beau de Rochas, for­mu­lou o pro­jec­to bási­co para o motor de com­bus­tão inter­na de qua­tro tem­pos e patenteou‑o em 1862, mas nun­ca cons­truiu um mode­lo fun­ci­o­nal. Em 1876, Otto usou prin­cí­pi­os de Beau de Rochas e outros para cons­truir o pro­tó­ti­po dos moto­res de auto­mó­veis de hoje, mui­tas vezes cha­ma­dos de motor de ciclo Otto. Ele ven­deu milha­res de cópi­as antes que Beau de Rochas o pro­ces­sas­se e inva­li­das­se a paten­te de Otto. Mas moto­res leves e efi­ci­en­tes do ciclo Otto pos­si­bi­li­ta­ram em gran­de par­te a cri­a­ção de auto­mó­veis, bar­cos a motor, moto­ci­cle­tas e até aviões.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co ame­ri­ca­no Euge­ne Par­ker. Ele fez exten­sas pes­qui­sas sobre o ven­to solar e os efei­tos dos cam­pos mag­né­ti­cos na heli­os­fe­ra. Além de aumen­tar a com­pre­en­são da coroa solar, seu tra­ba­lho inves­ti­gou as com­ple­xas inte­rac­ções elec­tro­mag­né­ti­cas tan­to no sol quan­to em sua inte­rac­ção com o cam­po mag­né­ti­co ter­res­tre. Ele viveu para ver mode­los teó­ri­cos (que ele desen­vol­veu antes da era espa­ci­al) serem con­fir­ma­dos por son­das espa­ci­ais na heli­os­fe­ra. As suas idei­as ori­gi­nais foram for­ma­das a par­tir das infor­ma­ções limi­ta­das dis­po­ní­veis a par­tir de obser­va­ções das cau­das dos come­tas à medi­da que eram modi­fi­ca­dos a via­jar per­to do sol. Ele cunhou o nome de “ven­to solar” na déca­da de 1950, para a cas­ca­ta de ener­gia quan­do propôs como nos­so sol (e outras estre­las) emi­tem energia.

A 1752, Ben­ja­min Fran­klin usa um papa­gaio duran­te uma tem­pes­ta­de e car­re­ga a car­ga eléc­tri­ca ambi­en­te numa jar­ra de Ley­den, per­mi­tin­do-lhe demons­trar a cone­xão entre relâm­pa­gos e elec­tri­ci­da­de. Fran­klin inte­res­sou-se por elec­tri­ci­da­de em mea­dos da déca­da de 1740, uma épo­ca em que ain­da se des­co­nhe­cia mui­to sobre o assun­to, e pas­sou qua­se uma déca­da a rea­li­zar expe­ri­ên­ci­as com elec­tri­ci­da­de. Ele cunhou vári­os ter­mos usa­dos hoje, incluin­do bate­ria, con­du­tor e elec­tri­cis­ta. Ele tam­bém inven­tou o pára-rai­os, usa­do para pro­te­ger edi­fí­ci­os e navios.

Nes­ta sema­na que pas­sou o heli­cóp­te­ro Inge­nuity com­ple­ta o seu séti­mo voo na super­fí­cie de Mar­te. O heli­cóp­te­ro de 1,8 qui­los vol­tou aos céus mar­ci­a­nos na ter­ça-fei­ra (8 de Junho), fazen­do a sua pri­mei­ra saí­da des­de que lutou con­tra uma ano­ma­lia em voo, a 22 de Maio. E não hou­ve pro­ble­mas des­ta vez.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “The Com­pu­ters That Made Britain”

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