Newsletter Nº301

Newsletter Nº301
News­let­ter Nº301

Faz hoje anos que nas­cia, em 1875, o físi­co ale­mão Ludwig Prand­tl. Ele é conhe­ci­do pelo seus estu­dos de aero­di­nâ­mi­ca e hidro­di­nâ­mi­ca. Ele esta­be­le­ceu a exis­tên­cia da cama­da limi­te adja­cen­te à super­fí­cie de um sóli­do sobre o qual flui um flui­do. O dese­nho de uma for­ma, peso e mas­sa efi­ci­en­tes para navi­os e aero­na­ves deve mui­to ao seu tra­ba­lho, pelo qual ele é con­si­de­ra­do o pai da aero­di­nâ­mi­ca. Ele fez gran­des estu­dos sobre os efei­tos da raci­o­na­li­za­ção e as pro­pri­e­da­des das asas de aero­na­ves. Ele fez melho­ri­as em cons­tru­ções como túneis de ven­to. O núme­ro de Prand­tl é um gru­po adi­men­si­o­nal usa­do no estu­do da con­vec­ção. A equa­ção de von Kar­man-Prand­tl des­cre­ve a vari­a­ção loga­rít­mi­ca da velo­ci­da­de da água den­tro de um canal de flu­xo zero no lei­to do ria­cho a uma velo­ci­da­de máxi­ma na super­fí­cie da água.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1896, o físi­co ale­mão Fri­e­dri­ch Hund. Ele ficou conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho sobre a estru­tu­ra elec­tró­ni­ca de áto­mos e molé­cu­las. Ele intro­du­ziu um méto­do de uso de orbi­tais mole­cu­la­res para deter­mi­nar a estru­tu­ra elec­tró­ni­ca das molé­cu­las e a for­ma­ção de liga­ções quí­mi­cas. As suas regras empí­ri­cas de Hund (1925) para espec­tros ató­mi­cos deter­mi­nam o nível de ener­gia mais bai­xo para dois elec­trões com os mes­mos n e l núme­ros quân­ti­cos num áto­mo de mui­tos elec­trões (1). O esta­do de menor ener­gia tem a mul­ti­pli­ci­da­de máxi­ma con­sis­ten­te com o prin­cí­pio de exclu­são de Pau­li. O esta­do de menor ener­gia tem o núme­ro quân­ti­co total máxi­mo do momen­to angu­lar orbi­tal do elec­trão, con­sis­ten­te com a regra (1). Eles são expli­ca­dos pela teo­ria quân­ti­ca dos áto­mos por cál­cu­los envol­ven­do a repul­são entre dois electrões.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1902, o avi­a­dor nor­te-ame­ri­ca­no Char­les Lind­bergh. Ele fez o pri­mei­ro voo sozi­nho sem esca­las, em 1927, atra­vés do Atlân­ti­co. Em 20 de maio de 1927, Lind­bergh par­tiu de Nova York para Paris, car­re­gan­do san­dui­ches e água. Ele deci­diu não car­re­gar pára-que­das e rádio, pre­fe­rin­do mais gaso­li­na. Ele lutou con­tra a névoa, o gelo e a sono­lên­cia e pou­sou em Paris em 21 de maio, após 33 horas e meia em seu voo de cer­ca de 5.800 Km.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1906, o astró­no­mo nor­te-ame­ri­ca­no Cly­de Tom­baugh. Ele des­co­briu Plu­tão, então conhe­ci­do como pla­ne­ta. Ele tinha 24 anos, tra­ba­lha­va no Obser­va­tó­rio Lowell, Flags­taff, Ari­zo­na, quan­do o loca­li­zou em 13 de Mar­ço de 1930. Ele esta­va com­pa­ran­do uma cha­pa foto­grá­fi­ca tira­da a 23 de Janei­ro de 1930, com outra fei­ta alguns dias depois, e viu um pon­to que mudou de posi­ção entre elas. Assim ter­mi­nou uma bus­ca sis­te­má­ti­ca de déca­das ins­ti­ga­da pelas pre­vi­sões de outros astró­no­mos. Tom­baugh tam­bém des­co­briu vári­os aglo­me­ra­dos de estre­las e galá­xi­as, estu­dou a dis­tri­bui­ção apa­ren­te de nebu­lo­sas extra-galác­ti­cas e fez obser­va­ções das super­fí­ci­es de Mar­te, Vénus, Júpi­ter, Satur­no e da Lua. Plu­tão foi o úni­co pla­ne­ta des­co­ber­to no sécu­lo 20 e o úni­co encon­tra­do por um norte-americano.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1925, o Mate­má­ti­co inglês, nas­ci­do no Japão, Chris­topher Zee­man. Ele é conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho pro­mo­ven­do a teo­ria da catás­tro­fe depois que ela foi intro­du­zi­da na déca­da de 1960 pelo mate­má­ti­co fran­cês René Thom. Tal teo­ria diz que a pro­ba­bi­li­da­de de que even­tos repen­ti­nos ocor­re­rão pode ser pre­vis­ta mar­can­do os desen­vol­vi­men­tos mate­ma­ti­ca­men­te. Um exem­plo sobre o qual Zee­man escre­veu como um even­to repen­ti­no é para água aque­ci­da quan­do come­ça a fer­ver. Como outras áre­as de apli­ca­bi­li­da­de, ele ofe­re­ce uma gama de dis­ci­pli­nas tão diver­sas quan­to equi­lí­bri­os pon­tu­a­dos em evo­lu­ção, mete­o­ro­lo­gia e psi­co­lo­gia com­por­ta­men­tal. Este últi­mo apli­ca­ria mate­má­ti­ca para ana­li­sar situ­a­ções de seques­tro ou refém.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no nas­ci­do na Ale­ma­nha Rolf Lan­dau­er. Ele é conhe­ci­do pela sua for­mu­la­ção do prin­cí­pio de Lan­dau­er sobre a ener­gia usa­da duran­te a ope­ra­ção de um com­pu­ta­dor. Sem­pre que a máqui­na é rei­ni­ci­a­da para outro cál­cu­lo, os bits são liber­ta­dos da memó­ria do com­pu­ta­dor e, nes­sa ope­ra­ção elec­tró­ni­ca, uma cer­ta quan­ti­da­de de ener­gia é per­di­da. Assim, quan­do a infor­ma­ção é apa­ga­da, há um ine­vi­tá­vel “cus­to ter­mo­di­nâ­mi­co do esque­ci­men­to”, que gover­na o desen­vol­vi­men­to de com­pu­ta­do­res mais efi­ci­en­tes em ter­mos de ener­gia. Enquan­to os enge­nhei­ros lida­vam com as limi­ta­ções prá­ti­cas de com­pac­tar cada vez mais cir­cui­tos em minús­cu­los chips, Lan­dau­er con­si­de­rou o limi­te teó­ri­co de que, se a tec­no­lo­gia melho­ras­se inde­fi­ni­da­men­te, em quan­to tem­po ela bar­ra­ria com as fron­tei­ras insu­pe­rá­veis esta­be­le­ci­das pela natureza?

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1943, o pio­nei­ro nor­te-ame­ri­ca­no da ciên­cia da com­pu­ta­ção Ken Thomp­son. Ele tra­ba­lhou na Bell Labs duran­te a mai­or par­te de sua car­rei­ra, onde pro­jec­tou e imple­men­tou o sis­te­ma ope­ra­ti­vo Unix ori­gi­nal. Ele tam­bém inven­tou a lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção B, a pre­de­ces­so­ra direc­ta da lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção C, e foi um dos cri­a­do­res do sis­te­ma ope­ra­ti­vo Plan 9. Des­de 2006, Thomp­son tra­ba­lha no Goo­gle, onde co-inven­tou a lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção Go. Outras con­tri­bui­ções notá­veis incluí­ram seu tra­ba­lho em expres­sões regu­la­res e pri­mei­ros edi­to­res de tex­to de com­pu­ta­dor QED e ed, a defi­ni­ção da codi­fi­ca­ção UTF‑8 e seu tra­ba­lho em xadrez de com­pu­ta­dor que incluiu a cri­a­ção de bases de mesa de final de jogo e a máqui­na de xadrez Bel­le. Ele ganhou o Pré­mio Turing em 1983 com seu cole­ga de lon­ga data Den­nis Ritchie.

E nes­ta sema­na que pas­sou, e depois de alguns adi­a­men­tos, a Spa­ceX lan­çou o fogue­tão SN9. A mis­são não teve o fim espe­ra­do uma vez que o fogue­tão explo­diu à ater­ra­gem ten­do o mes­mo final que o seu ante­ces­sor, o SN8. O fogue­tão de três moto­res voou até uma alti­tu­de de 10 qui­ló­me­tros, des­li­gan­do então os seus moto­res em sequên­cia enquan­to subia mais alto. De segui­da, come­çou uma lon­ga que­da de vol­ta à Ter­ra, como fez seu ante­ces­sor SN8 duran­te um voo de tes­te em Dezem­bro. Ao che­gar para ater­rar, o SN9 exe­cu­tou uma quei­ma final para se ori­en­tar ver­ti­cal­men­te, então deu-se a ater­ra­gem que foi vio­len­ta e não total­men­te ver­ti­cal, explo­din­do no impacto.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou, a Spa­ceX teve outra mis­são, esta sim com suces­so, colo­can­do mais 60 saté­li­tes Star­link usan­do um fogue­tão que bateu o recor­de de uti­li­za­ções con­se­guin­do ater­rar com suces­so. O fogue­tão Fal­con 9 de dois está­gi­os, fez um voo de cer­ca de 9 minu­tos, retor­nan­do à Ter­ra e ater­ran­do numa das bar­ca­ças que se encon­tra no oce­a­no Atlân­ti­co. A bar­ca­ça gigan­te “Of Cour­se I Still Love You,” é uma das duas que tem o tra­ba­lho de reco­lher os fogue­tões lan­ça­dos. Este foi o quin­to lan­ça­men­to des­te pri­mei­ro está­gio do Fal­con 9, que tinha voa­do pela últi­ma vez há ape­nas 27 dias — a reu­ti­li­za­ção mais rápi­da entre as mis­sões para qual­quer fogue­tão Spa­ceX. O lan­ça­men­to de hoje tam­bém foi o pri­mei­ro de duas des­co­la­gens Star­link qua­se con­se­cu­ti­vas; outros 60 saté­li­tes estão pro­gra­ma­dos para voar na manhã de sex­ta-fei­ra (5 de Feve­rei­ro) nou­tro Fal­con 9 diferente.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker.

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