Newsletter Nº279

Newsletter Nº279
News­let­ter Nº279

Faz hoje anos que nas­cia, em 1814, o Mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co James Joseph Syl­ves­ter. Ele, jun­ta­men­te com Arthur Cay­ley, fun­dou a teo­ria dos inva­ri­an­tes algé­bri­cos, coe­fi­ci­en­tes de equa­ção algé­bri­ca que per­ma­ne­cem inal­te­ra­dos quan­do os eixos coor­de­na­dos são trans­la­da­dos ou gira­dos. Syl­ves­ter fez um tra­ba­lho impor­tan­te na teo­ria da matriz, em par­ti­cu­lar, para estu­dar geo­me­tria dimen­si­o­nal supe­ri­or. Em 1851, ele des­co­briu o dis­cri­mi­nan­te de uma equa­ção cúbica.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1874, o geo­fí­si­co e mate­má­ti­co noru­e­guês Fre­drik Carl Mülertz Stør­mer. Ele ficou conhe­ci­do por desen­vol­ver uma teo­ria mate­má­ti­ca dos fenó­me­nos auro­rais. Uma auro­ra é a luz emi­ti­da por pro­tões e elec­trões ener­gé­ti­cos no topo da atmos­fe­ra da Ter­ra quan­do eles entram em con­tac­to com par­tí­cu­las do ven­to solar. Ele tam­bém con­tri­buiu com impor­tan­tes obser­va­ções foto­grá­fi­cas e dados mate­má­ti­cos para a com­pre­en­são da auro­ra polar, das nuvens estra­tos­fé­ri­cas e mesos­fé­ri­cas, e da estru­tu­ra da ionos­fe­ra. A des­co­ber­ta dos cin­tu­rões de radi­a­ção de Van Allen por James Van Allen con­fir­mou com sur­pre­en­den­te pre­ci­são a aná­li­se teó­ri­ca de Stør­mer das tra­jec­tó­ri­as de par­tí­cu­las car­re­ga­das com ener­gia solar no cam­po mag­né­ti­co da Terra.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1875, o enge­nhei­ro auto­mó­vel aus­tría­co Fer­di­nand Pors­che. Ele pro­jec­tou o popu­lar car­ro Volkswa­gen. Em 1900, como um jovem enge­nhei­ro e pilo­to de tes­tes, Pors­che tinha cri­a­do os moto­res do cubo da roda do Loh­ner-Pors­che Elec­tric Car expos­to na Expo­si­ção de Paris, tor­nan­do o nome Pors­che famo­so mun­di­al­men­te. Em 1935, a ideia de Adolph Hitler — o Caro­cha — foi pro­jec­ta­do por Pors­che. Hitler que­ria um car­ro cons­truí­do para as mas­sas. Em 1938, o pri­mei­ro Caro­cha foi con­cluí­do — pou­co antes da eclo­são da Segun­da Guer­ra Mun­di­al. O car­ro ofe­re­ceu tec­no­lo­gia ino­va­do­ra, incluin­do motor refri­ge­ra­do a ar, for­ma­to atí­pi­co, sem gra­de fron­tal e motor tra­sei­ro. Foi só em 1946 que o Volkswa­gen (cujo nome sig­ni­fi­ca “car­ro do povo”) entrou em pro­du­ção em série.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1883, o físi­co ame­ri­ca­no Harold DeFo­rest Arnold. As suas pes­qui­sas leva­ram ao desen­vol­vi­men­to da tele­fo­nia de lon­ga dis­tân­cia e da comu­ni­ca­ção por rádio. Ele tra­ba­lhou na Wes­tern Elec­tric em tubos ter­mi­ô­ni­cos, que ampli­fi­ca­vam os sinais de rádio e tele­fo­ne, levan­do à tele­fo­nia trans­con­ti­nen­tal (Julho de 1914). Mes­mo antes da linha inter­con­ti­nen­tal ser con­cluí­da, Arnold esta­va a diri­gir o tra­ba­lho no desen­vol­vi­men­to de novos tubos de alta potên­cia para esten­der o ser­vi­ço tele­fó­ni­co por rádio a outros con­ti­nen­tes. A pri­mei­ra demons­tra­ção inter­con­ti­nen­tal de tele­fo­ne por rádio (29 de Setem­bro de 1915) foi trans­mi­ti­da da cida­de de Nova York para Arling­ton, Vir­gí­nia, e depois para São Fran­cis­co e Honolulu.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1905, o físi­co ame­ri­ca­no Carl David Ander­son. Ele par­ti­lhou (com Vic­tor Fran­cis Hess da Áus­tria) o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1936 pela sua des­co­ber­ta do posi­trão, ou elec­trão posi­ti­vo, a pri­mei­ra par­tí­cu­la conhe­ci­da de anti­ma­té­ria. Ele exa­mi­nou as fotos de rai­os cós­mi­cos tira­das ao pas­sar por uma câma­ra de nuvem de Wil­son num cam­po mag­né­ti­co for­te. Além dos cami­nhos cur­vos dos elec­trões nega­ti­vos, ele encon­trou tam­bém cami­nhos que se des­vi­am na direc­ção opos­ta, cor­res­pon­den­do a par­tí­cu­las car­re­ga­das posi­ti­va­men­te — mas ten­do a mes­ma mas­sa de um elec­trão! Ante­ri­or­men­te, Dirac pre­viu tais par­tí­cu­las por solu­ção teó­ri­ca para equa­ções de cam­po elec­tro­mag­né­ti­co. Ander­son pos­te­ri­or­men­te des­co­briu a exis­tên­cia físi­ca do positrão.

À pre­ci­sa­men­te 44 anos a nave espa­ci­al Viking II pou­sou em Mar­te e tirou as pri­mei­ras fotos da sua super­fí­cie. A sua irmã gémea, a Viking I, foi a pri­mei­ra a che­gar à super­fí­cie de Mar­te a 20 de Julho de 1976. Cada son­da con­ti­nha ins­tru­men­tos que exa­mi­na­vam as pro­pri­e­da­des físi­cas e mag­né­ti­cas do solo; ana­li­sou a atmos­fe­ra e os padrões cli­má­ti­cos de Mar­te; e deter­mi­nou qual­quer evi­dên­cia de vida pas­sa­da ou pre­sen­te. Cada nave Viking, lan­ça­da den­tro do cone do nariz de um fogue­tão Titan Cen­taur, era com­pos­ta de duas par­tes: um orbi­ta­dor e um módu­lo de ater­ra­gem. O tra­ba­lho ini­ci­al do orbi­ta­dor era pes­qui­sar o pla­ne­ta em bus­ca de um local de pou­so ade­qua­do. Mais tar­de, os ins­tru­men­tos do orbi­ta­dor estu­da­ram o pla­ne­ta e sua atmos­fe­ra, enquan­to o orbi­ta­dor actu­ou como uma esta­ção de retrans­mis­são de rádio para trans­mi­tir dados da sonda.

Em 1752, o dia 3 de Setem­bro não exis­tiu na Grã-Bre­ta­nha, nem as 10 datas seguin­tes. O calen­dá­rio juli­a­no da era roma­na esta­va 11 dias fora de sin­cro­nia em rela­ção ao ciclo solar. A Bre­ta­nha e suas coló­ni­as ame­ri­ca­nas adop­ta­ram o calen­dá­rio gre­go­ri­a­no, que mudou a data des­te dia de 3 de Setem­bro para 14 de Setem­bro. As pes­so­as revol­ta­ram-se nas ruas pen­san­do que o gover­no tinha rou­ba­do 11 dias das suas vidas. Ins­ti­tuí­do pelo Papa Gre­gó­rio XIII em 1582, o calen­dá­rio tem 365 dias com um dia extra a cada qua­tro anos (o ano bis­sex­to), excep­to em anos divi­sí­veis por 100, mas não divi­sí­veis por 400. Assim, o ano civil tem uma dura­ção média de 365,2422 dias. Outros paí­ses demo­ra­ram bas­tan­te mais tem­po a mudar, fazen­do a mudan­ça ape­nas no sécu­lo XX. Em Por­tu­gal a mudan­ça foi fei­ta qua­se 200 anos antes.

Nes­ta sema­na que pas­sou a empre­sa de bio­tec­no­lo­gia Neu­ra­link fez uma apre­sen­ta­ção da sua tec­no­lo­gia de inter­fa­ce homem-máqui­na. O CEO da Tes­la e da Spa­ceX, Elon Musk fez uma apre­sen­ta­ção com direi­to a live-demo onde expli­cou as mais-vali­as da tec­no­lo­gia desen­vol­vi­da pela Neu­ra­link e mostrou‑a apli­ca­da a por­cos. A tec­no­lo­gia da Neu­ra­link, afir­ma o fun­da­dor, “com­bi­na­rá inte­li­gên­cia bio­ló­gi­ca com inte­li­gên­cia de máqui­na” e tal­vez nos aju­de a sobre­vi­ver ao apo­ca­lip­se da IA.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou o saté­li­te OGO‑1 — Orbi­ting Geophy­sics Obser­va­tory — lan­ça­do em 1964, saiu da sua órbi­ta para se des­pe­nhar con­tra a atmos­fe­ra da Ter­ra. Com cer­ca de 487Kg o saté­li­te foi o pri­mei­ro de uma série de cin­co mis­sões para aju­dar os cien­tis­tas a enten­der o ambi­en­te mag­né­ti­co a vol­ta da Ter­ra. Foi o ulti­mo a sair da sua órbi­ta. Des­de 1971 que já tinha sido descomissionado.

Nes­ta sema­na que pas­sou foram igual­men­te lan­ça­dos mais 60 saté­li­tes da cons­te­la­ção Star­link a bor­do de um fogue­tão da Spa­ceX e foi fei­to o lan­ça­men­to a par­tir da Gui­a­na Fran­ce­sa do fogue­tão Vega que trans­por­tou 53 saté­li­tes. Ope­ra­do pela ESA este é espe­ci­a­li­za­do em trans­por­tar saté­li­tes de peque­na dimen­são. O Vega trans­por­tou sete micros­sa­té­li­tes com peso de 15 a 150 kg, além de 46 Cube­Sat (saté­li­te de peque­nas dimen­sões), todos liber­ta­dos a cer­ca de 515 km e 530 km de alti­tu­de. O saté­li­te final foi lan­ça­do cer­ca de 104 minu­tos após a des­co­la­gem. Nes­tes saté­li­tes esta­vam os dois saté­li­tes da mis­são FSS­Cat — Sis­te­ma de Saté­li­tes Federados.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.

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