Newsletter Nº277

Newsletter Nº277
News­let­ter Nº277

Faz hoje anos que nas­cia, em 1779, o quí­mi­co sue­co Jons Jacob Ber­ze­lius. Ele esta­be­le­ceu as bases da quí­mi­ca moder­na. Entre suas con­tri­bui­ções estão a deter­mi­na­ção de pesos ató­mi­cos, a subs­ti­tui­ção de sig­nos alquí­mi­cos por letras para sím­bo­los quí­mi­cos e o uso de peque­nos núme­ros para indi­car pro­por­ções rela­ti­vas a fór­mu­la de um com­pos­to, novos méto­dos ana­lí­ti­cos e uma teo­ria elec­troquí­mi­ca. Ele des­co­briu o selé­nio e o tório e co-des­co­briu o cério. Os seus alu­nos iso­la­ram lítio (Johann Awfwed­sen), vaná­dio (Nils Sefs­trom) e vári­os ele­men­tos de ter­ras raras (Carl Mosan­der). Ber­ze­lius usou uma cor­ren­te eléc­tri­ca para deter­mi­nar que os sais podi­am ser divi­di­dos em par­tes posi­ti­vas e negativas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1957, o mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co Simon Donald­son. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1986 pelo seu tra­ba­lho em topo­lo­gia. Qua­se todo o seu tra­ba­lho se enqua­dra nas duas esfe­ras de geo­me­tria dife­ren­ci­al de fei­xes de vec­to­res holo­mór­fi­cos e apli­ca­ções da teo­ria de cali­bre para topo­lo­gia de 4 vari­e­da­des. Sur­pre­en­den­te­men­te, Donald­son resol­veu pro­ble­mas de mate­má­ti­ca usan­do idei­as da físi­ca (enquan­to a mai­o­ria da mate­má­ti­ca é geral­men­te apli­ca­da à físi­ca). A par­tir das gene­ra­li­za­ções de Yang-Mills das equa­ções elec­tro­mag­né­ti­cas de James Clerk Maxwell, Donald­son usou solu­ções espe­ci­ais para essas equa­ções, cha­ma­das ins­tan­tons, para exa­mi­nar as qua­tro vari­e­da­des gerais. Depois de rece­ber a Meda­lha Fields, Donald­son con­ti­nu­ou sua explo­ra­ção de idei­as da físi­ca com apli­ca­ções à matemática.

E nes­ta sema­na que pas­sou, o Zwicky Tran­si­ent Faci­lity (ZTF), uma câma­ra de pes­qui­sa robó­ti­ca loca­li­za­da no Obser­va­tó­rio Palo­mar per­to de San Die­go, avis­tou um aste­rói­de que tinha, pou­cas horas antes, via­ja­do ape­nas 2.950 qui­ló­me­tros aci­ma da super­fí­cie da Ter­ra. Desig­na­do por 2020 QG, é o aste­rói­de conhe­ci­do que mais pró­xi­mo pas­sou pela Ter­ra sem cho­car com o pla­ne­ta. O Aste­rói­de 2020 QG tem cer­ca de 3 a 6 metros de diâ­me­tro, e como tal não era gran­de o sufi­ci­en­te para cau­sar qual­quer dano, mes­mo se tives­se vin­do na direc­ção da Ter­ra; a nos­sa atmos­fe­ra tra­ta­ria de o queimar.

Tam­bém esta sema­na que pas­sou, cien­tis­tas resol­ve­ram um pro­ble­ma anti­go de cal­cu­lar em que medi­da a nos­sa lua se está a afas­tar da Ter­ra. A Lua afas­ta-se sen­si­vel­men­te qua­tro cen­tí­me­tros da Ter­ra por ano. Duran­te déca­das, os cien­tis­tas medi­ram o recuo da lua dis­pa­ran­do um laser con­tra pai­néis reflec­to­res de luz, conhe­ci­dos como retro-reflec­to­res, que foram dei­xa­dos na super­fí­cie lunar, e cro­no­me­tran­do a via­gem de ida e vol­ta da luz. Mas os cin­co retro-reflec­to­res da lua são anti­gos e ago­ra são mui­to menos efi­ci­en­tes a lan­çar a luz de vol­ta. Para deter­mi­nar se uma cama­da de poei­ra lunar pode ser a cul­pa­da, os inves­ti­ga­do­res desen­vol­ve­ram um pla­no auda­ci­o­so: eles lan­ça­ram a luz laser de um retro-reflec­tor mui­to menor, mas mais recen­te, mon­ta­do a bor­do de uma nave espa­ci­al da NASA que esta­va a des­li­zar sobre a super­fí­cie da lua a milha­res de qui­ló­me­tros por hora. E fun­ci­o­nou. Os resul­ta­dos foram publi­ca­dos este mês na revis­ta Earth, Pla­nets and Space.

Ain­da esta sema­na a Cere­bras anun­ci­ou um novo recor­de para pro­ces­sa­do­res. Foi anun­ci­a­do o novo CWSE (Cere­bras Wafer Sca­le Engi­ne) usan­do tec­no­lo­gia de 7 nm e pro­du­zi­do pela TSMC ele tem 850,000 cores opti­mi­za­dos para IA, com 2.6 Biliões de Transístores.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne Nº34 de Setem­bro assim como alguns livros.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.