Faz hoje anos que nascia, em 1864, o físico alemão Walther Nernst. Ele foi um dos fundadores da química moderna. Em 1889, ele desenvolveu a sua teoria do potencial eléctrico e condução de soluções electrolíticas (a Equação de Nernst) e introduziu o produto de solubilidade para explicar as reacções de precipitação. Em 1906, Nernst mostrou que é possível determinar a constante de equilíbrio para uma reacção química a partir de dados térmicos e, ao fazê-lo, formulou o que ele próprio chamava de terceira lei da termodinâmica. Isto afirma que a entropia (uma medida termodinâmica de desordem em um sistema) aproxima-se de zero à medida que a temperatura vai em direcção ao zero absoluto. Por isto, ele recebeu o Prémio Nobel de 1920 em Química. Em 1918, ele explicou a explosão do H2-Cl2 na exposição à luz como uma reacção em cadeia do átomo.
Faz também hoje anos que nascia, em 1894, o cientista alemão Hermann Oberth. Ele era um dos três fundadores do voo espacial (com Tsiolkovsky e Goddard). Após uma lesão na Primeira Guerra Mundial, ele elaborou uma proposta para um foguete de longo alcance, propulsor líquido, que o Ministério da Guerra considerou fantasioso. Até a dissertação sobre o seu projecto de foguete foi rejeitada pela Universidade de Heidelberg. Quando o publicou como Die Rakete zu den Planetenräumen (1923; “O foguete para o espaço interplanetário”), ele ganhou reconhecimento pela sua análise matemática da velocidade do foguete que lhe permitiria escapar da atracção gravitacional da Terra. Ele recebeu uma patente romena em 1931 por um projecto de foguete com propulsor líquido. O seu primeiro foguete foi lançado em 7 de maio de 1931, perto de Berlim.
Por fim, faz hoje anos que nascia, em 1907, o físico alemão J. Hans D. Jensen. Ele propôs a teoria da estrutura nuclear dos núcleos — protões e neutrões — agrupados em camadas semelhantes a cebolas de conchas concêntricas. Ele sugeriu que os núcleos giravam em seu próprio eixo enquanto se moviam numa órbita dentro da concha e que certos padrões no número de núcleos por concha tornavam o núcleo mais estável. Os cientistas já sabiam que os electrões que orbitam o núcleo estavam dispostos em diferentes camadas. Pelo seu modelo do núcleo, Jensen partilhou o Prémio Nobel de 1963 em física (com Maria Goeppert-Mayer, que chegou à mesma hipótese de forma independente nos EUA; e Eugene P. Wigner, por trabalhos não relacionados.) Nos anos 50, Jensen trabalhou em radioactividade.
Nesta semana que passou foi anunciado o supercomputador Japonês Fugaku, que está a ser desenvolvido em conjunto pela RIKEN e Fujitsu Limited, ocupou o primeiro lugar na lista Top500, um ranking dos supercomputadores mais rápidos do mundo. Ele também limpou os outros rankings de desempenho de supercomputadores, ocupando o primeiro lugar no HPCG, um ranking de supercomputadores executando aplicações do mundo real, o HPL-AI, que classifica os supercomputadores com base nos seus recursos de desempenho para tarefas tipicamente usadas em aplicativos de inteligência artificial e Graph 500, que classifica os sistemas com base em cargas com uso intenso de dados. É a primeira vez na história que o mesmo supercomputador se torna o número 1 no Top500, HPCG e Graph500 simultaneamente. Este supercomputador é baseado em tecnologia ARM A64FX com 48 Cores a 2.2 GHz da Fujitsu e tem 7.299.072 CPU cores. Em termos de capacidade de processamento tem 415 Petaflops podendo atingir um máximo de 513 PetaFlops e tem disponível 4.87PB de RAM. Para funcionar consome uns estrondosos 28MW de energia. Ele usa o sistema operativo Red Hat Enterprise Linux. Por comparação com o anterior primeiro colocado — o Summit da IBM — este tinha “apenas” 148-PFLOPS de capacidade de calculo e consumia “apenas” 10MW.
Na Newsletter desta semana apresentamos diversas noticias, artigos científicos assim como projetos de maker. São apresentadas as revistas MagPI Nº 95 de Julho e newselectronics de 23 de Junho.
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