Newsletter Nº228

Newsletter Nº228
News­let­ter Nº228

Faz hoje anos que nas­cia, em 1812, Richard Mar­ch Hoe. Este Inven­tor ame­ri­ca­no desen­vol­veu e fabri­cou a pri­mei­ra pren­sa rota­ti­va de suces­so em 1846. Um cilin­dro rolou sobre pla­cas fixas com tin­ta e pro­vo­ca uma impres­são no papel. Isto eli­mi­nou a neces­si­da­de de fazer impres­sões direc­ta­men­te das pró­pri­as pla­cas, que eram pesa­das e difí­ceis de mano­brar. Ao girar cons­tan­te­men­te em ape­nas uma direc­ção, a impres­so­ra rota­ti­va Hoe aumen­tou o núme­ro de pági­nas que podi­am ser impres­sas por hora.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1818, Richard Jor­dan Gatling. Este inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no, tem na metra­lha­do­ra Gatling (1861) a pri­mei­ra metra­lha­do­ra bem-suce­di­da, um dese­nho com múl­ti­plos canos de acci­o­na­men­to rápi­do com mani­ve­la que com­bi­na fia­bi­li­da­de, alta taxa de dis­pa­ro e faci­li­da­de de car­re­ga­men­to num úni­co dis­po­si­ti­vo. O seu pai tam­bém foi um inven­tor e, quan­do jovem, Richard ajudou‑o a cri­ar máqui­nas para seme­ar e des­bas­te de algo­dão. Em 1839, ele pro­jec­tou uma héli­ce de para­fu­so para bar­cos a vapor, mas des­co­briu que uma simi­lar já tinha sido paten­te­a­da ante­ri­or­men­te. Des­de 1844, ele con­ti­nu­ou a inven­tar máqui­nas agrí­co­las, incluin­do uma para plan­tar grãos, como arroz e tri­go (adap­ta­do da máqui­na de seme­ar algo­dão); uma máqui­na de que­brar o cânha­mo (1850); e um ara­do a vapor (1857). A eclo­são da Guer­ra Civil Ame­ri­ca­na levou‑o a pro­je­tar armas de fogo (1861).

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1897 — Irè­ne Joli­ot-Curie. Esta físi­ca fran­ce­sa, espo­sa de Fré­dé­ric Joli­ot-Curie, par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1935 “em reco­nhe­ci­men­to à sín­te­se de novos ele­men­tos radi­o­ac­ti­vos”. Por exem­plo, na suas pes­qui­sas con­jun­tas, eles des­co­bri­ram que áto­mos de alu­mí­nio expos­tos a rai­os alfa trans­for­ma­vam-se em áto­mos de fós­fo­ro radi­o­ac­ti­vo. Ela era filha dos ven­ce­do­res do Pré­mio Nobel Pier­re e Marie Curie. Des­de 1946, ela foi direc­to­ra do Radium Ins­ti­tu­te, Paris, fun­da­da por sua mãe. Ela mor­reu de leu­ce­mia, como sua mãe, resul­tan­te da expo­si­ção à radi­a­ção duran­te a pesquisa.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1900, Has­kell Cur­ry. Este mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no foi pio­nei­ro da lógi­ca mate­má­ti­ca moder­na. A sua pes­qui­sa nos fun­da­men­tos da mate­má­ti­ca levou‑o ao desen­vol­vi­men­to da lógi­ca com­bi­na­tó­ria. Mais tar­de, este tra­ba­lho semi­nal encon­trou apli­ca­ção sig­ni­fi­ca­ti­va na ciên­cia da com­pu­ta­ção, espe­ci­al­men­te no dese­nho de lin­gua­gens de pro­gra­ma­ção. Cur­ry tra­ba­lhou no pri­mei­ro com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co, cha­ma­do ENIAC, duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Ele tam­bém for­mu­lou um cál­cu­lo lógi­co usan­do regras infe­ren­ci­ais. Em 1942, ele publi­cou o para­do­xo de Cur­ry, que ocor­re na teo­ria dos con­jun­tos ou na lógi­ca ingé­nua, e per­mi­te a deri­va­ção de uma sen­ten­ça arbi­trá­ria de uma sen­ten­ça auto-refe­ren­te e de algu­mas regras de dedu­ção lógi­ca apa­ren­te­men­te inócuas.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que os pla­nos da Índia de ser a 5a potên­cia a colo­car um objec­to fei­to pelo Homem na Lua falha­ram. Embo­ra a son­da Vikram tenha ater­ra­do na super­fí­cie lunar, não foi até ao momen­to pos­sí­vel esta­be­le­cer con­tac­to com a mes­ma. De acor­do com a Agên­cia Espa­ci­al Indi­a­na, ISRO, a des­ci­da da son­da pros­se­guiu nor­mal­men­te até uma alti­tu­de de 2,1 km aci­ma da Lua. Após esse perío­do, a comu­ni­ca­ção foi per­di­da com a nave-espa­ci­al. Os dados da des­ci­da serão ana­li­sa­dos para ava­li­ar melhor o que de erra­do acon­te­ceu com a ten­ta­ti­va de aterragem.

Tam­bém esta sema­na que pas­sou foi anun­ci­a­do que o inves­ti­ga­dor mate­má­ti­co Drew Suther­land aju­dou a resol­ver o que­bra-cabe­ça de soma de três cubos há déca­das, com a aju­da do “The Hit­chhi­ker’s Gui­de to the Galaxy.”. Uma equi­pa lide­ra­da por Andrew Suther­land, do MIT, e Andrew Boo­ker, da Uni­ver­si­da­de de Bris­tol, resol­veu a peça final de um famo­so que­bra-cabe­ça de mate­má­ti­ca de 65 anos com uma res­pos­ta para o núme­ro mais esqui­vo de todos: 42.

O núme­ro 42 é espe­ci­al­men­te impor­tan­te para os fãs do “The Hit­chhi­ker’s Gui­de to the Galaxy”, do escri­tor Dou­glas Adams, por­que esse núme­ro é a res­pos­ta dada por um super­com­pu­ta­dor à “Ques­tão Final da Vida, do Uni­ver­so e de Tudo”. Boo­ker tam­bém que­ria saber a res­pos­ta para 42. Ou seja, exis­tem três cubos cuja soma é 42?
Esta soma de três cubos, ini­ci­a­da em 1954 na Uni­ver­si­da­de de Cam­brid­ge e conhe­ci­da como Equa­ção Dio­fan­ti­na x^3 + y^3 + z^3 = k, desa­fi­ou os mate­má­ti­cos a encon­trar solu­ções para os núme­ros de 1 a 100. Com núme­ros meno­res, esse tipo de equa­ção é mais fácil de resol­ver: por exem­plo, 29 podem ser escri­tos como 33 + 13 + 13, enquan­to 32 é inso­lú­vel. Todos foram final­men­te resol­vi­dos, ou pro­va­dos inso­lú­veis, usan­do vári­as téc­ni­cas e super­com­pu­ta­do­res, excep­to por dois núme­ros: 33 e 42.
Foi atra­vés do uso da rede Cha­rity Engi­ne que Suther­land e Boo­ker exe­cu­ta­ram os cál­cu­los por vári­os meses, mas a exe­cu­ção final bem-suce­di­da foi con­cluí­da à ape­nas algu­mas sema­nas. Quan­do o email do Cha­rity Engi­ne che­gou, ele for­ne­ceu a pri­mei­ra solu­ção para x^3 + y^3 + z^3 = 42:

42 = (-80538738812075974)^3 + 80435758145817515^3 + 12602123297335631^3

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do tam­bém um livro sobre “Com­pe­ti­ti­ve Programmer”.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.