Newsletter Nº215

Newsletter Nº215
News­let­ter Nº215

Faz hoje anos que nas­cia, em 1773, Tho­mas Young. Este físi­co e egip­tó­lo­go inglês refor­çou a teo­ria ondu­la­tó­ria da luz com seu estu­do da inter­fe­rên­cia da luz. Como estu­dan­te de medi­ci­na, des­co­briu como a for­ma das len­tes do olho mudam para se foca­rem. Em 1801, ele reco­nhe­ceu a cau­sa do estig­ma­tis­mo. Young demons­trou a natu­re­za ondu­la­tó­ria da luz, pola­ri­za­ção de luz, fran­jas de inter­fe­rên­cia e expli­cou as cores vis­tas em cama­das finas, como bolhas de sabão. Ele asso­ci­a­va o com­pri­men­to de onda com a cor da luz e a per­cep­ção do olho de qual­quer cor como uma mis­tu­ra de ver­me­lho, azul e ver­de. O módu­lo de Young é o nome dados decor­ren­te do seu tra­ba­lho com elas­ti­ci­da­de. Ele tam­bém tra­ba­lhou medin­do o tama­nho das molé­cu­las, a ten­são super­fi­ci­al do líqui­do. Ele tam­bém foi um egip­tó­lo­go que aju­dou a deci­frar a Pedra de Roseta.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1831, James Clerk Maxwell. Este físi­co e mate­má­ti­co esco­cês fez pes­qui­sas que uni­ram elec­tri­ci­da­de e mag­ne­tis­mo ao con­cei­to do cam­po elec­tro­mag­né­ti­co. Em Lon­dres, por vol­ta de 1862, Maxwell cal­cu­lou que a velo­ci­da­de de pro­pa­ga­ção de um cam­po elec­tro­mag­né­ti­co é apro­xi­ma­da­men­te a velo­ci­da­de da luz. Ele propôs que o fenó­me­no da luz é, por­tan­to, um fenó­me­no elec­tro­mag­né­ti­co. As qua­tro equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais, ago­ra conhe­ci­das como equa­ções de Maxwell, apa­re­ce­ram pela pri­mei­ra vez em for­ma total­men­te desen­vol­vi­da em Elec­tri­city and Mag­ne­tism (1873). Ele mor­reu rela­ti­va­men­te jovem; Algu­mas das teo­ri­as que ele avan­çou em físi­ca só foram con­clu­si­va­men­te pro­va­das mui­to depois de sua mor­te. As idei­as de Maxwell tam­bém abri­ram o cami­nho para a teo­ria da rela­ti­vi­da­de espe­ci­al de Eins­tein e a teo­ria quântica.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1854, Char­les Alger­non Par­sons. Este enge­nhei­ro bri­tâ­ni­co inven­tou uma tur­bi­na a vapor de múl­ti­plos está­gi­os que revo­lu­ci­o­nou a pro­pul­são marí­ti­ma (1884). Cada está­gio foi pro­jec­ta­do para con­tro­lar e maxi­mi­zar a potên­cia for­ne­ci­da. Em 1891, ele pro­jec­tou a sua tur­bi­na com um con­den­sa­dor para ali­men­tar dína­mos em esta­ções gera­do­ras eléc­tri­cas. Em 1897, usan­do a sua tur­bi­na para ali­men­tar seu navio de 100 pés Tur­bi­nia, ele alcan­çou 35 nós. O pri­mei­ro navio a ser impul­si­o­na­do por tur­bi­nas, com sua incrí­vel velo­ci­da­de, levou à cons­tru­ção de mui­tos navi­os de guer­ra movi­dos a tur­bi­na para a mari­nha bri­tâ­ni­ca. Ele melho­rou ain­da mais a efi­ci­ên­cia com um redu­tor mecâ­ni­co para ligar o motor às héli­ces. Par­sons tam­bém inven­tou um dis­po­si­ti­vo para melho­rar os fonó­gra­fos, foi pio­nei­ro na avi­a­ção e pro­du­ziu um dis­po­si­ti­vo anti­der­ra­pan­te para pneus de automóveis.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1903 — Wil­lard Har­ri­son Ben­nett. Este físi­co nor­te-ame­ri­ca­no des­co­briu, em 1934, o efei­to de pin­ça, um pro­ces­so elec­tro­mag­né­ti­co que pode ofe­re­cer uma manei­ra de con­fi­nar mag­ne­ti­ca­men­te um plas­ma a tem­pe­ra­tu­ras altas o sufi­ci­en­te para que ocor­ram reac­ções con­tro­la­das de fusão nucle­ar. Ele propôs em 1936 o ace­le­ra­dor Van de Gra­aff, que mais tar­de se tor­nou ampla­men­te uti­li­za­do na pes­qui­sa nucle­ar. Ele inven­tou um espec­tró­me­tro de mas­sa de radi­o­frequên­cia, desen­vol­vi­do em 1955. Como não exi­gia nenhum íman pesa­do, foi o pri­mei­ro lan­ça­do ao espa­ço para medir as mas­sas de áto­mos. O Sput­nik III levou o pri­mei­ro espec­tró­me­tro de mas­sa R‑F para o espa­ço. Foi o úni­co ins­tru­men­to espa­ci­al usa­do pelos rus­sos e cre­di­ta­do a um inven­tor ame­ri­ca­no nas suas pró­pri­as publi­ca­ções em lín­gua russa.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­ci­am, em 1911, Erwin Wilhelm Mül­ler e Luis Wal­ter Alva­rez. O pri­mei­ro foi um físi­co ger­ma­no-ame­ri­ca­no que inven­tou o micros­có­pio de emis­são de cam­po (FIM), que for­ne­ceu ampli­a­ções supe­ri­o­res a um milhão. Pela pri­mei­ra vez, foi pos­sí­vel tirar fotos de áto­mos indi­vi­du­ais. Ima­gens das estru­tu­ras ató­mi­cas do tungs­té­nio foram publi­ca­das pela pri­mei­ra vez em 1951 na revis­ta Zeits­ch­rift für Phy­sik. Na MIF, uma vol­ta­gem de cer­ca de 10kV é apli­ca­da a uma pon­ta de metal afi­a­da, arre­fe­ci­da abai­xo de 50 kel­vin numa atmos­fe­ra de hélio de bai­xa pres­são. Áto­mos de gás são ioni­za­dos pelo for­te cam­po eléc­tri­co na vizi­nhan­ça da pon­ta e repe­li­dos per­pen­di­cu­lar­men­te à super­fí­cie da pon­ta. Um detec­tor dese­nha a dis­tri­bui­ção espa­ci­al des­ses iões, dan­do uma ampli­a­ção da cur­va­tu­ra da super­fí­cie. O segun­do foi um físi­co ame­ri­ca­no que rece­beu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1968 pelo tra­ba­lho que incluiu a des­co­ber­ta de mui­tas par­tí­cu­las de res­so­nân­cia (par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas ten­do vidas extre­ma­men­te cur­tas e ocor­ren­do ape­nas em coli­sões nucle­a­res de alta ener­gia). Alva­rez inven­tou uma dis­tân­cia de rádio e um indi­ca­dor de direc­ção. Duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, ele pro­jec­tou um sis­te­ma de pou­so para aero­na­ves e um sis­te­ma de radar para loca­li­zar aviões. Ele par­ti­ci­pou do desen­vol­vi­men­to da bom­ba ató­mi­ca no Labo­ra­tó­rio Cien­tí­fi­co de Los Ala­mos (1944–45). Ele suge­riu a téc­ni­ca para deto­nar o tipo de implo­são de bom­ba ató­mi­ca. Mais tar­de, ele aju­dou a desen­vol­ver a câma­ra de bolhas de hidro­gé­nio, usa­da para detec­tar par­tí­cu­las suba­tó­mi­cas. Esta pes­qui­sa levou à des­co­ber­ta de mais de 70 par­tí­cu­las ele­men­ta­res e resul­tou numa gran­de revi­são das teo­ri­as nucleares.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1928, John For­bes Nash Jr.. Este mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no fez con­tri­bui­ções fun­da­men­tais para a teo­ria dos jogos, geo­me­tria dife­ren­ci­al e o estu­do de equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais. O tra­ba­lho de Nash for­ne­ceu deta­lhes sobre os fac­to­res que gover­nam o aca­so e a toma­da de deci­sões den­tro de sis­te­mas com­ple­xos encon­tra­dos na vida quo­ti­di­a­na. As suas teo­ri­as são ampla­men­te uti­li­za­das na eco­no­mia. Actu­an­do como Mate­má­ti­co de Pes­qui­sa Séni­or na Uni­ver­si­da­de de Prin­ce­ton duran­te a par­te pos­te­ri­or de sua vida, ele repar­tiu o Pré­mio Nobel de 1994 em Ciên­ci­as Eco­nó­mi­cas com os teó­ri­cos dos jogos Rei­nhard Sel­ten e John Har­sanyi. Em 2015, ele tam­bém divi­diu o Pré­mio Abel com Louis Niren­berg por seu tra­ba­lho sobre equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais não-line­a­res. John Nash é a úni­ca pes­soa a rece­ber o Pré­mio Nobel em Ciên­ci­as Eco­nó­mi­cas e o Pré­mio Abel.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a Spa­ceX lan­çou com suces­so três saté­li­tes Cana­di­a­nos RADARSAT (RCM). O Fogue­tão Falcon‑9 foi lan­ça­do e após a sua mis­são vol­tou à Ter­ra ten­do sido recu­pe­ra­do com suces­so. Os três saté­li­tes lan­ça­dos são do tipo C‑Band SAR (Radar de Aber­tu­ra Sin­té­ti­ca) para obser­va­ção ter­res­tre. De entre as mis­sões des­tes saté­li­tes o RCM for­ne­ce­rão revi­si­tas diá­ri­as ao vas­to ter­ri­tó­rio e abor­da­gens marí­ti­mas do Cana­dá, incluin­do o Árc­ti­co, até 4 vezes por dia, bem como aces­so diá­rio a qual­quer pon­to de 90% da super­fí­cie da Ter­ra. Estes saté­li­tes irão subs­ti­tuir os RADARSAT‑2, lan­ça­dos em 2007.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D. É apre­sen­ta­do manu­al de ope­ra­ção do com­pu­ta­dor ENIAC.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.