Newsletter Nº211

Newsletter Nº211
News­let­ter Nº211

Faz hoje anos que nas­cia, em 1763, Louis Nico­las Vau­que­lin. Este quí­mi­co fran­cês ficou conhe­ci­do por ter des­co­ber­to os ele­men­tos cró­mio (1797) e berí­lio (1798).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1821, Paf­nuty Chebyshev. Este mate­má­ti­co rus­so fun­dou a esco­la mate­má­ti­ca de São Peters­bur­go, e que é lem­bra­do prin­ci­pal­men­te pelo seu tra­ba­lho sobre a teo­ria dos núme­ros pri­mos, incluin­do a deter­mi­na­ção do núme­ro de pri­mos não exce­den­do um deter­mi­na­do núme­ro. Ele escre­veu sobre mui­tos assun­tos, incluin­do a teo­ria das con­gruên­ci­as em 1849, teo­ria da pro­ba­bi­li­da­de, for­mas qua­drá­ti­cas, fun­ções orto­go­nais, a teo­ria das inte­grais, a cons­tru­ção de mapas e o cál­cu­lo de volu­mes geo­mé­tri­cos. Chebyshev tam­bém esta­va inte­res­sa­do em mecâ­ni­ca e estu­dou os pro­ble­mas envol­vi­dos na con­ver­são de movi­men­to rota­ti­vo em movi­men­to rec­ti­lí­neo por aco­pla­men­to mecâ­ni­co. O movi­men­to para­le­lo de Chebyshev é for­ma­do por três bar­ras inter­li­ga­das, apro­xi­man­do-se do movi­men­to rectilíneo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1831, David Edward Hughes. Este inven­tor anglo-ame­ri­ca­no do micro­fo­ne de car­bo­no, que foi uma con­tri­bui­ção sig­ni­fi­ca­ti­va para a tele­fo­nia. A sua famí­lia emi­grou para os EUA quan­do ele tinha sete anos. Em 1855, foi-lhe atri­buí­da uma paten­te dos EUA para o pri­mei­ro sis­te­ma de telé­gra­fo impres­so de tex­to no envio e na recep­ção, com um códi­go alfa­bé­ti­co espe­ci­al, con­for­me exi­gi­do pelo códi­go Mor­se. Foi pro­du­zi­do antes mes­mo que a máqui­na de escre­ver fos­se inven­ta­da. Além dis­so, o micro­fo­ne de con­tac­to sol­to da Hughes, inven­ta­do em 1878, foi o pre­cur­sor dos vári­os micro­fo­nes de car­bo­no actu­al­men­te em uso. Ele tam­bém inven­tou o equi­lí­brio de indu­ção e tra­ba­lhou com a teo­ria do magnetismo.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1861, Irving Wight­man Col­burn. Este inven­tor e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no é res­pon­sá­vel pela cri­a­ção do pro­ces­so de fabri­ca­ção de folhas con­tí­nu­as de vidro pla­no que tor­nou pos­sí­vel a pro­du­ção em mas­sa de vidro para jane­las. Col­burn come­çou suas expe­ri­ên­ci­as em 1899, que resul­ta­ram na sua paten­te para uma máqui­na de dese­nho de cha­pa de vidro em 25 de mar­ço de 1902. Ele for­mou a Col­burn Machi­ne Glass Co. em Agos­to de 1906, ins­ta­lou máqui­nas de dese­nho em duas fábri­cas em 1908, mas faliu em 1911 antes da tec­no­lo­gia ser aper­fei­ço­a­da. A Tole­do Glass Com­pany com­prou as paten­tes de Col­burn em 1912 e contratou‑o logo de segui­da. Ele come­çou a refi­nar o pro­ces­so na fábri­ca expe­ri­men­tal da Tole­do Glass, onde o seu pri­mei­ro dese­nho de folhas de vidro ocor­reu a 25 de Novem­bro de 1913. Pos­te­ri­or­men­te, a empre­sa foi orga­ni­za­da como a Lib­bey-Owens She­et Glass Com­pany em 1916. Col­burn mor­reu no ano seguin­te antes de poder ver o suces­so total do seu processo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1934, Roy Kerr. Este mate­má­ti­co neo­ze­lan­dês resol­veu (1963) as equa­ções de cam­po da rela­ti­vi­da­de geral de Eins­tein para des­cre­ver os bura­cos negros rota­ti­vos, for­ne­cen­do assim uma impor­tan­te con­tri­bui­ção para o cam­po da astro­fí­si­ca. Ele dedu­ziu uma famí­lia úni­ca de solu­ções de dois parâ­me­tros que des­cre­ve o espa­ço-tem­po em tor­no dos bura­cos negros em Julho de 1963. Os dois parâ­me­tros são a mas­sa do bura­co negro e o momen­to angu­lar do bura­co negro. (A solu­ção está­ti­ca, com momen­to angu­lar zero, foi des­co­ber­ta por Karl Schwarzs­child em Dezem­bro de 1915.) Os bura­cos negros rota­ti­vos são fre­quen­te­men­te cha­ma­dos de Bura­cos Negros de Kerr. Ele mos­trou que exis­te uma região seme­lhan­te a um vór­ti­ce fora do hori­zon­te de even­tos, cha­ma­da de região ergo, que arras­ta o espa­ço e o tem­po com o bura­co negro em rotação.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1950, Georg Bed­norz. Este Físi­co ale­mão par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca de 1987 (com Karl Alex Mül­ler) pela des­co­ber­ta con­jun­ta de super­con­du­ti­vi­da­de numa nova clas­se de mate­ri­ais a tem­pe­ra­tu­ras mais altas do que se pen­sa­va ante­ri­or­men­te. Eles sur­pre­en­de­ram o mun­do apre­sen­tan­do a super­con­du­ti­vi­da­de num mate­ri­al cerâ­mi­co em cama­das a uma tem­pe­ra­tu­ra de 33 Kel­vin (33 graus aci­ma do zero abso­lu­to, ou cer­ca de ‑460 graus Fah­re­nheit). A sua des­co­ber­ta desen­ca­de­ou uma ava­lan­che de pes­qui­sas em todo o mun­do sobre mate­ri­ais rela­ci­o­na­dos que ren­de­ram deze­nas de novos super-con­du­to­res, che­gan­do a uma tem­pe­ra­tu­ra de tran­si­ção de 135 Kel­vin. Hoje, ele desen­vol­ve com­pos­tos de óxi­dos com­ple­xos com novas estru­tu­ras de cris­tal para pos­sí­veis usos em micro-electrónica.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi tor­na­da publi­ca mais uma falha de segu­ran­ça que afec­ta qua­se todos os pro­ces­sa­do­res da Intel des­de 2011. “Zom­bi­e­Lo­ad”, como é cha­ma­do, é um ata­que de canal late­ral pos­sí­vel nos chips da Intel, per­mi­tin­do que os hac­kers explo­rem efec­ti­va­men­te falhas de dese­nho em vez de injec­tar códi­go mali­ci­o­so. A Intel infor­mou que o Zom­bi­e­Lo­ad é com­pos­to de qua­tro bugs, que os inves­ti­ga­do­res repor­ta­ram ao fabri­can­te de chips há ape­nas um mês. Qua­se todos os com­pu­ta­do­res com chips da Intel data­dos de 2011 são afec­ta­dos pelas vulnerabilidades.

Tam­bém esta sema­na ficá­mos a saber que o MRO da NASA con­cluiu 60.000 via­gens em tor­no de Mar­te. O Mars Recon­nais­san­ce Orbi­ter da NASA entrou em órbi­ta a 10 de Mar­ço de 2006, e tem reco­lhi­do infor­ma­ção diá­ria sobre a super­fí­cie e a atmos­fe­ra do pla­ne­ta, incluin­do visu­a­li­za­ções deta­lha­das com sua câma­ra de expe­ri­ên­ci­as cien­tí­fi­cas de ima­gens de alta reso­lu­ção (HiRI­SE). O HiRI­SE é pode­ro­so o sufi­ci­en­te para ver carac­te­rís­ti­cas da super­fí­cie do tama­nho de uma mesa de jan­tar a cer­ca de 480 qui­ló­me­tros aci­ma da superfície.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. É apre­sen­ta­da a revis­ta newe­lec­tro­nics de 14 de Maio, um livro sobre Kotlin e outro livro sobre Python.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.