Newsletter Nº205

Newsletter Nº205
News­let­ter Nº205

Faz hoje anos que nas­cia, em 1821, Linus Yale Jr.. Este inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no e fabri­can­te de fecha­du­ras, ficou conhe­ci­do pela sua inven­ção da fecha­du­ra de cilin­dro conhe­ci­da por seu nome. O seu pri­mei­ro negó­cio de fecha­du­ras, esta­be­le­ci­do em Shel­bur­ne Falls, Mas­sa­chu­setts (iní­cio da déca­da de 1840), come­çou com a pro­du­ção de fecha­du­ras ban­cá­ri­as, como a Yale Infal­li­ble Bank Lock (1851). Ele intro­du­ziu o blo­queio de com­bi­na­ção (c.1862). O seu conhe­ci­men­to espe­ci­a­li­za­do deu-lhe fama por poder abrir as fecha­du­ras “invi­o­lá­veis” dos seus con­cor­ren­tes. Ele paten­te­ou pela pri­mei­ra vez a fecha­du­ra da por­ta do cilin­dro do tam­bor em 1861. O seu mode­lo apri­mo­ra­do de 1865 con­ti­nua a ser um pro­jec­to segu­ro usa­do nas fecha­du­ras de Yale de hoje. Ele come­çou a pro­du­ção em mas­sa des­te tipo de tran­ca, e com par­cei­ros, fun­dou a Yale Lock Manu­fac­tu­ring Co. no últi­mo ano de sua vida (1868).

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1823, Carl Wilhelm Sie­mens. Este enge­nhei­ro e inven­tor ger­ma­no-inglês inven­tou o “sis­te­ma rege­ne­ra­ti­vo” de uso de gases resi­du­ais para pré-aque­cer gases com­bus­tí­veis, para o for­no aber­to usa­do na fabri­ca­ção de aço. Ele tam­bém foi impor­tan­te na indús­tria tele­grá­fi­ca, pio­nei­ra no cabo sub­ma­ri­no. Ele aju­dou na enge­nha­ria da linha tele­grá­fi­ca de Lon­dres-Cal­cu­tá (1869), uma con­quis­ta mar­can­te nas comu­ni­ca­ções. O seu nome no nas­ci­men­to foi Carl Wilhelm Sie­mens, o irmão mais novo de Ernst Wer­ner Sie­mens (mais tar­de conhe­ci­do como Wer­ner von Sie­mens, que fun­dou o que hoje é a mul­ti­na­ci­o­nal Sie­mens). Carl visi­tou pela pri­mei­ra vez a Ingla­ter­ra como agen­te de seu irmão para intro­du­zir um dis­po­si­ti­vo de eletrodeposição.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1846, Raoul Pic­tet. Este quí­mi­co suí­ço foi pio­nei­ro da cri­o­ge­nia. O seu inte­res­se ori­gi­nal era a pro­du­ção arti­fi­ci­al de gelo (para refri­ge­ra­ção) e levou‑o a estu­dar a pro­du­ção de tem­pe­ra­tu­ras extre­ma­men­te bai­xas. Ele pro­du­ziu oxi­gé­nio líqui­do, tra­ba­lhan­do inde­pen­den­te­men­te do cien­tis­ta fran­cês Louis Paul Cail­le­tet, que tam­bém é cre­di­ta­do com sua des­co­ber­ta em 1877. No entan­to, Pic­tet usou equi­pa­men­tos mais ela­bo­ra­dos e foi capaz de pro­du­zir mai­o­res volu­mes de gases lique­fei­tos. Pic­tet usou um méto­do em cas­ca­ta, no qual ele eva­po­rou o dió­xi­do de enxo­fre líqui­do para lique­fa­zer o dió­xi­do de car­bo­no, que por sua vez era per­mi­ti­do eva­po­rar e arre­fe­cer o oxi­gé­nio abai­xo de sua tem­pe­ra­tu­ra crí­ti­ca. O oxi­gé­nio pode então ser lique­fei­to por pres­são. Isto tam­bém foi mais fácil de apli­car a outros gases.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1949, Shing-Tung Yau. Este mate­má­ti­co nas­ci­do na Chi­na rece­beu a Meda­lha Fields em 1982 pelo seu tra­ba­lho em equa­ções dife­ren­ci­ais par­ci­ais e geo­me­tria dife­ren­ci­al. O seu tra­ba­lho tam­bém tem apli­ca­ções em topo­lo­gia, geo­me­tria algé­bri­ca, teo­ria de repre­sen­ta­ção e rela­ti­vi­da­de geral. Tra­ba­lhan­do em cola­bo­ra­ção com Richard M. Scho­en, Yau resol­veu um pro­ble­ma em aber­to de lon­ga data na teo­ria da rela­ti­vi­da­de, mos­tran­do a posi­ti­vi­da­de da mas­sa no espa­ço-tem­po. Como con­sequên­cia, Scho­en e Yau foram capa­zes de dar a pri­mei­ra demons­tra­ção rigo­ro­sa de como os bura­cos negros podem ser for­ma­dos por cau­sa da con­den­sa­ção da maté­ria. Um bura­co negro pos­sui um cam­po gra­vi­ta­ci­o­nal tão for­te que nenhu­ma maté­ria ou radi­a­ção pode esca­par a ele.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1950, Ste­ven Sas­son. Este enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no cons­truiu a pri­mei­ra câma­ra digi­tal enquan­to tra­ba­lha­va na Kodak. O seu super­vi­sor pediu que ele explo­ras­se a apli­ca­ção de um dis­po­si­ti­vo elec­tró­ni­co de car­ga aco­pla­da (CCD) como um sen­sor de ima­gem numa câma­ra. O pro­tó­ti­po expe­ri­men­tal que ele cons­truiu era do tama­nho de uma tor­ra­dei­ra e pesa­va qua­se 4 qui­los. Ela tirou a pri­mei­ra foto digi­tal em Dezem­bro de 1975, con­ver­ten­do a ima­gem num sinal elec­tró­ni­co que foi digi­ta­li­za­do e arma­ze­na­do numa fita de cas­se­te. Man­ten­do-se con­cen­tra­da no tra­di­ci­o­nal fil­me foto­grá­fi­co de celu­lói­de que há mui­to tem­po era o negó­cio gigan­tes­co da Kodak, só em 1996 é que a empre­sa come­çou a ven­der câma­ras digi­tais no mer­ca­do. Infe­liz­men­te para a empre­sa, ela não foi ape­nas eclip­sa­da por outros fabri­can­tes de câma­ras digi­tais, mas a mudan­ça tec­no­ló­gi­ca des­truiu o seu negó­cio de fil­mes foto­grá­fi­cos, ape­sar de ter acu­mu­la­do 1.000 paten­tes de ima­gens digitais.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a Ama­zon ten­ci­o­na lan­çar para o espa­ço cer­ca de 3,236 saté­li­tes para cri­ar uma rede que pos­si­bi­li­te dis­po­ni­bi­li­zar uma rede Inter­net de alta velo­ci­da­de glo­bal. Conhe­ci­do como Pro­ject Kui­per, o movi­men­to repre­sen­ta a mais recen­te ambi­ção espa­ci­al de Jeff Bezos. 

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta micro:mag nº4.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.