Newsletter Nº196

Newsletter Nº196
News­let­ter Nº196

Faz anos hoje que nas­cia, em 1769 — André-Jac­ques Gar­ne­rin. Este Aero­nau­ta fran­cês foi o pri­mei­ro a usar um pára-que­das regu­lar­men­te e com suces­so. Ele aper­fei­ço­ou o pára-que­das e deu sal­tos de mai­o­res alti­tu­des do que era pos­sí­vel antes. Em 22 de Outu­bro de 1797, aos 28 anos, Gar­ne­rin fez o seu pri­mei­ro sal­to sobre o Parc Mon­ce­au, em Paris. Ele caiu de um balão de ar quen­te a 3000 pés. O seu pára-que­das, com 36 arcos e linhas, era semi-rígi­do, lem­bran­do um pou­co um guar­da-chu­va. A des­ci­da foi um suces­so, excep­to que ele balan­çou para fren­te e para trás vio­len­ta­men­te enquan­to caía. O físi­co Lalan­de, que par­ti­ci­pou do even­to, suge­riu melho­rar o flu­xo de ar com uma peque­na aber­tu­ra no topo do dossel.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1841, Sam Loyd. Foi um cri­a­dor ame­ri­ca­no de que­bra-cabe­ças que era mais conhe­ci­do por com­por pro­ble­mas e jogos de xadrez, incluin­do Par­che­e­si, além de outros jogos base­a­dos em mate­má­ti­ca e que­bra-cabe­ças. Ele estu­dou enge­nha­ria e pre­ten­dia tor­nar-se um enge­nhei­ro mecâ­ni­co, mas ganhou a vida com seus que­bra-cabe­ças e pro­ble­mas de xadrez. O enig­ma mais famo­so de Loyd foi o Que­bra-cabe­ça 14–15 que ele pro­du­ziu em 1878. A mania var­reu a Amé­ri­ca, onde os empre­ga­do­res colo­cam avi­sos proi­bin­do jogar o que­bra-cabe­ça duran­te o expe­di­en­te. O que­bra-cabe­ça 15 de Loyd é o fami­li­ar arran­jo de 4x4 de 15 qua­dra­dos nume­ra­dos numa ban­de­ja que deve ser reor­de­na­da, des­li­zan­do uma peça de cada vez no espa­ço vazio.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1868, The­o­do­re Wil­li­am Richards. Este Quí­mi­co ana­lí­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no rece­beu o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1914 “em reco­nhe­ci­men­to das suas deter­mi­na­ções pre­ci­sas do peso ató­mi­co de um gran­de núme­ro de ele­men­tos quí­mi­cos”. O seu tra­ba­lho refi­nou meti­cu­lo­sa­men­te os méto­dos clás­si­cos de aná­li­se gra­vi­mé­tri­ca para melhor redu­zir as fon­tes de erro. O seu tra­ba­lho e o de cole­gas de tra­ba­lho gera­ram valo­res pre­ci­sos de peso ató­mi­co para mais de 60 ele­men­tos. Em 1913, ele des­co­briu que o peso ató­mi­co do chum­bo comum dife­ria do chum­bo pro­du­zi­do a par­tir do decai­men­to radi­o­ac­ti­vo do urâ­nio e, por­tan­to, con­cor­da­va com a pre­vi­são de isó­to­pos de Soddy. Os valo­res de Richard não melho­ra­ram até que a espec­tro­me­tria de mas­sa se tor­nou dis­po­ní­vel após a Segun­da Guer­ra Mun­di­al. Ele tam­bém rea­li­zou tra­ba­lhos em ter­mo-quí­mi­ca e electroquímica.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1881, Irving Lang­muir. Este Quí­mi­co e físi­co nor­te-ame­ri­ca­no fez estu­dos de fil­mes mole­cu­la­res em super­fí­ci­es sóli­das e líqui­das que abri­ram novos cam­pos na pes­qui­sa de colói­des e bioquí­mi­ca e lhe deram o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1932. Os seus pri­mei­ros tra­ba­lhos sobre gases leva­ram à inven­ção da bom­ba de con­den­sa­ção de Lang­muir. Em 1913, Lang­muir des­co­briu que a vida útil das lâm­pa­das de vácuo de tungs­té­nio em uso pode­ria ser con­si­de­ra­vel­men­te ampli­a­da se fos­sem pre­en­chi­das com uma mis­tu­ra de nitro­gé­nio e árgon. Ele tam­bém desen­vol­veu um maça­ri­co de sol­da­gem com hidro­gé­nio capaz de tem­pe­ra­tu­ras de até 3.000 ° C, e fez o pri­mei­ro uso do ter­mo plas­ma. Enquan­to estu­da­va a estru­tu­ra ató­mi­ca, ele intro­du­ziu os ter­mos cova­lên­cia e elec­tro­va­lên­cia. Na quí­mi­ca de super­fí­cie, ele tra­ba­lhou o fenó­me­no da absor­ção e a apli­ca­ção dis­so à catálise.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1929, Rudolf Ludwig Mös­s­bau­er. Este Físi­co ale­mão foi co-ven­ce­dor (com o ame­ri­ca­no Robert Hofs­tad­ter) do Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1961 pelas suas pes­qui­sas sobre a absor­ção de res­so­nân­cia de rai­os gama e sua des­co­ber­ta a res­pei­to do efei­to Mös­s­bau­er. O efei­to Mös­s­bau­er ocor­re quan­do os rai­os gama emi­ti­dos pelos núcle­os dos isó­to­pos radi­o­ac­ti­vos têm um com­pri­men­to de onda e frequên­cia inva­riá­veis. Isto ocor­re se os núcle­os emis­so­res forem man­ti­dos fir­me­men­te num cris­tal. Nor­mal­men­te, a ener­gia dos rai­os gama seria alte­ra­da por cau­sa do recuo do núcleo irra­di­an­te. As des­co­ber­tas de Mös­s­bau­er aju­da­ram a pro­var a teo­ria geral da rela­ti­vi­da­de de Eins­tein. As suas des­co­ber­tas tam­bém são usa­das para medir o cam­po mag­né­ti­co de núcle­os ató­mi­cos e estu­dar outras pro­pri­e­da­des de mate­ri­ais sólidos.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1956, Gui­do van Ros­sum. Este pro­gra­ma­dor holan­dês ficou conhe­ci­do como o autor da lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção Python, pela qual ele foi o “dita­dor bene­vo­len­te da vida” [BDFL]. Enquan­to tra­ba­lha­va no Cen­trum Wis­kun­de & Infor­ma­ti­ca (CWI), Van Ros­sum escre­veu e con­tri­buiu com uma roti­na glob() para o BSD Unix e aju­dou a desen­vol­ver a lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção ABC. Ele tam­bém cri­ou o Grail, um anti­go nave­ga­dor da Web escri­to em Python, e envol­vi­do em dis­cus­sões sobre o padrão HTML. Em dezem­bro de 1989, Van Ros­sum esta­va a pro­cu­ra de um “hobby” pro­je­to de pro­gra­ma­ção que iria man­tê-lo ocu­pa­do duran­te a sema­na em tor­no do Natal “como seu escri­tó­rio foi fecha­do ele deci­diu escre­ver um inter­pre­ta­dor para uma” nova lin­gua­gem de script [ele tinha pen­sa­do ulti­ma­men­te: um des­cen­den­te de ABC que atraís­se os hac­kers do Unix / C “. Ele atri­bui a esco­lha do nome “Python” a “estar com um humor ligei­ra­men­te irre­ve­ren­te (e um gran­de fã do Cir­co Voa­dor de Monty Python)”. Em Julho de 2018, Van Ros­sum anun­ci­ou que dei­xa­ria o car­go de BDFL da lin­gua­gem de pro­gra­ma­ção Python.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do o Rasp­ber­ry Pi Com­pu­te Modu­le 3+. Esta ver­são mais recen­te da pla­ca Rasp­ber­ry para apli­ca­ções indus­tri­ais ofe­re­ce mais de dez vezes o desem­pe­nho do ARM, duas vezes a capa­ci­da­de de RAM e até oito vezes a capa­ci­da­de de Flash do Com­pu­te Modu­le ori­gi­nal. O CM3+ é deri­va­do da pla­ca CM3, mas incor­po­ra o design tér­mi­co apri­mo­ra­do e o pro­ces­sa­dor Bro­ad­com BCM2837B0 da pla­ca Rasp­ber­ry Pi 3B+. Isto sig­ni­fi­ca que, com excep­ção de um peque­no aumen­to na altu­ra z, o CM3+ é um subs­ti­tu­to direc­to do CM3 de uma pers­pec­ti­va eléc­tri­ca e de tama­nho. Obser­ve-se que, devi­do às limi­ta­ções da fon­te de ali­men­ta­ção, a velo­ci­da­de máxi­ma do pro­ces­sa­dor per­ma­ne­ce em 1,2 GHz, em com­pa­ra­ção com 1,4 GHz para o Rasp­ber­ry Pi 3B+.

Tam­bém esta sema­na ficá­mos a conhe­cer a ini­ci­a­ti­va de sus­ten­ta­bi­li­da­de da Vol­vo. Sabe-se que Um camião de lixo de plás­ti­co entra nos oce­a­nos do mun­do a cada minu­to, e mais de meta­de da cos­ta de Syd­ney é arti­fi­ci­al. Habi­tats ricos e vibran­tes foram subs­ti­tuí­dos por pare­dões e degra­da­dos pela polui­ção do plás­ti­co. Pro­jec­ta­do para imi­tar a estru­tu­ra das raí­zes dos man­gue­zais nati­vos, o Living Seawall adi­ci­o­na com­ple­xi­da­de à estru­tu­ra de pare­dão exis­ten­te e for­ne­ce um habi­tat para a vida mari­nha. Isto aju­da a bio­di­ver­si­da­de e atrai orga­nis­mos fil­tra­do­res que real­men­te absor­vem e fil­tram polu­en­tes — como as par­tí­cu­las e metais pesa­dos — man­ten­do a água “lim­pa”. Quan­to mais orga­nis­mos tiver­mos, mais lim­pa a água.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. São apre­sen­ta­das as revis­tas newe­lec­tro­nics de 8 e 22 de Janei­ro e a revis­ta Mag­PI nº 78.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.