Newsletter Nº306

Newsletter Nº306
News­let­ter Nº306

Faz hoje anos que nas­cia, em 1811, o astró­no­mo fran­cês Urbain Le Ver­ri­er. Ele pre­viu por mei­os mate­má­ti­cos a exis­tên­cia do pla­ne­ta Nep­tu­no. Inde­pen­den­te­men­te de Adams, Le Ver­ri­er cal­cu­lou a posi­ção de Nep­tu­no a par­tir de irre­gu­la­ri­da­des na órbi­ta de Úra­no. Como dis­se Camil­le Flam­ma­ri­on, ele des­co­briu um pla­ne­ta com a pon­ta de sua cane­ta, sem nenhum ins­tru­men­to além da for­ça dos seus cál­cu­los. Em 1856, o astró­no­mo ale­mão Johan G. Gal­le des­co­briu Netu­no depois de ape­nas uma hora de bus­ca, a um grau da posi­ção que tinha sido cal­cu­la­da por Le Ver­ri­er, que lhe pediu para pro­cu­rá-lo ali. Des­te modo, Le Ver­ri­er deu a con­fir­ma­ção mais notá­vel da teo­ria da gra­vi­ta­ção pro­pos­ta por Newton.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1822, o qui­mi­co e geo­lo­gis­ta fran­cês Hen­ri Éti­en­ne Sain­te-Clai­re Devil­le. Foi ele que ini­ci­ou a pri­mei­ra pro­du­ção indus­tri­al de alu­mí­nio. A sua car­rei­ra come­çou com pes­qui­sas de tere­bin­ti­na. Em 1849, ao vol­tar-se para a quí­mi­ca inor­gâ­ni­ca, ele sin­te­ti­zou o pen­tó­xi­do de nitro­gé­nio. Fri­e­dri­ch Woeh­ler iso­lou o alu­mí­nio usan­do potás­sio caro, como uma curi­o­si­da­de de labo­ra­tó­rio. Em 1854, Devil­le fez alu­mí­nio, a par­tir de clo­re­to de alu­mí­nio e sódio menos caro. Em 1860, ele esta­va a pro­du­zir alu­mí­nio numa fábri­ca em Javel, Paris, e mais tar­de em Nan­ter­re. O metal era mais caro que o ouro até Char­les Hall inven­tar o pro­ces­so elec­tro­lí­ti­co bara­to. Devil­le tam­bém estu­dou a pla­ti­na e outros mine­rais. Como geó­lo­go, ele visi­tou os locais cos­tei­ros do Vesú­vio e Strom­bo­li. Ele propôs que as erup­ções vul­câ­ni­cas ocor­ri­am quan­do a água do mar entra­va nas fis­su­ras da cros­ta ter­res­tre, onde o con­tac­to com as rochas quen­tes pro­du­zia as erup­ções explosivas.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1822, o mate­má­ti­co e edu­ca­dor fran­cês Joseph Ber­trand. Ele é lem­bra­do pelas suas apli­ca­ções ele­gan­tes de equa­ções dife­ren­ci­ais à mecâ­ni­ca ana­lí­ti­ca, par­ti­cu­lar­men­te em ter­mo­di­nâ­mi­ca, e pelo seu tra­ba­lho sobre pro­ba­bi­li­da­de esta­tís­ti­ca e a teo­ria das cur­vas e super­fí­ci­es. Em 1845, Ber­trand con­jec­tu­rou que exis­te pelo menos um pri­mo entre n e (2n‑2) para cada n>3, como pro­va­do cin­co anos depois por Chebyshev. Em 1855, ele tra­du­ziu para o fran­cês o tra­ba­lho de Gauss sobre a teo­ria dos erros e o méto­do dos míni­mos qua­dra­dos. Ele escre­veu uma série de notas sobre a redu­ção dos dados das observações.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1915, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção nor­te-ame­ri­ca­no J.C.R. Lic­kli­der. Ele cri­ou a ideia de uma rede uni­ver­sal de com­pu­ta­do­res para trans­fe­rir e recu­pe­rar facil­men­te infor­ma­ções que os seus suces­so­res desen­vol­ve­ram e cri­a­ram a Inter­net. Em 1959, no seu pri­mei­ro livro, Libra­ri­es of the Futu­re, Lic­kli­der expan­diu a ideia de Van­ne­var Bush de um sis­te­ma auto­ma­ti­za­do de bibli­o­te­ca para des­cre­ver como os com­pu­ta­do­res pode­ri­am dis­tri­buir recur­sos de bibli­o­te­ca de uma úni­ca base de dados para vári­os uti­li­za­do­res remo­tos. Em 1962, quan­do era direc­tor do Escri­tó­rio de Téc­ni­cas de Pro­ces­sa­men­to de Infor­ma­ções da Agên­cia de Pro­jec­tos de Pes­qui­sa Avan­ça­da do Depar­ta­men­to de Defe­sa dos EUA (DARPA), ele envi­ou um memo­ran­do a cole­gas pre­ven­do uma rede de com­pu­ta­do­res de time-sha­ring. Pos­te­ri­or­men­te foi cons­truí­da a ARPANET, que se tor­nou o mode­lo para a Inter­net. Ele tam­bém foi um visi­o­ná­rio da inte­rac­ção huma­no-com­pu­ta­dor, lem­bra­do por seu arti­go de 1960, ‘Man-Com­pu­ter Symbiosis.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1920, o físi­co holan­dês-ame­ri­ca­no Nico­la­as Blo­em­ber­gen). Ele par­ti­lhou (com Arthur L. Scha­wlow dos Esta­dos Uni­dos e Kai M. Sieg­bahn da Sué­cia) o Pré­mio Nobel de Físi­ca de 1981 pelos seus estu­dos espec­tros­có­pi­cos revo­lu­ci­o­ná­ri­os da inte­rac­ção da radi­a­ção elec­tro­mag­né­ti­ca com a maté­ria. Blo­em­ber­gen fez um uso pio­nei­ro de lasers nes­sas inves­ti­ga­ções e desen­vol­veu bom­bas de três níveis usa­das em masers e lasers.

Nes­ta sema­na que pas­sou o rover Per­se­ve­ran­ce que se encon­tra numa mis­são em Mar­te, rea­li­zou a sua pri­mei­ra via­gem em Mar­te, cobrin­do 6,5 metros em toda a pai­sa­gem mar­ci­a­na. Esta via­gem ser­viu como um tes­te de mobi­li­da­de que mar­ca ape­nas um dos mui­tos mar­cos à medi­da que os mem­bros da equi­pa veri­fi­cam e cali­bram cada sis­te­ma, sub­sis­te­ma e ins­tru­men­tos no Per­se­ve­ran­ce. Assim que o rover come­çar a seguir os seus objec­ti­vos cien­tí­fi­cos, são espe­ra­dos des­lo­ca­ções regu­la­res de 200 metros ou mais.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta newe­lec­tro­nics de 9 de Mar­ço e o livro “An Intro­duc­ti­on to Ray Tracing”.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.