Newsletter Nº269

Newsletter Nº269
News­let­ter Nº269

Faz hoje anos que nas­cia, em 1864, o físi­co ale­mão Walther Nernst. Ele foi um dos fun­da­do­res da quí­mi­ca moder­na. Em 1889, ele desen­vol­veu a sua teo­ria do poten­ci­al eléc­tri­co e con­du­ção de solu­ções elec­tro­lí­ti­cas (a Equa­ção de Nernst) e intro­du­ziu o pro­du­to de solu­bi­li­da­de para expli­car as reac­ções de pre­ci­pi­ta­ção. Em 1906, Nernst mos­trou que é pos­sí­vel deter­mi­nar a cons­tan­te de equi­lí­brio para uma reac­ção quí­mi­ca a par­tir de dados tér­mi­cos e, ao fazê-lo, for­mu­lou o que ele pró­prio cha­ma­va de ter­cei­ra lei da ter­mo­di­nâ­mi­ca. Isto afir­ma que a entro­pia (uma medi­da ter­mo­di­nâ­mi­ca de desor­dem em um sis­te­ma) apro­xi­ma-se de zero à medi­da que a tem­pe­ra­tu­ra vai em direc­ção ao zero abso­lu­to. Por isto, ele rece­beu o Pré­mio Nobel de 1920 em Quí­mi­ca. Em 1918, ele expli­cou a explo­são do H2-Cl2 na expo­si­ção à luz como uma reac­ção em cadeia do átomo.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1894, o cien­tis­ta ale­mão Her­mann Oberth. Ele era um dos três fun­da­do­res do voo espa­ci­al (com Tsi­ol­kovsky e God­dard). Após uma lesão na Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, ele ela­bo­rou uma pro­pos­ta para um fogue­te de lon­go alcan­ce, pro­pul­sor líqui­do, que o Minis­té­rio da Guer­ra con­si­de­rou fan­ta­si­o­so. Até a dis­ser­ta­ção sobre o seu pro­jec­to de fogue­te foi rejei­ta­da pela Uni­ver­si­da­de de Hei­del­berg. Quan­do o publi­cou como Die Rake­te zu den Pla­ne­tenräu­men (1923; “O fogue­te para o espa­ço inter­pla­ne­tá­rio”), ele ganhou reco­nhe­ci­men­to pela sua aná­li­se mate­má­ti­ca da velo­ci­da­de do fogue­te que lhe per­mi­ti­ria esca­par da atrac­ção gra­vi­ta­ci­o­nal da Ter­ra. Ele rece­beu uma paten­te rome­na em 1931 por um pro­jec­to de fogue­te com pro­pul­sor líqui­do. O seu pri­mei­ro fogue­te foi lan­ça­do em 7 de maio de 1931, per­to de Berlim.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1907, o físi­co ale­mão J. Hans D. Jen­sen. Ele propôs a teo­ria da estru­tu­ra nucle­ar dos núcle­os — pro­tões e neu­trões — agru­pa­dos em cama­das seme­lhan­tes a cebo­las de con­chas con­cên­tri­cas. Ele suge­riu que os núcle­os gira­vam em seu pró­prio eixo enquan­to se movi­am numa órbi­ta den­tro da con­cha e que cer­tos padrões no núme­ro de núcle­os por con­cha tor­na­vam o núcleo mais está­vel. Os cien­tis­tas já sabi­am que os elec­trões que orbi­tam o núcleo esta­vam dis­pos­tos em dife­ren­tes cama­das. Pelo seu mode­lo do núcleo, Jen­sen par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de 1963 em físi­ca (com Maria Goep­pert-Mayer, que che­gou à mes­ma hipó­te­se de for­ma inde­pen­den­te nos EUA; e Euge­ne P. Wig­ner, por tra­ba­lhos não rela­ci­o­na­dos.) Nos anos 50, Jen­sen tra­ba­lhou em radioactividade.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi anun­ci­a­do o super­com­pu­ta­dor Japo­nês Fuga­ku, que está a ser desen­vol­vi­do em con­jun­to pela RIKEN e Fujit­su Limi­ted, ocu­pou o pri­mei­ro lugar na lis­ta Top500, um ran­king dos super­com­pu­ta­do­res mais rápi­dos do mun­do. Ele tam­bém lim­pou os outros ran­kings de desem­pe­nho de super­com­pu­ta­do­res, ocu­pan­do o pri­mei­ro lugar no HPCG, um ran­king de super­com­pu­ta­do­res exe­cu­tan­do apli­ca­ções do mun­do real, o HPL-AI, que clas­si­fi­ca os super­com­pu­ta­do­res com base nos seus recur­sos de desem­pe­nho para tare­fas tipi­ca­men­te usa­das em apli­ca­ti­vos de inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al e Graph 500, que clas­si­fi­ca os sis­te­mas com base em car­gas com uso inten­so de dados. É a pri­mei­ra vez na his­tó­ria que o mes­mo super­com­pu­ta­dor se tor­na o núme­ro 1 no Top500, HPCG e Graph500 simul­ta­ne­a­men­te. Este super­com­pu­ta­dor é base­a­do em tec­no­lo­gia ARM A64FX com 48 Cores a 2.2 GHz da Fujit­su e tem 7.299.072 CPU cores. Em ter­mos de capa­ci­da­de de pro­ces­sa­men­to tem 415 Peta­flops poden­do atin­gir um máxi­mo de 513 Peta­Flops e tem dis­po­ní­vel 4.87PB de RAM. Para fun­ci­o­nar con­so­me uns estron­do­sos 28MW de ener­gia. Ele usa o sis­te­ma ope­ra­ti­vo Red Hat Enter­pri­se Linux. Por com­pa­ra­ção com o ante­ri­or pri­mei­ro colo­ca­do — o Sum­mit da IBM — este tinha “ape­nas” 148-PFLOPS de capa­ci­da­de de cal­cu­lo e con­su­mia “ape­nas” 10MW.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­PI Nº 95 de Julho e new­se­lec­tro­nics de 23 de Junho.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.